sábado, 31 de maio de 2014
PARA MEDITAR
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LIÇÃO DE VIDA,
PARA MEDITAR
SESSÃO FOTONOVELA - UM HOMEM NA ESTRADA
A fotonovela abaixo pertence à revista
Amiga TV Tudo, número 223, publicada em 28 de agosto de 1974.
Para ler esta ou outra matéria em
tamanho maior, caso use o Explorer ou Chrome, clique sobre a figura com o botão
direito do mouse e selecione a opção "abrir link em uma nova guia".
Na nova guia, clique com o botão esquerdo do mouse e, pronto, terá acesso a uma
ampliação da página. Caso o navegador seja o Firefox, clique sobre a figura com
o botão direito do mouse e selecione a opção "abrir em nova aba". Em
seguida, proceda como no caso dos dois outros navegadores citados.
Boa leitura!
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SESSÃO FOTONOVELA,
UM HOMEM NA ESTRADA
sexta-feira, 30 de maio de 2014
HOMENAGEM AO ANIVERSÁRIO DA MARI DO MURAL DA URCA (26/05) - AUTORA: FERNANDA SOUZA
Fonte: http://www.lovers-poems.com/cards/media/4f98ce7eb88a9_aniversario-110822-1-oriza-net.gif.pagespeed.ce.D4kljMnOKC.gif
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Biscoito, café e novela
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O HOMEM QUE DEVE MORRER - CAPÍTULO 12 - TONI FIGUEIRA
Novela de Janete Clair
Adaptação de Toni Figueira
CAPÍTULO 12
Participam deste capítulo
Cyro Valdez - Tarcísio Meira
Ester - Glória Menezes
Paulus - Emiliano Queiróz
Júlia - Ida Gomes
Orjana - Neusa Amaral
Prof. Valdez - Enio Santos
André Vila Verde - Paulo José
Vanda Vidal - Dina Sfat
CENA 1 - CASA DE ESTER - SALA - INTERIOR - DIA
ESTER OLHOU PARA O HOMEM, QUASE UM ESTRANHO, DEITADO A SEU LADO. OS LONGOS CABELOS NEGROS COBRINDO-LHE O ROSTO, PÁLIDO AQUELA HORA. PELA JANELA ENTREABERTA, VIAM-SE OS PRIMEIROS RAIOS DE SOL.
ESTER LEVANTOU-SE E FOI ATÉ O ESPELHO DE PAREDE, AJEITOU OS CABELOS CLAROS. EM SEGUIDA, TOCOU DE LEVE O OMBRO DO RAPAZ.
ESTER - Sabe que já é dia?
CYRO - (abriu os olhos, admirado, desconhecendo, por instantes, a sala larga) Que horas são? (consultou o relógio de pulso) Quase nove horas!
ESTER - (assustada) Meu Deus! Eu perdi a noção do tempo!
CYRO - (abraçou-a, com ternura, vestindo o paletó) Será que o tempo existe mesmo?
UM LEVE MOVIMENTO DE PASSADAS SURPREENDEU O CASAL. JÚLIA ENTRAVA NA SALA. ESTACOU, PARALISADA.
JÚLIA - Oh, desculpe-me!
ESTER SEPAROU-SE ENCABULADA DOS BRAÇOS DO RAPAZ.
ESTER - (procurando controlar-se, ruborizada, a voz trêmula) Alguma coisa?
JÚLIA - (baixou os olhos, percebendo o embaraço da patroa) Aquele advogado, Paulus, está aí e pede para ser recebido.
ESTER - A esta hora da manhã? Diga a ele...
SEM OUTRO AVISO, O ADVOGADO ENTROU NA SALA. PAROU A ALGUNS CENTÍMETROS DA PORTA, AO DEPARAR COM O FAMOSO CIRURGIÃO.
PAULUS - Bom dia! Perdão, não sabia que tinha visitas!
ESTER - (tentando aparentar uma calma que não possuía, fez as apresentações) Dr. Victor Paulus... Dr. Cyro Valdez.
PAULUS - (sorriu com frieza) Já nos conhecemos (e virando-se para o médico) Nunca podia imaginar encontrá-lo aqui, entretanto...
