quinta-feira, 30 de abril de 2015

SESSÃO LEITURA - O DENTE QUEBRADO - PEDRO EMÍLIO COLL

O conto abaixo pertence ao autor venezuelano Pedro Emílio Coll.
Para maiores informações sobre o autor, favor acessar: http://singrandohorizontes.blogspot.com.br/2010/06/pedro-emilio-coll-1872-1947.html?m=0.
Boa leitura!

O DENTE QUEBRADO

Aos doze anos de idade, Juan Pena, brigando com uns moleques de rua, levou uma pedrada num dente; o sangue correu, lavando-lhe o sujo da cara, e o dente partiu-se em forma de serra. Nesse dia começa a idade de ouro de Juan Pena.
Com a ponta da língua, Juan passava o tempo a roçar o dente quebrado — o corpo imóvel, o olhar vago, sem pensar. Assim, de rebelde e brigão que era, fez-se calado e manso.
Os pais de Juan, fartos de ouvir queixas da vizinhança e dos transeuntes — vítimas das perversidades do garoto —, e que haviam esgotado toda espécie de repreensões e castigos, achavam-se agora estupefatos e aflitos com essa transformação.
Juan não dizia uma palavra, e passava horas a fio em atitude hierática, como em êxtase, enquanto lá dentro, na escuridão da boca fechada, sua língua acariciava o dente quebrado. Sem pensar.
— Esse menino não anda bem, Paulo — dizia a mãe ao marido.
— É preciso chamar o médico.
Veio o doutor, grave e pançudo, e fez o diagnóstico: pulso normal, bochechas sangüíneas, excelente apetite, nenhum sintoma de doença.
— Minha senhora — acabou por dizer o sábio, depois de longo exame —, a honestidade da minha pessoa impõe que lhe declare...
— O quê, senhor doutor de minha alma? — interrompeu a angustiada mãe.
— Que seu filho está são como um perro. O que é indiscutível — continuou, em voz misteriosa —, é que estamos em face de um caso fenomenal: seu filho, minha estimável senhora, sofre daquilo a que hoje chamamos o mal de pensar; numa palavra, seu filho é um filósofo precoce, um gênio talvez.
Na escuridão da boca, Juan acariciava o seu dente quebrado. Sem pensar.
Parentes e amigos fizeram-se eco da opinião do doutor, acolhida com indescritível júbilo pelos pais de Juan. Dentro em pouco, citava-se em toda a cidade o espantoso caso do “menino-prodígio”, e sua fama cresceu como um balão inchado de fumaça. Até o mestre-escola, que sempre o tivera como a cabeça mais lerda deste mundo, submeteu-se à opinião geral, visto que a voz do povo é a voz de Deus. E cada um trazia a confronto o seu exemplo: Demóstenes comia areia; Shakespeare era um malandrinho esfarrapado; Edison etc.
Cresceu Juan Pena entre livros abertos diante dos olhos, mas que ele não lia, distraído pela tarefa de sua língua ocupada em tocar a pequena serra do dente quebrado. Sem pensar.
E, com o corpo, crescia-lhe a reputação de homem judicioso, sábio e “profundo”, e ninguém se cansava de louvar o talento maravilhoso de Juan.
Juan ainda em plena mocidade, e as mais belas mulheres tratando de seduzir e conquistar aquele espírito superior, entregue a fundas meditações, segundo o julgamento de todos, mas que, na escuridão de sua boca, roçava o dente quebrado. Sem pensar.
Passaram-se meses e anos, e Juan Pena foi deputado, acadêmico, ministro. E achava-se a pique de ser eleito presidente da República, quando a apoplexia o surpreendeu, acariciando com a ponta da língua o seu dente quebrado.
E os sinos dobraram; e foi decretado rigoroso luto nacional; um orador chorou, numa oração fúnebre, em nome da pátria; e caíram rosas e lágrimas sobre o túmulo do grande homem que não tivera tempo de pensar.

(Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e Paulo Rónai, Mar de histórias – Nova Fronteira, vol. 10, p. 115)

SESSÃO ABERTURA DE NOVELA - GINA

A novela Gina foi apresentada pela Rede Globo no horário das 18h de 26 de junho a 7 de outubro de 1978.
O tema musical de abertura era Você e Eu, interpretado por Sylvia Telles.
Para maiores informações sobre a novela, favor acessar: http://memoriaglobo.globo.com/programas/entretenimento/novelas/gina.htm.
Boa diversão!



LETRA

VOCÊ E EU

Podem me chamar
E me pedir, e me rogar
E podem mesmo falar mal
Ficar de mal, que não faz mal
Podem preparar
Milhões de festas ao luar
Que eu não vou rir melhor, nem pedir
Eu não vou e nem quero ir
E também podem me intrigar
E até sorrir, e até chorar
E podem mesmo imaginar
O que melhor lhes parecer
Podem espalhar
Que eu estou cansada de viver
E que é uma pena para quem me conheceu
Eu sou mais você e eu

quarta-feira, 29 de abril de 2015

SESSÃO SAUDADE - LINDA BATISTA

“Nós somos as cantoras do rádio, levamos a vida a cantar”. Muitos ainda se lembram desses versos que retratam bem como é o trabalho de cantar e encantar.
Em décadas de MPB, muitas cantoras fizeram jus à canção e encantaram plateias, seja do rádio ou da televisão.
A nossa homenageada de hoje é uma delas: Linda Batista.



Linda Batista foi, em termos de fama, uma das principais estrelas musicais do Brasil, construindo uma carreira que durou da metade dos anos 30 até os anos 80, quando parou em definitivo.
Foi, sem dúvida, uma representante das mais gabaritadas da geração de cantoras que tinham voz e carisma e que encantavam via ondas de rádio.
Obrigado, Linda Batista, por sua voz e interpretação magistrais que enriqueceram a história da MPB!
Descanse em paz!
Para saber mais sobre essa artista, favor acessar: http://www.dicionariompb.com.br/linda-batista/biografia.
Com o objetivo de homenageá-la, reproduzimos abaixo dois de seus grandes sucessos. Inicialmente, ouviremos a canção Renúncia, composição de Lupicínio Rodrigues, gravada em 1951; posteriormente, será a vez de Risque, composição de Ary Barroso, gravada no ano de 1953.

PRIMEIRO VÍDEO



LETRA

VINGANÇA

Eu gostei tanto
Tanto quando me contaram
Que lhe encontraram
Chorando e bebendo
Na mesa de um bar
E que quando os amigos do peito
Por mim perguntaram
Um soluço cortou sua voz
Não lhe deixou falar
Ai, mas eu gostei tanto
Tanto quando me contaram
Que tive mesmo que fazer esforço
Pra ninguém notar

O remorso talvez seja a causa
Do seu desespero
Você deve estar bem consciente
Do que praticou
Ai, me fazer passar essa vergonha
Com um companheiro
E a vergonha
É a herança maior que meu pai me deixou

Mas enquanto houver força em meu peito
Eu não quero mais nada
Só vingança, vingança, vingança
Aos santos clamar
Você há de rolar como as pedras
Que rolam na estrada
Sem ter nunca um cantinho de seu
Pra poder descansar

Você há de rolar como as pedras
Que rolam na estrada
Sem ter nunca um cantinho de seu
Pra poder descansar

Fonte: http://letras.mus.br/linda-batista/924448/

SEGUNDO VÍDEO



LETRA

RISQUE

Risque
Meu nome do seu caderno,
Pois não suporto o inferno
Do nosso amor fracassado!

Deixe
Que eu siga novos caminhos
Em busca de outros carinhos
Matemos nosso passado.

Mas, se algum dia, talvez,
A saudade apertar
Não se perturbe,
Afogue a saudade
Nos copos de um bar

Creia,
Toda quimera se espuma
Como a brancura da espuma
Que se desmancha na areia.

