quarta-feira, 9 de março de 2016

SESSÃO SAUDADE - MIRIAM BATUCADA

Um cometa tem passagem rápida, mas extremamente brilhante.
Alguns artistas são assim: vivem pouco, mas deixam uma obra marcante.
Dentre esses está nossa homenageada da semana: a irreverente Miriam Batucada.


Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG4riUxvDzfBKdSOOY3kelwmkykEFnwKl9QlQPi7hOVvCRVQEw28GgKsAGM663o2oLi1BRmYEB9qbOtJA5KgAi6UcTw_uXj1FR0xcU3nWQMF0socLiCaHoHhINrsVrTlh_oasV5CcxGmx9/s1600/miriam.jpg

Se Adoniran Barbosa é o legítimo representante do samba meio italiano, meio brasileiro de São Paulo; do lado feminino, o trono, sem dúvida, é de Miriam.
Embora cantasse outros ritmos e estilos (saía-se bem no romântico e chegou a gravar um disco com Raul Seixas), ficou marcada como cantora de sambas, graças à sua marca registrada, a batucada com as mãos, que lhe deu o nome artístico.
Obrigado, Batucada, pela irreverência e bom humor que trouxe à música popular brasileira!
Descanse em paz!
Para maiores informações sobre essa artista, favor acessar: https://pt.wikipedia.org/wiki/Miriam_Batucada.
Com o objetivo de homenageá-la, reproduzimos abaixo uma de suas gravações: Apanhei um Resfriado, em que se pode ouvir sua tradicional batucada com as mãos.


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=oMjPNaOxDSs

LETRA

APANHEI UM RESFRIADO

Pelo costume de beber gelado apanhei um resfriado que foi um horror
Porém com medo de fazer despesa, isto é franqueza, não fui ao doutor
Pra me curar
E tudo quanto foram me ensinando, eu fui tomando e cada vez pior
E quem quiser que siga o tratamento pois se não morrer da cura ficará melhor

Tomei de tudo, escalda-pé, chá de limão, até xarope de alcatrão
E nada me faltou
Tive dieta só de caldo de galinha, e o galinheiro da vizinha se evaporou
E tive febre, tive tosse, dor no peito, até fiquei daquele jeito
Sem poder falar
Mandei chamar, então, um especialista, que pediu dinheiro à vista
Pra poder me visitar

No bangalô, porém, choveu a noite inteira, e eu debaixo da goteira
Sem ninguém saber
A ventania arrancou zinco do telhado, e me deixou todo molhado, quase pra morrer
Sá Guilhermina quis me dar um lenitivo, e então me fez um curativo
E eu fiquei jururu
E foi chamado, finalmente, um sacerdote, pra me encomendar um lote
De dez palmos no Caju

Fonte: http://leonel-azevedo.lyrics.com.br/letras/843849/

Um comentário:

  1. Gostava de vê-la na televisão, bem humorada e criativa. Merecida homenagem!

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