Aviso: por um lapso, deixamos de publicar esse capítulo na segunda, dia normal dele. Assim, estamos publicando hoje. Deixamos aqui nosso pedido de desculpas e informamos que, na semana que vem, a webnovela será novamente publicada em seu dia normal.
Boa leitura!
Capítulo 22 – Festa
Boa leitura!
Capítulo 22 – Festa
Dr.
Otávio esperava Emanuela junto ao carro. Logo depois, Emanuela saiu da mansão e
entrou juntamente com Dr. Otávio no automóvel. Os dois tinham que chegar um
pouco mais cedo para que Otávio pudesse dar as devidas instruções para Emanuela
dentro da empresa.
O carro
partiu. Depois de alguns minutos, Otávio que verificava no tablet as últimas
versões de relatórios da empresa, olhou para Emanuela, que apenas olhava pelo
vidro do carro em silêncio.
— Está
ansiosa? – perguntou, interessado em puxar alguma conversa.
Emanuela
sorriu.
— Não
muito. Quer dizer, não sei exatamente o que esperar, então, pode-se dizer que
estou um pouco.
— Não se
preocupe. Você é inteligente e vai pegar o trabalho rápido. Mas você já decidiu
que área realmente quer?
Emanuela
pareceu pensar por alguns segundos.
— Bem,
posso trabalhar em qualquer área, afinal pode ser algo temporário... Não sei
ainda o que quero fazer da minha vida.
Dr.
Otávio olhou para Emanuela e sorriu.
— Tem
razão. A sociedade cobra bastante dos jovens. Em uma idade muito jovem já devem
escolher o que tem que se fazer para toda a vida. Infelizmente, no meu caso,
não tive essa oportunidade.
Emanuela
pareceu curiosa.
— O
senhor herdou a empresa do seu pai?
— Sim.
Meu pai fundou a primeira empresa do Grupo Demontieux e depois os negócios
começaram a ir bem. Ele parecia ter um talento nato para negócios. É uma pena
que agora não vejo sucessores para a presidência do Grupo.
— E a
Viviane?
Dr.
Otávio olhou para Emanuela como não entendendo o que ela acabara de sugerir.
—
Viviane? – disse, dando uma pequena pausa - Bem, Viviane tem sua própria
carreira. O máximo que ela poderia pegar seria a posição de Diretora do Hospital
algum dia. Mas ela não teria muito tato nessa área.
Emanuela
pensou em dizer algo, mas se conteve. Se a própria Viviane não se manifestou em
relação aquele assunto, ela não teria o direito de se intrometer.
***
Emanuela
havia saído para começar seu trabalho no Grupo Demontieux, Viviane saíra para a
faculdade e os adultos para as suas respectivas ocupações. Gabriela dava as
últimas ordens na cozinha, enquanto que Mariana estava na sala vendo algo na
televisão. De repente, a campainha tocou e uma das empregadas atendeu. Momentos
depois, Mariana viu Fabrício entrando na mansão. Ela se levantou e foi ao seu
encontro.
— Fabrício?
Veio atrás da Manu?
Ele
acenou com a cabeça.
— Então,
ela não te disse que ia a trabalhar? O Dr. Otávio conseguiu um emprego de
aprendiz para ela na empresa.
— Sério?
Ela não me disse.
Mariana
riu.
—
Emanuela é assim. Não se preocupe. Ela está acostumada a ser muito
independente. Acho que vai ter que ter um pouco mais de paciência, porque é a
primeira vez que ela está em um relacionamento.
— Então,
ela te contou?
— Não
tinha como esconder isso de mim, né? – Mariana riu – Afinal somos gêmeas.
Fabrício
riu. Mariana por alguns minutos ficou um pouco envergonhada. Às vezes, era
difícil olhar para os olhos dele.
— De
qualquer forma... – disse ela – Se não puder entrar em contato com ela pelo
celular, assim que ela chegar posso falar que veio aqui.
