segunda-feira, 11 de novembro de 2013

WEBNOVELA - LAÇOS - CAPÍTULO 22 - SEGUNDA PARTE - AUTORA: JULIANA SOUSA

Capítulo 22 – Festa

A semana passou rápido. Todos os dias pela manhã, as gêmeas tomavam café da manhã, sempre acompanhadas de Gabriele, Dr. Otávio e Viviane, e, algumas vezes, também eram acompanhadas por Bruno e Iêda. Érica quase nunca aparecia para o café e Fabinho saía bem mais cedo para a escola, que era de tempo integral. Emanuela saia com o Dr. Otávio para a empresa e Viviane para a faculdade e, muitas vezes, passava o dia fora como se evitasse ficar perto de Gabriele ou Mariana. Mariana fazia companhia a Gabriele e conversava com Rogério no jardim e depois de estudar algumas horas por dia, também ajudava no planejamento da festa de Viviane.
Naquele sábado, o dia estava muito agitado. Empregados andavam de um lado para o outro, recebendo encomendas e preparando tudo para a festa que iria começar pelas seis horas da noite. Mariana estava no quarto de Emanuela.
— Hoje vai ser uma festa daquelas! – disse ela rindo.
Emanuela, que estava sentada lendo um livro, olhou para a irmã.
— Não sei por que está tão empolgada. Esqueceu de quem é a festa?
— Claro que não... – disse ela, fazendo um muxoxo e logo depois sorrindo. – Mas eu não acredito que Viviane vá fazer algo de ruim com a gente... É um dia alegre.
Emanuela olhou para Mariana pensativa.
— Às vezes, me pergunto de quem você herdou todo esse otimismo. – disse ela, voltando a ler o livro.
Mariana riu.
— Sabe, Manu. Apesar da Vivi sempre pegar no nosso pé, aqui nessa mansão, eu realmente me sinto bem... Temos um avô adotivo, uma mãe adotiva e até uma irmã adotiva.
— A Viviane? – perguntou Manu rindo. – Acredito que ela não gostaria de ouvir isso.
Mariana riu.
— Você que pensa... – disse Mariana pensativa.
— Do que você está falando? – perguntou ela curiosa.
— Você sabe que eu sempre tive uma boa percepção...
— E sempre foi muito modesta também.
— Então. Eu acho que a Vivi tem esse comportamento, porque ela não se sente muito querida...
— É psicóloga agora?
— Estou falando sério.  Eu acho que ela foi uma criança muito sozinha...
— Não seria o contrário? – perguntou Emanuela, deixando por fim o livro de lado. – Afinal, ela sempre teve os mimos do avô.
— Eu não sei. O Dr. Otávio me parece muito ocupado, mesmo quando trabalha em casa. No começo, ele sempre nos dava atenção, mas você não percebeu que ultimamente ele quase não tem tempo?
— Então você está dizendo que ele só está voltando ao normal.
— Mais ou menos isso... – e olhando para a irmã com um olhar um pouco triste. – Às vezes, eu consigo entendê-la um pouco... Quando eu imagino o tipo de solidão que ela poderia ter sentido, me sinto um pouco mal por ela.
Mariana não conseguia entender a irmã.
— Você está com pena dela agora?  
Mariana parecia pensativa
— Sabe, Manu, quando a gente era pequena, eu me senti assim muitas vezes... Acontecia quando brigávamos, lembra? Nesses momentos, a gente sempre pensa besteiras do tipo “ninguém me ama, ninguém me quer”. Às vezes, eu deitava na cama e chorava sem que você visse. – disse rindo. – É engraçado, não é? Pensamos cada bobagem quando somos crianças.
Emanuela ficou séria.
— Por que nunca me contou?
Mariana riu.
— Acho que todo mundo tem seus segredos que não conta para ninguém. – e um pouco séria. – Mas eu logo esquecia quando a gente fazia as pazes... Eu ficava feliz, porque pelo menos tinha alguém que realmente gostava de mim. Por outro lado, acho que a Viviane não se sentiu assim, querida por alguém. Nem o avô que ela tanto gosta, realmente teve tempo para ela.
