quinta-feira, 31 de outubro de 2019

SESSÃO LEITURA - HISTÓRIA DE TODOS OS DIAS - ORÍGENES LESSA

O texto abaixo é de autoria de Orígenes Lessa.
Para maiores informações sobre o autor, favor acessar: www.academia.org.br › academicos › origenes-lessa › biografia.
Boa leitura!

HISTÓRIA DE TODOS OS DIAS

Ariovaldo Mendes curtira por ela, desde que a conhecera, uma fulminante e desesperada paixão. Anos correram, sofreu ele as mais radicais mudanças na vida, com desastres íntimos e mortes na família, mas o amor, apesar da indiferença com que era recebido, não se lhe extinguiu. Era uma verdadeira obsessão, constante, única, eterna. Muitas vezes lutou Ariovaldo Mendes contra si mesmo. Era preciso acabar. Seria uma tolice, uma loucura sem nome, entregar-se desvairadamente àquele amor inútil, que não seria jamais correspondido. Mas em vão raciocinava e se debatia. O amor era superior às suas forças. Tomara-o de improviso aos quinze anos e seguiria com ele em vida em fora, sem lhe dar trégua nem descanso. Já datava de dez anos. Tinham sido dez anos de martírio. E o martírio - ele estava certo disso - o seguiria até à morte!
Maria Amália nunca lhe dera a entender nada, sabendo da paixão que o devorava. Tratava-o com simpatia, com uma simpatia feroz que o punha doido. Tratava-o como aos demais frequentadores da casa, sem diferença alguma. Era a amiguinha, a camaradinha, mas a mulher perfeitamente insensível, estranha ao seu amor.
Mais de uma ocasião Ariovaldo procurou abrir-se, dizer-lhe tudo, falar dos seus sofrimentos, do seu martírio, do seu amor. Mas no momento decisivo desfalecia-lhe o ânimo. Que lhe adiantava falar? Amontoaria apenas motivos novos para o seu ridículo, porque a sua inútil paixão era universalmente conhecida. Falar dela seria contar a mais velha e tola de todas as novidades. E seria melhor antes permanecer naquela meia incerteza que, quando nada, lhe dava lugar a uma fugitiva sombra de esperança.
Um dia, porém, ele se resolveu. Falaria! Viesse o que viesse, falaria, liquidaria tudo! Ou sim, ou não, mas terminante, final! Se fosse repelido, voltaria para o seu povoado longínquo do Nordeste, onde acabaria em silêncio, aniquilado e fracassado, porque de nada lhe valia o seu talento, a sua cultura, o seu renome social, se lhe faltava tudo, aquele amor.
Havia um baile em casa de Maria Amália. Grande acontecimento social, muito decote e pouquíssimo cabelo. Ariovaldo lá foi. Estava decidido.
Como que providencialmente, encontrou-a no jardim, sozinha, a fugir da balbúrdia e do calor das danças., verdadeiro suplício naquela noite escaldante de dezembro carioca. Chegou-se e falou. Sem frases pontilhadas dos grandes adjetivos sentimentais, sem citações poéticas nem lirismo de algibeira, declarou-se francamente o seu amor, que ela não poderia ignorar, e pediu-lhe um sim ou não, mas definitivo e formal.
