Capítulo
22 – Festa
A semana
passou rápido. Todos os dias pela manhã, as gêmeas tomavam café da manhã,
sempre acompanhadas de Gabriele, Dr. Otávio e Viviane, e, algumas vezes, também
eram acompanhadas por Bruno e Iêda. Érica quase nunca aparecia para o café e
Fabinho saía bem mais cedo para a escola, que era de tempo integral. Emanuela
saia com o Dr. Otávio para a empresa e Viviane para a faculdade e, muitas
vezes, passava o dia fora como se evitasse ficar perto de Gabriele ou Mariana. Mariana
fazia companhia a Gabriele e conversava com Rogério no jardim e depois de
estudar algumas horas por dia, também ajudava no planejamento da festa de
Viviane.
Naquele
sábado, o dia estava muito agitado. Empregados andavam de um lado para o outro,
recebendo encomendas e preparando tudo para a festa que iria começar pelas seis
horas da noite. Mariana estava no quarto de Emanuela.
— Hoje
vai ser uma festa daquelas! – disse ela rindo.
Emanuela,
que estava sentada lendo um livro, olhou para a irmã.
— Não sei
por que está tão empolgada. Esqueceu de quem é a festa?
— Claro
que não... – disse ela, fazendo um muxoxo e logo depois sorrindo. – Mas eu não
acredito que Viviane vá fazer algo de ruim com a gente... É um dia alegre.
Emanuela
olhou para Mariana pensativa.
— Às
vezes, me pergunto de quem você herdou todo esse otimismo. – disse ela,
voltando a ler o livro.
Mariana
riu.
— Sabe,
Manu. Apesar da Vivi sempre pegar no nosso pé, aqui nessa mansão, eu realmente
me sinto bem... Temos um avô adotivo, uma mãe adotiva e até uma irmã adotiva.
— A
Viviane? – perguntou Manu rindo. – Acredito que ela não gostaria de ouvir isso.
Mariana
riu.
— Você
que pensa... – disse Mariana pensativa.
— Do que
você está falando? – perguntou ela curiosa.
— Você
sabe que eu sempre tive uma boa percepção...
— E
sempre foi muito modesta também.
— Então.
Eu acho que a Vivi tem esse comportamento, porque ela não se sente muito
querida...
— É
psicóloga agora?
— Estou
falando sério. Eu acho que ela foi uma criança muito sozinha...
— Não
seria o contrário? – perguntou Emanuela, deixando por fim o livro de lado. –
Afinal, ela sempre teve os mimos do avô.
— Eu não
sei. O Dr. Otávio me parece muito ocupado, mesmo quando trabalha em casa. No
começo, ele sempre nos dava atenção, mas você não percebeu que ultimamente ele
quase não tem tempo?
— Então
você está dizendo que ele só está voltando ao normal.
— Mais ou
menos isso... – e olhando para a irmã com um olhar um pouco triste. – Às vezes,
eu consigo entendê-la um pouco... Quando eu imagino o tipo de solidão que ela
poderia ter sentido, me sinto um pouco mal por ela.
Mariana
não conseguia entender a irmã.
— Você
está com pena dela agora?
Mariana
parecia pensativa
— Sabe,
Manu, quando a gente era pequena, eu me senti assim muitas vezes... Acontecia
quando brigávamos, lembra? Nesses momentos, a gente sempre pensa besteiras do
tipo “ninguém me ama, ninguém me quer”. Às vezes, eu deitava na cama e chorava
sem que você visse. – disse rindo. – É engraçado, não é? Pensamos cada bobagem
quando somos crianças.
Emanuela
ficou séria.
— Por que
nunca me contou?
Mariana
riu.
— Acho
que todo mundo tem seus segredos que não conta para ninguém. – e um pouco
séria. – Mas eu logo esquecia quando a gente fazia as pazes... Eu ficava feliz,
porque pelo menos tinha alguém que realmente gostava de mim. Por outro lado,
acho que a Viviane não se sentiu assim, querida por alguém. Nem o avô que ela
tanto gosta, realmente teve tempo para ela.
— Então essa
é a sua teoria para revolta da Viviane.
Mariana
sentou-se na cama, olhando para a irmã.
