Roteirizado por Toni Figueira
do original de Janete Clair
CAPÍTULO 35
PARTICIPAM DESTE CAPÍTULO:
DR. RAFAEL
MARIA DE LARA
DUDA
FAUSTO PAIVA
CENA 1 - FAZENDA DE PEDRO BARROS - CASA-GRANDE - EXT. - MANHÃ.
Eram 5 horas da tarde quando o Dr. Rafael, segurando a mala, dirigiu-se para o jardim da casa-grande, onde Maria de Lara o aguardava. Caminhavam lentamente. A tarde caía e o sol avermelhado tingia de púrpura o horizonte. Lara ouvia as explicações do psiquiatra. Era necessário que tomasse conhecimento da terrível verdade, mas por intermédio de quem dispusesse de entendimento, boa vontade e habilidade, para não chocar os sentimentos e os nervos já abalados da moça. O médico se referiu ao incidente do dia anterior, á aparição de Diana Lemos e á revelação de suas relações íntimas com o garimpeiro João Coragem.
DR. RAFAEL - Lara... você está grávida! Vai ser mãe!
A moça chorava silenciosa, amparada nos braços do médico.
DR. RAFAEL - Era preciso que ficasse ciente desta realidade. Agora, já sabe da existência de uma outra personalidade sua... e que a essa outra personalidade se devem os fatos que lhe aconteceram. É dela a voz que costuma ouvir. (depois de pequena pausa, prosseguiu) Já sabe da importância de João Coragem na vida de Diana. Já sabe que há um casamento marcado com ele e as razões por que não pode fugir... desta situação. Acha que pode aceitá-la?
MARIA DE LARA - Eu... eu não sei, doutor... Preciso de tempo... para raciocinar sobre tudo isso. Nunca pensei que isto pudesse me acontecer!
DR. RAFAEL - Dou-lhe uma esperança de cura. Deve confiar em mim. Infelizmente, não posso permanecer aqui, ao menos para saber qual será sua resolução. Espero ter feito tudo para ajudá-la.
MARIA DE LARA - (tristonha) Já vai, doutor?
DR. RAFAEL - Tenho compromissos no Rio de Janeiro, mas me comunicarei permanentemente com seus pais.
MARIA DE LARA - Papai... como recebeu... a noticia?
DR. RAFAEL - Muito mal. Mas acho que tudo depende muito mais de você do que dele.
MARIA DE LARA - Vou pensar, doutor... se devo ou não... aceitar esse casamento... com... com João Coragem.
Rafael estendeu-lhe as duas mãos e apertou suavemente as que a moça lhe ofereceu, finas e geladas.
DR. RAFAEL - Não desanime. Fique confiante. Estou certo de que este primeiro passo será em seu benefício.
MARIA DE LARA - Adeus, doutor... e obrigada por tudo.
CORTA PARA:
CENA 2 - SÃO PAULO - GRANDE HOTEL - CORREDOR - INT. - NOITE.
O elevador desceu e Duda, apalermado com a inesperada aparição de Fausto Paiva, deixou-se ficar, estático, á espera da reação, por certo violenta, do técnico. E, de fato, o homem despejou torrentes de palavrões e de ameaças. Duda fumava nervoso, desobedecendo a um dos itens mais rigorosos da relação de proibições do técnico.
FAUSTO PAIVA - Já disse tudo o que tinha a dizer. Agora, se quer fazer esta burrada, o resto é com você.
DUDA - Já sei, já sei de tudo. Há uma hora que o senhor está dizendo coisas que eu estou cansado de saber. Mas acontece que minha mulher...
FAUSTO PAIVA - (cortou, colérico) Há mais de uma hora que estou lhe falando e pensei que tivesse um pouco de juízo. Acho que há uma hora estou falando pras paredes!
Duda fez um gesto de enfado, erguendo a palma da mão e enfrentando com firmeza o olhar do técnico.
DUDA - Não adianta, seu Fausto. Tomei a decisão. Vou para o Rio agora mesmo.
Fausto saiu bufando.
