segunda-feira, 26 de agosto de 2013

WEBNOVELA - LAÇOS - CAPÍTULO 18 - SEGUNDA PARTE - AUTORA: JULIANA SOUSA


Emanuela e Mariana, mesmo sendo cedo, já estavam preparando o almoço, enquanto o Rogério descansava um pouco. De repente, Mariana olhou para Emanuela.
— O que aconteceu, Emanuela? – perguntou a irmã, preocupada. – Desde o dia que o papai voltou que você está assim... Você brigou com o Fabrício?
— Do que está falando? – perguntou Emanuela, se fazendo de desentendida. – Se eu briguei com Fabrício? Você fala como se eu fosse a namorada dele...
Mariana riu.
— Tudo bem, então... Se você diz.
— Não fique espalhando essas coisas, Mari.
— Mas você não me respondeu. – insistiu a irmã. – O que aconteceu?
Emanuela ficou calada.
— Só estou um pouco preocupada porque o Fernandes não apareceu... Tenho medo de uma vingança por parte dele.
— Bem, isso pode ser resolvido facilmente, não é? Aceitamos a proposta do Dr. Otávio e ficamos seguras.
Emanuela olhou para a irmã.
— Cada vez mais você me surpreende com a sua capacidade de pensar friamente em usar as pessoas.
Mariana riu.
— Você tem que me conhecer melhor então. – e um pouco mais séria. – Mas a verdade é que estou ansiosa... Ainda não caiu a ficha que temos um avô e possivelmente tios, primos e até irmãos! Isso não te deixa ansiosa?
— Um pouco... E me deixa assustada também. Se pelo menos o Dr. Otávio nos dissesse abertamente que é nosso avô.
— Mas, é como você disse, ele deve ter suas razões. No momento certo, ele vai nos dizer. Mas falando nisso, você já deu uma resposta a ele?
— Ainda não.
— Então, o que está esperando?
Emanuela parecia pensativa.
— Talvez coragem... Você sabe que nossas vidas vão mudar radicalmente, não é?
— É, eu sei. Mas estaremos juntas, então não se preocupe tanto. – disse Mariana, sorrindo.
— Ok, então, darei a resposta hoje.
***
Há um bom tempo o Dr. Otávio não ia ao escritório do grupo empresarial no centro da cidade. Estava sentado na poltrona da sua sala, quando a secretária ligou, avisando que um dos diretores queria vê-lo. Depois de autorizada a entrada, Bernardo, diretor geral de marketing entrou.
— Com licença, Dr. Otávio. Gostaria de conversar com o senhor sobre a nossa atual estratégia de marketing.
— Pode falar. – disse, enquanto apontava para uma cadeira, indicando que Bernardo se sentasse.
Bernardo se sentou.
— Dr. Otávio, na última reunião que tivemos, ficou certo que cada empresa do grupo faria sua própria propaganda. Também ficou acertado que cada empresa teria o seu próprio departamento de marketing, fazendo com que a estrutura ficasse mais funcional. Infelizmente, acho que, devido às condições atuais do grupo, deveríamos colocar a função de marketing como um órgão de staff, apoiando a direção do grupo. O que o senhor acha?
Dr. Otávio parecia pensativo.
— Com isso você quer economizar recursos? Bernardo, você sabe que uma mudança na estratégia agora poderia não compensar, sem contar que, nesse caso, os esforços de marketing ficariam mais generalizados.
— Eu sei. Mas, eu estou pensando um pouco no futuro do grupo...
— Como assim?
Bernardo tentou explicar.
— O que eu quero dizer é que se a notícia de que o Dr. Marcos está envolvido com... O senhor sabe. Se essa notícia vier a público, as ações podem cair... Economizar recursos deve ser nossa prioridade.
O Dr. Otávio pensou um pouco.
— Certo. Então, faremos uma nova reunião e discutiremos melhor a sua proposta. O departamento financeiro tem que ser consultado nesse caso. Veremos o que deve ser considerado.
— Claro, Dr. Otávio. – disse ele, saindo.
