O texto abaixo é da autoria de Adélia
Prado.
Para saber mais sobre a autora, favor
consultar: http://www.releituras.com/aprado_bio.asp.
Boa leitura!
Com licença poética
Quando nasci um
anjo esbelto,
desses que tocam
trombeta, anunciou:
vai carregar
bandeira.
Cargo muito
pesado pra mulher,
esta espécie
ainda envergonhada.
Aceito os
subterfúgios que me cabem,
sem precisar
mentir.
Não sou feia que
não possa casar,
acho o Rio de
Janeiro uma beleza e
ora sim, ora
não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto
escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro
linhagens, fundo reinos
— dor não é
amargura.
Minha tristeza
não tem pedigree,
já a minha
vontade de alegria,
sua raiz vai ao
meu mil avô.
Vai ser coxo na
vida é maldição pra homem.
Mulher é
desdobrável. Eu sou.
Fonte: http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/adelia-prado-poemas/#.U2kzZYFdVv8
Que poesia legal!
ResponderExcluirMuito estranha essa poesia..
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