—
Obrigado. Vou tentar falar com ela por telefone. Deveria ter feito isso antes
de vir aqui, teria evitado a viagem perdida.
Fabrício
se despediu, enquanto Mariana voltava para a sala, agora sem qualquer interesse
de continuar a assistir TV. De repente, teve uma ideia. Gabriele que vinha da
cozinha se aproximou da garota.
— Sra.
Gabriele. – disse Mariana. – A senhora tem o telefone daquele médico amigo do
Dr. Fabiano?
— Fala do
Dr. Rafael? – disse ela pensativa. – Acho que tem o número pessoal dele na
minha agenda. Espere aqui.
Gabriele
subiu ao quarto e logo voltou.
— Aqui
está. – disse, entregando um cartão. – Esse é o cartão pessoal dele. Há um
número de celular e o da sala pessoal no hospital Alcântara.
Mariana
sorriu.
—
Obrigada, Dona Gabriele.
— Não
precisa agradecer. – e um pouco curiosa. – Mas não sabia que conhecia tão bem o
Dr. Rafael.
— Ele se
tornou um amigo quando meu pai ficou internado. Eu sempre conversava com ele
sobre várias coisas. É alguém que você consegue dizer qualquer coisa e ele
ainda tem uma resposta.
Gabriele
sorriu.
— Pelo
jeito, o Dr. Rafael não conquistou apenas a Viviane.
Mariana
olhou de repente para Gabriele um pouco surpresa.
— A
senhora está enganada, não gosto do Dr. Rafael como a Viviane gosta. Ele é só
um amigo. Só um amigo.
Gabriele
sorriu enigmática. Mariana pegou o celular e discou o número. Em alguns
segundos, alguém atendeu.
— Dr.
Rafael? Gostaria de lhe fazer uma vista, o senhor está muito ocupado? Ok,
então. Estarei aí um pouco antes do almoço.
Mariana
desligou.
— Dona
Gabriele, a senhora me libera para eu ir almoçar no hospital?
Gabriele
sorriu.
— Tudo
bem.
***
Viviane
estava no intervalo das aulas. Infelizmente, Verônica não tinha aula naquele
dia. Ela estava sentada em uma cadeira junto a um das mesas da lanchonete da
faculdade, quando alguém a tocou em seu ombro. Ela virou-se de repente.
— Então é
você? Não lembro quando foi que eu lhe dei a permissão de me tocar na faculdade
e agir como se fôssemos amigos.
Gabriel
riu, enquanto se sentava em uma cadeira próxima.
— Vivi,
do que está falando? Somos mais do que amigos. Afinal, fizemos coisas que
amigos não fazem.
Viviane
levantou-se da cadeira e preparou-se para sair.
— É
melhor parar com isso. Se ficar falando bobagens por aí, as pessoas podem
pensar errado. E você já esqueceu que somos inimigos?
Gabriel
levantou-se também e se aproximou.
—
Inimigos fazem isso? – disse Gabriel, pegando Viviane pela cintura e tentando
beijá-la.
Viviane
se desvencilhou.
— Pare
com isso. O que acha que as pessoas vão pensar? Não estou com paciência para
suas brincadeiras. Tenho muitos problemas agora. – disse e saiu, enquanto
Gabriel a seguia. – E afinal de contas, o que está fazendo por aqui? Por acaso,
está vindo para a Medicina apenas para me ver?
— Se eu
dissesse que sim, o que diria?
Viviane
parou, olhando para Gabriel.
— Diria
que não tem a mínima chance e que gosto de outra pessoa. Me desculpe por ser tão fascinante a ponto de conquistar até meu
inimigo.
Gabriel
riu alto.
— Ainda
bem que não vim para lhe ver, afinal, você é uma garota detestável. – e fazendo
uma pequena pausa. – Mas que problemas povoariam a cabeça dessa patricinha
mimada?
