XXXVI
- Era Tia Elisabeth nos
convidando para uma temporada no Texas, mais uma vez. Que você acha? De
lá poderíamos ir até Paris. Eu prometi e nunca a levei, non é mesmo?
- Eu acho que temos que ir. –
Responde, enquanto trança o cabelo de Fernanda. - Desde que voltou para
lá, nos convida e nunca fomos. E ela, todo ano vem no aniversário de
Fernanda.
- E quanto à Paris? Que tal passarmos
um mês com tia Elisabeth e outro mês em Paris?
- Não será muito tempo viajando?
Pronto, meu anjo, você ficou linda, hã? – Diz, soltando Fernanda, que vai para
perto do pai pedindo colo.
- Non, se considerar que non viajamos
em lua-de-mel e nunca tiramos férias, gatinha!
- Nós vamos “ve” a tia
Elisabeth? – Pergunta Fernanda
- Vamos sim, Borboleta, nós vamos ver
tia Elisabeth. – Corrige, Claude.
- Oba!!!!
- Incrível como ela se identifica com
sua tia, não é?
- Pudera, tia Elisabeth sempre a
mimou... Prontas? – Pergunta, querendo partir para a fazenda.
- D’accord! - Respondem juntas
Rosa e Fernanda.
- Enton, vamos mesmo, non é? –
Confirma Claude enquanto saem - Finalmente você concordou em viajarmos...
Viu como foi bom tirarmos o passaporte de Borboletinha? Vou pedir ao Frazon que reserve as passagens e mm mm m mm m...
Chegam na fazenda quase na hora do
almoço. Rosa ainda tem tempo de ajudar Dadi com a salada e colocar a conversa
em dia com Joanna e Janete, enquanto Claude fazia o mesmo com François e Frazão
e Fernanda brincava ali perto deles com alguns brinquedos que haviam ficado
para trás e estavam numa caixa, prontos para serem levados.
- Filha, non bagunce as coisas
hã? – Fala Claude ao vê-la tirando várias coisas da caixa.
- Mas eu quero ve o que tem
aqui e o vovô deixou...
- Claude, que mal tem a menina
brincar com o que é dela? – Fala François.
- Ela brincar non tem mal algum,
papai. O mal é você deixá-la fazer o que quer. Você e Joanna.
- Ah, nisso eu concordo! -
Comenta Frazão, ao mesmo tempo em que Joanna entrava na sala, seguida de Rosa e
Janete.
- O que tem minha pessoa, Claude? -
Pergunta ela.
- Você e papai mimam as crianças.
Deixam que façam tudo que queiram. – Repete Claude.
- Oras, os avós são para isso! Não
pegue tanto no nosso pé. Somos assim porque temos mais tempo, mais paciência e
mais disposição para ficar com nossos netos, principalmente agora que estamos
todos longe.
- É, relaxe, filho. Não há perigo,
nunca iremos deseducá-los, pois as crianças, apesar de ainda pequenas, não
tem dúvidas de quem é a autoridade sobre elas.
- Falando em autoridade - Diz Janete
– Eu vou dar uma espiadinha naqueles dois. Saímos tão cedo de Campo Grande,
que não resistiram e dormiram. Quer ir comigo, Borboletinha? - E
estende a mão para ela.
Imediatamente, Fernanda procura o
olhar de Claude e Rosa, esperando uma autorização para ir.
- Pode ir, Fer. Mas obedeça tia
Janete. – Fala Rosa, sorrindo enquanto aproxima-se de Claude e é abraçada por
ele.
Enquanto Janete e Fernanda sobem a
escada, François comenta:
- Viu, reparou no olhar da nossa
princesinha, Claude? Ela procurou em vocês – Diz, apontando para os dois
- o sim ou o não para poder acompanhar a tia. Era a isso que eu me referia!
O sábado é ensolarado e quente.
Todos passam o dia na piscina, porém, à tardezinha, Jonas e Otávio,
os filhos de Frazão e Janete apresentam febre e eles resolvem voltar pra
capital.