Maria Amália não se surpreendeu. Há muitos anos esperava aquele momento, que tanto e tão absurdamente demorara. Mas infelizmente ela não o amava. Muita amizade, muita simpatia, muito respeito, mas não havia amor.
Ariovaldo sorriu com tristeza e despediu-se. Bastava-lhe aquilo.
Seguiu a pé, acabrunhado, como um sonâmbulo, alheio e indiferente a tudo. Tinha impressão de que um vácuo infinito e insanável se formara na sua alma. Fracassara toda a sua vida. Desaparecera tudo. Ruíra tudo. Sonhos, ideais, aspirações, nada mais lhe restava. E absorto como estava, esmagado e vencido, ao atravessar uma rua, foi colhido pelo prosaísmo de um Ford em disparada.
Era um desfecho banal de "notícias de última hora". Gritos, tropelia, assistência, retratos nos jornais, visitas cerimoniosas de amigos compungidos.
Ao receber a nova, Maria Amália sentiu um profundo abalo e correu a vê-lo. Ele estava entre a vida e a morte, tal o choque recebido. Não a reconheceu quando, dizendo-se sua noiva, obteve dificilmente permissão para o cuidar. E tratou-o com desvelo apaixonado, passando insone dias e noites, como se daquilo dependesse a sua própria existência. Os médicos e parentes iam ao ponto de censurar aquela dedicação absurda, inexplicável, absoluta. Mas ela não se moveu de ao pé da cama senão quando o viu perfeitamente salvo.
Foram dias de angustiosa espera, até que o doente começou a voltar a si, como um ressuscitado. Ariovaldo mal tinha ideia do que se passara e só muito lentamente foi reconstituindo os acontecimentos anteriores. Via Maria Amália ao seu lado, com uma expressão amiga e uma grande alegria no olhar macerado, mas não soube precisar bem a sensação recebida. Voltava de um outro mundo. Parecia-lhe tudo novo.
Dias depois, ainda pálido, Ariovaldo Mendes bateu à porta do palacete de Maria Amália , num recanto delicioso de Copacabana. Maria Amália correu a recebê-lo com uma alegria que não podia dominar. Mas o semblante anuviou-se-lhe quando o viu, com a sua voz arrastada e triste, dar um tom cerimonioso à palestra. Vinha agradecer-lhe do fundo d'alma a dedicação, o desinteresse com que o tratara, com que se sacrificara quase pela sua vida. Ele não o merecia, não saberia nunca pagar-lhe a bondade com que o desvelara.
Maria Amália quis protestar, Ariovaldo interrompeu-a. Ninguém, mulher alguma faria o mesmo, ninguém!
Olharam-se ambos como se não se compreendessem. Houve uma ligeira pausa.
- E, por último, eu vinha me despedir...
- Vai viajar?
- Sigo amanhã para o Norte ...
- Sim? Por muito tempo?
 - Definitivamente . Já liquidei todos os meus negócios e nada mais me resta no Rio. Levo até nomeação para um lugarejo da Paraíba.
- Mas parte assim, sem me ter dito nada?
- E que poderia lhe dizer, senão vir trazer-lhe as minhas despedidas?
Maria Amália não respondeu. Tinha os olhos cheios d'água.
- Que tem, Maria Amália?
- Mas o nosso amor? Você não compreende quanto o amo, Ariovaldo?
Ariovaldo não podia mais compreender. Já era demasiado tarde. Muita gratidão, muita amizade, mas o amor morrera...