— Então essa é a sua teoria para revolta da Viviane.
Mariana sentou-se na cama, olhando para a irmã.
— Sim, essa é minha teoria. Sabe algo que acho muito cruel em relação às pessoas? É que quanto mais carente uma pessoa demonstra ser, mais ela é rejeitada. É como se o fato de querer ser amado fosse um crime. Há até pessoas que chamam outras de carente como uma forma de ofensa.
— Então você está dizendo que o fato de uma pessoa se revoltar e afastar as pessoas é justamente porque ela quer ser amada?
— Sim, já que demonstrar carência só faz afastar as pessoas.
Emanuela sorriu.
— Boa teoria. Mas ainda acho que você é muito sentimental. – disse, tossindo um pouco.
— O que você tem? – perguntou Mariana preocupada.
— Não é nada... Só minha garganta que está um pouco seca.
***
O tempo passou rápido, já eram sete horas da noite, aos poucos os convidados iam chegando. Verônica e o pai, o Dr. Eduardo, foram os primeiros a chegar por insistência de Verônica. À medida que o tempo passava, a mansão começava a ficar cheia de pessoas, em sua maioria jovens, amigos de Viviane. Gabriel também foi convidado para a festa. Logo que chegou foi interpelado por Verônica.
— Você aqui? Não sabia que Viviane te convidaria... – disse surpresa.
— É mesmo? – disse ele rindo. – Digamos que eu e a princesinha não somos mais inimigos.
— E o que são agora? – perguntou Verônica curiosa.
Gabriel percebeu a intenção de Verônica com a pergunta.
— Não é nada do que você está pensando... Só não somos mais tão inimigos quanto antes.
Verônica riu.
— Tudo bem. Vou só ficar esperando para ver quem vai dar o braço a torcer primeiro.
— E onde ela está?
— Quem? A Vivi? Acho que ela está dando os últimos retoques.
Gabriel riu.
— Ou talvez tentando escolher entre os trilhões de vestidos que ela deve ter, afinal, com certeza ela é do tipo que vai ao shopping quase todo dia fazer compras.
Verônica ficou curiosa com o comentário do rapaz.
— Como você sabe?
— Não preciso ver para... – Gabriel parou no meio da frase.
De repente, não só Gabriel, mas parecia que a maioria dos convidados ficara calada. Viviane descia exuberante a escada, com um lindo vestido rosa bem claro. Os seus cabelos dourados e encaracolados caiam sobre o colo, dando-lhe uma sensação de leveza. Ela mesma parecia flutuar enquanto andava.
Verônica sorriu, vendo o quanto a amiga estava linda.
— Ela está linda, não está, Gabriel? – perguntou, não obtendo resposta.
Verônica olhou para o rapaz e riu ao ver a expressão de Gabriel enquanto Vivi se aproximava.
— O que foi Gabriel? – perguntou Verônica, logo que Vivi chegou.
Gabriel pareceu acordar de seus devaneios.
— Ela não está linda? – perguntou Verônica novamente.
— Ah... Sim, ela está... bonitinha... – disse, olhando para Viviane.
Viviane pareceu não gostar do comentário.
— Bonitinha? Admita que eu sou a garota mais linda da festa. – disse Viviane sorrindo.
Gabriel riu.
— Se é a mais bonita, eu não sei, mas que é a mais convencida, disso eu tenho certeza.
— Pode tentar, meu querido. – disse ela sorrindo. – Mas, hoje, você não vai tirar o meu bom humor. Principalmente, por causa da surpresinha que todos vão ter.
Verônica olhou preocupada para Vivi.
— Espero que não faça nenhuma besteira, Viviane.
— Não se preocupe, se tudo der certo, farei apenas o que for necessário para fazer justiça.
De repente, Gabriel olhou para a escada.
— Pelo jeito, você vai ter que disputar o título de garota mais bonita da festa. – comentou, enquanto via as gêmeas descerem. – Afinal, quem são essas beldades?
Viviane virou-se e viu que Emanuela e Mariana desciam acompanhadas de Gabriele que fora buscá-las. As duas foram conduzidas para o grupo de Viviane.