ESTER - (percebeu a malícia nas entrelinhas) Por quê? Dr. Cyro é um médico... e está aqui nessa qualidade. (mentiu) Passei mal esta noite e mandei chamá-lo.
PAULUS - (fingiu aceitar a explicação) Passou mal? (acentuou a última pergunta, numa atitude dúbia, de duplo sentido) Do coração?
CYRO - (interveio) Nada de assustador. Um simples mal estar. Eu já estava de saída, o senhor vai me desculpar...
PAULUS - Ora, à vontade, doutor! A propósito, quando o senhor pensa deixar o país?
CYRO - Não fixei ainda a data.
PAULUS - Julguei que já estivesse de viagem.
CYRO - (encarando-o) Talvez eu me demore mais do que tencionava a princípio.
PAULUS - (insistiu) Além do Comendador Liberato, alguma coisa mais prende o senhor à Santa Catarina, doutor?
CYRO - (evitou a provocação, sorrindo, irônico) Claro... claro! A beleza da paisagem. Há muita coisa bela em Florianópolis. (voltando-se para a mulher, beijou-lhe respeitosamente a mão) Bom dia, Dona Ester. Havendo necessidade, pode ligar para o meu hotel.
ESTER - Obrigada, doutor! Foi muito amável!
O MÉDICO CUMPRIMENTOU PAULUS COM UM BREVE MOVER DE CABEÇA.
CORTA PARA:
André (Paulo José) e Vanda (Dina Sfat) |
CENA 2 - RESTAURANTE - INTERIOR - DIA
ERA INTENSO O MOVIMENTO NO RESTAURANTE ÀQUELA HORA DO DIA. OS CASAIS CONVERSAVAM ANIMADAMENTE E GRUPOS DE JOVENS, ALEGRES, BEBIAM, ENQUANTO AGUARDAVAM QUE O GARÇOM LHES TROUXESSE COMIDA.
A ENTRADA DE CYRO NO RECINTO, SEGURANDO O BRAÇO DE ORJANA, SEGUIDO PELOS PASSOS TRÔPEGOS DO AVÔ, CHAMOU A ATENÇÃO DO HOMEM QUE ALMOÇAVA À ENTRADA DO GRANDE SALÃO. ELE APERTOU O PULSO DA MULHER QUE O ACOMPANHAVA.
ANDRÉ - É ele... sim! Dr. Cyro Valdez! Vi o retrato dele no jornal!
VANDA - (torceu a cabeça para onde os olhos do rapaz se dirigiam) Quem é o Dr. Cyro Valdez?
ANDRÉ - (encarava, atônito, o recém-chegado) Você não leu aquela reportagem? O repórter até falou de mim...
VANDA - Ah, sim! Aquela história maluca da moça que foi atacada por um disco voador e depois teve um filho!
ANDRÉ - Não é uma história maluca. Eu sonhei com isso, quando era criança... e outros garotos também sonharam.
CYRO SENTIU O OLHAR INSISTENTE DE ANDRÉ, QUE SE LEVANTOU E ENCAMINHOU-SE PARA SEU LADO. COM UM BREVE CUMPRIMENTO, ACHEGOU-SE AO MÉDICO, TOCANDO-LHE O BRAÇO.
ANDRÉ - Desculpe-me! (falou, gaguejando) Eu... eu sou André. Meu nome todo é André Vila Verde. Trabalho no circo... o senhor deve ter lido no jornal... “As 7 Facas da Morte”, “O Rei do Malabarismo”...
CYRO - (franzindo a testa) Não estou entendendo...
ANDRÉ - Eu fui uma das pessoas que sonharam com o seu nascimento...
ORJANA ESTREMECEU.
CYRO - (controlou-se) Muito bem, seu André, agora o senhor vai nos dar licença...
ANDRÉ - (os olhos vidrados no médico) Impressionante!
CYRO - Impressionante, o quê?
ANDRÉ - A cor dos seus olhos... o magnetismo...
CYRO - (perdeu a paciência de vez) É que eu venho de outro planeta e lá todo mundo tem olhos assim!
ORJANA - O senhor não percebe que está sendo desagradável?
ANDRÉ - (visivelmente descontrolado) Desculpe... eu não pensei... só queria... com licença...