Na manhã do domingo, Claude
passeia com Fernanda pela fazenda e Rosa aproveita para embalar alguns
pertences que ficaram para trás na mudança. Entre eles, encontra algumas fotos
de Fernanda. Está olhando para elas, quando Claude e Fernanda entram.
- Mamãe - Exclama correndo para
Rosa - Eu vi o Chantal!!! E o papai deixou eu montar nele e
deu uma volta comigo pelo cercadinho... Ele disse que foi assim que
ensinou você a andar de cavalo...
- Seu pai finalmente deixou você
montar Chantal?! Ele sempre faz isso quando quer ensinar alguém a
andar a cavalo... Foi assim
mesmo que ele me ensinou. Você gostou?
- No começo, eu fiquei com
medinho, mas depois passou. E depois, o papai subiu no Chantal e a gente
foi passear. Aí, a gente foi ver os bichinhos que você cuida... A
foto da arara! - Exclama, pegando as fotos que estavam sobre a mesa
para ver.
- E pelo visto não ficou só no ver,
não é? Você precisa de um...
- Banho! – Diz Claude, entrando
finalmente, descalço, com a roupa suja, o cabelo desalinhado.
- Meu Deus! – Exclama Rosa, vocês
rolaram pelo chão? - Fala Rosa, segurando o riso.
- Non... Ela quis visitar os
animais feridos que você resgatou e eu tive que pegar alguns para ela passar
a mão, hã? Tive que correr atrás de alguns... um pato, um tatu
e o resultado foi esse. – Diz apontando pra si mesmo.
- Puxa, eu devia ter ido junto
e registrado esse momento histórico!
- Você é uma graça, gatinha!
Está toda limpinha e cheirosa, non é? – Diz puxando-a para um abraço...
- Não! - Diz Rosa, mas já era
tarde. Claude a beijou docemente nos lábios, antes de continuar:
- Agora estamos todos sujinhos,
d’accord? Mas que fotos são essas? – Pergunta com o olhar atraído pra a filha,
que espalhava várias fotos no chão.
- Estavam perdidas, fora do álbum.
Fotos dela bebê, na minha barriga, no batizado em São Paulo, vestida de
borboleta. E olha só, a maioria delas, Fer está com algum bichinho...
- Olha só esta aqui! – Diz Claude,
pegando uma foto na mão – Lembro muito bem desse dia. Foi quando tia
Elisabeth partiu e Borboletinha fez a mala, dizendo que ia com
ela! Rsrsrsrs.
Joanna aparece na porta dizendo:
- Meus queridos, estamos
esperando vocês para o almoço.
- Nos dê quinze minutos para um
banho, Joanna. E estaremos lá.
Rosa foi a última a se arrumar.
Estava terminando de colocar os sapatos, quando Fernanda entra no
quarto e fala:
- Mamãe, eu queria ver aquele
filminho de você e do papai de novo...
- Filminho? - Questiona sem
entender.
- É... aquele engraçado
que o papai derruba você láááááá no barranco da estrada!
- Ah! Seu pai não devia ter mostrado
isso pra você!
- Por quê? – Questiona Fernanda.
- Porque... – Rosa começa a explicar,
mas é interrompida.
- É, por que non? - Diz
Claude, entrando no quarto – Borboletinha queria saber como nos
conhecemos. Eu contei e ela non acreditou. Achou que eu estava inventando um
conto de fadas. Enton, eu mostrei o seu filme para ela!
- É muito engraçado! Rsrsrsr – Diz
Fernanda.
- Mas eu acho que não está mais
aqui... – Começa a falar Rosa.
- Engano seu – Diz Claude, mostrando um
DVD - Encontramos ele enquanto você tomava banho! Vamos ver todos juntos,
depois do almoço, d’accord, gatinha?
- Por que não podemos ver agora?
– Insiste Fernanda.
