sexta-feira, 20 de abril de 2012

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU - CAPÍTULO 35 - AUTOR: TONI FIGUEIRA

Novela de Antonio Figueira
Inspirada na Obra de Dias Gomes


http://www.youtube.com/watch?v=PL8KGolIO0g&feature=youtu.be

CAPÍTULO 35

Participam deste capítulo:

VERINHA
MARIO MALUCO
RICARDINHO
RENATÃO
SAMUCA
TIA COLÓ
KONSTANTÓPULUS
VÍTOR
HELÔ
BABI
OLIVEIRA RAMOS
MISS JULY
SUSI
ARAKEN
GOUVIEA NETO
LAURO LEMOS
NELSON MOTA

CENA 1  -  APARTAMENTO DE RENATÃO  -  SALA  -  INT.  -  DIA.
KONSTANTÓPULUS E SAMUCA ASSISTIAM, SEM ACREDITAR NA CENA: RENATÃO VOLTOU PARA CASA, EM COMPANHIA DE TIA COLÓ E CARLINHA, CARREGADO DE MALAS E BAGAGENS.

RENATÃO  -  (para os dois) Ei! Vão ficar aí, parados? Venham ajudar tia Coló a se instalar no quarto de hóspedes. (aproximou-se de Konstantópulus e sussurrou ao seu ouvido)  A partir de hoje, esse apartamento sofre modificações. Não deixe entrar mais nenhuma mulher aqui!

KONSTANTÓPULUS  -  (incrédulo) Tem... certeza? Patrão... o senhor pensou bem no que tá fazendo?

SAMUCA  -  (achegou-se e sussurrou para os dois) Isso não vai dar certo! Você pirou, Renatão?

RENATÃO  -  (decidido)  Tem que dar! Faço qualquer coisa pra não perder minha filha praquela... Madame X! (e para a tia) Tia, seja bem-vinda! Fique à vontade. A casa é sua!

TIA COLÓ OLHOU EM VOLTA, OBSERVANDO TUDO ATENTAMENTE.

TIA COLÓ  -  Renatinho, sua casa é tão branca, parece um hospital! Temos que colocar umas plantas, umas flores (apontou para um canto) Olha, vamos pôr aqui uma samambaia chorona! Vai ficar lindo!

RENATÃO, SAMUCA E KONSTANTÓPULUS OLHARAM-SE, SEM ACREDITAR.

RENATÃO  -  (suspirou, resignado) Vamos levar as malas pro quarto.

SAMUCA  -  Ué... eu não sabia que samambaia chorava...

CORTA PARA:

CENA 2  -  “FOLHA DO RIO” -  SALA DE GOUVIEA NETO  -  INT.  -  DIA

GOUVEIA, O DIRETOR DA “FOLHA DO RIO”, CONVERSAVA COM ARAKEN TEIXEIRA, NELSON MOTA E LAURO LEMOS. O ASSUNTO, COMO SEMPRE, ERA A SANTA DE IPANEMA, QUE O PRIMEIRO HAVIA CRIADO PARA VENDER JORNAL, E ACABOU TOMANDO PROPORÇÕES ASSUSTADORAS.

GOUVEIA NETO  -  Sabe que uma noite dessas o Julinho do Vasco tava lá fazendo sua macumbinha pro time ganhar do Flamengo? É, a coisa chegou a esse ponto... nunca imeginei!

LAURO LEMOS  -  Pois é, pra você ver: todas as minhas teorias sobre a superioridade intelectual do homem de Ipanema caíram por terra. Tenho visto muito cara que tira onda de materialista acendendo a sua velinha. Depois, no dia seguinte, diz que tava de cara cheia... Sabe quem eu vi lá uma noite dessas?  O Pedro Bial. Palavra!

GOUVEIA NETO  -  Mas agora eu tive outra idéia genial! Nós fizemos uma santa, não foi? Pois agora vamos destruí-la!

ARAKEN  -  Não entendi.

NELSON MOTA  -  Eu também não. Explique isso melhor...

GOUVEIA NETO  -  Dismistificar! Virar a história pelo avesso, mostrar ao público que Nívea Louzada não era santa coisa nenhuma! Contar a verdade. O caso dela com Ricardinho e com outros; as fotos que ela tirou nua; todas as sujeiras. Arrasar com ela!

ARAKEN LEVANTOU-SE, INDIGNADO.

ARAKEN  -  Eu estou fora! Não quero mais fazer parte dessa tramóia! Sinceramente? É uma canalhice o que vocês estão fazendo com a moça em nome do jornalismo. E tão-somente para vender jornal!

GOUVEIA NETO  -  (frio, mostrou-lhe a porta) Você é livre, meu caro. Fique à vontade!

ARAKEN DEU-LHES AS COSTAS E RETIROU-SE DA SALA.