SESSÃO HUMOR

O rapaz estava em casa descansando, quando recebe a notícia de que sua sogra havia morrido. Ele sai pulando de felicidade.
Algum tempo depois, quando estava levando o caixão para o cemitério, um dos moços que carregava o caixão tropeça em um toco, o caixão cai e a velha levanta.
O genro fica louco, isso não pode estar acontecendo; então, ele vai ao medico para saber o que havia ocorrido.
O medico explica:
- Ela teve aquela doença que a pessoa parece que morreu, mas não morreu.
Um tempo depois, a velha morre de verdade.
No caminho do cemitério, o genro vai conduzindo o cortejo e dizendo:
-Gente, olha os tocos, cuidado com a mangueira!

terça-feira, 28 de abril de 2015

SESSÃO REMAKE MUSICAL - PANDEIRO É MEU NOME - ALCIONE

A canção Pandeiro é Meu Nome, que teve como um dos intérpretes Chico da Silva, é apresentada no vídeo abaixo por Alcione.
Para ouvir a versão de Chico da Silva, favor acessar: http://biscoitocafeenovela.blogspot.com.br/2015/04/sessao-tunel-do-tempo-musical-pandeiro.html.
Boa diversão!



LETRA

PANDEIRO É MEU NOME

Falaram que meu companheiro
Meu amigo surdo parece absurdo
Apanha por tudo
Ninguém canta samba
Sem ele apanhar
Não ouviram que seu companheiro
Amigo pandeiro
Também tira coco do mesmo coqueiro
Apanha sorrindo pra povo cantar
Pandeiro
Não é absurdo, mas é o meu nome
Não me chamo surdo, mas aguento fome
Pandeiro não come, mas pode apanhar
Ao povo que vibra na força do som brasileiro
Não é só o surdo nem só o pandeiro
Tem uma família tocando legal
Você cantando, tocando e batendo na gente
Passando por tudo tão indiferente
Não conhece a dor do instrumental
Batuqueiro ê, batuqueiro
Cantando samba pode bater no pandeiro (2x)

SESSÃO TÚNEL DO TEMPO MUSICAL - PANDEIRO É MEU NOME - CHICO DA SILVA

A canção Pandeiro é Meu Nome, interpretada por Chico da Silva, fez parte da trilha sonora da novela Sem Lenço Sem Documento, apresentada pela Rede Globo no horário das 19h de 13 de setembro de 1977 a 4 de março de 1978.
Para maiores informações sobre a novela, favor acessar: www.teledramaturgia.com.br/tele/semlenco.asp.
Boa diversão!



LETRA

PANDEIRO É MEU NOME

Falaram que meu companheiro
Meu amigo surdo parece absurdo
Apanha por tudo
Ninguém canta samba sem ele apanhar

Não ouviram que o seu companheiro
Amigo pandeiro
Também tira coco do mesmo coqueiro
E apanha sorrindo pro povo cantar

Pandeiro
Não é absurdo mas é o meu nome
Não me chamo surdo mas aguento fome
Pandeiro não come mas pode apanhar

Ao povo que vibra na força do som brasileiro
Não é só o surdo nem só o pandeiro
Tem uma família tocando legal
Você cantando, tocando e batendo na gente
Passando por tudo tão indiferente
Não conhece a dor do instrumental

Batuqueiro ê, batuqueiro
Cantando samba pode bater no pandeiro (2x)

Fonte: http://www.vagalume.com.br/chico-da-silva/pandeiro-e-meu-nome.html#ixzz3VpAaCtpe

segunda-feira, 27 de abril de 2015

SESSÃO RETRÔ - VARIEDADES - EDSON CELULARI

A reportagem abaixo pertence à revista Contigo nr. 313, publicada em 12/09/80.
Para ler esta ou outra matéria em tamanho maior, caso use o Explorer ou Chrome, clique sobre a figura com o botão direito do mouse e selecione a opção "abrir link em uma nova guia". Na nova guia, clique com o botão esquerdo do mouse e, pronto, terá acesso a uma ampliação da página. Caso o navegador seja o Firefox, clique sobre a figura com o botão direito do mouse e selecione a opção "abrir em nova aba". Em seguida, proceda como no caso dos dois outros navegadores citados.
Boa leitura!