- Porque eston nos esperando
para o almoço, senhorita! Podemos ir?
- Claro, já estou pronta. – Fala
Rosa, vendo Fernanda pedir o colo do pai e enroscar seus bracinhos no pescoço
dele e perguntar séria:
- Papai, por que eu sou
Borboletinha se a minha mamãe é gatinha?
- Porque sua mãe gosta de borboletas,
enton, quando você estava na barriga dela, eu apelidei você de Borboletinha...
- Por quê?
- Por que é carinhoso e ainda
non tínhamos escolhido seu nome, hã?
- Ahhh... Por quê?
- Mon Dieu, chega de por
quês! – Vá na frente e avise ao vovô e à vovó que estamos chegando, oui? – Fala
Claude, pondo-a no chão e abraçando Rosa.
- Muito esperto, livrando-se dos
porquês mandando-a correr na frente!
- Non quer saber por quê? –
Pergunta, parando de caminhar e virando de frente para ela.
- Por q... – Começou a perguntar, mas
os lábios dele pousados nos seus explicaram melhor do que as palavras...
Na sala onde estava servido o
lanche...
- ... Ah! Finalmente chegaram. – Diz
François, vendo a neta entrar. - Onde estão seus pais, Fernanda?
- Atrás de mim... – Reponde, olhando
para trás - Ué?! Papai, mamãe... – Fala, voltando até a porta e espiando
fora – Ihhhhh! Acho melhor a gente comer. - Afirma séria.
- Por quê? - Pergunta Joanna curiosa.
- Porque o papai tá beijando a
mamãe outra vez, vovó! – Responde, sentando-se numa das cadeiras. – Por
que o papai beija a mamãe na boca, vovô?
- Misericórdia! - Exclama Dadi que
trazia o suco – Tem certeza que essa menina tem só quatro anos, Dona Joanna?
- Tenho sim, Dadinha! – Fala
Fer sorrindo e mostrando quatro dedinhos. – Sóóóóóóóó no fim do ano
que vou fazer cinco, d’accord? – E mostra mais um dedo.
François escapa de responder a
pergunta, pois Claude e Rosa entram na sala e a conversa se encaminha para
outros assuntos.
Como prometido, eles assistem às
cenas que foram gravadas durante a queda, quando se conheceram, imortalizadas
por tia Elisabeth no álbum de casamento virtual. Depois de assistir, Fernanda
acaba dormindo, quando Claude lhe conta uma história infantil.
Estava exausta das aventuras do dia.
Quando Claude a leva para a
cama, Fernanda abre um pouco os olhos pesados de sono e mais pede
que pergunta:
- Papai, um dia você me leva nesse
lugar encantado que vocês caíram? - E volta a dormir profundamente.
Enquanto ela dorme, Claude e
Rosa carregam as caixas que haviam ficado para trás no
porta malas do carro e quando Fernanda acorda voltam para casa em
Aquidauana.
Enquanto estão na estrada, conversam
sobre a fazenda, agora uma Estância Turística com certificação internacional.
- Quando a Terezinha chegar, Sílvia e
eu vamos instruí-la e assim que ela estiver pronta e assumir
a administração do escritório da fazenda, eu vou poder te ajudar
mais na construtora.
- Foi muito bom ela aceitar o convite,
hã? O casamento de Sílvia e Rodrigo está chegando.
- Eu também acho. Assim ela esquece
de vez aquele ex-namorado dela!
- Eu só acho que ela vai precisar de
alguém para ajudá-la. Porque a procura tem sido muita. Non concorda?
– Pergunta, saindo para o acostamento da estrada.
- Por que está parando aqui, Claude?
Algum problema com o carro?
- Non. – Responde ele, saindo do
carro e dando a volta até a sua porta.
- Por que a gente tá parando, mamãe?
- Pergunta Fernanda.