CORTA PARA:

CENA 2  -  URCA  -  PRAIA VERMELHA  -  EXT.  – TARDE.

ERA UM BELO FIM DE TARDE. VÍTOR ESTACIONOU O CARRO NA ORLA E SAIU, COM HELÔ, EM  DIREÇÃO AO CALÇADÃO. ABRAÇOU-A, AMOROSO E CAMINHAVAM, DESPREOCUPADAMENTE, EMOLDURADOS PELO MAR E O PÃO DE AÇÚCAR AO FUNDO.

VÍTOR  -  Esse lugar é muito bonito (apontou para o bondinho, que iniciava a subida) Olha o bondinho!

HELÔ  -  Eu amo a Urca! Se não morasse em Ipanema, adoraria morar aqui!

VÍTOR  -  Quem sabe, um dia, a gente vem morar aqui? Parece ser um lugar tranquilo, o lugar ideal para criar nossos filhos.

HELÔ  -  ((brincou)  Nossos? Posso saber quantos filhos o meu futuro senhor marido pretende ter? Sim, porque até o momento não fui informada....   

VÍTOR  -  (sussurrou no ouvido da jovem) Uns quatro, tá bom?

HELÔ  -  Eu imaginava um casal... (fitou o noivo, com paixão) Mas se isso fizer você feliz, eu digo sim, sim! Dois casais, então!

VÍTOR  -  Isso. Dois casais! (lembrou-se do pedido de Oliveira Ramos. Falou, serio) Helô... essa sua idéia de ir aos Estados Unidos buscar sua mãe... deixou seu pai preocupado, sabia?
 
HELÔ  -  Eu disse a ele que faço questão que minha mãe assista nosso casamento. É natural que, no dia mais importante da minha vida, eu queira a presença da minha mãe, você não acha?

VÍTOR  -  Acho, claro (ponderou) Só que... eu não sei se ela chegaria a tempo. Pensei em marcar o nosso casamento para daqui a um mês. Você concorda?

OS OLHOS DE HELÔ SE ILUMINARAM.

HELÔ  -  Você tá falando sério?

VÍTOR  -  Eu não brincaria com isso.

HELÔ  -  (recostou a cabeça no peito do rapaz, ar de felicidade) É lógico que eu concordo! É o que eu mais quero!

VÍTOR  -  Pois então, cuide dos proclames, porque temos pouco tempo. Se bem que... eu gostaria de uma cerimônia simples, com poucos convidados... apenas os mais chegados...

HELÔ  -  Será como você quiser, meu amor. Agora, me beija, vai.

VÍTOR BEIJOU-A NOS LÁBIOS. COMEÇAVA A ESCURECER NO RIO DE JANEIRO.

CORTA PARA:

CENA 3  -  CASTELINHO  -  INT.  -  NOITE.

TRES HORAS DEPOIS, ATENDENDO A UM PEDIDO DE ARAKEN TEIXEIRA, VÍTOR FOI AO SEU ENCONTRO, NO CASTELINHO. ENTROU NO BAR E AVISTOU-O NUMA MESA, TOMANDO UM CHOPE.

VÍTOR  -  (aproximou-se) Como vai, Araken?

ARAKEN  -  Tudo bem, Vítor (apertaram as mãos) Te chamei aqui porque precisava muito falar com você.

VÍTOR  -  Se for sobre a covardia que o seu jornal está fazendo com a memória de Nívea...

ARAKEN  -  (cortou) Eu estou fora. Saí por não concordar com esses absurdos, com essas matérias sensacionalistas que estão fazendo pra vender jornal!

VÍTOR FITOU O JORNALISTA, SURPRESO.

VÍTOR  -  (aliviado)  Finalmente, alguém com um pouco de escrúpulos e bom senso...

ARAKEN  -  Vítor, chamei você aqui para alertá-lo. Eles agora querem destruir o mito “Santa de Ipanema”. Querem mostrar que ela não é santa, seu caso com Ricardinho e, o mais grave: pretendem negociar e publicar as fotos que Nívea tirou nua! Enfim, querem arrasar com a imagem dela!

VÍTOR  -  (arregalou os olhos, estupefato)  Mas isso é um absurdo! Não podemos permitir isso! Temos que fazer alguma coisa pra impedir!

ARAKEN  -  Por isso te chamei aqui! O negócio está sendo feito com o gringo, correspondente da revista estrangeira, e só há um meio de impedir que seja levado a cabo: adquirir dele os negativos!

VÍTOR  -  Quanto?

ARAKEN  -  Vinte e cinco mil reais.

VÍTOR  -  É muito dinheiro. Não possuo nem a terça parte. Sou um homem pobre. Mas há uma solução.

ARAKEN  -  Qual?

VÍTOR  -  Oliveira Ramos. Um empréstimo. Ele não precisa saber de nada.

