quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

SESSÃO SAUDADE - GOIÁ

A homenagem de hoje vai para o compositor de música sertaneja e radialista Goiá.



Ele destacou-se como um dos principais compositores da nossa música raiz, cujas obras foram gravadas por artistas como: Pedro Bento e Zé da Estrada, Liu e Léu, Irmãs Galvão, Zilo e Zalo, Caçula e Marinheiro, Tibagi e Miltinho, Primas Miranda, Belmonte e Amaraí, Sergio Reis, Celia e Celma, e muitos outros.
Obrigado, Goiá, por sua participação tão importante na música sertaneja!
Descanse em paz!
Para maiores informações sobre este artista, favor acessar: https://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9rson_Coutinho_da_Silva.
Com o objetivo de homenageá-lo, reproduzimos abaixo um de seus maiores sucessos, Saudade de Minha Terra, na interpretação de Belmonte e Amaraí.



LETRA

SAUDADE DE MINHA TERRA

Compositores: Belmonte / Goiá

De que me adianta viver na cidade
Se a felicidade não me acompanhar
Adeus, paulistinha do meu coração
Lá pro meu sertão eu quero voltar
Ver a madrugada quando a passarada
Fazendo alvorada começa a cantar
Com satisfação arreio o burrão
Cortando estradão, saio a galopar
E vou escutando o gado berrando
Sabiá cantando no jequitibá

Por nossa senhora, meu sertão querido
Vivo arrependido por ter deixado
Esta nova vida aqui da cidade
De tanta saudade, eu tenho chorado
Aqui tem alguém, diz que me quer bem
Mas não me convém eu tenho pensado
Eu digo com pena, mas esta morena
Não sabe o sistema que eu fui criado
Tô aqui cantando, de longe escutando
Alguém está chorando com o rádio ligado

Que saudade imensa do campo e do mato
Do manso regato que corta as campinas
Aos domingos ia passear de canoa
Nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança daquela festança
Onde tinha danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem ter alegria
O mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado
Eu sou bem guiado pelas mãos divinas

Pra minha mãezinha já telegrafei
E já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida
Pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando
O nhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando as estrada
A relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali
Foi lá que nasci, lá quero morrer

Fonte: https://www.letras.mus.br/belmonte-e-amarai/861788/

Um comentário:

  1. Gostei de conhecer o compositor. A canção eu já conhecia e acho que devo conhecer muitas outras obras dele.
    Muito merecida homenagem!

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