Mas antes que Rosa respondesse
à filha, escuta Claude falar ao abrir sua porta:
- Non se lembra que dia é hoje... Non
reconhece esse lugar... Isso é muito triste, sabia? – E tira
Fernanda da cadeirinha.
- Claro que eu reconheço esse
lugar... Está um pouco mudado, mas aquela curva e aquela árvore ainda estão no
mesmo lugar! Rsrsrsrs – Diz Rosa, apontando para as duas. – E quanto ao
dia... Exatamente cinco anos!
- Parei porque Borboletinha queria
conhecer o nosso lugar encantado. – Fala, levando-a pela mão até a
beira do barranco.
- Nossa, foi aqui que vocês caíram?
Não doeu?
- Claro que doeu, filha.
Principalmente, quando sua mãe me acertou com o capacete no... no
estômago, hã? – Diz, olhando para Rosa e fazendo uma careta.
- É, mas foi sem querer,
Borboletinha... Ih! Melhor voltarmos para o carro, começou a chover! – Fala
Rosa, voltando para o carro antes dos dois.
Quando Claude senta-se ao volante,
Rosa diz:
- Você nunca me perdoou por
aquele... incidente com o capacete, não é?
- Claro que perdoei, gatinha. – E
percebendo a atenção que Fernanda dava à conversa, conclui. – Mas é que fui
obrigado a non comer nada por uns dias. Por causa da pancada no
estômago, hã? - Fala, sorrindo zombeteiro, vendo Rosa corar
tremendamente.
***
Finalmente após mais de
dez horas de voo, o avião pousava em Houston - Texas, o segundo maior
estado americano e um estado de contrastes: norte e leste eram cobertos por
vários rios, lagos e florestas, com clima propício à agricultura. Era onde
ficava a fazenda herdada por Elisabeth do marido americano.
Já no sul e oeste, o clima era mais
árido, desértico mesmo em várias regiões. Foi nestas áreas escassamente
povoadas que os cowboys surgiram com o intuito de cuidar do gado da região, bem
como defendê-lo de ataques indígenas. Os cowboys tornaram-se rapidamente um
símbolo do estado e até hoje existem em várias áreas rurais. O apelido do Texas
é Lone Star State por causa da estrela solitária na bandeira.
Estavam todos acomodados no carro de
Tia Elisabeth. Fernanda dormia, cansada do voo e do passeio que haviam
feito pela cidade, quando tia Elisabeth anunciou:
- Meus queridos, eu tenho novidades:
casei-me com meu guru! O atual, claro. Vocês o conhecerão logo mais à noite.
- Como é que é titia? A senhora casou
com o seu... guru? – Pergunta Claude, enquanto já estavam a caminho
da fazenda de tia Elisabeth, no Texas. – Casou de papel passado?
- Claro que não, honey! Casamos nas
ondas do mar, sob as bençãos do Criador, numa noite de luar. Lua cheia,
por sinal. Estávamos num luau e aproveitamos o clima para fazer os votos.
- Mas com um guru? Francamente,
titia! Ele só pode estar dando o golpe do baú em você, hã?
- Não, Claude! Ele não é um
guru qualquer... O nome dele é
Gideon Sean Daniels. Ele viajou o mundo à procura de conhecimento e
sabedoria, como eu e, recentemente, comprou a fazenda vizinha. Duas vezes maior
que a minha. Mas só nos conhecemos em McFaddin Nude Beach, em minha
última aventura, darlings...
- Tia Elisabeth, eu
entendi direito? – Pergunta Rosa, admirada - Você o conheceu numa
praia de... de... – Olha para certificar-se que a filha dormia.
- Nudismo, darling! - Fala
Elisabeth sem rodeios - E olhe, eu recomendo, não há nada mais natural. Pode-se encontrar
uma grande variedade de opções em todo o estado do Texas, são comuns por aqui. Se
vocês quiserem, ensino como chegar até lá e...
- Non titia, muito obrigado, hã? –
Fala Claude, imaginando os olhares que Rosa receberia e não gostando nada
do que imaginava.
