sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

BARRIGA DE ALUGUEL - PARTE 5 - AUTORA: ANNIE WALKER

Nisso Rosa se entrega ao seu choro desesperado ao que todos acharam melhor deixá-la sozinha, até o Pe. Saiu, deixando-a na Igreja sozinha, ela via ao seu redor tudo vazio, não podia acreditar.

No Aeroporto de Paris


Erci: Ai, Nara pensei que você nón vinha mais!
Nara: Ai, sem drama Erci, é que eu acabei perdendo a hora com o meu francês favorito!
Erci: Quem ouve assim até parece que você gosta dele.
Nara: E se eu não gostasse, por que eu estaria com ele, Erci?
Erci: Ai, Nara nón vamos discutir, hã?
Nara: Claro, cherry, mas prete atenção! Eu não vou deixar passar batido aquela provocação da sua irmãzinha não! Avisa a ela que ela tah brincando com fogo!-Diz colocando o óculos escuros.
Erci: Nara, é melhor deixar a minha irmã quetinha, viu?
Nara: Ela que não se meta no meu caminho.
Erci: To vendo q essa viagem vai ser divertidíssima-disse irônica.
Nara: E vai, cherry! Vamos curtir o litoral e esquecer um pouco essa capital agitada, ok? Vamos!

Na casa de Claude...


Ele chega coloca a pasta sobre a mesa de centro, afroxa a gravata. Marie, empregada da casa, chega e pergunta se o patrão quer algo, ele a dispensa e sobe para o seu quarto. Lembra da tarde que tivera com Nara, e de repente se lembra do que Roberta lhe falara, “um moleque!” Eram só essas palavras que vinham em sua cabeça. Por que ele estava pensando naquilo agora? Sempre levara sua vida dessa forma, nunca se importara com o que pensavam dele. Mas dessa vez era diferente. O que Roberta falara mexeu com o francês, de certa forma ele sabia que ela estava certa, mas o que era isso? Crise de consciência a essa altura do campeonato? Nón! – pensou. Claude já ia fazer 30 anos realmente começava a sentir vontade de construir uma família...será que essa era hora? Será que ele estava preparado para isso?

No Cortiço

Rosa chega sozinha desolada, não havia ninguem no paátio aonde aconteceria a sua festa.
 

As comidas ainda nem tinham sido retiradas.


O bolo  feito com tanto carinho por D. Amália também se encontrava ali. Rosa olhou o bolo e, de repente, num ataque de fúria, o lançou longe e voltou a cair no seu choro que ainda estava engasgado.


De longe, Sérgio observa a cena, ele jurava pra si mesmo por dentro que ninguem ia fazer mais a Fina, sua Fina, sua amiga, sua irmã sofrer desse jeito... Quanto ao Júlio, no tempo certo, ele teria o que merecia...Mas ninguém! Ninguém mais faria sua Fina sofrer daquele jeito! – Pensava enquanto via a moça chorar desesperadamente, em cada lágrima um gota de esperança que se perdia, uma parte do sonho que morreu, Rosa já não sabia mais o que pensar. Se tinham medo de que ficasse solteirona por ser tão conservadora, e agora? Era melhor nunca ter pensado em casar. Ter ido pro convento quem sabe? Agora tudo acabou. Nunca mais iria se permitir apaixonar de novo. Nenhum homem ia lhe humilhar de novo como Júio! Jurava pra si mesma. Nunca Mais! Ninguém! Antes morrer virgem do que passar por isso de novo ou coisa pior! Não, não iria permitir que outro homem lhe machucar de novo. Era o que Rosa jurava pra si mesma.

