Roteirizado por Toni Figueira
do original de Janete Clair
CAPÍTULO 9
PARTICIPAM DESTE CAPÍTULO:
DUDA
RITINHA
JOÃO
CEMA
DIANA
SINHANA
POTIRA
JERÔNIMO
DUDA
RITINHA
JOÃO
CEMA
DIANA
SINHANA
POTIRA
JERÔNIMO
CENA 01 - IMAGENS DO RIO DE JANEIRO - EXT. - NOITE.
O mar, as montanhas, as duas capitais frente a frente, o mundo de edifícios subindo céu afora, os luminosos coloridos, o asfalto negro – tudo era motivo de admiração para a moça ingênua do interior. Ritinha estava deslumbrada com a beleza do Rio. O táxi parou diante do Hotel Glória. Ritinha se beliscava para admitir que existia.
CORTA PARA:
CENA 02 - RIO DE JANEIRO - HOTEL GLORIA - APARTAMENTO - INT. - NOITE.
DUDA - Está contente?
RITINHA - Radiante, Eduardo. Que coisa de louco! Nunca pensei que fosse assim...
DUDA - (abrindo a janela do apartamento) Veja, Rita.
RITINHA - Bacana, Eduardo! Tudo lindo! A cidade do Rio de Janeiro é uma beleza... Quantas luzes. Eduardo, vem ver!
DUDA - Ritinha, eu quero lhe dizer uma coisa. Escute: eu tenho um apartamento... quero dizer... eu e uns amigos. Você sabe... tem muitos solteiros no time... a gente alugou um apartamento, mas quem dá a maior parte sou eu. E agora eu vou tirar aquela cambada de lá.
RITINHA - Quando a gente vai?
DUDA - Eu vou agora. Você fica aqui e me espera.
RITINHA - Eduardo... nem bem a gente chegou. Eu pensei que... você...
DUDA - Eu sei o que você pensou.
Beijaram-se longamente.
DUDA - Espere, Ritinha. É por pouco tempo.
CORTA PARA:
CENA 03 - HOTEL GLÓRIA - APARTAMENTO - INT. - NOITE.
Há horas que Duda tinha deixado o apartamento do Hotel Glória. Ritinha continuava só, imersa em pensamentos que envolviam desde sua cidadezinha natal, longínqua, no interior, até a sua atual situação, casada, á espera do marido em um luxuoso hotel. Duda não retornava. Rita tomou uma decisão. Na portaria do hotel – pensou ela – deveriam ter o número do telefone particular do Duda. “Afinal, ele é um homem importante”. Acertara em cheio. Conheciam o telefone do “Duda do Flamengo”.
Rita fez a ligação.
RITINHA - Alô, Eduardo! Sou eu, Ritinha.
Duda deu as explicações necessárias.
DUDA - Eu sei que hoje é a nossa noite de núpcias, mas eu tenho que me concentrar. Descobriram minha volta... É. Azar. O que é que a gente pode fazer. Eu não te avisei que era duro? Olha, toma nota do endereço do meu apartamento. Você pega um carro e vem direto pra cá.
RITINHA - Mas, Eduardo, eu não conheço nada do Rio. Nem sei como tomar um carro. Posso me perder. Você não pode vir me buscar?
DUDA - Não tenho tempo, Ritinha. Olha, mando a mulher do Neca te pegar aí. Você espera ela. É uma moça muito simpática, alegre. É a Carmen, cantora. Legal ás pampas.
RITINHA - Tá bem, Eduardo, se não tem outro jeito... E quando é que eu te vejo? Só domingo á noite? Tá. Hoje ainda é quinta.
CORTA PARA:
CENA 04 - COROADO - CASA DE BRAZ CANOEIRO - INT. - DIA.
Cema cumpriu a palavra empenhada a Diana. Mandou chamar João no garimpo. Há algumas horas a bela mulher aparecera no casebre do Braz, trazida de algum lugar por um garimpeiro das redondezas. E agora, dava um autêntico show, dançando ao som de uma radiola que trouxera.
CORTA PARA:
CENA 05 - CASA DE BRAZ CANOEIRO - SEQUENCIA - EXT. - DIA.
João estava chegando, quando Cema correu até o portão.
CEMA - Achei melhor a gente conversar aqui.
JOÃO - (impaciente) Cadê ela, Cema? Cê não disse que aquela doida estava aqui?
CEMA - Está, Jão. Agora foi no rio. Tá tomano banho. Jão, eu acho que ela não regula da bola, não. Botou isso aí...