— Sim,
essa é minha teoria. Sabe algo que acho muito cruel em relação às pessoas? É
que quanto mais carente uma pessoa demonstra ser, mais ela é rejeitada. É como
se o fato de querer ser amado fosse um crime. Há até pessoas que chamam outras
de carente como uma forma de ofensa.
— Então
você está dizendo que o fato de uma pessoa se revoltar e afastar as pessoas é
justamente porque ela quer ser amada?
— Sim, já
que demonstrar carência só faz afastar as pessoas.
Emanuela
sorriu.
— Boa
teoria. Mas ainda acho que você é muito sentimental. – disse, tossindo um
pouco.
— O que
você tem? – perguntou Mariana preocupada.
— Não é
nada... Só minha garganta que está um pouco seca.
***
O tempo
passou rápido, já eram sete horas da noite, aos poucos os convidados iam
chegando. Verônica e o pai, o Dr. Eduardo, foram os primeiros a chegar por
insistência de Verônica. À medida que o tempo passava, a mansão começava a
ficar cheia de pessoas, em sua maioria jovens, amigos de Viviane. Gabriel
também foi convidado para a festa. Logo que chegou foi interpelado por
Verônica.
— Você
aqui? Não sabia que Viviane te convidaria... – disse surpresa.
— É
mesmo? – disse ele rindo. – Digamos que eu e a princesinha não somos mais
inimigos.
— E o que
são agora? – perguntou Verônica curiosa.
Gabriel
percebeu a intenção de Verônica com a pergunta.
— Não é
nada do que você está pensando... Só não somos mais tão inimigos quanto antes.
Verônica
riu.
— Tudo
bem. Vou só ficar esperando para ver quem vai dar o braço a torcer primeiro.
— E onde
ela está?
— Quem? A
Vivi? Acho que ela está dando os últimos retoques.
Gabriel
riu.
— Ou
talvez tentando escolher entre os trilhões de vestidos que ela deve ter,
afinal, com certeza ela é do tipo que vai ao shopping quase todo dia fazer compras.
Verônica
ficou curiosa com o comentário do rapaz.
— Como
você sabe?
— Não preciso
ver para... – Gabriel parou no meio da frase.
De
repente, não só Gabriel, mas parecia que a maioria dos convidados ficara
calada. Viviane descia exuberante a escada, com um lindo vestido rosa bem
claro. Os seus cabelos dourados e encaracolados caiam sobre o colo, dando-lhe
uma sensação de leveza. Ela mesma parecia flutuar enquanto andava.
Verônica
sorriu, vendo o quanto a amiga estava linda.
— Ela
está linda, não está, Gabriel? – perguntou, não obtendo resposta.
Verônica
olhou para o rapaz e riu ao ver a expressão de Gabriel enquanto Vivi se
aproximava.
— O que
foi Gabriel? – perguntou Verônica, logo que Vivi chegou.
Gabriel
pareceu acordar de seus devaneios.
— Ela não
está linda? – perguntou Verônica novamente.
— Ah...
Sim, ela está... bonitinha... – disse, olhando para Viviane.
Viviane
pareceu não gostar do comentário.
—
Bonitinha? Admita que eu sou a garota mais linda da festa. – disse Viviane
sorrindo.
Gabriel riu.
— Se é a
mais bonita, eu não sei, mas que é a mais convencida, disso eu tenho certeza.
— Pode
tentar, meu querido. – disse ela sorrindo. – Mas, hoje, você não vai tirar o
meu bom humor. Principalmente, por causa da surpresinha que todos vão ter.
Verônica
olhou preocupada para Vivi.
— Espero
que não faça nenhuma besteira, Viviane.
— Não se
preocupe, se tudo der certo, farei apenas o que for necessário para fazer
justiça.
De
repente, Gabriel olhou para a escada.
— Pelo
jeito, você vai ter que disputar o título de garota mais bonita da festa. –
comentou, enquanto via as gêmeas descerem. – Afinal, quem são essas beldades?
Viviane
virou-se e viu que Emanuela e Mariana desciam acompanhadas de Gabriele que fora
buscá-las. As duas foram conduzidas para o grupo de Viviane.