O RAPAZ AFASTOU-SE, RESSABIADO, ENQUANTO CYRO SE PERDIA NO PANDEMÔNIO DE MESAS, CADEIRAS, GARÇONS E FREGUESES.
ORJANA - Que sujeito impertinente!
PROF. VALDEZ - Foi uma das três crianças que sonharam...
CYRO, PELO CANTO DOS OLHOS, PERCEBEU O OLHAR FIXO DA MULHER QUE ACOMPANHAVA O IMPORTUNO.
CYRO - Vamos embora! Daqui a pouco tem um mundo de gente olhando para mim como se eu fosse um animal do Jardim Zoológico!
OS TRÊS SAÍRAM ANTE OS OLHARES SURPRESOS DO GARÇOM E DO MAITRE, QUE JÁ HAVIAM ESCOLHIDO UMA MESA DE CANTO PARA ACOMODAR OS VISITANTES.
SENTADA DIANTE DE ANDRÉ, VANDA PERGUNTOU-LHE, CURIOSA:
VANDA - Que aconteceu?
ANDRÉ - Os olhos dele eram de uma cor estranha... Nunca vi ninguém com olhos daquela cor!
VANDA - Mas ele se assemelha a um homem como outro qualquer! Tem duas pernas, dois braços...
ANDRÉ - Mas tem uma inteligência superior. Os seres que vieram naquela nave espacial eram de uma civilização mais adiantada que a nossa... Milhares de anos mais à frente. Quem sabe, talvez milhões!
VANDA - Você fala como se tivesse absoluta certeza do que diz.
ANDRÉ - Mas eu tenho! Eram habitantes de outra galáxia, na nave espacial que baixou em Porto Azul naquela noite que eu nunca vou esquecer, 31 anos atrás!
FIM DO CAPÍTULO 12
Na próxima terça, capítulo inédito!
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O HOMEM QUE DEVE MORRER - CAPITULO 12,
TONI FIGUEIRA
SESSÃO CAPAS E PÔSTERES
A capa abaixo pertence à revista Amiga
TV Tudo, número 223, publicada em 28 de agosto de 1974.
Já o pôster à revista Amiga TV Tudo –
Especial Álbum de Ouro de agosto de 1975.
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SESSÃO CAPAS E PÔSTERES
SESSÃO FOTO QUIZ
A foto da semana passada pertence ao ator Alberto Peres.
Agora tentem descobrir quem é a garota da foto.
Eis algumas pistas:
1) Esta atriz nasceu no interior do estado do Rio de Janeiro no ano de
1974.
2) Sua primeira telenovela foi Top Model, na Rede Globo, no ano de 1989.
3) Participou de novelas como: Pátria Minha, A Indomada e Pé na Jaca,
todas na Globo.
Boa diversão!
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FOTO QUIZ,
SESSÃO
quinta-feira, 29 de maio de 2014
SEGREDOS - CAPÍTULO 3 - AUTOR: LUCAS C. RIBEIRO
CAPÍTULO 3
Bheatriz: Eu não sei.
Pedro: Ah, para de se fazer de santa.
Fala para ele que você matou o Wesley.
Geraldo: Isso é verdade, Amanda?
Bheatriz (grita, ficando nervosa): Este
louco está mentindo.
Pedro: Geraldo, lembra da carta? Ela
está aqui. A letra da carta e da Bheatriz são idênticas.
Pedro pega a carta e dá para o Geraldo.
Depois, ele pega uma agenda da Bheatriz e dá para Geraldo.
Pedro: Veja com os seus próprios olhos.
Bheatriz começa a chorar.
Pedro: São as mesmas letras?
Geraldo vira para Bheatriz.
Geraldo: Bheatriz, eu quero a verdade,
você matou o Wesley?
Bheatriz chora.
Bheatriz: Não fui eu. Eu juro, amor.
Jorge acorda. Pedro continua apontando a
arma para ele.
Jorge: Pai.
Geraldo: Calma, filho.
Pedro: Ele não é seu filho.
Geraldo: Cala a boca, Pedro.
Pedro: Você não está em condições de
mandar eu calar a boca.