ARAKEN  -  Boa idéia. Fale com ele o mais rápido possível e me avise quando tiver com o dinheiro. Eu levo você até o gringo!

CORTA PARA:

CENA 4  -  BANCO  -  SALA DE OLIVEIRA RAMOS  -  INT.  -  DIA.
NAS PRIMEIRAS HORAS DO DIA SEGUINTE, VÍTOR ESTAVA Á FRENTE DE OLIVEIRA RAMOS, PEDINDO UM EMPRÉSTIMO.

OLIVEIRA RAMOS  -  (falou com simpatia)  Meu caro Vítor, eu sou muito grato a você por vários motivos. Helô parou de exigir a presença da mãe e está muito feliz com você. Eu não teria como negar nada ao meu futuro genro. Fique tranquilo. Eu confio em você e não vou perguntar nada.

VÍTOR  -  Eu fico muito agradecido, doutor Oliveira. Prometo que vou lhe devolver esse dinheiro o mais rápido que puder. E fique certo de que é por uma boa causa!

OLIVEIRA RAMOS  -  Não duvido disso (entregou-lhe um cheque) Aqui está o dinheiro. Faça bom proveito.

CORTA PARA:

CENA 5  -  PRAÇA NOSSA SENHORA DA PAZ  -  EXT.  -  DIA.

ERAM QUASE 5 DA TARDE QUANDO VÍTOR E ARAKEN ENCONTRARAM-SE NA PRAÇA. O JORNALISTA ENTREGOU-LHE UM ENVELOPE AMARELO.

ARAKEN  -  Aqui estão os negativos, Vítor. São seus. Faça deles o que quiser.

VÍTOR  -  Muito obrigado, meu amigo. Você provou que é um homem de bem. Com sua atitude, evitou enorme sofrimento para várias pessoas. Principalmente para os pais de Nívea...

CENA  6  -  APARTAMENTO DE EMILIANO  -  QUARTO DE VÍTOR  -  INT.  -  TARDE. 

VÍTOR, COM UM ISQUEIRO, QUEIMOU O ENVELOPE COM OS NEGATIVOS DAS FOTOS DE NÍVEA.

CORTA PARA:

CENA 7  -  PRAIA DE IPANEMA  -  EXT.  -  NOITE.

VÍTOR CAMINHAVA, DISTRAÍDO PELO CALÇADÃO, QUANDO AVISTOU, ALGUNS METROS À FRENTE, NA AREIA DA PRAIA, AS MOTOCICLETAS FORMANDO UM SEMI-CÍRCULO, TODAS COM OS FARÓIS ACESOS. RECONHECEU DE IMEDIATO  RICARDINHO, MARIO MALUCO, BABI, VERINHA E MARCOS. HESITOU POR ALGUNS SEGUNDOS, MAS RESOLVER SEGUIR EM FRENTE.

MARIO MALUCO FOI O PRIMEIRO A DIVISAR  A APROXIMAÇÃO DE VÍTOR.

MARIO MALUCO  -  Ricardinho, olha só quem vem aí... o padreco!

RICARDINHO  -  (esfregou as mãos, com expressão de ódio) Finalmente! Chegou a hora do nosso acerto de contas. Nunca me conformei com os trancos que recebi dele na casa da  Jurema. Mais por isso do que por outra coisa, vou me vingar agora! (encaminhou-se na direção de Vítor, que seguia seu rumo no calçadão) Olá, padreco! Eu acho que a gente tem uma conta velha pra acertar. Lembra daquela briga no apartamento de Jurema? Você me pegou distraído, me deu um empurrão e eu bati com a cabeça na parede. Queria ver você fazer o mesmo agora!

VÍTOR  -  (procurou controlar-se) Não vou fazer isso, rapaz. Naquela ocasião tinha motivos; agora, não.

RICARDINHO  -  (gritou, provocando) Não tem motivo ou não tem coragem? Se é por falta de motivo, eu posso lhe arranjar um!

VERINHA  -  Pare com isso, Ricardinho! Deixe o cara em paz!

SEM SE IMPORTAR COM OS PROTESTOS DE VERINHA, RICARDINHO DEU UM EMPURRÃO EM VÍTOR.

RICARDINHO  -  Seu bicão de sacristia!

AVANÇOU AGRESSIVO PARA VÍTOR, QUE PROCUROU SAIR FORA, MAS RICARDINHO LHE BARROU A PASSAGEM. VÍTOR TENTOU FORÇAR, MAS LEVOU UM SOCO NO ROSTO.

BABI  -  Parem! Parem com isso!

VÍTOR PASSOU A MÃO PELA BOCA, QUE SANGRAVA.

VÍTOR  -  Está satisfeito? Já tirou a diferença...

RICARDINHO  -  Não, não tou satisfeito, não! Vou te arrebentar hoje, aqui!