Bernardo saiu, enquanto o Dr. Otavio permanecia pensativo. Ele se sentia cansado.
“Acho que estou exagerando um pouco...” – pensou.
Sentou-se e afrouxou a gravata. Lembrou-se que os resultados do exame médico que fizera alguns dias atrás estavam perto de chegar. Enquanto pensava nisso, o telefone tocou. Quando o Dr. Otávio atendeu, ficou surpreso. Era Marcos, seu irmão.
— Marcos? – perguntou Otávio ao telefone. – Por que ligou?
“— É assim que fala com seu irmão depois de alguns meses sem ouvir a minha voz.”
— E você não está muito velho para esse tipo de gracinhas? O que quer?
“— Queria saber como estão os negócios aí...”
— Não estão muito bem, graças a você. – respondeu Otávio sério.
“— Do que você está falando?”
— Marcos, me responda com sinceridade... Você está envolvido com algo ilícito?
Marcos ficou em silêncio do outro lado da linha.
— Marcos?
“— Nos falamos depois.”
A ligação foi interrompida. Otávio parecia preocupado.
Érica estava no escritório, observando Marcos desligar o telefone.
— Como eu imaginei...
— O que aconteceu? – disse Érica, fumando um cigarro.
Marcos se sentou pensativo, imaginando a estratégia que iria usar.
— Parece que descobriram que eu usava as empresas do grupo para lavar dinheiro...
Érica parecia surpresa.
— E você não está preocupado com isso? Se conseguirem provar, você seria preso logo depois que descobrissem que já voltou para o país.
— Érica, - disse olhando para ela. – ...você não acha que eu não estava preparado, caso isso acontecesse? Eles não vão encontrar provas. Mas, o que mais me intriga é como eles descobriram. Talvez uma auditoria... – pensou. – Com certeza, o meu sobrinho deve estar envolvido nisso.
Érica estava confusa.
— O Otávio Jr.?
— Sim. – confirmou ele. – Otávio Jr. participa do Departamento Jurídico do grupo, você sabe. E eu tenho que admitir, aquele garoto tem um grande poder de persuasão.
— Mas qual seria o seu propósito?
— Qual mais? – disse Marcos, pegando um charuto. – Ele quer a presidência do grupo.
— O quê?! – perguntou ela, surpresa.
Marcos riu.
— Se realmente fosse provado algo contra mim e esse fato viesse a público, as ações do grupo começariam a cair vertiginosamente. É claro que algo respingaria na reputação do meu “santo” irmão e, então, ele seria afastado da presidência para evitar possíveis boatos... Otávio Jr. tem o respeito dos sócios e sua imagem não está tão ligada ao pai, com certeza, ele seria chamado para sucedê-lo.
Érica parecia pensativa.
— É inteligente. – disse ela.
— Seria perfeito, se eu não tivesse cartas na manga. Aquele garoto pensa que pode me enganar... – riu e ficando sério de repente. – Mas a brincadeira acabou. Até agora, eu estava suportando a sua traição, mas agora não haverá perdão. Érica – disse olhando para ela. - enquanto você estiver na mansão, você vai ser incumbida de observar os passos de Otávio Jr. Aquele bastardo vai aprender a nunca se meter com os mais velhos.
***
Viviane estava sentada em uma das cadeiras na biblioteca. Toda vez que se sentia frustrada, gostava de ficar ali. Não conseguia pensar em nada e, vez por outra, tentava em vão ler um livro a sua frente. Verônica estava procurando por ela, quando a encontrou.
— Sabia que estaria aqui...  – disse ao se aproximar.
— Eu nem sequer reagi... – disse Vivi e olhando para a amiga. – Quer dizer, eu deveria ter dado uma tapa na cara dele, mas eu não consegui pensar em nada. Simplesmente, eu fiquei observando as pessoas gritando e rindo, enquanto a Ágata tirava o microfone da minha mão... Eu realmente sou patética.
Verônica sentiu pena da amiga.