(In "O escritor proibido", 1. ed., Rio de Janeiro, Nórdica, s.d., p. 59-63)

SESSÃO ABERTURA DE SÉRIE - A GRANDE FAMÍLIA (PRIMEIRA VERSÃO - SEGUNDA ABERTURA)

A primeira versão da série A Grande Família foi apresentada pela Rede Globo no horário das 21h de 26 de outubro de 1972 a 27 de março de 1975.
O tema musical de abertura era A Grande Família, interpretado por Tom e Dito.
Para maiores informações sobre a série, favor acessar: http://teledramaturgia.com.br/a-grande-familia-1972/.
Boa diversão!



LETRA

A GRANDE FAMÍLIA

Compositores: Tom e Dito

Catucas quais, quais quais quais quais quais quais,
quais quais quais, quais quais,quais quais,
Essa família é muito unida
E tambem muito ouriçada
Brigam por qualquer razão
Mas acabam pedindo perdão,
Pirraça pai pirraça mãe pirraça filha,
Eu tambem sou da família tambem quero pirraçar
Catuca pai catuca mãe catuca filha,
eu tambem sou da família tambem quero catucar,
Pirraça pai,mãe filha
Eu tambem sou da família tambem quero pirraçar.

Fonte: https://www.vagalume.com.br/tom-e-dito/a-grande-familia.html

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

SESSÃO SAUDADE - JORGE FERNANDO

A homenagem de hoje vai para o ator e diretor Jorge Fernando.
Jorge começou como ator e com um desempenho bastante promissor. Dois personagens são marcantes nesta fase inicial: Reinaldo da série Ciranda Cirandinha e Cirilo Baldaracci da novela Pai Herói.
Depois enveredou pelo caminho da direção, comandando grandes sucessos como as novelas Guerra dos Sexos e Que Rei Sou? e o sitecom Sai de Baixo, dentre outras produções.
Obrigado, Jorge Fernando, por sua imensa colaboração à teledramaturgia brasileira!
Descanse em paz!
Para saber mais sobre este artista, favor acessar: https://pt.wikipedia.org › wiki › Jorge_Fernando.
Com o objetivo de homenageá-lo repetimos abaixo pequeno trecho do episódio inicial da série Cirandinha Cirandinha, apresentado no ano de 1978, e em que contracena com Vanda Lacerda e Joana Fomm.




SESSÃO HUMOR

O juiz pergunta pra velhinha quantos anos ela tem e ela diz:
— Eu tenho 60 anos.
— Minha senhora, mas faz 15 anos que você diz que tem 60 anos!
— Pra você ver que eu não sou dessas pessoas que falam uma coisa hoje, outra amanhã…

terça-feira, 29 de outubro de 2019

SESSÃO REMAKE MUSICAL - I JUST WANNA STOP - ANGELA BOFILL

A canção I Just Wanna Stop, orignalmente interpretada por Gino Vanelli, é apresentada no vídeo abaixo por Angela Bofill.
Boa diversão!



LETRA

I JUST WANNA STOP

Composer: Ross Vannelli

For your love, for your love
When I think about those nights in Montreal
I get the sweetest thoughts of you and me
Memories of love above the city lights
Oh I've tried so hard to take it
But oh Lord my heart won't make it

I just wanna stop and tell you what I feel about you babe
I just wanna stop - I never wanna live without you babe
I just gotta stop for your love

For your love, (for your love) for your love

When I think about the way the world must turn
I get the saddest thoughts for you and me (you and me)
Memories of life and times go on and on
Oh I've tried hard to forget it
But oh Lord my mind won't let it

I just wanna stop and tell you what I feel about you babe
I just wanna stop the world ain't right without you babe
I just gotta stop for your love

Oh I've tried so hard to take it but oh Lord my heart won't make it
I just wanna stop and tell you what I feel about you babe
I just wanna stop the world ain't right without you babe
I just wanna stop for your love

Stop uh uh uh
I just wanna stop uh uh uh

TRADUÇÃO

EU SÓ QUERO PARAR

Compositor: Ross Vanelli

Por seu amor, por seu amor
Quando eu penso naquelas noites em Montreal
Eu tenho os mais doces pensamentos de você e eu
Memórias de amor acima das luzes da cidade
Oh, eu tentei tanto tirar isso
Mas oh Deus, meu coração não fez isso.

Eu só quero parar e te dizer o que eu sinto por você, baby
Eu só quero parar - eu não quero nunca viver sem você, baby
Eu só tenho que parar pelo seu amor

Pelo seu amor,(pelo seu amor) pelo seu amor

Quando eu penso no jeito que o mundo deverá girar
Eu tenho os mais tristes pensamentos com você e eu (você e eu)
Memórias de uma vida e tempos vão seguindo em frente
Oh, eu tentei tanto esquecer isso
Mas meu Deus, minha mente não deixou

Eu só quero parar e te dizer o que eu sinto por você, baby
Eu só quero parar, o mundo não fica certo sem você, baby.
Eu só tenho que parar pelo seu amor

Oh, eu tentei tanto tirar isso
Mas oh Deus, meu coração não fez isso.
Eu só quero parar e te dizer o que eu sinto por você, baby. Eu só quero parar. O mundo não fica certo sem você, baby
Eu só tenho que parar pelo seu amor

Parar uh uh uh
Eu só quero parar uh uh uh

Fonte da letra e da tradução: https://www.letras.mus.br/gino-vanelli/132877/traducao.html

SESSÃO TÚNEL DO TEMPO MUSICAL - I JUST WANNA STOP - GINO VANELLI

A canção I Just Wanna Stop, interpretada por Gino Vanelli, fez parte da trilha sonora da novela Pai Herói, apresentada pela Rede Globo no horário das 20h de 29 de janeiro a 18 de agosto de 1979.
Para maiores informações sobre a novela, favor acessar: http://teledramaturgia.com.br/pai-heroi/.
Boa diversão!