Eram 5 horas da tarde quando o Dr. Rafael, segurando a mala, dirigiu-se para o jardim da casa-grande, onde Maria de Lara o aguardava. Caminhavam lentamente. A tarde caía e o sol avermelhado tingia de púrpura o horizonte. Lara ouvia as explicações do psiquiatra. Era necessário que tomasse conhecimento da terrível verdade, mas por intermédio de quem dispusesse de entendimento, boa vontade e habilidade, para não chocar os sentimentos e os nervos já abalados da moça. O médico se referiu ao incidente do dia anterior, á aparição de Diana Lemos e á revelação de suas relações íntimas com o garimpeiro João Coragem.
DR. RAFAEL - Lara... você está grávida! Vai ser mãe!
A moça chorava silenciosa, amparada nos braços do médico.
DR. RAFAEL - Era preciso que ficasse ciente desta realidade. Agora, já sabe da existência de uma outra personalidade sua... e que a essa outra personalidade se devem os fatos que lhe aconteceram. É dela a voz que costuma ouvir. (depois de pequena pausa, prosseguiu) Já sabe da importância de João Coragem na vida de Diana. Já sabe que há um casamento marcado com ele e as razões por que não pode fugir... desta situação. Acha que pode aceitá-la?
MARIA DE LARA - Eu... eu não sei, doutor... Preciso de tempo... para raciocinar sobre tudo isso. Nunca pensei que isto pudesse me acontecer!
DR. RAFAEL - Dou-lhe uma esperança de cura. Deve confiar em mim. Infelizmente, não posso permanecer aqui, ao menos para saber qual será sua resolução. Espero ter feito tudo para ajudá-la.
MARIA DE LARA - (tristonha) Já vai, doutor?
DR. RAFAEL - Tenho compromissos no Rio de Janeiro, mas me comunicarei permanentemente com seus pais.
MARIA DE LARA - Papai... como recebeu... a noticia?
DR. RAFAEL - Muito mal. Mas acho que tudo depende muito mais de você do que dele.
MARIA DE LARA - Vou pensar, doutor... se devo ou não... aceitar esse casamento... com... com João Coragem.
Rafael estendeu-lhe as duas mãos e apertou suavemente as que a moça lhe ofereceu, finas e geladas.
DR. RAFAEL - Não desanime. Fique confiante. Estou certo de que este primeiro passo será em seu benefício.
MARIA DE LARA - Adeus, doutor... e obrigada por tudo.
CORTA PARA:
CENA 2 - SÃO PAULO - GRANDE HOTEL - CORREDOR - INT. - NOITE.
O elevador desceu e Duda, apalermado com a inesperada aparição de Fausto Paiva, deixou-se ficar, estático, á espera da reação, por certo violenta, do técnico. E, de fato, o homem despejou torrentes de palavrões e de ameaças. Duda fumava nervoso, desobedecendo a um dos itens mais rigorosos da relação de proibições do técnico.
FAUSTO PAIVA - Já disse tudo o que tinha a dizer. Agora, se quer fazer esta burrada, o resto é com você.
DUDA - Já sei, já sei de tudo. Há uma hora que o senhor está dizendo coisas que eu estou cansado de saber. Mas acontece que minha mulher...
FAUSTO PAIVA - (cortou, colérico) Há mais de uma hora que estou lhe falando e pensei que tivesse um pouco de juízo. Acho que há uma hora estou falando pras paredes!
Duda fez um gesto de enfado, erguendo a palma da mão e enfrentando com firmeza o olhar do técnico.
DUDA - Não adianta, seu Fausto. Tomei a decisão. Vou para o Rio agora mesmo.
Fausto saiu bufando.
FIM DO CAPÍTULO 35
E NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
*** DUDA, APAIXONADO, ADVERTE RITINHA QUE NÃO ABRA A PORTA PARA NINGUÉM.
*** PEDRO BARROS ATRAI JOÃO CORAGEM Á SUA FAZENDA E ARMA UMA CILADA: PEDE PARA VER O DIAMANTE E, PROTEGIDO PELO BANDO DE JAGUNÇOS, DECIDE NÃO DEVOLVER AO GARIMPEIRO!
NÃO PERCA O CAPÍTULO 36 DE
Pobre Maria de Lara! Que situação complicada, a dela! Gostei de ver Duda enfrentando o técnico carrasco! Toni, está bem legal! Bjs.
ResponderExcluirÉ mesmo, Maria do Sul, esse técnico é um carrascão! Regime de quartel para os jogadores, ne!
ResponderExcluirBjs!