Sérgio: Rosa? –disse a despertando dos seus pensamentos ainda chorando perto dos destroços do bolo que jogara no chão.
Rosa: Sérgio, é melhor você ir eu não quero te magoar.
Sérgio: Fina, ai Fina. O que fizeram contigo? –diz abraçando a amiga, que se alinhou em seu colo e se permitiu chorar ainda mais.
– Fina? Eu não vou deixar ninguem mais fazer isso, tah? Eu vou te proteger. Mesmo de longe eu vou dar um jeito, Fina.
Rosa: Me apaixonei pelo homem errado neh Sérgio? – brinca com o amigo que ri.
Sérgio:Fina. Ai, Serafina Rosa. Vc é muito especial saiba disso, viu? – disse abraçando a amiga, deixando escapar uma lágrima, enquanto Rosa molhava a blusa do rapaz com suas lágrimas.

Serafina, depois de um longo tempo do lado do seu quase irmão, cria coragem pra entrar em casa. Como encarar seus pais? Sua família? Não sabia. Mas teria que fazer. Parou na frente da porta, chegou a recear entrar, mas entrou...Na sala, todos apreensivos à espera de notícias da noiva, ou melhor ex-noiva. Ela entrou, todos a olharam preocupados e assustados com o estado da garota. Amália fez menção de falar com a filha, mas logo desistiu quando viu que ela não estava afim.

Geovane: Fina? Filha... – gritou para filha que foi para o quarto sem falar com ninguém.
Amália: Deixa, Geovane! Deixa a Fina colocar os pensamentos no lugar!
Geovane: Mas Amália, a minha menina, precisa de mim!
Amália: Não! Rosa precisa ficar sozinha.

No outro dia, in France...

No escritório...

Claude: Bom dia D. Mônica, D. Janete...D. Mônica leve aqueles contratos que eu te pedi ontem na minha sala daqui uns 10 min, ok?...
Mônica: Dr. Claude é q...

Claude não percebeu q a secretária tentara lhe avisar da visita.

Claude entra na sala destraído, e senta na sua mesa perdido em seus pensamentos, não conseguira dormir direito depois dos últimos acontecimentos. Por quê? Não sabia. Mas sentia q sua vida iria mudar, isso o assustava, mas ele nunca foi de negar desafios, seja qual for.

- Oi, mon ami! Sentiu minha falta?- aquela voz conhecida assustou Claude, era Frazão.
Claude: Ô Frazón vai assutar sua vovózinha, hã?
Frazão: Credo, meu amigo! Cheguei de viagem ontem, voltei mais cedo pq tava com saudades de vc e vc me trata assim?
Claude: Saudades? Q mané saudades! Q q issi, Frazón, tah mudando di partido?
Frazão: Não Cruz! Deus me guarde! – diz se benzendo – Tah eu confesso fiquei sabendo que Erci tah em Paris! – diz com um sorriso safado.
Claude: hã? É melhor sosssegar o seu facho, a Erci tah de graça pro lado do Coutin, e como somos amigos...
Frazão: FURA OLHO! Eu não acredito q vc deixou ele passar a minha frente Claude?- Claude fez um gesto de que não podia fazer nada.- Tah eu vou perdoar essa! Mas só pq eu sou seu amigo, hein? Mas me diz...o que tava te deixando tão pensativo que você se assustou comigo? Foi a festinha da Roberta, neh?

Claude confirma com a cabeça.