- Oras, Claude! A praia de nudismo ou
naturalismo não é usada para exibicionismo. Todos mantêm um comportamento
manso e adequado, honey!
- Comportamento manso e adequado? Non.
Non vou dar a nenhum nudista ou naturalista o prazer de ficar “adequado”,
olhando minha mulher, d’accord?
- Mamãe, a gente já chegou? –
Pergunta Fernanda, acordando. Ela pisca várias vezes os olhos e
boceja. E a conversa muda de rumo.
- Agora chegamos, Little
Butterfly... – Disse Elisabeth, parando o carro na frente de uma casa construída
tipicamente no estilo “sertanejo americano”: de madeira, quase um
sobrado, com uma varanda pequena na frente, que protegia a porta de entrada.
Havia um pequeno jardim na frente e alguns arbustos. Mas o charme estava na
lateral da casa: um caminho de pedras a perder de vista servia de palco
para algumas cadeiras e mesas e separava a casa da piscina. Árvores bem maiores
faziam a moldura e traziam sombra e frescor para o clima quente do
Texas.
- Um pequeno pedaço do paraíso,
darling – Disse Elisabeth, vendo Rosa encantada com a beleza do lugar. – Nesse
pequeno bosque, há espécies de várias partes do mundo por onde andei.
Todas têm permissão para plantio por aqui, porque são “parentes” de
espécies nativas. Tomei esse cuidado, pois uma das leis básicas do prana
é não mexer com a natureza das coisas, o sopro de vida, a energia vital
universal que permeia o cosmo, absorvida pelos seres vivos através do ar que
respiram...
- Mon Dieu, vai começar com esses
conceitos tendenciosos e ideias loucas de viagem astral, outras
dimensões, elfos, gnomos e toda espécie de seres elementais fictícios...
Filha, non escute sua tia, d’accord? – Diz Claude, empurrando as malas.
- Pois saiba, doutor Geraldy, que
eles representam a natureza, controlando-a. Silfos são elementais do ar, salamandras
do fogo, ondinas da água e gnomos, os elementais da terra!
- Titia, isso tudo é conto de fadas.
Uma maneira lúdica de explicar algumas coisas sem explicaçon... Como se a Terra
não nos pertencesse...
- “A terra não pertence ao homem;o
homem pertence à terra. Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma
família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os
filhos da terra." Isso foi dito há muito tempo, em 1855, por um índio
Seattle ao Presidente dos Estados Unidos... Deve significar alguma coisa,
não acha?
- Sua tia tem razão, amor. O homem é
apenas um hóspede que se alojou temporariamente nesta casa. Neste
planeta. E ao invés de amá-la, respeitá-la e protegê-la, retribuindo a
hospitalidade, ele extrapola seu "poder"...
- Rosa, você non pode estar falando
sério!
- Claro que falo. Você estudou sobre
as catástrofes, não foi? Sabe que mesmo com toda tecnologia e
recursos da engenharia, estamos invadindo a Terra, mudando sua estrutura.
Uma hora ela vai retribuir essa gentileza...
- Ehhh, que papo mais sinistro! Eu
non acredito e pronto.
- Mas devia, honey. Você sempre achou que amor à primeira vista não existia. E, no entanto...
- No entanto, a senhora está mudando
de assunto...
- No entanto, o cupido o flechou. Você
mesmo disse que tinha experiências incríveis com Rosa e que Borboletinha
era a prova disso...
- Mon Dieu, como foi que pulamos dos
elementais para minha filha?
- Papai, você não acredita em fadas?
– Falou Fernanda, de repente, séria quase chorando – Então,
porque mandou eu deixar o meu dentinho embaixo do travesseiro pra Fada dos
Dentes? – Perguntou, parando na frente de Claude, cruzando os braços e
fazendo biquinho.
- Touché! – Exclamou Rosa, sorrindo –
Sai dessa agora, cara-pálida! Rsrsrsrs.
Continua...
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