— Vivi. -
disse Gabriele ao se aproximar com as duas. – As meninas não estão acostumadas
com essas festas, então, espero que vocês façam companhia a elas.
Verônica
e Gabriel sorriram. Viviane olhou irritada para a mãe.
— Do que
você está falando, mãe? Eu tenho que falar com os meus outros amigos. – e
olhando com desprezo para as duas. – Não tenho tempo para ser a babá de
ninguém. – disse, saindo logo em seguida.
Gabriele
pareceu ficar constrangida com a atitude da filha.
— Me
desculpem. – disse Gabriela.
Verônica
sorriu, tentando quebrar o mal estar que Viviane deixara.
— Não se preocupe,
Dona Gabriele, nós apresentamos as meninas para os outros. Assim, elas podem
ficar mais a vontade.
Gabriele
sorriu, deixando-os.
***
Todos
conversavam animadamente. De repente, o Dr. Rafael chegou acompanhado de uma
amiga e o Dr. Fabiano veio junto com Rebeca que estava esplêndida em um vestido
que Fabiano dera de presente.
— Por
alguma razão, me sinto feliz por estar no meio de tantas pessoas. – disse
Rebeca a Fabiano.
Ele
sorriu enquanto a conduzia para o salão de festas onde seu pai e a família
estavam reunidos.
— Que
bom. – e olhando para ela. – Sempre achei que precisava espairecer mais sem
ficar presa naquele apartamento. Agora vou apresentar você para o resto da
família.
Mariana e
Emanuela estavam sendo apresentadas para alguns colegas de Viviane por
Verônica. De repente, Mariana, tocou no braço de Verônica tentando chamar a sua
atenção.
—
Desculpa interromper, Verônica, mas quem é aquela mulher que está ao lado do
tio da Viviane? – disse, olhando em direção a Fabiano que falava com um amigo.
Verônica
observou.
— Eu não
sei... Será que é uma nova namorada? – e olhando para Mariana. – Por quê?
— É que
me parece familiar.
Mariana
chegou perto de Emanuela.
— Você não
acha que já viu aquela mulher em algum lugar? – perguntou Mariana olhando para
a irmã e percebendo que ela estava um pouco pálida.
— Manu,
está se sentindo bem? – perguntou preocupada.
Emanuela
riu.
— Claro
que sim, boba. Só estou com um pouco de dor de cabeça, só isso.
— Não
quer ir para o quarto? Eu falo com a Dona Gabriele. – perguntou, olhando para o
rosto da irmã.
— Não,
não precisa, já disse que é só uma dor de cabeça.
Viviane
estava cumprimentando alguns convidados quando percebeu que Camila a chamava.
— Vá para
o meu quarto. Tenho uma coisa para você. – disse, quando Viviane se aproximou.
– Me espere lá.
Viviane
fez o que ela disse. Passaram-se poucos minutos e Camila entrou no quarto.
— Está quase
na hora dos parabéns... – disse Camila sorrindo. – e pegando um envelope na
gaveta de uma cômoda. – Aqui está.
Viviane
olhou para o envelope admirada.
—É o
exame? – perguntou – Pensei que não conseguiria a tempo!
Camila
sorriu.
— Usei
algumas amizades e o nome dos Alcântara e deu tudo certo.
Viviane
ia abrir o envelope, mas foi impedida por Camila.
— Não
abra agora. – disse Camila. – Se você abrir pode ser que contestem o exame. –
disse, inventando uma desculpa de última hora. – Abra na frente de todos. Vai
ser uma grande surpresa.
— Mas não
é melhor ter certeza logo?
Camila
pensou rápido.
— O
médico que fez o exame é amigo meu e ele me disse o resultado. De fato, foi
confirmado que elas não são suas irmãs. – disse.
Viviane
pareceu se convencer das palavras de Camila.
— Agora,
você tem que descer. O melhor momento é depois da sua apresentação no piano.
Quando todos estiverem focados em você.
Viviane
concordou.
— Tem
razão. Vou guardar até o momento certo.
Camila
sorriu satisfeita.
— Isso
mesmo. Hoje, você vai mostrar toda a verdade.
Camila
desceu e, momentos depois, Viviane desceu. Camila se aproximou do marido e
falou-lhe ao ouvido.