Frazão: Mas me diz o que aconteceu...a mulher te deixou gamado, amigo?
Claude: Você acredita que ela me chamou de moleque, Frazón?
Frazão: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...e pq ela te disse isso?
Claude: Pra começar qndo eu já tava ganhando ela na conversa...que por sinal ela é inteligentíssima!..-Frazão levanta a sombracelha desconfiado dessa afirmação do amigo.- E Nara me aparece!
Frazão: EU SABIIIAAAAAAAA! Mas eu sabia, amigo! Claro q Nara não ia deixar vc ir lá sozinho, neh Claude? O que a Nara tem de bonita e chata, ela tem de esperta!
Claude: É pois é, daí pra minha surpresa Roberta marcou um encontro comigo no jardim...
Frazão: Não sei do que você tah reclamando francês?
Claude: Ela só queria me provar, Frazón! Ela foi lá me beijou, ficou toda derretinha, depois me chamou de moleque! Infiel! Entre outros adjetivos!
Frazão: kkkkkkkkkkkkkkkkk é agora que eu viro fã da Roberta de vez!
Claude: Issi! Issi ri da angústia de seu amigo!
Frazão: Ah Claude, mas desde quando uma mulher consegue te fazer de bobo? Ela merece palmas! E desde quando vc se importa com isso?
Claude: É ISSO QUE ME PREOCUPA, FRAZÓN! Eu nón gostei de ser chamado de moleque, e o pior qui minha conciência diz q ela tah certa!
Frazão: Ôpa! Isso é grave!-disse preocupado.
Claude: I eu nón sei! Sabe Frazón sei q vai parecer estranho, mas já tah começando a me dar vontade de contruir família, sabe? Ter filhos – diz com um sorriso bobo.
Frazão: CLAUDE! CLAUDE –diz dando tapas na cara do amigo.
Claude: Q Q ISSI, FRAZÓN? FICOU LOUCO?
Frazão: Tô tentando te acordar! O q houve com a sua velha alergia a casamento?
Claude: É mesmo? Eu não espirrei! Acho q to ficando curado, Frazón- diz rindo da preocupação do amigo, alguém bate na porta e em seguida Mônica entra.

Mônica: Dr. Claude...os papéis que o Senhor pediu.
Claude: Ah sim, coloque em cima da minha mesa...Mônica coloca os papéis sobre a mesa.
Mônica: Dr. Claude, o que eu faço com as rosas que a D. Nara mandou pro senhor?
Claude: AAAAAAATIM! AAAAAATIM! Tire isso daqui! – diz ao sentir o cheiro das rosas nas mãos da secretária...ela sai super-assustada com a reação do patrão.
Frazão: O q foi isso, frances? – disse assustado.
Claude: Rosas! Eu tenho alergia a rosas!
Frazão: Desde quando?
Claude: Sei lá, Frazón – disse impaciente – como vou saber?
Frazão: Será q sua alergia a casamento passou a ser por rosas? Que coisa mais estranha! Isso me parece ser psicológico, Claude!
Claude: Piscológico...q psicologio, Frazón? Nón me arrume doença!
Frazão: Mas o q vc vai fazer com essas rosas da Nara? E por falar em Nara, vc não pretende se casar com ela, né?
Claude: Nón sei.... nón sei Frazón, eu sei que nón gosto de Nara ao ponto de me casar com ela, mas como eu vou terminar com ela, hã? Q motivo, Frazón?
Frazão: Ah não falta! Ela é ignorante com todo mundo! Usa ser sua namorada pra sair pisando todo mundo, D. Mônica que o diga, a Nara tomou uma pinima com bichinha q dá dó, na verdade com qualquer mulher q se aproxime de vc!
Claude: Eu sei, hã? Mas é só ciumes!
Frazão: Tah, Claude, mas isso não é desculpa pra ela fazer o que faz, nem pra vc ficar com ela sem realmente gostar dela.
Claude: Vc tem razon, Frazón ! Vou ter que dá um jeito.- diz Claude pensativo.

Na casa da Roberta... ela estava em sua piscina.


De repente, chega Alabá com o telelfone.

Alabá: Roberta, é o Hugo, ele quer saber se você já tem uma resposta pra ele.
Roberta: Ah sim! Bem diga pra ele que mande vir o garoto lá do Brasil para os testes, se eu me indentificar com ele, faço o filme, se não... não faço!
Alabá: Ok, cherry! Como dizem por aqui..-diz rindo e sai pra terminar a conversa com Hugo, deixando a amiga com seus pensamentos disvirtuados...Roberta começa a lembrar do beijo de Claude, realmente aquele homem não era de se jogar fora, já tivera vários maridos, depois do seu misterioso amor. Tinha medo de mais uma decepção. Respirou fundo tentando fazer desaparecer seus pensamentos. E voltou ao seu banho de sol, tentando esquecer o muso.