Cema mostrou a vitrola de Diana.
CEMA - Tocou alto que não era vida. Umas musgas maluca. Ela se rebolava e dançava de um jeito... Jão, essa mulher não é procê, não.
JOÃO - Por que, Cema?
CEMA - Porque vai te trazer muito sofrimento.
JOÃO - E que é que eu posso fazer, Cema... se já tou meio maluco prela.
CORTA PARA:
CENA 06 - RIACHO - EXT. - DIA.
João correu para o riacho. A moça estava acabando de se vestir. Os cabelos molhados, a pele ainda úmida. Avistou o garimpeiro.
DIANA - Ei, grandalhão! Vem cá!
João se aproximou, receoso. Ela deixou a margem do riacho e, puxando-o pelo braço, levou-o até perto das águas.
DIANA - Te esperei um tempão.
JOÃO - Tava no garimpo...
DIANA - Quase que eu fui lá.
JOÃO - Então, ocê resolveu voltar?
DIANA - Voltei pra você. Sou sua, não sou? Não quer aproveitar?
JOÃO - Aproveitar?
DIANA - Homem não gosta de mulher? Se estou dizendo que sou sua... você pode fazer de mim o que quiser. A não ser que não me queira mais. Aí é outro caso. Eu pego meus trapinhos e vou assentar praça noutro lugar.
João não resistiu á tentação da mulher diabólica.
As águas corriam molemente, os pássaros cantavam e o mundo sempre a girar, a girar.
CORTA PARA:
CENA 07 - CASA DO RANCHO CORAGEM - EXT. - DIA.
Sinhana, encostada á porta, descansava da labuta incessante no rancho. Os rapazes davam trabalho. Ela e Potira tinham de se desdobrar para atender aos deveres da casa e do rancho.
POTIRA - (abriu a porta dos fundos e anunciou) Jão vem aí com uma moça bonita.
SINHANA - Fecha a porta dos fundos, índia do inferno.
João apeou do cavalo e retirou a moça da garupa.
JOÃO - Mãe, Jerônimo. Abram a porta.
SINHANA - Vai simbora, Jão. Vai simbora.
JOÃO - Abre, mãe.
Jerônimo interveio, abrindo a porta ao irmão.
DIANA - Alô, garotão. Era você que não queria abrir a porta?
Jerônimo não respondeu. Dirigiu-se ao irmão.
JERÔNIMO - Pra que você trouxe ela aqui?
Inquieta, a moça olhava detidamente a casa.
JOÃO - Olha, estou precisando de duas coisas: comida e água pra ela lavar os pés. Estão todos sujos de areia...
SINHANA - (voltou-se, irritada) E ocê acha que tua mãe vai lavar pé da filha de Pedro Barros?
DIANA - (deu uma gargalhada) Taí, grandalhão. Taí a chave do mistério. Tua velha está de cara feia porque está pensando que eu sou aquela cretina. Manjei tudo.
SINHANA - (zangada) Que língua é essa que ela tá falando, filho?
JOÃO - É jeito dela, mãe.
JERÔNIMO - (olhou severo para a moça) Quem é essa sujeita?
DIANA - (raivosa) Não engrossa, rapaz. Não engrossa e não me confunde. Não sou filha de Pedro, nem de Paulo. Não tenho pai, nem mãe. Não sou daqui.
JERÔNIMO - (dirigindo-se a João) Explica, irmão. Essa... não é aquela moça que eu vi na casa do safado do Barros?
DIANA - (bateu palmas, sorrindo) Gostei! Isso mesmo! O safado do Barros.
JOÃO - Esta... é outra, irmão. Acha que se fosse filha dele... dizia essas coisas? Do próprio pai?
O jovem se aproximou da moça, num exame meticuloso. Pegou no rosto de Diana, suspendendo-o com ira.
JERÔNIMO - Ela não é outra. É a filha de Pedro Barros, Jão!
DIANA - (insolente) Conheço a filha dele. É uma cretina, metida a besta. Olha aí, tenho até pena dela.
JERÔNIMO - Ela tá te enganando, Jão. Isso é coisa do pai dela. Um truque... ou qualquer coisa parecida, para dar um golpe na gente.
SINHANA - (possessa) É isso mesmo. Não acredita nessa mulher, meu filho.
DIANA - Diz pra eles, grandalhão. Diz o que foi que você decidiu a meu respeito.
João não sabia por onde começar. Titubeava.
JOÃO - Eu... eu e ela... a gente vai se unir... eu quero dizer... vou amanhã bem cedinho falar com Padre Bento... a gente vai se casar.