Bheatriz: Se você não atirar, a gente te
dá uma recompensa, mas você tem que sumir daqui.
Pedro: Eu não quero seu dinheiro.
Pedro aponta a arma para Bheatriz.
Pedro: Você que tem que morrer.
Geraldo: Não atire.
Bheatriz: Ele não vai atirar. Só está
fazendo show. Senão, ele já teria me matado.
CASA DE FÁTIMA
Fátima: Ai meu Deus, cadê a Amanda? Ela
tinha que me pagar faz dois dias. Eu fui lá dizer que era mãe daquele pestinha
dela. Até parece que eu ia ser mãe daquele pestinha.
CASA DE RAIMUNDO
Michel: Amor, fico feliz em seu pai ter
deixado a gente namorar.
Débora: Eu também.
Michel: Vamos tomar açaí hoje?
Débora: Vamos, amor.
Michel: Mas... Temos que levar seu pai.
Débora: Então, vamos.
CASA DE GERALDO
Geraldo: Saia daqui, Pedro, senão eu
chamo a policia.
Pedro: Chama, pode ligar, é bom que eu
já falo pra eles quem matou Wesley. Pode chamar.
Jorge: Pai.
Geraldo: Calma, filho.
CASA DE PEDRO
Mauro: Será que meu novo pai vai demorar
pra chegar? Eu tenho medo, depois que eu vi aquilo.
CASA DE GERALDO
Pedro: Ele não é seu filho.
Geraldo: Falando nisso, cadê Mauro, o
meu filho?
Pedro: Ele também não é seu filho.
Geraldo: Como você sabe?
Bheatriz: Fala a verdade para ele,
porque você odeia a Amanda, fale.
Geraldo: Ele me disse que Amanda matou a
esposa dele. Por isso, ele odeia ela.
Bheatriz: Isso é mentira.
Pedro: Cala a sua boca.
Bheatriz: Ele é o verdadeiro pai de
Mauro.
Geraldo: Como?
Bheatriz: Amanda e ele nunca foram
irmãos. Eles eram casados, mas se separaram e depois que ela casou com você,
eles ficaram juntos mais uma vez, e aí, surgiu o Mauro.
Geraldo: Isso é verdade, Pedro? Fala.
Pedro: Sua cachorra, chegou a hora de
você morrer.
Pedro atira em Bheatriz.
Geraldo: Não.
Bheatriz cai no chão. Pedro foge.
Geraldo: Calma amor, eu vou ligar para a
ambulância.
LANCHONETE
Garçom: O que vão querer?
Michel: Três açaís, por favor.
Garçom: Pode deixar.
CASA DE PEDRO
Pedro chega em casa.
Pedro: Cheguei filho.
Mauro: Eu estava com medo, pai.
Pedro: De que, filho?
Mauro: Ontem, eu fui no parque, quando
eu olhei para a janela de uma casa e vi aquilo.
Pedro: O que você viu, filho?
Mauro: Um assassinato. Eu sei que o nome
de quem morreu era Wesley.
Pedro: Você sabe me dizer o nome da
pessoa que matou?
Mauro: Não, pai.
Pedro pega uma foto da Bheatriz.
Pedro: Foi essa mulher aqui, filho?
Pedro aguarda ansiosamente a resposta.
HOSPITAL
Geraldo: Doutor, ela tem chances de
viver?
Douglas: Sim, foi apenas um tiro de
raspão no ombro.
Geraldo: Ah, eu tenho que ir na delegacia
prestar queixa.
Douglas: Pode deixar, qualquer coisa eu
mando ligarem para você.
Geraldo: Sim, eles já têm o meu número.
Eu posso vê-la antes?
Douglas: Pode, venha.
No quarto onde está Bheatriz.
Geraldo: Amor, não se preocupe, esse é o
melhor hospital particular do estado. Vou indo, doutor.
Douglas: Não se preocupe, ela vai ficar
bem.
Geraldo sai.
CASA DE PEDRO
Pedro: Me responda, filho, isso é
essencial.
Mauro: Não foi ela, pai, mas foi sim uma
mulher.
Pedro: Então, quem será que foi?
DELEGACIA
Geraldo: Eu queria fazer uma queixa.
Policial: E qual seria?