— Fala sério, Vivi. Você não é de ficar se lamentando. Você tem que reagir, amiga! Afinal, você conseguiu se vingar! Com certeza, Gabriel nunca se sentiu tão humilhado. Apesar de que ele conseguiu virar o jogo depois. – disse, diminuindo o tom de voz. - Foi uma vingança quase perfeita, infantil, mas quase perfeita.
— Você não está ajudando... – disse meio deprimida.
— Pelo menos, as pessoas pensam que o Gabriel Arantes, conhecido por nunca se apaixonar, está totalmente apaixonado por você, a pessoa que ele mais detesta!
Viviane olhou ainda desolada para a amiga.
— Não, ninguém vai pensar isso. Afinal, me beijando, ele “mostrou” que não era gay, mas também não afirmou que estava apaixonado por mim... No final das contas, eu não consegui muita coisa. – disse, suspirando. – Como você disse, foi um plano infantil.
Verônica percebeu que algo mais incomodava Viviane.
— Amiga, o que você tem de verdade? – perguntou, pegando Viviane pelos ombros e olhando em seus olhos.
Viviane baixou a cabeça na mesa, depois, levantou de novo.
— Você pode me responder algo com sinceridade, Verônica?
— Claro. O que é?
Viviane olhou para Verônica, tentando se decidir se perguntava ou não.
— Tudo bem. – disse, respirando fundo. – É possível alguém gostar do beijo de uma pessoa que se odeia?
Verônica teve um sobressalto.
— O quê?! – disse, quase gritando, sendo repreendida por três ou quatro alunos que estavam estudando. Ela pediu desculpas e falou mais baixo. – O que você quer dizer com isso? Você gostou do beijo dele?
Viviane parecia incomodada com aquilo.
— Não exatamente... Quer dizer, toda vez que eu penso no que aconteceu... Eu me sinto um pouco ansiosa, eu acho.
— Isso quer dizer que você está apaixonada por ele? – perguntou Verônica, parecendo estar animada.
— Claro que não! – disse, levantando o tom de voz, sendo repreendida com um “psiu” pelos outros alunos. E falando um pouco mais baixo. – É claro que não. Afinal de contas, eu gosto do Rafael e você sabe muito bem disso. De qualquer forma, nós dois nos odiamos, isso é um fato.
— Entendo. – disse ela, falsamente concordando com a amiga. – Isso está ficando interessante... – comentou distante.
— Do que está falando?
— Nada. – disse, sorrindo. – Só estava pensando em começar a escrever uma fanfic...
— Sério? De que tipo?
— Do tipo Fera Indomável... Já ouviu falar nessa história?
— Acho que já, mas nunca cheguei a ler. É legal?
— É... Bem interessante.
Verônica pensava na cena que vira quando Viviane estava no palco tocando. O modo como Gabriel observava Viviane a fizera ter vontade de dizer a amiga para voltar atrás na sua vingança. Para Verônica, o modo como ele olhara naquela hora não parecia ser de raiva ou ódio.
***
O dia passara rápido para as gêmeas Emanuela e Mariana. Já eram quatro da tarde. De repente, alguém bateu à porta. Rogério foi atender.  Emanuela e Mariana foram chamadas e, de onde estavam, se dirigiram para a sala de visitas. Ao chegar, Mariana percebeu que um senhor estava sentado no sofá ao lado de uma mulher muito elegante. Do lado oposto, Rogério estava sentado em outro sofá.
— Olá, Emanuela! – disse ele ao vê-la. E depois, parecendo confuso. – Ou seria a Mariana?
Mariana sentou-se ao lado de Rogério, logo em seguida, a irmã apareceu.
— Eu sou a Mariana. – disse sorrindo.
Em seguida, Emanuela apareceu. Otávio olhou para ela e sorriu.
— Vim porque você me ligou. Preferi que me dissesse sua resposta pessoalmente. Vocês já tomaram uma decisão?
Emanuela olhou séria para Otávio.
— Sim. Já tomamos a decisão. – disse, olhando para Rogério.