LETRA

I JUST WANNA STOP

Composer: Ross Vannelli

For your love, for your love
When I think about those nights in Montreal
I get the sweetest thoughts of you and me
Memories of love above the city lights
Oh I've tried so hard to take it
But oh Lord my heart won't make it

I just wanna stop and tell you what I feel about you babe
I just wanna stop - I never wanna live without you babe
I just gotta stop for your love

For your love, (for your love) for your love

When I think about the way the world must turn
I get the saddest thoughts for you and me (you and me)
Memories of life and times go on and on
Oh I've tried hard to forget it
But oh Lord my mind won't let it

I just wanna stop and tell you what I feel about you babe
I just wanna stop the world ain't right without you babe
I just gotta stop for your love

Oh I've tried so hard to take it but oh Lord my heart won't make it
I just wanna stop and tell you what I feel about you babe
I just wanna stop the world ain't right without you babe
I just wanna stop for your love

Stop uh uh uh
I just wanna stop uh uh uh

TRADUÇÃO

EU SÓ QUERO PARAR

Compositor: Ross Vanelli

Por seu amor, por seu amor
Quando eu penso naquelas noites em Montreal
Eu tenho os mais doces pensamentos de você e eu
Memórias de amor acima das luzes da cidade
Oh, eu tentei tanto tirar isso
Mas oh Deus, meu coração não fez isso.

Eu só quero parar e te dizer o que eu sinto por você, baby
Eu só quero parar - eu não quero nunca viver sem você, baby
Eu só tenho que parar pelo seu amor

Pelo seu amor,(pelo seu amor) pelo seu amor

Quando eu penso no jeito que o mundo deverá girar
Eu tenho os mais tristes pensamentos com você e eu (você e eu)
Memórias de uma vida e tempos vão seguindo em frente
Oh, eu tentei tanto esquecer isso
Mas meu Deus, minha mente não deixou

Eu só quero parar e te dizer o que eu sinto por você, baby
Eu só quero parar, o mundo não fica certo sem você, baby.
Eu só tenho que parar pelo seu amor

Oh, eu tentei tanto tirar isso
Mas oh Deus, meu coração não fez isso.
Eu só quero parar e te dizer o que eu sinto por você, baby. Eu só quero parar. O mundo não fica certo sem você, baby
Eu só tenho que parar pelo seu amor

Parar uh uh uh
Eu só quero parar uh uh uh

Fonte da letra e da tradução: https://www.letras.mus.br/gino-vanelli/132877/traducao.html

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

SESSÃO RETRÔ - VARIEDADES - MAURÍCIO MATTAR

A reportagem abaixo foi publicada na revista Contigo nr. 931, publicada em 20/07/93.
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Boa diversão!



SESSÃO RETRÔ - NOVELAS - SANGUE E AREIA (PRIMEIRA PARTE)

A reportagem abaixo é parte da revista Sétimo Céu nr. 143, publicada em fevereiro de 1968.
A novela Sangue e Areia foi apresentada pela TV Globo no horário das 20h de 18 de dezembro de 1967 a a 25 de junho de 1968 (Rio) e de 5 fevereiro a 14 de setembro de 1968 (SP).
Para saber mais sobre essa novela, favor consultar: http://teledramaturgia.com.br/sangue-e-areia/.
Na próxima semana, tem mais!
Acompanhem!
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Boa leitura!



sábado, 26 de outubro de 2019

PARA MEDITAR


SESSÃO FOTONOVELA - A MULHER QUE NÃO PODIA AMAR

A fotonovela abaixo pertence à revista Sétimo Céu Fotonovelas - Edição Especial 1979 (nr. 1).
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Boa leitura!

































sexta-feira, 25 de outubro de 2019

SESSÃO CAPAS E PÔSTERES

A capa pertence à revista TV Contigo nr. 931, publicada em 20/07/93.
Já o pôster à revista Sétimo Céu Especial Fotonovelas nr. 1, que foi às bancas em 1979.
Boa diversão!