SESSÃO RETRÔ - NOVELAS - PECADO CAPITAL (PRIMEIRA VERSÃO) - QUINTA PARTE

Estamos publicando a cada semana uma parte de uma matéria sobre a primeira versão da novela Pecado Capital, apresentada pela Rede Globo no horário das 20h de 24 de novembro de 1975 a 05 de junho de 1976. A matéria foi publicada na revista Amiga – Especial Pecado Capital, publicada em junho de 1976.
Para saber mais sobre essa novela, favor consultar: www.teledramaturgia.com.br/tele/pecado75.asp.
Na semana que vem tem mais.
Acompanhem!
Para ler esta ou outra matéria em tamanho maior, caso use o Explorer ou Chrome, clique sobre a figura com o botão direito do mouse e selecione a opção "abrir link em uma nova guia". Na nova guia, clique com o botão esquerdo do mouse e, pronto, terá acesso a uma ampliação da página. Caso o navegador seja o Firefox, clique sobre a figura com o botão direito do mouse e selecione a opção "abrir em nova aba". Em seguida, proceda como no caso dos dois outros navegadores citados.
Boa leitura!



sábado, 25 de abril de 2015

PARA MEDITAR



SESSÃO FOTONOVELA - À LUZ DE VELAS

A fotonovela abaixo pertence à revista TV Contigo nr. 316, publicada em 24/10/80.
Para ler esta ou outra matéria em tamanho maior, caso use o Explorer ou Chrome, clique sobre a figura com o botão direito do mouse e selecione a opção "abrir link em uma nova guia". Na nova guia, clique com o botão esquerdo do mouse e, pronto, terá acesso a uma ampliação da página. Caso o navegador seja o Firefox, clique sobre a figura com o botão direito do mouse e selecione a opção "abrir em nova aba". Em seguida, proceda como no caso dos dois outros navegadores citados.
Boa leitura!












sexta-feira, 24 de abril de 2015

SESSÃO CAPAS E PÔSTERES

A capa pertence à revista TV Contigo nr. 316, publicada em 24/10/80.
Já o pôster à revista Contigo nr. 313, publicada em 12/09/80.
Boa diversão!



SESSÃO FOTO QUIZ

A foto da semana passada pertence à cantora Cássia Eller.
Agora tentem descobrir quem é o garotinho da foto.
Eis algumas pistas:
1) Este cantor e compositor, já falecido, que tinha um pé na literatura, nasceu na capital carioca no ano de 1913.
2) Destacou-se no gênero da bossa-nova.
3) Compôs algumas trilhas sonoras de novelas na década de 70.
Boa diversão!


quinta-feira, 23 de abril de 2015

SESSÃO LEITURA - O MELHOR AMIGO - FERNANDO SABINO

O texto abaixo é da autoria de Fernando Sabino.
Para maiores informações sobre o autor, favor consultar: http://www.releituras.com/fsabino_bio.asp.
Boa leitura!