***
Fabrício sentou-se cansado no sofá da sala, depois chegar em casa.
— Finalmente, consegui um bom apartamento... – disse ele animado, olhando para a irmã que entrava logo em seguida.
Verônica não parecia tão animada quanto o irmão.
— Você vai mesmo, não é?
— Não se preocupe, você pode ir me visitar quando quiser... Não fica muito longe do bairro.
Verônica suspirou.
— Eu sei que você sempre fica trancado no quarto quando está em casa, mas bem que eu vou sentir sua falta... Se você, pelo menos, parasse com essa bobagem e dissesse logo em que gastou o dinheiro.
Fabrício levantou-se.
— Para onde vai?
— Arrumar algumas coisas. E se o nosso pai perguntar, diga a ele que não peguei nada além de roupas e coisas de higiene pessoal. Não quero que ele pense que vou pegar alguma coisa dele. – disse, saindo.
Verônica suspirou.
***
Não fazia muito tempo que Viviane tinha chegado à mansão. Depois da faculdade, pedira à Verônica para acompanhá-la no shopping. Só assim podia se sentir melhor. Saiu do quarto e viu algo que a surpreendeu. Algumas empregadas estavam arrumando e decorando os quartos vizinhos e sua mãe parecia coordenar tudo.
— Mãe? – disse Vivi, se aproximando de Gabriele. – O que está acontecendo aqui?
— Ah... Eu só estou arrumando alguns quartos.
— Eu sei. Eu estou vendo. Mas, a senhora poderia deixar a coordenação das empregadas com a governanta. Por que tem que fazer isso pessoalmente? A Senhorita Sônia não veio hoje?
— Veio. – disse, enquanto dava algumas ordens para os empregados e olhando para a filha. – Mas ela está ocupada, então, resolvi fazer eu mesma.
Viviane desistiu de querer alguma explicação da mãe. Desceu a escada. A mansão parecia diferente naquele dia. Viviane encontrou Fabinho sentado em uma poltrona na sala principal da mansão.  
— Fabinho, você sabe o que está acontecendo hoje?
O menino fez um gesto afirmativo com a cabeça.
— A Bá disse que vem novas pessoas morar aqui. Duas meninas que vão poder brincar comigo, quando a minha mãe não puder.
Viviane pareceu mudar de cor.
— Duas? – repetiu pensativa. – Então, é isso! Devem ser aquelas duas netas bastardas do vovô!
— O quê? – perguntou o menino.
— Nada. – disse, saindo.
“Se o vovô pensa que eu vou me comportar, ele está muito enganado”. – pensou.
Ao passar por uma das salas, percebeu um papel em cima de uma das pequenas mesas. Parecia ser um relatório de exames médicos.
“De quem será isso?” – pensou. – Dr. Otávio Demontieux Alcântara. – leu e sem pensar duas vezes, abriu o envelope.
***
Faltavam quinze minutos para as sete, quando alguns membros da família se reuniram na sala principal. Fabiano conseguiu que outro médico ficasse no seu lugar e, a pedido do pai, conseguiu chegar a tempo. Iêda e Bruno conversavam em um canto da sala, enquanto que Camila permanecia sentada e, às vezes, olhava para a expressão de desgosto do marido que estava ao seu lado. Érica também estava sentada e, vez e outra, repreendia o filho para que ficasse comportado. Gabriele estava na cozinha, providenciando algo para o jantar. Todos já tinham sido avisados pelo Dr. Tarcisio para que não mencionassem qualquer coisa sobre Jorge ou sobre as gêmeas serem de fato netas do Dr. Otávio. Era uma ordem.
— Onde está Viviane? – perguntou o Dr. Tarcísio a Gabriele, quando esta vinha da cozinha.
Gabriele ficou pálida.
— Eu não acredito! Eu não avisei a ela! Tentei tanto deixar para depois... – disse ela preocupada. – Tenho que ir avisá-la. – disse, começando a subir as escadas.