— Depois
da apresentação da Viviane. – disse. – E também convidei um amigo jornalista...
A notícia vai sair em revistas de fofoca.
— Bom
trabalho. – disse ele, tentando disfarçar a alegria que sentia naquele momento.
***
Emanuela
tinha se afastado de Mariana por uns momentos enquanto era apresentada para
mais alguns convidados. De repente, Mariana percebeu que o Dr. Rafael estava se
aproximando.
— Olá,
Mariana. – disse cumprimentando. – Você está muito bonita hoje.
—
Obrigada. O senhor também não está nada mal.
Ele riu.
— Parece
que terei que desistir de fazer você me deixar de chamar de senhor.
—
Desculpa. – disse ela rindo. – Mas eu o respeito, por isso o chamo assim. Eu
bem que tentei... Mas acho que sinto como se o senhor fosse um pai para mim.
— Um pai?
Nossa, me senti realmente velho agora, quando ainda nem tenho trinta.
Mariana
parecia envergonhada.
—
Desculpa, eu não quis chamá-lo de velho. Na verdade, o senhor nem tem idade
para ser meu pai. Talvez irmão mais velho, pode ser?
— Irmão
mais velho está bom. Vou perdoá-la desta vez.
Rafael
suspirou com um copo de refrigerante nas mãos.
— É uma
festa mais para jovens do que para pessoas da minha idade. – disse, enquanto
olhava para o refrigerante.
— Acabou
de achar ruim porque eu quase o chamei de velho e agora esta reclamando da
festa. – disse Mariana sorrindo.
— Isso é
o que dá quando se tem 28 anos e se é jovem demais para ser velho e velho
demais para ser jovem.
— Já ouvi
essa música em algum lugar. – disse Mariana brincalhona.
— Mas,
mudando de assunto, vocês estão indo bem aqui? A Viviane não tem um bom
temperamento. Estão se dando bem com ela?
— Quem
dera... A cada dia que passa, sinto que ela nos odeia mais ainda.
Rafael
sorriu.
— Viviane
sempre teve uma personalidade forte... Com o tempo, vai gostar de vocês. Ela
não é uma má pessoa.
— Eu
espero que sim. – disse Mariana. – Também acho que ela não é uma má pessoa.
Talvez seja a minha mania de pensar que sempre há um motivo especial por trás
de qualquer atitude. – e olhando para Rafael. – Você acha que sou ingênua
demais? Minha irmã sempre fala que eu sou sentimental demais. Acho que ela tem
razão.
Mariana
permaneceu em silêncio, depois olhou para Rafael e percebeu que ele a observava
durante algum tempo.
— O-O que
foi? – perguntou ela, ficando um pouco corada.
Rafael
sorriu.
— Não é
nada. É que eu nunca tinha encontrado uma garota que falasse de forma tão
diferente. Me lembra muito um personagem de um livro.
Mariana
pareceu ficar confusa.
— Dr.
Rafael, não é a primeira vez que o senhor fala algo que nunca sei se é um
elogio ou não... – disse ela intrigada.
Rafael
pareceu ficar surpreso, mas apenas sorriu como quem sorri para uma criança.
***
Os
convidados se reuniram no salão de festas e Viviane foi chamada pelo Dr. Otávio
e todos bateram parabéns para ela. Ao terminarem, o Dr. Otávio pediu a palavra.
— Antes
que minha neta possa fazer o discurso, vamos pedir para que ela toque algo para
que nós possamos apreciar um pouco de seu talento.
Viviane
sentou-se e se preparava para tocar quando foi interrompida pela chegada de
alguém. Todos olharam e se assustaram com o que viram, principalmente os
parentes de Viviane. Marcos acabara de chegar acompanhado de Érica.
— O quê?
Começaram a festa sem mim? – perguntou Marcos.
— Eu acho
que não deveria chamar tanta atenção... – perguntou Érica, falando-lhe ao
ouvido.
Marcos
sorriu.
— Como
vai a minha neta preferida? - disse se aproximando de Viviane. – e olhando para
ela. – O tio Marcos trouxe um presente para você. - colocou uma chave de um
automóvel em cima do piano. – Eu soube que já aprendeu a dirigir, então te
trouxe isso. Está lá fora, e tem a sua cor preferida.