JERÔNIMO - A gente não vai deixar cê fazer essa besteira, mano. De jeito nenhum.
JOÃO - Quem decide minha vida sou eu...
JERÔNIMO - Além de ser filha de um bandido, é uma...
João Coragem moveu-se em direção do irmão. Havia desvario no seu gesto. Seus olhos faiscavam como as pedras que descobria no garimpo.
JOÃO - Veja como fala, irmão.
SINHANA - (dirigiu-se á moça) Cê não é mulher pro meu filho.
João saíra por alguns minutos e Jerônimo não se deixava vencer.
JERÔNIMO - Seja mulher de Pedro Barros ou de um santo, mulher como você se encontra ás dúzias.
Diana sorriu.
SINHANA - Só quero te fazer uma pergunta. Cê gosta do meu filho?
DIANA - Ele me distrai. É um bom sujeito.
SINHANA - E vai fazer ele se casar com você... porque é um bom sujeito? Cê é uma aventureira e quer desgraçar com a vida de um homem bão.
DIANA - Quero desgraçar com ninguém, dona! Me deixa! Um canto pra dormir... um prato de comida... poder rir quando quero... amar... correr... brincar, sem medo... é a minha filosofia.
Sinhana sentiu a possibilidade de se desfazer da jovem. Ela não tinha dinheiro. Retirou algumas notas de um pote guardado na prateleira.
SINHANA - Gosta muito de dinheiro, também, não?
DIANA - Não desprezo. Ás vezes preciso... até roubar... sabe como é? Quem tem uma vida livre, como eu...
SINHANA - (entregou-lhe o dinheiro) Pois toma. Leva. São as economias da família. É tudo quanto a gente tem. Pega isto e some. Some da vida do meu filho.
Diana sorriu, pegou das notas e guardou-as, em grupo, no seio.
CORTA PARA:
CENA 02 - RIO DE JANEIRO - HOTEL GLORIA - APARTAMENTO - INT. - NOITE.
DUDA - Está contente?
RITINHA - Radiante, Eduardo. Que coisa de louco! Nunca pensei que fosse assim...
DUDA - (abrindo a janela do apartamento) Veja, Rita.
RITINHA - Bacana, Eduardo! Tudo lindo! A cidade do Rio de Janeiro é uma beleza... Quantas luzes. Eduardo, vem ver!
DUDA - Ritinha, eu quero lhe dizer uma coisa. Escute: eu tenho um apartamento... quero dizer... eu e uns amigos. Você sabe... tem muitos solteiros no time... a gente alugou um apartamento, mas quem dá a maior parte sou eu. E agora eu vou tirar aquela cambada de lá.
RITINHA - Quando a gente vai?
DUDA - Eu vou agora. Você fica aqui e me espera.
RITINHA - Eduardo... nem bem a gente chegou. Eu pensei que... você...
DUDA - Eu sei o que você pensou.
Beijaram-se longamente.
DUDA - Espere, Ritinha. É por pouco tempo.
CORTA PARA:
CENA 03 - HOTEL GLÓRIA - APARTAMENTO - INT. - NOITE.
Há horas que Duda tinha deixado o apartamento do Hotel Glória. Ritinha continuava só, imersa em pensamentos que envolviam desde sua cidadezinha natal, longínqua, no interior, até a sua atual situação, casada, á espera do marido em um luxuoso hotel. Duda não retornava. Rita tomou uma decisão. Na portaria do hotel – pensou ela – deveriam ter o número do telefone particular do Duda. “Afinal, ele é um homem importante”. Acertara em cheio. Conheciam o telefone do “Duda do Flamengo”.
Rita fez a ligação.
RITINHA - Alô, Eduardo! Sou eu, Ritinha.
Duda deu as explicações necessárias.
DUDA - Eu sei que hoje é a nossa noite de núpcias, mas eu tenho que me concentrar. Descobriram minha volta... É. Azar. O que é que a gente pode fazer. Eu não te avisei que era duro? Olha, toma nota do endereço do meu apartamento. Você pega um carro e vem direto pra cá.
RITINHA - Mas, Eduardo, eu não conheço nada do Rio. Nem sei como tomar um carro. Posso me perder. Você não pode vir me buscar?
DUDA - Não tenho tempo, Ritinha. Olha, mando a mulher do Neca te pegar aí. Você espera ela. É uma moça muito simpática, alegre. É a Carmen, cantora. Legal ás pampas.