— Vivi. - disse Gabriele ao se aproximar com as duas. – As meninas não estão acostumadas com essas festas, então, espero que vocês façam companhia a elas.
Verônica e Gabriel sorriram. Viviane olhou irritada para a mãe.
— Do que você está falando, mãe? Eu tenho que falar com os meus outros amigos. – e olhando com desprezo para as duas. – Não tenho tempo para ser a babá de ninguém. – disse, saindo logo em seguida.
Gabriele pareceu ficar constrangida com a atitude da filha.
— Me desculpem. – disse Gabriela.
Verônica sorriu, tentando quebrar o mal estar que Viviane deixara.
— Não se preocupe, Dona Gabriele, nós apresentamos as meninas para os outros. Assim, elas podem ficar mais a vontade.
Gabriele sorriu, deixando-os.
***
Todos conversavam animadamente. De repente, o Dr. Rafael chegou acompanhado de uma amiga e o Dr. Fabiano veio junto com Rebeca que estava esplêndida em um vestido que Fabiano dera de presente.
— Por alguma razão, me sinto feliz por estar no meio de tantas pessoas. – disse Rebeca a Fabiano.
Ele sorriu enquanto a conduzia para o salão de festas onde seu pai e a família estavam reunidos.
— Que bom. – e olhando para ela. – Sempre achei que precisava espairecer mais sem ficar presa naquele apartamento. Agora vou apresentar você para o resto da família.
Mariana e Emanuela estavam sendo apresentadas para alguns colegas de Viviane por Verônica. De repente, Mariana, tocou no braço de Verônica tentando chamar a sua atenção.
— Desculpa interromper, Verônica, mas quem é aquela mulher que está ao lado do tio da Viviane? – disse, olhando em direção a Fabiano que falava com um amigo.
Verônica observou.
— Eu não sei... Será que é uma nova namorada? – e olhando para Mariana. – Por quê?
— É que me parece familiar.
Mariana chegou perto de Emanuela.
— Você não acha que já viu aquela mulher em algum lugar? – perguntou Mariana olhando para a irmã e percebendo que ela estava um pouco pálida.
— Manu, está se sentindo bem? – perguntou preocupada.
Emanuela riu.
— Claro que sim, boba. Só estou com um pouco de dor de cabeça, só isso.
— Não quer ir para o quarto? Eu falo com a Dona Gabriele. – perguntou, olhando para o rosto da irmã.
— Não, não precisa, já disse que é só uma dor de cabeça.
Viviane estava cumprimentando alguns convidados quando percebeu que Camila a chamava.
— Vá para o meu quarto. Tenho uma coisa para você. – disse, quando Viviane se aproximou. – Me espere lá.
Viviane fez o que ela disse. Passaram-se poucos minutos e Camila entrou no quarto.
— Está quase na hora dos parabéns... – disse Camila sorrindo. – e pegando um envelope na gaveta de uma cômoda. – Aqui está.
Viviane olhou para o envelope admirada.
—É o exame? – perguntou – Pensei que não conseguiria a tempo!
Camila sorriu.
— Usei algumas amizades e o nome dos Alcântara e deu tudo certo.
Viviane ia abrir o envelope, mas foi impedida por Camila.
— Não abra agora. – disse Camila. – Se você abrir pode ser que contestem o exame. – disse, inventando uma desculpa de última hora. – Abra na frente de todos. Vai ser uma grande surpresa.
— Mas não é melhor ter certeza logo?
Camila pensou rápido.
— O médico que fez o exame é amigo meu e ele me disse o resultado. De fato, foi confirmado que elas não são suas irmãs. – disse.
Viviane pareceu se convencer das palavras de Camila.
— Agora, você tem que descer. O melhor momento é depois da sua apresentação no piano. Quando todos estiverem focados em você.
Viviane concordou.
— Tem razão. Vou guardar até o momento certo.
Camila sorriu satisfeita.
— Isso mesmo. Hoje, você vai mostrar toda a verdade.
Camila desceu e, momentos depois, Viviane desceu. Camila se aproximou do marido e falou-lhe ao ouvido.