No telefone...

Hugo: Maravilhoso, Alabá! Tenho certeza que la Roberta adora lo menino..ele é puro talento...Palavra de Hugo de Madri!
Alabá: Ok, Hugo...diz rindo...então quando que o rapaz chega aqui para os testes?
Hugo: Provavelmente semana que vem! Semana que vem Sérgio estará aí!
Alabá: Tah bom, vamos ficar no aguardo.
Hugo: Tudo bien...até!
Alabá: Até.

No cortiço...

Pepa: D. Antonieta, o que foi aquilo naquela igreja ontem, hein? Nossa, que vexame que a Serafina passou...agora além de solteirona, abandonada no altar...e olha q ela é bonitona, hein? Os rapazes ficam caindo aos seus pés, aí ela fica bancando a durona, ó no que deu! Nón abriu passagem pra carruagem, ela procurou outra estrada! – diz rindo, enquanto Antoneita tentava apontava para Rosa que se encontrava atrás de Pepa e ouvira tudo.
Pepa: Q q isso Antonietinha, tah espantando mosquito? Não, ah tah tentando me dizer algo? Ah é isso! O q tem um ET atrás de mim? – qndo pepa vira se assustada com Rosa que se encontrava atrás dela a olhando com notável fúria.
Rosa: E então D. Pepa, se divertindo? Pq não continua, a solteirona abandonada aqui tah adorando! – diz irônica.
Pepa: Se-se-se-rafina...olha eu não quis dizer isso foi foi bem foi...
Rosa: É melhor a senhora ficar calada D. Pepa, se não eu me esqueço da sua idade-disse calmamente levantando a sombracelha e ameançando-a.

Rosa continua seu caminho pro trabalho, enquanto D. Pepa tenta se justificar com a amiga.

Antonieta: Pepa, o que vc fez?
Pepa: Ah, D. Antonieta, mentira eu não falei! – diz meio chorosa.

Enquanto andava pela rua, Rosa tentanva não lembrar o que acontecera, e tentava não prestar atenção nos olhares das pessoas que a reconheciam em todo canto. “agora além de solteirona abandonada no altar”, isso não deixava de ser verdade... Rosa pensava. Mas eu sou mais forte do que isso, ninguém vai saber de nada no meu trabalho, tentava se convencer.

Na França...

Claude estava em seu carro num transito nada agradavel, um engarrafamento perto da Torre Eifel. Precisava chegar logo a uma reunião, mas o carro que estava à sua frente havia furado o pneu e causara um engarrafamento.

Claude: Ô será q não é possível? Logo agora, hã?- diz Claude, já tirando o cinto de segurança e indo tirar satisfações com “o motorista”.
Claude: Ei! –diz quase quebrando o vidro fumê do carro.- Vc não vai sair da pista não?

De repente o motorista abaixa o vidro, distraída, Roberta nem percebe que é Claude quem estava brigando com ela.

Roberta: Perdão senhor, é que eu não sei trocar pneu de carro. –diz saindo do carro, quando enfim olha o seu interlocutor.
R e C: Você????
Claude: Entón, quer dizer q a senhorita nón sabe trocar um pneu?
Roberta: E sou obrigada saber? Eu sou uma dama.
Claude: Oui, cherry, eu troco o pneu pra madame! – disse enquanto tentava se controlar pra não xingar os carros que buzinavam para o casal que impedia a passagem.
Guarda: Pardón + precisam sair da estrada ou serón detidos.
Roberta: Claro, seu guarda, nós só precisamos desviar o carro.

O Guarda ajudou Clude a tirar os dois carros da pista. Claude trocou o pneu de Roberta e ficou todo sujo de graxa, então ele tirou o terno e a camisa, ficando só de calça. Roberta tentava se controlar pra não olhar o abdômen de Claude enquanto trocava seu pneu. Ele estava de um jeito tão desprovido de luxo, tão sexy sem camisa...