RICARDINHO AVANÇOU PARA VÍTOR, QUE APENAS SE PÔS EM GUARDA.

VÍTOR  -  Eu acho que nós podíamos conversar...

RICARDINHO  -  Não quero saber de conversa! Quer saber, padreco? Tou a fim de tirar uma dúvida: quero saber se você é macho!

TORNOU A ACERTAR OUTRO MURRO EM VITOR, QUE CAIU NA AREIA. RICARDINHO SALTOU SOBRE ELE E COMEÇOU A ESMURRÁ-LO NO ROSTO, COM CRUELDADE. VÍTOR, EM DADO MOMENTO, CONSEGUIU DESVENCILHAR-SE DO OUTRO E PÔS-SE DE PÉ. DAÍ EM DIANTE A BRIGA PASSOU A SER DE IGUAL PARA IGUAL. VÍTOR REAGIU COM DECISÃO, QUANDO RICARDINHO O ATACOU NOVAMENTE, NEUTRALIZOU A INVESTIDA COM UM SOCO EM CHEIO NO ROSTO  E  OUTRO  NA  PONTA  DO  NARIZ  QUE  O ATIROU AO CHÃO. RICARDINHO LEVANTOU CAMBALEANDO, MAS FOI ATINGIDO POR OUTRA SARAIVADA DE MURROS E COMEÇOU A SANGRAR TAMBÉM. VÍTOR ATIROU-SE POR CIMA DELE E, NOVAMENTE, OS DOIS ROLARAM NA AREIA. RICARDINHO ESTAVA POR BAIXO E MARIO MALUCO FEZ UM MOVIMENTO PARA IR EM SUA AJUDA.

RICARDINHO  -  (gritou) Não! Não quero ajuda! Sai pra lá! (e tornou a lançar-se sobre Vítor, completamente fora de si) Agora você vai ver!

APAVORADAS, VERINHA E BABI RESOLVERAM A SITUAÇÃO, PUXANDO UM PARA CADA LADO. AMPARADO PELOS AMIGOS, RICARDINHO LEVANTOU-SE. CHEIO DE HEMATOMAS. VÍTOR, POR SUA VEZ, TENTOU RECOMPOR-SE LIMPANDO O SANGUE DA BOCA COM O DORSO DAS MÃOS, ARRUMOU OS CABELOS E SEGUIU SEU CAMINHO.

CORTA PARA:

CENA 8  -  APARTAMENTO DE OLIVEIRA RAMOS  -  SALA DE JANTAR -  INT.  -  NOITE.
MISS JULY ACABARA DE SERVIR O JANTAR PARA OLIVEIRA RAMOS, SUSI E HELÔ, QUE, CONFORME PROMETERA AO PAI, PROCURAVA DAR UMA TRÉGUA EM SUA RIXA COM A JOVEM MADRASTA.

MISS JULY  -  (lembrou-se) Helô, já ia esquecendo! Chegou essa carta para você!

HELÔ EXAMINOU O ENVELOPE ENTREGUE PELA GOVERNANTA, COM CURIOSIDADE.

HELÔ  -  Estranho... não tem remetente!

OLIVEIRA RAMOS  -  Mas está em seu nome?

HELÔ  -  Destinatário: Heloísa Oliveira Ramos (abriu o envelope e leu)  “A  justiça  tarda,  mas  não falha. Logo você estará apodrecendo na cadeia, como a verdadeira assassina de Nívea Louzada” (olhou para todos, atônita) Gente... o que é isso?!



FIM DO CAPÍTULO 35
Vítor e Helô

e no próximo capítulo...


*** Vítor fica indignado com as acusações feitas a Helô por carta anônima.
*** Samuca está ciceroneando uma velha mexicana muito rica, que cai de amores por ele. Joaninha muito dsconfiada, querendo tirar essa história a limpo. Confusões à vista!
*** Descubra no próximo capítulo quem é o autor das cartas anônimas!


NÃO PERCA O CAPÍTULO 36 DE


2 comentários:

  1. Renatão tentando ser bom moço. O que não faz um filho na vida de um homem. Estou imaginando ele e o Samuca tentando ser bem comportados... Morri de rir com a tia Coló e a samambaia chorona. Vitor e Ricardinho continuam sua disputa. Isso vai longe... Continuo achando Ricardinho o culpado pela morte de Nívea. Mas vamos ver. Estou gostando bastante, Toni. Tem humor e tensão na dose certa. Abraço.

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  2. Toni estou adorando, ri muito com a história da samambaia chorona de tia Coló, pobre Renatão, rsrsrs. Achei legal o comportamento de Araken, evitou mais aborrecimentos, mas o pobre Vítor já ficou em dívida com o futuro sogro, e isso não é bom. Quem será o autor dessas cartas anônimas? Vou aguardar pra saber. Bjs.

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