Viviane
olhou séria para o rapaz.
— Ao
contrário do que você e muitas pessoas pensam, eu realmente tenho problemas.
Gabriel a
observou atentamente.
— Tem a
ver com seu avô?
Viviane
parecia surpresa.
— Como
sabe?
— Bem,
não sabia... Apenas desconfiei. Você parece ser muito apegada ao seu avô pelo
que já andei observando, então, para uma pessoa egoísta como você,
possivelmente seus problemas envolveriam a única pessoa que você gosta de
verdade.
— Muito
engraçado. Mas isso não é da sua conta. – disse, se afastando.
Gabriel a
observou se afastando um pouco preocupado.
***
Mariana
chegou ao hospital e logo viu o Dr. Rafael. Ele acenou para ela animadamente.
Ela se aproximou.
— Agora
que estou aqui, acho que fiz algo de muito errado. – disse Mariana.
— Por que
diz isso?
— Bem...
O senhor é um homem muito ocupado. Acho que devo estar lhe incomodando, não é?
— Não
fale assim. Tenho uma folga antes do almoço. É sempre bom conversar com uma
amiga.
Os dois
foram para o jardim do hospital, que era arborizado.
— Pronto,
aqui estamos mais a vontade. O que queria falar?
— Bem...
Agora que estou aqui, realmente estou um pouco envergonhada. Mas já que o
senhor é médico, talvez possa me ajudar.
Rafael
pareceu confuso.
— Por que
eu sou médico?
— Sim...
Por acaso... Existe algum tipo de droga ou remédio que faz alguém deixar de se
apaixonar ou algo parecido?
Rafael
ficou surpreso com a pergunta.
— Você
veio para me perguntar isso? Está falando sério?
Mariana
suspirou cabisbaixa.
— Claro
que não. – de repente olhou para Rafael. – Mas se eu estivesse falando sério,
realmente haveria esse tipo de remédio?
— Claro
que não. – respondeu ele rindo. – Mas que tipo de problema está passando para
me fazer essa pergunta mesmo brincando?
Mariana
suspirou novamente, enquanto sentava-se em um banco.
— Dr.
Rafael, minha vida está uma bagunça... Tantos problemas e ainda tenho que lidar
com esse tipo de sentimento. – disse.
Rafael
observou Mariana. Ela sempre estava sorrindo e dizendo brincadeiras, mas pela
primeira vez, ele realmente percebeu que essas pequenas piadas muitas vezes
apenas escondiam tristezas e preocupações. Por alguns momentos, Mariana deixou
transparecer o desânimo que havia dentro de si. Momentos depois ela sorriu
novamente.
— O que
estou falando? Ainda há esperança. Pelo
que li, a paixão tem dois anos de validade. Até lá vai estar tudo bem, não é? –
disse rindo. – Até lá, estarei na faculdade e conseguirei o cara que eu quiser,
afinal, existe lugar mais cheio de rapazes lindos esperando por mim do que na
Faculdade de Medicina? O que me leva a uma pergunta, por que os caras da
Medicina são tão bonitos? Bem, a minha teoria é que...
Mariana
foi interrompida por um pequeno gesto de Rafael. Ele alisou a cabeça dela,
bagunçando levemente o seu cabelo.
— Não
precisa se esforçar tanto.
— Você me
pegou. – disse Mariana sorrindo.
— Sim,
pelo pouco que conheço você, já percebi que sempre que está muito triste ou
preocupada, acaba fazendo piadas e rindo, mesmo quando não tem graça.
Mariana
olhou surpresa para o médico.
— Então,
minha carreira de humorista terminou antes mesmo de começar.
Ele
sorriu.
— Mas me
diga... O que realmente está acontecendo?
— Dr.
Rafael... Eu não sou muito boa em dizer o que eu sinto. Para mim é mais fácil
esconder. Mas talvez com o senhor eu realmente consiga, já que o senhor tem
maior chance de ter amores impossíveis e não correspondidos.