— Depois da apresentação da Viviane. – disse. – E também convidei um amigo jornalista... A notícia vai sair em revistas de fofoca.
— Bom trabalho. – disse ele, tentando disfarçar a alegria que sentia naquele momento.
***
Emanuela tinha se afastado de Mariana por uns momentos enquanto era apresentada para mais alguns convidados. De repente, Mariana percebeu que o Dr. Rafael estava se aproximando.
— Olá, Mariana. – disse cumprimentando. – Você está muito bonita hoje.
— Obrigada. O senhor também não está nada mal.
Ele riu.
— Parece que terei que desistir de fazer você me deixar de chamar de senhor.
— Desculpa. – disse ela rindo. – Mas eu o respeito, por isso o chamo assim. Eu bem que tentei... Mas acho que sinto como se o senhor fosse um pai para mim.
— Um pai? Nossa, me senti realmente velho agora, quando ainda nem tenho trinta.
Mariana parecia envergonhada.
— Desculpa, eu não quis chamá-lo de velho. Na verdade, o senhor nem tem idade para ser meu pai. Talvez irmão mais velho, pode ser?
— Irmão mais velho está bom. Vou perdoá-la desta vez.
Rafael suspirou com um copo de refrigerante nas mãos.
— É uma festa mais para jovens do que para pessoas da minha idade. – disse, enquanto olhava para o refrigerante.
— Acabou de achar ruim porque eu quase o chamei de velho e agora esta reclamando da festa. – disse Mariana sorrindo.
— Isso é o que dá quando se tem 28 anos e se é jovem demais para ser velho e velho demais para ser jovem.
— Já ouvi essa música em algum lugar. – disse Mariana brincalhona.
— Mas, mudando de assunto, vocês estão indo bem aqui? A Viviane não tem um bom temperamento. Estão se dando bem com ela?
— Quem dera... A cada dia que passa, sinto que ela nos odeia mais ainda.
Rafael sorriu.
— Viviane sempre teve uma personalidade forte... Com o tempo, vai gostar de vocês. Ela não é uma má pessoa.
— Eu espero que sim. – disse Mariana. – Também acho que ela não é uma má pessoa. Talvez seja a minha mania de pensar que sempre há um motivo especial por trás de qualquer atitude. – e olhando para Rafael. – Você acha que sou ingênua demais? Minha irmã sempre fala que eu sou sentimental demais. Acho que ela tem razão.
Mariana permaneceu em silêncio, depois olhou para Rafael e percebeu que ele a observava durante algum tempo.
— O-O que foi? – perguntou ela, ficando um pouco corada.
Rafael sorriu.
— Não é nada. É que eu nunca tinha encontrado uma garota que falasse de forma tão diferente. Me lembra muito um personagem de um livro.
Mariana pareceu ficar confusa.
— Dr. Rafael, não é a primeira vez que o senhor fala algo que nunca sei se é um elogio ou não... – disse ela intrigada.
Rafael pareceu ficar surpreso, mas apenas sorriu como quem sorri para uma criança.
***
Os convidados se reuniram no salão de festas e Viviane foi chamada pelo Dr. Otávio e todos bateram parabéns para ela. Ao terminarem, o Dr. Otávio pediu a palavra.
— Antes que minha neta possa fazer o discurso, vamos pedir para que ela toque algo para que nós possamos apreciar um pouco de seu talento.
Viviane sentou-se e se preparava para tocar quando foi interrompida pela chegada de alguém. Todos olharam e se assustaram com o que viram, principalmente os parentes de Viviane. Marcos acabara de chegar acompanhado de Érica.
— O quê? Começaram a festa sem mim? – perguntou Marcos.
— Eu acho que não deveria chamar tanta atenção... – perguntou Érica, falando-lhe ao ouvido.
Marcos sorriu.
— Como vai a minha neta preferida? - disse se aproximando de Viviane. – e olhando para ela. – O tio Marcos trouxe um presente para você. - colocou uma chave de um automóvel em cima do piano. – Eu soube que já aprendeu a dirigir, então te trouxe isso. Está lá fora, e tem a sua cor preferida.
