O
texto abaixo é de autoria de Ledo Ivo.
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› pessoa2861 › ledo-ivo.
Boa
leitura!
A CLANDESTINA
— Quem é esta clandestina
que dentro de mim viaja
e de mim não se separa
mesmo quando estou dormindo
e aparece nos meus sonhos
breve e leve como a neve?
Quem é esta clandestina
doce e branca e feminina
que me segue quando saio
sombra em mim dissimulada
e torna a voltar comigo
colada ao cair da tarde?
Quem é esta clandestina
que de mim não desembarca?
Sou seu trem ou seu navio?
Seu barco ou seu avião?
E sua voz me responde:
— És meu berço e meu jazigo.
Antes mesmo de nasceres
eu já estava contigo.
E sempre estarei em ti
até o fim da viagem.
Lindo, lindo!
ResponderExcluirLindo poema, gostei de ler!
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