Rafael
não entendeu o que Mariana quis dizer, mas não a interrompeu.
—... bem
de qualquer forma, acho que o senhor entenderia.
— Você
fala do fato de gostar do mesmo garoto que sua irmã?
— Sim...
Mesmo com tantos problemas, eu ainda fui arranjar esse. Isso não é patético?
— A
paixão acontece, não é algo que você necessariamente procura.
— Eu sei.
Mas eu me sinto mal. Ter que encarar minha irmã todos os dias e sentir o que eu
sinto pelo namorado dela. Eu realmente sou a pior irmã mundo. E não posso dizer
a ela, porque do jeito que ela é terminaria com o namorado só para não me ver
triste. Eu me sentiria muito pior se ela fizesse isso. Então o que devo fazer?
Eu sinto que se eu não contar isso a ela, estarei sendo falsa, hipócrita, a
pior pessoa do mundo. Mas se eu disser vou piorar tudo.
Rafael
olhou com carinho para a garota.
— Por que
você acha que tem que contar para ela?
— Ora...
Porque... Porque somos amigas. Não devemos ter segredos, não é?
— Você
não tem que dizer tudo o que sente para todo mundo. Todas as pessoas têm seus
segredos e não há nenhum mal em ter algo que queremos guardar para nós mesmos. Talvez
por você ser irmã gêmea dela, ache que não deve haver qualquer segredo, mas é
preciso que você também coloque limites. Afinal, você é você, ela é ela. Você
tem o direito à sua individualidade. Se quiser contar a ela, isso é com você.
Mas se não contar, não significa que está sendo hipócrita ou falsa.
— Então,
não contar a ela não é tão ruim?
— Não
acho que não seja. Por que você tem o direito de sentir como ela. Não é como se
quisesse tomar o namorado dela, por esconder isso, não é?
— Não, de
jeito nenhum.
—
Então... Você vai ver que este tipo de sentimento passa... Um dia, você vai
encontrar alguém que goste e que lhe corresponda. Quando esse momento vier,
você vai ver que valeu a pena ter um pouco de paciência.
Mariana
sorriu.
— Eu
sabia que o Dr. Rafael saberia o que dizer. Se o senhor não fosse... – Mariana
conteve-se. – O que quero dizer é que a pessoa que o senhor gostar vai ser
muito sortuda.
Rafael
riu.
***
Emanuela
voltou quase no final do dia junto com o Dr. Otávio. Logo que chegou, subiu
para o quarto. Após trocar de roupa, foi para o quarto da irmã, onde ela ouvia
música.
— Posso
entrar? – disse ao bater à porta.
Mariana
abriu a porta.
— E aí,
como foi seu dia de trabalho?
— Normal.
– disse Manu. – Algum trabalho burocrático, já que eu fiquei na parte jurídica
hoje. O Dr. Otávio disse que, por enquanto, ficarei trabalhando por um tempo
lá, depois posso mudar quando eu quiser.
— Que
bom.
— E você,
o que fez o dia todo?
— Eu?
Bem... Recebi seu namorado que por alguma razão não sabia que você tinha ido
trabalhar e fui ao hospital.
— Ah, é verdade...
Fabrício realmente me ligou, eu tinha esquecido completamente de ligar
avisando.
— Manu,
mesmo que ele seja só seu namorado, acho que devia ter avisado esse tipo de
coisa. Eu sei que está acostumada a ser independente, mas o Fabrício pode achar
rude ou até pensar que não se importa com ele.
— É, eu
sei. – disse Emanuela pensativa. – Tomarei cuidado no futuro. Mas... Você disse
que foi ao hospital. Sentiu alguma coisa? Está bem?
— Estou
bem, não se preocupe. Fui apenas fazer uma visita para o Dr. Rafael.
