Um
cometa tem passagem rápida, mas extremamente brilhante.
Alguns
artistas são assim: vivem pouco, mas deixam uma obra marcante.
Dentre
esses está nossa homenageada da semana: a irreverente Miriam Batucada.
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG4riUxvDzfBKdSOOY3kelwmkykEFnwKl9QlQPi7hOVvCRVQEw28GgKsAGM663o2oLi1BRmYEB9qbOtJA5KgAi6UcTw_uXj1FR0xcU3nWQMF0socLiCaHoHhINrsVrTlh_oasV5CcxGmx9/s1600/miriam.jpg
Se
Adoniran Barbosa é o legítimo representante do samba meio italiano, meio
brasileiro de São Paulo; do lado feminino, o trono, sem dúvida, é de Miriam.
Embora
cantasse outros ritmos e estilos (saía-se bem no romântico e chegou a gravar um
disco com Raul Seixas), ficou marcada como cantora de sambas, graças à sua
marca registrada, a batucada com as mãos, que lhe deu o nome artístico.
Obrigado,
Batucada, pela irreverência e bom humor que trouxe à música popular brasileira!
Descanse
em paz!
Para
maiores informações sobre essa artista, favor acessar: https://pt.wikipedia.org/wiki/Miriam_Batucada.
Com o objetivo de homenageá-la, reproduzimos
abaixo uma de suas gravações: Apanhei um Resfriado, em que se pode ouvir sua
tradicional batucada com as mãos.
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=oMjPNaOxDSs
LETRA
APANHEI UM
RESFRIADO
Pelo costume de
beber gelado apanhei um resfriado que foi um horror
Porém com medo
de fazer despesa, isto é franqueza, não fui ao doutor
Pra me curar
E tudo quanto
foram me ensinando, eu fui tomando e cada vez pior
E quem quiser
que siga o tratamento pois se não morrer da cura ficará melhor
Tomei de tudo,
escalda-pé, chá de limão, até xarope de alcatrão
E nada me faltou
Tive dieta só de
caldo de galinha, e o galinheiro da vizinha se evaporou
E tive febre,
tive tosse, dor no peito, até fiquei daquele jeito
Sem poder falar
Mandei chamar,
então, um especialista, que pediu dinheiro à vista
Pra poder me
visitar
No bangalô,
porém, choveu a noite inteira, e eu debaixo da goteira
Sem ninguém
saber
A ventania
arrancou zinco do telhado, e me deixou todo molhado, quase pra morrer
Sá Guilhermina
quis me dar um lenitivo, e então me fez um curativo
E eu fiquei
jururu
E foi chamado,
finalmente, um sacerdote, pra me encomendar um lote
De dez palmos no
Caju
Fonte: http://leonel-azevedo.lyrics.com.br/letras/843849/
Gostava de vê-la na televisão, bem humorada e criativa. Merecida homenagem!
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