— Não precisa. – disse Viviane descendo. – A senhora acha que eu não ia perceber? Mesmo sendo algo tão repentino, não sou idiota.
Viviane desceu e se dirigiu à sala onde todos estavam. De repente, um dos empregados anunciou que o Dr. Otávio acabara de chegar, acompanhado de duas jovens e um homem. Em menos de cinco minutos, ele apareceu. Ao seu lado, estavam de um, Emanuela, e do outro, Mariana.
— Boa noite. – disse ele. – Eu reuni vocês aqui para apresentar as novas moradoras da mansão e também, a partir de hoje, minhas netas adotivas. Apresento-lhes Emanuela e Mariana. E esse é Rogério, o pai adotivo delas, que ficará trabalhando na jardinagem.
As duas apertaram a mão de alguns dos presentes. Gabriele abraçou as duas.
— Sejam bem vindas! – disse sorrindo. – Qualquer coisa que precisarem é só falar comigo.
Viviane estava sorridente.
— Parece que agora somos parentes! – disse rindo, o que fez com que Gabriele estranhasse essa atitude.
— Agora me lembro de onde vi vocês. – disse Fabiano. – Vocês estiveram recentemente no hospital!
Emanuela e Mariana sorriram e concordaram.
— Bem, pessoal. Esperem só mais alguns minutos. O jantar já está quase pronto. Hoje, vamos jantar um pouco mais cedo.
Todos se puseram a sentar-se novamente e conversarem entre si.
Gabriele olhou para Viviane e chamou-a.
— Vivi, você poderia levá-las para o quarto delas? Diga que tem algumas roupas apropriadas no guarda roupas de cada uma.
Viviane concordou.
— Vocês duas, venham comigo. – disse, falando com as gêmeas.
As três saíram da sala principal, passando por algumas outras salas até chegarem em uma escada que ia até certo ponto e dividia-se em duas, uma para a esquerda e outra para a direita. Viviane conduziu as duas para o lado direito. Mariana parecia curiosa.
— Nossa! Como é grande aqui...
Viviane parou de repente.
— É o que se espera de uma mansão, não é?
— E a escada da direita leva para onde?
Viviane não respondeu até chegarem a um corredor.
— Aqui fica a minha suíte, a da minha mãe e a de vocês. Do outro lado, são as suítes dos tios e suas esposas e do vovô. Mais alguma pergunta?
Emanuela estranhou a atitude de Viviane. Estava diferente da outra vez em que estivera aqui.
— O quarto de vocês fica de frente um para o outro. - continuou Viviane - Assim como o meu e o da minha mãe.
— E os empregados dormem onde? – perguntou Emanuela.
— Nos quartos de baixo. – e apontando para os quartos. – Ali estão. Minha mãe mandou avisar que, no guarda-roupa de cada uma, tem um roupa pronta para o jantar.
Viviane ia saindo, quando Emanuela a chamou.
— Viviane.
Vivi virou-se.
— Por que está sendo legal com a gente? – perguntou Emanuela, olhando fixamente para a garota.
— Eu só estou sendo educada. E posso até confessar que, no começo, me irritei com a idéia do meu avô de trazer vocês para cá.
— Quer dizer, então, que você mudou de idéia? – perguntou Emanuela.
— Não exatamente. – disse ela. – Mas se o meu avô quer tanto isso... De qualquer forma, vou logo avisando que não serei amiga de vocês. Não precisam me cumprimentar quando passarem por mim, a menos que o vovô esteja por perto, é claro. Finjam que eu não existo e eu farei o mesmo em relação a vocês. - e saindo. – E não demorem muito. Todos estão esperando por vocês.
Emanuela e Mariana ficaram paradas ali sem dizer uma palavra.
— É impressão minha ou algo está muito estranho? – perguntou Mariana a Emanuela.
— E o que não é estranho? Primeiro, logo que demos nossa resposta o Dr. Otávio insistiu para que viéssemos ainda hoje... E agora essa garota está sendo legal com a gente... – Emanuela suspirou – Acho que as coisas não vão ser tão fáceis como parecem.

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