O
texto abaixo é da autoria de Hans Christian Andersen.
Para
maiores informações sobre o autor, favor acessar: http://educacao.uol.com.br/biografias/hans-christian-andersen.htm.
Boa
leitura!
A
ROUPA NOVA DO IMPERADOR
Um
alfaiate pobre, de terras distantes, diz a um determinado rei que poderia fazer
uma roupa muito bonita e cara, mas que apenas as pessoas mais inteligentes e
astutas poderiam vê-la. O rei, muito vaidoso, gostou da proposta e pediu ao
alfaiate que fizesse uma roupa dessas para ele.
O
alfaiate recebeu vários baús cheios de riquezas, rolos de linha de ouro, seda e
outros materiais raros e exóticos, exigidos por ele para a confecção das
roupas. Ele guardou todos os tesouros e ficou em seu tear, fingindo tecer fios
invisíveis, que todas as pessoas alegavam ver, para não parecerem estúpidas.
Até
que um dia, o rei se cansou de esperar, e ele e seus ministros quiseram ver o
progresso do alfaiate. Quando o falso tecelão mostrou a mesa de trabalho vazia,
o rei exclamou: "Que lindas vestes! Você fez um trabalho magnífico!",
embora não visse nada além de uma simples mesa, pois dizer que nada via seria
admitir na frente de seus súditos que não tinha a capacidade necessária para
ser rei. Os nobres ao redor soltaram falsos suspiros de admiração pelo
trabalho, nenhum deles querendo que achassem que era incompetente ou incapaz. O
alfaiate garantiu que as roupas logo estariam completas, e o rei resolveu
marcar uma grande parada na cidade para que ele exibisse as vestes especiais. A
única pessoa a desmascarar a farsa foi uma criança, que gritou:
- O
rei está nu!
O
grito é absorvido por todos. O Imperador se encolhe, suspeitando que a
afirmação é verdadeira, mas se mantém orgulhosamente e continua a procissão.
Que conto legal! É bem assim que as pessoas se comportam.
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