Nossa homenagem da
semana vai para outro grande compositor de nossa música: Orestes Barbosa.
Muitas
canções de versos extremamente bem feitos e marcantes, essa foi a contribuição
de Barbosa para o cancioneiro da canção popular brasileira.
Basta
dizer que Manuel Bandeira, grande mestre da poesia brasileira, dizia que o
verso mais bonito da música tupiniquim era de nosso homenageado: “Tu pisavas
nos astros distraída”.
Obrigado,
Orestes Barbosa, pelos momentos de pura poesia que nos legou em suas
composições!
Descanse
em paz!
Para
saber mais sobre esse artista, favor acessar: dicionariompb.com.br/orestes-barbosa.
Com
o objetivo de homenageá-lo, reproduzimos abaixo dois de seus grandes sucessos:
o antológico Chão de Estrelas, na voz de Sílvio Caldas, e Serenata,
interpretado por Nelson Gonçalves.
PRIMEIRO VÍDEO
LETRA
CHÃO DE ESTRELAS
Composição de
Orestes Barbosa e Sílvio Caldas
Minha vida era
um palco iluminado
Eu vivia vestido
de dourado
Palhaço das
perdidas ilusões
Cheio dos guizos
falsos da alegria
Andei cantando a
minha fantasia
Entre as palmas
febris dos corações
Meu barracão no
morro do Salgueiro
Tinha o cantar
alegre de um viveiro
Foste a
sonoridade que acabou
E hoje, quando
do sol, a claridade
Forra o meu
barracão, sinto saudade
Da mulher
pomba-rola que voou
Nossas roupas
comuns dependuradas
Na corda, qual
bandeiras agitadas
Pareciam um
estranho festival
Festa dos nossos
trapos coloridos
A mostrar que
nos morros mal vestidos
É sempre feriado
nacional
A porta do
barraco era sem trinco
Mas a lua,
furando o nosso zinco
Salpicava de
estrelas nosso chão
Tu pisavas nos
astros, distraída
Sem saber que a
ventura desta vida
É a cabrocha, o
luar e o violão.
SEGUNDO VÍDEO
LETRA
SERENATA
Composição de
Orestes Barbosa e Sílvio Caldas
Dorme, fecha
êste olhar entardecente,
Não me escutes,
nostálgico, a cantar
Pois não sei se
feliz ou infelizmente
não me é dado,
beijando, te acordar
Dorme, deixa os
meus cantos delirantes
Dorme, que eu
olho o céu a contemplar
a lua que
procura diamantes
para o teu lindo
sonho ornamentar
Na serpente de
seda dos teus braços
alguém dorme,
ditoso, sem saber
que eu vivo a
padecer
E o meu coração
feito em pedaços
vai sorrindo ao
teu amor
mascarado dessa
dor
No teu quarto de
sonho e de perfume
onde vive a
sorrir teu coração
que é teatro da
ilusão
dorme junto a
teus pés o meu ciúme
enjeitado e
faminto como um cão.
Lindas canções! Lembro de ouvi-las várias vezes pois meu pai gostava muito. Mas, não sabia quem era o compositor. Merecida homenagem!
ResponderExcluirBela homenagem!
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