Viviane não acreditava no que ouvia, e alguns convidados riam da alegria da garota.
— Um carro? – disse ela encantada. – Obrigada, tio.
— Agora, você pode continuar com a sua apresentação. – disse, enquanto se sentava perto do irmão Otávio, que, de alguma forma, não se sentia muito a vontade.
Rebeca olhou para Fabiano.
— Por que ela o chama de tio? Quem é ele?
— É meu tio, irmão do meu pai. É tio-avô de Viviane.
Rebeca pareceu pensativa.
— Por alguma razão...
— O quê? – perguntou Fabiano.
Ela balançou a cabeça negativamente como que querendo deixar o assunto de lado.
Viviane se pôs de pé.
— Tocarei para os ouvintes, a obra mais conhecida de Claude Debussy, Clair de Lune.
Fabiano olhou para Rebeca.
— Dizem que ele compôs essa música em um momento de extrema solidão, na sacada de um prédio, ao ver o clarão da lua cheia sobre a capital francesa. – disse ele.
— Me parece muito triste. – comentou ela.
— Para mim, ela alterna entre a tristeza da solidão e a alegria inspirada pela beleza da lua. Uma das músicas clássicas mais belas e mais conhecidas.
Viviane sentou-se e tocou a música.
***
Logo depois de se apresentar, ela foi aplaudida por todos. Fabiano olhou para Rebeca e percebeu que ela não aplaudia. Ela tinha o olhar focado em alguém.
— O que foi? – perguntou ele, percebendo que ela olhava de maneira incomum em direção onde Otávio e as gêmeas estavam.
De repente, a sua atenção foi dirigida para Viviane. Todos gritavam para que Viviane desse um discurso.
— Bem, pessoal. – disse ela sorrindo. – Já que insistem.
Todos se calaram. Viviane percebeu que era a hora de contar a verdade.
— Tenho certeza que muitos vieram aqui para se divertir. É claro, é a minha festa de aniversário. – disse, enquanto alguns riam. – Mas, com certeza, nenhum aqui imagina o que vou dizer. Algo que realmente vai divertir, principalmente a mim.
Todos permaneciam em silêncio.
— Muitos aqui, devem ter sido apresentados a duas jovens encantadoras. Duas gêmeas lindas e inocentes. – disse ela apontando para Emanuela e Mariana. - Mas, eu afirmo, que de encantadoras e inocentes elas não tem nada.
De repente, ouviu-se um burburinho no salão. O Dr. Otávio parecia nervoso.
— O que está dizendo, Viviane? – perguntou Otávio, enquanto Marcos observava curioso.
— Não se preocupe, vovô. – disse ela olhando para Otávio. – Eu estou fazendo pelo seu bem. – e olhando para todos os outros. – O real motivo para elas morarem na mansão, não foi porque elas foram adotadas ou algo parecido pelo meu avô... A verdade... É que supostamente elas são filhas biológicas do meu falecido pai...  O Jorge.
Nesse momento, todas as pessoas ficaram admiradas e começaram a falar umas com as outras. Gabriele não sabia o que falar e o Dr. Otávio estava sem qualquer reação. Emanuela e Mariana pareciam estar confusas.
— Ela realmente está falando isso aqui? – Mariana olhou para Emanuela assustada.
— Viviane? O que está fazendo? – perguntou Dr. Otávio.
Viviane apenas ignorou o avô.
— Mas o que meu avô não sabe é que tudo isso foi um plano dessas duas para tentar roubar dinheiro do meu avô. E aqui eu tenho a prova de que elas não são filhas do meu pai. E são duas farsas.  E aqui na frente de todos vou abrir e desmascarar essas duas.
— Viviane, que exame de DNA é esse? Como você fez isso? – perguntou Gabriele um pouco pálida.
— Esse exame é a comparação do meu DNA com o de uma delas. Eu vou abrir e provar para todos que elas não passam de umas golpistas!
Gabriele se aproximou rapidamente de Viviane e pegou em seu braço.
— Não vou deixar você fazer isso.

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