Claude: Tah olhando o q?
Roberta: To conferindo se vc já trocou direitinho o pneu do carro, só isso!
Claude: Você nón entende!- diz aproximando-se dela ironicamente e perigosamente tbm.- Eu sei o q vc tava olhando!
Roberta: O q? o q vc ACHA q eu estava olhando?
Claude: Pra mim hã? Os meus músculos, meu abdômen, hã? – falava provocando, alisando sensualmente seu próprio corpo e se aproximando dela. – Confessa! Confessa q esse moleque mexe com vc! – diz em seu ouvido.
Roberta: Isso é um absurdo! –disse, tentando recobrar o ar.- Você é convencido demais pra uma pessoa só. Típico de moleque mesmo. – falava irritada.
Claude: Ah é? Entón me transforme em homem!
Roberta: Hã? Como assim?- disse confusa.
Claude: Eu te dou carta branca pra você me ensinar a ser o que vocês mulheres chamam de “homem de verdade”, hã? Satisfeita, cherry? – diz abotoando a camisa.
Roberta: Você deve ser maluco só pode! E como vc acha q eu vou, tenho, quero dizer... sei lá...o q vc pretende com isso?
Claude: Me tornar um homem de verdade, hã? Com direito a família e td mais. Como vc vai fazer isso, aí é contigo, cherry. – diz terminando de arrumar a gravata e se direcionando ao seu carro.
Roberta: Hã? Família? Homem de verdade? Eu conheço um psiquiatra muito bom, você quer o nº dele? Eu acho que tah na minha bolsa...-dizia enquanto procurava o cartão do médico.
Claude: Ah sim. Você já fez tratamento com ele, neh? –disse sarcástico.

Roberta o olhou com fúria.

Roberta: Quer saber? Você quer se tornar um homem de verdade? Você vai se tornar um homem de verdade! –disse desafiando-o, tirando um sorrisinho maldoso dele.
Roberta: E pode começar tendo uma mulher de verdade! – essas palavras o deixaram confuso – é, meu querido, dê tchauzinho para aquele projeto de socialite. – essas ultimas palavras desfizeram totalmente o sorriso irônico do rosto do francês.

No Brasil...

Rosa chega ao seu trabalho. Tentava disfarçar o medo, vergonha e insegurança que sentia. Viu Silvia, uma antiga colega de trabalho em uma boutique na Barra (bairro nobre do Rio). Mas também avistou Talita, uma vendedora antiga, que odiava Rosa não só por ser pobre e morar em um cortiço, mas também por roubar suas melhores clientes, a simpatia de Rosa conquistava todos que entravam na boutique.

 

Talita: Ué Rosa, voltou mais cedo da lua-de-mel?
Silvia: Ô Talita vai arrumar coisa pra fazer vai? Vai ver se estamos pulando corda, plantando bananeira no sambódramo, vai lindinha! – disse irônica, chutando a colega de trabalho de perto de Rosa. Silvia estava no casamento e assistiu todo o escândalo, e sabia o que poderia acontecer se Talita descobrisse.
Silvia: Rosa, você tah louca? Tah fazendo o que aqui? Quer levantar alarme é?
Rosa: Ai, Silvia nem me importo mais. Sabe? Quer saber nem me importo da Talita ficar sabendo.
Talita: Sabendo de que?
Silvia: Nada que seja da sua conta!
Talita: Ah é muito da minha conta! O que foi Rosa, seu noivo te abandonou no altar é? – disse irônica, mas quando percebeu que Rosa passou a olhar o chão com vergonha, se tocou que acertara no palpite.- não pode ser. Sério?
Silvia: Vai vender vai, Talita!
Talita: Não, pera aí! Mas isso é melhor do que ganhar na Mega-sena! –disse rindo de Rosa, que deixou escapar uma lágrima.
– Ah, Rosa não chora não.-disse fazendo carinha de pena- olha eu gostaria de dizer que sinto muito- forçando comoção – MAS NÃO POSSO ! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK –disse dando gargalhadas de Rosa.
Silvia: Viu Rosa, o que vc fez?
Rosa: Deixa, Silvia! Um dia é da caça, o outro é do caçador!- disse limpando suas lágrimas e tomando uma postura firme. Ela foi ao banheiro, limpou o rosto e foi trabalhar para passar o tempo. E evitava se irritar com os risos de deboche de Talita.