Emanuela
olhou surpresa para a irmã.
— Dr.
Rafael? Nossa... Pelo jeito não é só a Viviane que gosta dele.
— Você
está errada... Somos só amigos. Só amigos.
— Tem
certeza?
— Claro.
Absoluta. Mesmo se eu quisesse alguma coisa, seria impossível.
— Por
quê? – disse Manu ainda mais confusa.
— Por que
eu acho que o Dr. Rafael não gosta de garotas.
Emanuela
olhou surpresa para Mariana.
— Você
tem certeza disso?
— Certeza,
eu não tenho, mas essas coisas a gente sabe, né? Ele é super sensível e sabe
muitas coisas... Enfim, você sabe.
— Bem,
isso explicaria o fato de que ele não demonstra qualquer coisa quando Viviane o
visita.
— Foi o que pensei também. Mas mudando
completamente de assunto...
— Sim?
— Já faz
um tempo que estamos aqui nessa mansão... E não vimos nem um sinal do
Fernandes.
Emanuela
pareceu ansiosa de repente.
— Nem
falar. Também tenho estado preocupada. Tivemos várias oportunidades para que
ele viesse se vingar e até agora nada. Ainda acho que Fabrício tem alguma coisa
a ver com isso. Você e eu conhecemos muito bem que tipo de pessoa Fernandes é.
Ele não é do tipo que apenas deixa passar a menos...
— Que ele
faça um acordo. Fernandes adora fazer acordos. E no final, ele se dá bem em
todos... – completou Mariana. – Você acha que Fabrício ou alguém pode ter feito
algum acordo?
— Eu não
sei... Mas mesmo assim. Ainda acho estranho demais esse silêncio por parte
dele. É como uma calmaria antes da tempestade.
***
Dr.
Fabiano conseguira uma folga nos horários do hospital e estava agora ali, em
frente ao apartamento onde Receba morava. Tocou campainha e ela atendeu.
— Dr.
Fabiano! Que surpresa. Pode entrar.
Fabiano
entrou.
— O que o
traz aqui?
— Bem,
vim lhe avisar que já foram marcados alguns exames para que possa verificar sua
atual situação. Afinal, sua memória não voltou, não foi?
— Não,
ainda não... – disse ela com um tom de voz um pouco triste.
— Não
precisa ficar assim... Não seja tão pessimista. Possivelmente, sua memória
voltará mais cedo do que imagina e sua rotina voltará ao normal.
Rebeca
sentou-se e indicou um lugar para Fabiano também se sentar.
— Não é
isso com que estou preocupada...
— Então
com o quê?
— Fico
pensando que se por um lado não ter memórias é como não ter uma própria
história... Por outro lado, tenho medo do que essas memórias me trarão. Se até
meu cérebro bloqueou essas lembranças, talvez eu, realmente, como você disse
antes, tenha sido abençoada.
— Então,
realmente, não quer lembrar?
Rebeca
ficou pensativa por alguns instantes.
— Na
verdade, acho que tenho sido hipócrita, não é?
— Por que
diz isso? – perguntou Fabiano, confuso por não saber como Rebeca havia chegado àquela
conclusão.
— Eu
disse a você que quero lembrar, mas inconscientemente estou bloqueando todas as
lembranças do meu passado. Isso não significa exatamente o contrário?
— Talvez
não... Talvez só esteja se protegendo para o momento certo. Na verdade, eu que
tenho sido hipócrita.
Rebeca
olhou confusa para o médico.
— Eu
disse que tinha vindo aqui apenas para lhe falar sobre os exames, mas a verdade
é que também queria lhe perguntar se queria ir à festa de aniversário da minha
sobrinha. Acho que seria bom você conhecer novas pessoas.
Rebeca
sorriu.
— Tem
razão.
— Então,
você vem?
— Claro,
por que não?
— Está
bem, então virei lhe pegar. – disse satisfeito.
***
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