RITINHA - Tá bem, Eduardo, se não tem outro jeito... E quando é que eu te vejo? Só domingo á noite? Tá. Hoje ainda é quinta.
CORTA PARA:
CENA 04 - COROADO - CASA DE BRAZ CANOEIRO - INT. - DIA.
Cema cumpriu a palavra empenhada a Diana. Mandou chamar João no garimpo. Há algumas horas a bela mulher aparecera no casebre do Braz, trazida de algum lugar por um garimpeiro das redondezas. E agora, dava um autêntico show, dançando ao som de uma radiola que trouxera.
CORTA PARA:
CENA 05 - CASA DE BRAZ CANOEIRO - SEQUENCIA - EXT. - DIA.
João estava chegando, quando Cema correu até o portão.
CEMA - Achei melhor a gente conversar aqui.
JOÃO - (impaciente) Cadê ela, Cema? Cê não disse que aquela doida estava aqui?
CEMA - Está, Jão. Agora foi no rio. Tá tomano banho. Jão, eu acho que ela não regula da bola, não. Botou isso aí...
Cema mostrou a vitrola de Diana.
CEMA - Tocou alto que não era vida. Umas musgas maluca. Ela se rebolava e dançava de um jeito... Jão, essa mulher não é procê, não.
JOÃO - Por que, Cema?
CEMA - Porque vai te trazer muito sofrimento.
JOÃO - E que é que eu posso fazer, Cema... se já tou meio maluco prela.
CORTA PARA:
CENA 06 - RIACHO - EXT. - DIA.
João correu para o riacho. A moça estava acabando de se vestir. Os cabelos molhados, a pele ainda úmida. Avistou o garimpeiro.
DIANA - Ei, grandalhão! Vem cá!
João se aproximou, receoso. Ela deixou a margem do riacho e, puxando-o pelo braço, levou-o até perto das águas.
DIANA - Te esperei um tempão.
JOÃO - Tava no garimpo...
DIANA - Quase que eu fui lá.
JOÃO - Então, ocê resolveu voltar?
DIANA - Voltei pra você. Sou sua, não sou? Não quer aproveitar?
JOÃO - Aproveitar?
DIANA - Homem não gosta de mulher? Se estou dizendo que sou sua... você pode fazer de mim o que quiser. A não ser que não me queira mais. Aí é outro caso. Eu pego meus trapinhos e vou assentar praça noutro lugar.
João não resistiu á tentação da mulher diabólica.
As águas corriam molemente, os pássaros cantavam e o mundo sempre a girar, a girar.
CORTA PARA:
CENA 07 - CASA DO RANCHO CORAGEM - EXT. - DIA.
Sinhana, encostada á porta, descansava da labuta incessante no rancho. Os rapazes davam trabalho. Ela e Potira tinham de se desdobrar para atender aos deveres da casa e do rancho.
POTIRA - (abriu a porta dos fundos e anunciou) Jão vem aí com uma moça bonita.
SINHANA - Fecha a porta dos fundos, índia do inferno.
João apeou do cavalo e retirou a moça da garupa.
JOÃO - Mãe, Jerônimo. Abram a porta.
SINHANA - Vai simbora, Jão. Vai simbora.
JOÃO - Abre, mãe.
Jerônimo interveio, abrindo a porta ao irmão.
DIANA - Alô, garotão. Era você que não queria abrir a porta?
Jerônimo não respondeu. Dirigiu-se ao irmão.
JERÔNIMO - Pra que você trouxe ela aqui?
Inquieta, a moça olhava detidamente a casa.
JOÃO - Olha, estou precisando de duas coisas: comida e água pra ela lavar os pés. Estão todos sujos de areia...
SINHANA - (voltou-se, irritada) E ocê acha que tua mãe vai lavar pé da filha de Pedro Barros?
DIANA - (deu uma gargalhada) Taí, grandalhão. Taí a chave do mistério. Tua velha está de cara feia porque está pensando que eu sou aquela cretina. Manjei tudo.
SINHANA - (zangada) Que língua é essa que ela tá falando, filho?
JOÃO - É jeito dela, mãe.
JERÔNIMO - (olhou severo para a moça) Quem é essa sujeita?
DIANA - (raivosa) Não engrossa, rapaz. Não engrossa e não me confunde. Não sou filha de Pedro, nem de Paulo. Não tenho pai, nem mãe. Não sou daqui.
JERÔNIMO - (dirigindo-se a João) Explica, irmão. Essa... não é aquela moça que eu vi na casa do safado do Barros?
DIANA - (bateu palmas, sorrindo) Gostei! Isso mesmo! O safado do Barros.