O MELHOR AMIGO

A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção de seu quarto.
– Meu filho? – gritou ela.
– O que é – respondeu, com o ar mais natural que lhe foi possível.
– Que é que você está carregando aí?
Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo.
– Eu? Nada…
– Está sim. Você entrou carregando uma coisa.
Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o jeito era procurar comovê-la. Veio caminhando desconsolado até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:
– Olha aí, mamãe: é um filhote…
Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
– Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
– Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de isso. Insistiu ainda:
– Deve estar com fome, olha só a carinha que ele faz.
– Trate de levar embora esse cachorro agora mesmo!
– Ah, mamãe… – já compondo uma cara de choro.
– Tem dez minutos para botar esse bicho na rua. Já disse que não quero animais aqui em casa. Tanta coisa para cuidar, Deus me livre de ainda inventar uma amolação dessas.
O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia lágrima. Voltou para o quarto, emburrado:
A gente também não tem nenhum direito nesta casa – pensava. Um dia ainda faço um estrago louco. Meu único amigo, enxotado desta maneira!
– Que diabo também, nesta casa tudo é proibido! – gritou, lá do quarto, e ficou esperando a reação da mãe.
– Dez minutos – repetiu ela, com firmeza.
– Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho.
– Você não é todo mundo.
– Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não vou mais ao colégio, não faço mais nada.
– Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com a sua costura.
– A senhora é ruim mesmo, não tem coração!
– Sua alma, sua palma.
Conhecia bem a mãe, sabia que não haveria apelo: tinha dez minutos para brincar com seu novo amigo, e depois… ao fim de dez minutos, a voz da mãe, inexorável:
– Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.
– Ah, mamãe, deixa! – choramingou ainda: – Meu melhor amigo, não tenho mais ninguém nesta vida.
– E eu? Que bobagem é essa, você não tem sua mãe?
– Mãe e cachorro não é a mesma coisa.
– Deixa de conversa: obedece sua mãe.
Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe chegou a se preocupar: meninos nessa idade, uma injustiça praticada e eles perdem a cabeça, um recalque, complexos, essa coisa.
– Pronto, mamãe!
E exibia-lhe uma nota de vinte e uma de dez: havia vendido seu melhor amigo por trinta dinheiros.
– Eu devia ter pedido cinquenta, tenho certeza que ele dava, murmurou, pensativo.

SESSÃO ABERTURA DE NOVELA - MICO PRETO

A novela Mico Preto foi apresentada pela Rede Globo no horário das 19h de 7 de maio a 1 de dezembro de 1990.
O tema musical de abertura era Mico Preto, interpretado por Gilberto Gil.
Para maiores informações sobre a novela, favor acessar: www.teledramaturgia.com.br/tele/mico.asp.
Boa diversão!



LETRA

MICO PRETO

Eu nunca dei um jeitinho, vim devagarinho, penando
Tentando acertar
Neguinho não me deu nada, a não ser porrada, sermão
Passa fora e eu lá
Tem parasita na ativa, exportando divisa e eu suando a camisa
Por honra da firma
A vida é assim
E até minha gata dá pra todo mundo
Só não dá pra mim
Se um bacana me chuta, eu peço desculpa
Que luta pra não complicar
Se me chamar de bagaço, agradeço, obrigado
Um abraço, isso aí, até já
Não tenho tempo pra sarro, o sapato furou
Acabou o cigarro, meu time perdeu
Guincharam meu carro, pisaram meu calo
E até a comida o cachorro comeu

Eu sou o brasileiro
Adoro esse coreto
É agora ou nunca,
Já não tem talvez
Tão me dando gelo
Tirei o mico preto
Mas vem aí a minha vez

Fonte: http://www.vagalume.com.br/gilberto-gil/mico-preto.html#ixzz3XPeIEeX4

quarta-feira, 22 de abril de 2015

SESSÃO SAUDADE - LUIZ AMERICANO

Instrumentistas não são muito valorizados e salvo raras exceções, como: Pixinguinha e Jacó do Bandolim, dentre outros, acabam esquecidos, muitas vezes, injustamente, como é o caso do nosso homenageado desta semana: Luiz Americano.



Clarinetista, saxofonista e compositor, Americano teve uma longa carreira, que começou na década de 1920 e prolongou-se até perto de sua morte, no ano de 1960.
Obrigado, Luiz Americano, por suas interpretações instrumentais hipnóticas, que fizeram a alegria de tantos brasileiros!
Descanse em paz!
Para saber mais sobre esse maravilhoso artista, favor acessar: http://www.dicionariompb.com.br/luiz-americano/biografia.
Com o objetivo de homenageá-lo reproduzimos abaixo dois de seus sucessos como compositor. No primeiro, ouviremos Intrigas no Boteco do Padilha, em gravação do autor do ano de 1940 e, em seguida, no segundo vídeo, vamos nos deliciar com outra interpretação magistral de Americano, dessa vez, do chorinho É do que Há, em gravação de 1958.

PRIMEIRO VÍDEO



SEGUNDO VÍDEO