Fonte: https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fmomentodepoesiasertaneja.blogspot.com%2F2013%2F06%2Fmoacyr-dos-santos.html&psig=AOvVaw1sNk0O0Dl_LscmfSbBRWtp&ust=1584562836422000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCIDBr9mqougCFQAAAAAdAAAAABAD
Parceiro
de sertanejos famosos, Sulino, Jacó, Jacozinho e Paraíso, só para se mencionar
alguns, deixou muitos sucessos que fazem a alegria dos fãs da verdadeira música
caipira.
Obrigado,
Moacyr dos Santos, por seu legado de grande importância para nossa música do
campo!
Descanse
em paz!
Para
saber mais sobre este artista, favor acessar: http://dicionariompb.com.br/moacyr-dos-santos.
Com
o objetivo de homenageá-lo, reproduzimos abaixo dois de seus grandes sucessos:
Terra Bruta e Peão da Cidade nas vozes dos saudosos Jacó e Jacozinho.
PRIMEIRO VÍDEO
LETRA
TERRA BRUTA
Compositores: Moacyr dos Santos e Jacozinho
Você vê essa cidade que agora está de pé
O meu pai aqui plantou milhões de pés de café
A primeira casa erguida foi seu rancho de sapé
O velho chegou sozinho pro que der o que vier
Com amor e muita luta, enfrentou a terra bruta
Com coragem e muita fé
Quando os índios atacavam gritando lá das fronteiras
Meu pai manobrava firme carabina e cartucheira
Os bicho ferozes das matas também morreu na chumbeira
pros bandidos e assaltantes o meu pai foi a barreira
Pra defender esta terra, o velho fez uma guerra
Sem precisar de trincheira
Eu passo nessa cidade e vejo a população
Movimento de transporte cereais e algodão
Vejo escola e ginásio e uma fina educação
Ao ver uma carabina já me dói o coração
Quem lutou por tudo isto, sofreu igual Jesus Cristo
E não teve compensação
Dessa história do meu pai me lembro e pego a chorar
Lutou por uma cidade e não pode aproveitar
Ele morreu na miséria dentro de um rico lugar
É como diz o ditado pra vocês eu vou falar
Morre o homem e fica a fama, lutando ele fez a cama
Pra outros poder deitar
SEGUNDO VÍDEO
LETRA
PEÃO DA CIDADE
Compositores: Sulino e Moacyr dos Santos
Eu vi com meus próprios olhos
Foi num circo de rodeio
Na chegada dos peões
Que vieram pro torneio
Soltaram tanto foguete
Que fizeram um bombardeio
Na hora da montaria
Que o negócio ficou feio
Soltaram um burro famoso
Que nem sei de onde veio
Era só sentar no lombo
Cada pulo era um tombo
Ninguém esquentou o arreio
Surgiu um moço granfino
Do meio da multidão
Pelo traje eu que era
Um homem de posição
Cabelos bem penteados
E roupa de exportação
As unhas todas esmaltadas
E anel de ouro na mão
Pra montar naquele burro
Foi pedindo permissão
Pode ser que eu também caia
Mas pretendo dar trabalho
Pra fama desse burrão
Os "peão" que beijou a terra
Falaram com precisão
Os granfinos da cidade
Quando "quer" bancar o peão
Não "pára" nem amarrado
No lombo de um pagão
Se esse granfino montar
Pode preparar o caixão
O burro tirou do lombo
Barbado da profissão
Não foi um e nem foi dois
Vamos ver o pó de arroz
Bater a cara no chão
O granfino entrou na arena
Calçou a espora de prata
Jogou o paletó na cerca
E apertou bem a reata
Sentou no lombo do burro
Bambeou o nó da gravata
Cortou o burro na espora
E foi batendo de chibata
O burrão caiu de costas
Levantou as quatro patas
O moço saltou de lado
E o burro ficou deitado
Entregue para as baratas
Ganhou aplausos do povo
Ganhou beijo das meninas
O granfino contou a vida
Bebendo numa cantina
Eu já fui peão de fama
Lá no Estado de Minas
O dinheiro do papai
Que mudou a minha sina
Eu tenho na minha casa
Diploma de medicina
Tô morando na cidade
Mas sinto grande saudade
Que até hoje me domina
Não conhecia essas canções, e não conhecia esse conpositor. Gostei de conhecer.
ResponderExcluirMerecida homenagem!