No cortiço...

Sérgio: Mãe! Mãe!
Joana: Q foi Sérgio, q cara é essa?
Sérgio: Mãe, eu acabei de receber uma ligação de Paris. Roberta aceitou fazer os testes comigo.

Joana nesse momento deixou cair o copo com água q tinha nas mãos e se segurou na mesa para não cair.

Sérgio: Mãae! Você tah bem?
Joana: To to sim, meu filho, deve ter sido a emoção – disse com uma cara claramente de insastifação, mas Sérgio nem percebeu pela sua alegria e continuou.
Sérgio: Mãe, mas olha a responsabilidade, ela disse q só faz o filme se gostar de mim!

Joana arregala os olhos para o filho.

Sérgio: Eu hein mãe? Q cara é essa parece q não gostou?
Joana: Não é nada, Sérgio! Ela vai gostar – disse disfarçando – PODE TER CERTEZA QUE ELA VAI GOSTAR – disse com uma convicção que não agradava a si mesma.

Na pista:

Roberta: E então, Claude? Se decidiu, quer virar homem de verdade?
Claude: Então, se é isso q vc quer, eu vou terminar com Nara, mas tenho uma condição.
Roberta: Fale!
Claude: Não tenho Nara, mas ganho você correto, cherry? – disse com um sorriso satisfatório.
Roberta: Se é assim q vc quer?
Claude: Eu sei q não vai ser sacrificio nenhum pra vc ter q ficar com esse frances turrón. – disse puxando-a para um beijo intenso, apertando-a contra o carro. Roberta não hesitou, sabia que iria gostar de transformar aquele homem em seu modelo de homem ideal. Podia não amá-lo mas desejava-o. Claude também sabia que não a amava, não sabia como sabia mas sabia que sabia. E sabia que precisava daquela mudança. Também não sabia pra que ou por que, mas sentia.

No cortiço...

Rosa chegava cansada do seu dia de trabalho, aturar Talita era dose.

Sérgio: Rosa! Rosa!
Rosa: Oi, Sérgio! Td bem?
Sérgio: É incrivel como vc é forte, Fina! Disse admirado.
Rosa: A gente tem q ser neh?
Sérgio: Tenho uma boa notícia pra te dar.
Rosa: To precisando de boas notícias.
Sérgio: Rosa me ligaram de paris confirmando o teste que eu ia fazer para o filme, a atriz q deve contracenar comigo falou q só participa dele se gostar de mim.
Rosa: Nossa que responsabilidade, hein?
Sérgio: É verdade, eu tenho quase certeza q ela vai aceitar, alguma coisa dentro de mim diz q sim.
Rosa: Nossa que bom, Sérgio! Fico muito feliz por você – Rosa esboçou um sorriso, não conseguia sorrir nem com vontade de ficar realmente feliz com a noticia, ela torcia por Sérgio, mas por dentro ainda doia muito o coração.
Sérgio: Rosa não para por aí não.
Rosa: Hummmmmm então ainda tem + novidade?
Sérgio: Fina, eu já sei um jeito de te ajudar a esquecer os últimos acontecimentos.
Rosa: Duvido muito que alguma coisa que você faça pare de sangrar essa ferida.
Sérgio: Parar não vai parar, mas q vai ajudar vai!
Rosa: Você tah me deixando curiosa, fale então.