Viviane
não acreditava no que ouvia, e alguns convidados riam da alegria da garota.
— Um
carro? – disse ela encantada. – Obrigada, tio.
— Agora,
você pode continuar com a sua apresentação. – disse, enquanto se sentava perto
do irmão Otávio, que, de alguma forma, não se sentia muito a vontade.
Rebeca
olhou para Fabiano.
— Por que
ela o chama de tio? Quem é ele?
— É meu
tio, irmão do meu pai. É tio-avô de Viviane.
Rebeca
pareceu pensativa.
— Por
alguma razão...
— O quê?
– perguntou Fabiano.
Ela
balançou a cabeça negativamente como que querendo deixar o assunto de lado.
Viviane
se pôs de pé.
— Tocarei
para os ouvintes, a obra mais conhecida de Claude Debussy, Clair de Lune.
Fabiano
olhou para Rebeca.
— Dizem
que ele compôs essa música em um momento de extrema solidão, na sacada de um
prédio, ao ver o clarão da lua cheia sobre a capital francesa. – disse ele.
— Me
parece muito triste. – comentou ela.
— Para
mim, ela alterna entre a tristeza da solidão e a alegria inspirada pela beleza
da lua. Uma das músicas clássicas mais belas e mais conhecidas.
Viviane
sentou-se e tocou a música.
***
Logo
depois de se apresentar, ela foi aplaudida por todos. Fabiano olhou para Rebeca
e percebeu que ela não aplaudia. Ela tinha o olhar focado em alguém.
— O que
foi? – perguntou ele, percebendo que ela olhava de maneira incomum em direção onde
Otávio e as gêmeas estavam.
De
repente, a sua atenção foi dirigida para Viviane. Todos gritavam para que
Viviane desse um discurso.
— Bem,
pessoal. – disse ela sorrindo. – Já que insistem.
Todos se
calaram. Viviane percebeu que era a hora de contar a verdade.
— Tenho
certeza que muitos vieram aqui para se divertir. É claro, é a minha festa de
aniversário. – disse, enquanto alguns riam. – Mas, com certeza, nenhum aqui imagina
o que vou dizer. Algo que realmente vai divertir, principalmente a mim.
Todos
permaneciam em silêncio.
— Muitos
aqui, devem ter sido apresentados a duas jovens encantadoras. Duas gêmeas
lindas e inocentes. – disse ela apontando para Emanuela e Mariana. - Mas, eu
afirmo, que de encantadoras e inocentes elas não tem nada.
De
repente, ouviu-se um burburinho no salão. O Dr. Otávio parecia nervoso.
— O que
está dizendo, Viviane? – perguntou Otávio, enquanto Marcos observava curioso.
— Não se
preocupe, vovô. – disse ela olhando para Otávio. – Eu estou fazendo pelo seu
bem. – e olhando para todos os outros. – O real motivo para elas morarem na
mansão, não foi porque elas foram adotadas ou algo parecido pelo meu avô... A
verdade... É que supostamente elas são filhas biológicas do meu falecido pai...
O Jorge.
Nesse
momento, todas as pessoas ficaram admiradas e começaram a falar umas com as
outras. Gabriele não sabia o que falar e o Dr. Otávio estava sem qualquer
reação. Emanuela e Mariana pareciam estar confusas.
— Ela
realmente está falando isso aqui? – Mariana olhou para Emanuela assustada.
—
Viviane? O que está fazendo? – perguntou Dr. Otávio.
Viviane
apenas ignorou o avô.
— Mas o
que meu avô não sabe é que tudo isso foi um plano dessas duas para tentar roubar
dinheiro do meu avô. E aqui eu tenho a prova de que elas não são filhas do meu
pai. E são duas farsas. E aqui na frente
de todos vou abrir e desmascarar essas duas.
—
Viviane, que exame de DNA é esse? Como você fez isso? – perguntou Gabriele um
pouco pálida.
— Esse
exame é a comparação do meu DNA com o de uma delas. Eu vou abrir e provar para
todos que elas não passam de umas golpistas!
Gabriele
se aproximou rapidamente de Viviane e pegou em seu braço.
— Não vou
deixar você fazer isso.
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