O poema que reproduzimos abaixo é da autoria de Tomás Antônio Gonzaga.
Para maiores informações sobre o autor, favor consultar: www.jornaldepoesia.jor.br/tomaz.html.
Boa leitura!
Lira XIX
Enquanto pasta alegre o manso gado,
minha bela Marília, nos sentemos
à sombra deste cedro levantado.
Um pouco meditemos
na regular beleza,
que em tudo quanto vive nos descobre
a sábia Natureza.
Atende como aquela vaca preta
o novilhinho seu dos mais separa,
e o lambe, enquanto chupa a lisa teta.
Atende mais, ó cara,
como a ruiva cadela
suporta que lhe morda o filho o corpo,
e salte em cima dela.
Repara como, cheia de ternura,
entre as asas ao filho essa ave aquenta,
como aquela esgravata a terra dura,
e os seus assim sustenta;
como se encoleriza,
e salta sem receio a todo o vulto,
que junto dele pisa.
Que gosto não terá a esposa amante,
quando der ao filhinho o peito brando
e refletir então no seu semblante!
Quando, Marília, quando
disser consigo: "É esta
de teu querido pai a mesma barba,
a mesma boca e testa."
Bela poesia! E apesar de ter sido escrita há tanto tempo, é fácil de ler e entender. Muito bom, o mundo está precisando de mais poesia!
ResponderExcluirLinda essa poesia, ela fala do amor maternal dos animais,que emociona mesmo!
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