O
poema que reproduzimos abaixo é da autoria de Pablo Neruda.
Para
saber mais sobre o autor, favor acessar: http://educacao.uol.com.br/biografias/pablo-neruda.jhtm.
Boa
leitura!
Soneto
XLIII
Um
sinal teu busco em todas as outras,
no
brusco, ondulante rio das mulheres,
tranças,
olhos apenas submergidos,
pés
claros que resvalam navegando na espuma.
De
repente me parece que diviso tuas unhas
oblongas,
fugitivas, sobrinhas de uma cerejeira,
e
outra vez é teu pelo que passa e me parece
ver
arder na água teu retrato de fogueira.
Olhei,
mas nenhuma levava teu latejo,
tua
luz, a greda escura que trouxeste do bosque,
nenhuma
teve tuas mínimas orelhas.
Tu
és total e breve, de todas és uma,
e
assim contigo vou percorrendo e amando
um
amplo Mississipi de estuário feminino.
Fonte:
http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/pablo-neruda-poemas/.
Que lindo esse poema!
ResponderExcluirLindo poema!
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