Geraldo: Eu quero falar com o delegado.
Na sala do delegado.
Delegado Pascoal: Pode falar.
Geraldo: Um homem tentou matar minha
noiva, ela está no hospital agora.
Delegado Pascoal: Qual é o nome dele?
Geraldo: Pedro Fonseca Rangel.
E o Delegado anota o nome dele.
CASA DE PEDRO
Pedro: Filho, temos que sair daqui.
Mauro: Para onde vamos?
Pedro: Que tal o Rio de Janeiro? Lá é
legal, você vai gostar.
Pedro arruma as malas e sai com o Mauro.
DELEGACIA
Delegado: Que provas você tem contra
ele?
Geraldo: Meu filho, meu filho é
testemunha.
Delegado: Mas quantos anos ele tem?
Geraldo: Dez.
Delegado: Vamos aguardar a sua noiva
sair do hospital, assim, ela vai poder servir de testemunha.
Geraldo: Mas assim, Pedro vai ter tempo
de fugir.
Delegado: Eu vou ligar para as
rodoviárias e aeroporto. Ele não vai poder viajar, nem cruzar fronteiras de
carro.
RODOVIÁRIA
Pedro chega.
Pedro: Duas passagens para o Rio de
Janeiro.
Atendente: Ida e volta?
Pedro: Somente ida. Para o próximo
ônibus executivo.
A moça dá as passagens para Pedro.
Pedro: Vamos, filho.
Ele vai até a plataforma esperar o
ônibus.
CASA DE RAIMUNDO
Michel, Raimundo e Débora chegam.
Raimundo: Que bom que nos divertimos
depois de eu ficar dias internado naquele hospital.
Michel: Que bom que gostou, seu
Raimundo. Eu queria aproveitar o momento para dizer uma coisa.
Raimundo: Pode dizer.
Michel ajoelha, tira a aliança do bolso.
Michel: Débora, quer casar comigo?
RODOVIÁRIA
O ônibus chega.
Cobrador: Passagens.
Pedro: Aqui. Esta é a certidão de guarda
dele.
Cobrador: Podem entrar no ônibus.
Pedro e Mauro entram no ônibus.
Eles sentam nas cadeiras do ônibus.
Mauro: Vai demorar pra gente sair, pai?
Pedro: Calma, filho, só falta uns
minutinhos.
DELEGACIA
Delegado: Já liguei para o aeroporto e
quase todas as rodoviárias, só falta a da capital.
Geraldo: Rápido, ele tem que ser
impedido de viajar.
Delegado: Calma, já estou ligando.
Delegado liga para a rodoviária.
RODOVIÁRIA
Motorista(dentro do ônibus): Vamos sair
agora, boa viagem para todos. Amanhã de manhã já estaremos lá.
Pedro: Pode dormir, filho.
O motorista fecha a porta do ônibus.
O ônibus sai da rodoviária.
DELEGACIA
Delegado: Já liguei. A partir de agora,
nenhum Pedro Fonseca Rangel viaja sem a nossa permissão.
Geraldo: Tomara que ele não tenha pegado
ônibus antes.
Delegado: Se acharmos ele, te ligamos.
Geraldo: Obrigado, delegado, vou voltar
para o hospital.
CASA DE RAIMUNDO
Débora: É claro que eu aceito, amor.
Michel levanta e beija Débora.
Raimundo: Vamos comemorar.
Raimundo pega uma taça de champanhe,
abre e todos os três bebem.
DE MADRUGADA...
ÔNIBUS NA ESTRADA
O ônibus vai para o outro lado da
estrada para ultrapassar uma carreta.
Vem um caminhão do mesmo lado do ônibus.
Pedro vê.
Pedro (grita): Não...
O ônibus bate no caminhão e capota na
barreira.
AMANHECE...
HOSPITAL
Geraldo entra no quarto onde está Bheatriz.
Geraldo: Amor, como você está?
Bheatriz: Bem melhor agora, o que
aconteceu com o Pedro?
Geraldo: A polícia já está atrás dele.
Que bom que melhorou, amor.
O telefone de Geraldo toca. Geraldo
atende.
