O texto que reproduzimos abaixo é da
autoria de Carlos Nejar.
Para saber mais sobre esse autor, favor
consultar: http://www.jornaldepoesia.jor.br/cn.html#bibliografia.
Boa leitura!
Soneto aos sapatos quietos
Os pés dos
sapatos juntos.
Hei-de
calçá-los, soltos
e imensos, e
talvez rotos,
como dois velhos
marujos.
Nunca terão o
desgosto
que tive. Jamais
o sujo
desconsolo:
estando postos,
como eu, em
chãos defuntos.
Em vãos de flor,
sem o riacho
de um pé a
outro, entre guizos.
Não há demência
ou fome.
Sapatos nos pés
não comem.
Só dormem.
Porém, descalço
pela alma, o
paraíso.
Fonte: http://www.jornaldepoesia.jor.br/cn01.html#soneto
Complicado, mas bonito!
ResponderExcluirGostei dessa poesia, legal!
ResponderExcluir