Ela
também pertence à geração das cantoras do rádio, artistas que fizeram sucesso
graças às vozes maravilhosas que possuíam.
Nossa
homenageada de hoje é Isaurinha Garcia.
Cantora
de bela voz, ela recebeu de Blota Júnior o apelido de “Isaurinha, a
Personalíssima”, que a acompanhou por toda a carreira, e que indicava sua forma
única de interpretar.
Obrigado,
Isaurinha, por ter dado vida e uma cor a mais a tantas canções famosas de nosso
cancioneiro!
Descanse
em paz!
Para
saber mais sobre essa artista, favor consultar: http://www.dicionariompb.com.br/isaurinha-garcia/biografia.
Com
o objetivo de homenageá-la, reproduzimos abaixo duas canções que fizeram sucesso
em sua voz. A primeira é Mensagem, gravada em 1946; enquanto que a segunda é No
Rancho Fundo, de 1948.
PRIMEIRO VÍDEO
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=rBEB7jTC6tU
LETRA
MENSAGEM
Quando o
carteiro chegou,
E o meu nome
gritou,
Com uma carta na
mão.
Ante surpresa
tão rude,
Nem sei como
pude
Chegar ao
portão.
Vendo o envelope
bonito,
No seu subscrito
eu reconheci,
A mesma
caligrafia, que disse-me um dia:
Estou farto de
ti.
Porém não tive
coragem
De abrir a
mensagem
Porque na
incerteza, eu meditava e dizia:
Será de alegria?
Será de tristeza?
Tanta verdade
tristonha
Ou mentira
risonha, uma carta nos traz...
Assim pensando
rasguei, sua carta
E queimei, para
não sofrer mais.
SEGUNDO VÍDEO
LETRA
NO RANCHO FUNDO
No rancho fundo
Bem prá lá do
fim do mundo
Onde a dor e a
saudade
Contam coisas da
cidade...
No rancho fundo
De olhar triste
e profundo
Um moreno canta
as máguas
Tendo os olhos
rasos d'água...
Pobre moreno
Que de noite no
sereno
Espera a lua no
terreiro
Tendo um cigarro
Por
companheiro...
Sem um aceno
Ele pega na
viola
E a lua por
esmola
Vem pro quintal
Desse moreno...
No rancho fundo
Bem prá lá do
fim do mundo
Nunca mais houve
alegria
Nem de noite,
nem de dia...
Os arvoredos
Já não contam
Mais segredos
E a última
palmeira
Ja morreu na
cordilheira...
Os passarinhos
Internaram-se
nos ninhos
De tão triste
esta tristeza
Enche de trevas
a natureza...
Tudo por que
Só por causa do
moreno
Que era grande,
hoje é pequeno
Pra uma casa de
sapê...
Se Deus soubesse
Da tristeza lá
serra
Mandaria lá prá
cima
Todo o amor que
há na terra...
Porque o moreno
Vive louco de
saudade
Só por causa do
veneno
Das mulheres da
cidade...
Ele que era
O cantor da
primavera
E que fez do
rancho fundo
O céu melhor
Que tem no
mundo...
Se uma flor
desabrocha
E o sol queima
A montanha vai
gelando
Lembra o cheiro
Da morena...
Realmente, tinha uma bela voz. Uma grande cantora. Merecida homenagem!
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