Delegado: Alô, Geraldo, preste atenção,
foi constatado que Pedro conseguiu pegar um ônibus ontem à noite para o Rio de
Janeiro.
Geraldo: Ai, meu Deus!
Delegado: Porém, o ônibus capotou na
estrada, nesta madrugada. Não houve sobrevivente. O Pedro está morto.
Geraldo: Obrigado pela notícia,
Delegado.
Geraldo desliga o telefone.
Geraldo: Notícias boas, amor. Pedro está
morto.
Bheatriz fica surpreendida.
Bheatriz: Graças a Deus, amor.
Geraldo: Mas os policias desconfiam que
você tenha matado Wesley. Daqui a um mês vai ter um julgamento. Não se preocupe,
amor, eu vou estar sempre ao seu lado.
BAR PERTO DE ONDE CAPOTOU O ÔNIBUS
Uma pessoa está tomando refrigerante com
a cabeça baixa.
Balconista: Você viu o ônibus que
capotou?
O homem levanta a cabeça. Ele é o Pedro.
Pedro: Ouvi dizer.
Pedro levanta.
Pedro: Esse é meu filho.
Mostra Mauro para o balconista.
O balconista sai.
Pedro: Filho, temos sorte, estamos
vivos. Mas ninguém pode saber disso por enquanto.
1 SEMANA DEPOIS...
CASA DE BHEATRIZ
Bheatriz: Faltam três semanas para o
julgamento. Como eu vou provar que não matei Wesley?
Geraldo: Falando a verdade. Afinal, você
não matou ele.
Bheatriz: Eu sei, mas aquela carta,
copiaram minha letra, aquela é uma grande prova.
Geraldo: Foi o Pedro. Ele matou Wesley.
Bheatriz: Mas ele estava com você.
Geraldo: Então, quem foi? (Suspira)
Geraldo vai embora da casa de Bheatriz.
Geraldo (grita com Bheatriz): Amanhã, eu
volto.
Bheatriz: Tchau, amor.
Dentro de casa...
Bheatriz: Droga. Até quando eu vou ter que
fingir que gosto desse burro?
Pedro surge na porta.
Pedro: Ah, então é como eu imaginava.
Você não gosta dele.
Bheatriz: Pedro. Você está... vivo?
Pedro: Achou que você era a única que
sabia passar a perna nas pessoas. Está enganada.
Bheatriz: Do que você está falando?
Pedro: Se depender de mim. Não haverá
julgamento para você.
Bheatriz: Como?
Pedro: Cadê a Amanda? Aquela assassina.
Bheatriz: Como você descobriu?
Pedro liga o gravador escondido e começa
a gravar a conversa.
Pedro: Eu sei que Amanda está viva. E
que foi ela que matou Wesley.
Bheatriz: Como descobriu?
Pedro: Meu filho viu o assassinato.
Bheatriz: Quanto você quer para manter
isso em segredo?
Pedro: Você está me oferecendo dinheiro?
Que coisa feia.
Bheatriz: Vamos, fale logo. Quanto você
quer?
Pedro: Nada. Você sabe que eu sempre fui
uma pessoa honesta.
Pedro desliga o gravador, de novo
escondido.
Amanda surge da escada.
Amanda: Pedro, pare com isso. A gente
sabe que você é agiota.
Pedro: Um milhão.
Bheatriz: Você está doido. Onde a gente
iria conseguir um milhão?
Amanda: Calma, Bheatriz. A gente vai
conseguir.
Pedro: Vocês sempre enganaram o Wesley.
Não foi? Bheatriz, foi você mesmo que escreveu aquela carta?
Amanda: Sim, foi a Bheatriz.
Pedro: Eu quero caro, bem caro por isso.
Vai ser sim um milhão. Mas por semana, durante um ano.
Bheatriz: Agora, você passou do limite.
Amanda: Bheatriz, calma. Pedro, que tal
um milhão de euros por semana, durante dois anos.
Pedro: Sério?
Amanda: Claro que não, a gente vai te
matar.
Bheatriz vai por trás de Pedro e pega a
arma da mão dele.
Bheatriz começa a apontar a arma para
ele.
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Biscoito, café e novela
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LUCAS C. RIBEIRO,
SEGREDOS - CAPÍTULO 3
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