JOÃO - Esta... é outra, irmão. Acha que se fosse filha dele... dizia essas coisas? Do próprio pai?
O jovem se aproximou da moça, num exame meticuloso. Pegou no rosto de Diana, suspendendo-o com ira.
JERÔNIMO - Ela não é outra. É a filha de Pedro Barros, Jão!
DIANA - (insolente) Conheço a filha dele. É uma cretina, metida a besta. Olha aí, tenho até pena dela.
JERÔNIMO - Ela tá te enganando, Jão. Isso é coisa do pai dela. Um truque... ou qualquer coisa parecida, para dar um golpe na gente.
SINHANA - (possessa) É isso mesmo. Não acredita nessa mulher, meu filho.
DIANA - Diz pra eles, grandalhão. Diz o que foi que você decidiu a meu respeito.
João não sabia por onde começar. Titubeava.
JOÃO - Eu... eu e ela... a gente vai se unir... eu quero dizer... vou amanhã bem cedinho falar com Padre Bento... a gente vai se casar.
JERÔNIMO - A gente não vai deixar cê fazer essa besteira, mano. De jeito nenhum.
JOÃO - Quem decide minha vida sou eu...
JERÔNIMO - Além de ser filha de um bandido, é uma...
João Coragem moveu-se em direção do irmão. Havia desvario no seu gesto. Seus olhos faiscavam como as pedras que descobria no garimpo.
JOÃO - Veja como fala, irmão.
SINHANA - (dirigiu-se á moça) Cê não é mulher pro meu filho.
João saíra por alguns minutos e Jerônimo não se deixava vencer.
JERÔNIMO - Seja mulher de Pedro Barros ou de um santo, mulher como você se encontra ás dúzias.
Diana sorriu.
SINHANA - Só quero te fazer uma pergunta. Cê gosta do meu filho?
DIANA - Ele me distrai. É um bom sujeito.
SINHANA - E vai fazer ele se casar com você... porque é um bom sujeito? Cê é uma aventureira e quer desgraçar com a vida de um homem bão.
DIANA - Quero desgraçar com ninguém, dona! Me deixa! Um canto pra dormir... um prato de comida... poder rir quando quero... amar... correr... brincar, sem medo... é a minha filosofia.
Sinhana sentiu a possibilidade de se desfazer da jovem. Ela não tinha dinheiro. Retirou algumas notas de um pote guardado na prateleira.
SINHANA - Gosta muito de dinheiro, também, não?
DIANA - Não desprezo. Ás vezes preciso... até roubar... sabe como é? Quem tem uma vida livre, como eu...
SINHANA - (entregou-lhe o dinheiro) Pois toma. Leva. São as economias da família. É tudo quanto a gente tem. Pega isto e some. Some da vida do meu filho.
Diana sorriu, pegou das notas e guardou-as, em grupo, no seio.
FIM DO CAPÍTULO 9
Diana (Gloria Menezes) e João (Tarcísio Meira) |
E NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
# NO RIO DE JANEIRO, PAULA METE RITINHA NA MAIOR ENRASCADA: APROVEITANDO-SE DA INGENUIDADE DA MOÇA, SE FAZ PASSAR POR CARMEN VALÉRIA E CONVENCE A POBRE CAIPIRA A IR AO ENCONTRO DO MARIDO, NA CONCENTRAÇÃO DO FLAMENGO!
# A MÃE CORAGEM OFERECE DINHEIRO A DIANA PARA AFASTAR-SE DO FILHO!
# NO RIO DE JANEIRO, PAULA METE RITINHA NA MAIOR ENRASCADA: APROVEITANDO-SE DA INGENUIDADE DA MOÇA, SE FAZ PASSAR POR CARMEN VALÉRIA E CONVENCE A POBRE CAIPIRA A IR AO ENCONTRO DO MARIDO, NA CONCENTRAÇÃO DO FLAMENGO!
# A MÃE CORAGEM OFERECE DINHEIRO A DIANA PARA AFASTAR-SE DO FILHO!
NÃO PERCA O CAPÍTULO 10 DE...
Como sempre, muito bom! Diana é tão engraçada, a gente tem que rir da maluquice dela! Parabéns Toni, está muito legal! Bjs.
ResponderExcluirConcordo com vc, Maria do Sul! Diana é uma figuraça! E mais engraçado ainda é quando Potira resilve imitá-la e leve uns tapas do Jerônimo! kkkkkkk Ela achou que ia impressionar o cara, mas não deu certo!
ResponderExcluirbjs