Claude: Entón foi isso, Frazón, o que aconteceu!- disse ao terminar o seu relato sobre a tarde q passara com Roberta, e servindo um drink ao amigo na sala de sua casa.
Frazão: Claude, eu to passado! Então quer dizer que você e Roberta simplismente se entenderam? E a Nara nessa história?
Claude: Ah de Nara frazón eu cuido quando ela voltar do litoral, hã?
Frazão: Pode deixar q eu cuido do velório, tah?
Claude: Nón vai precisar de velório nenhum, hã? Vai dar tudo certo! Eu espero.

Rosa: Fala, Sérgio! Fala logo – dizia já impaciente
Sérgio: Rosa, assim que eu me firmar em Paris, eu vou te levar pra lá!
Rosa: Como assim, Sérgio? Ficou louco?
Sérgio: Não, Fina! Eu já pensei em tudo! Eu vou pra lá, começo o filme, fico umas semanas, depois eu te levo pra trabalhar na produção... é só o tempo de pegar o papel principal e ganhar alguma credibilidade lá, daí longe desse povo fuxiqueiro você vai poder reconstruir sua vida.- disse com sorriso empolgado
Rosa: Sérgio, você é um fofo mesmo- disse acariciando o rosto do amigo – Mas Sérgio como é q em semanas você vai me encaixar na equipe?
Sérgio: Fina, se Roberta fizer o filme vai ser por minha causa! Então, se eu sair ela também sai, é a lógica. Ela só fará o filme se gostar de mim, entendeu?
Rosa: Tem lógica! –disse franzindo a testa – tah aí gostei! Se você passar nesse teste, Paris que nos aguarde! – disse com um sorriso confiante.
Rosa: E quando você vai pra lá?
Sérgio: Já essa semana. Em breve, você também!

Rosa sorri pra Sergio esperançosa.

Uma semana depois...

Aeroporto de Paris (Charles de Gaulle) ...


Nara: Ai, Erci confesso que senti saudades da nossa capital da moda.
Erci: É verdade, Nara, nada como as nossas boutiques, nossas lojas...aiai de volta a rotina.
Nara: Não vejo a hora de ver meu novinho!
Erci: Noivinho, Nara? Desde quando?
Nara: Calma Erci, em pouco tempo você saberá!
Erci: Então quer dizer que você e o Claude estão planejando se casar? –disse desconfiada, pois Roberta já havia lhe informado sobre ela e Claude.
Nara: Claro, cherry, ou você acha que o Claude vai ficar me cozinhando? Kkkkk
Erci: Ah com certeza que nón, cherry, mas sabe como é neh? O Claude sempre nos surpreende!
Nara: Não agora, minha vida não, Erci! Olha lá ele! – Diz Nara apontando para Claude que estava a procurando no desembarque. Ela acena pra ele e ele apenas sorri pra ela.
Claude: Oi, cherrys. – disse indo cumprimentar as meninas, ele vai dar um selinho em Nara que aproveita a deixa para lhe dar AQUELE beijo com o intuito de provocar inveja em Erci, que fica sem graça, mas não perde a pose.

Erci: Ouí, cherrys! Acabaram?

Nara solta Claude fingindo contrangimento, Claude olha para a “cunhada” super sem graça, enquanto Erci fuzilava Claude com os olhos.

Erci: Nara me falou da pretensão de vocês de se casarem Claude. – disse irônica.
Claude: CASAR????
Nara: É, mon amour! CASAR! Ai, Erci, deixa o Claude em paz, tadinho ele deve tah morrendo de saudades de mim! – diz tentando disfarçar o mico.
Erci: Saudades? Sei! Muitas! –disse irônica saindo e deixando o casal sozinhos. Enquanto Nara agarrava Claude, que não conseguia se conter.

Em um momento de lucidez Claude consegue se soltar da namorada, e a olha.


Ele fica sem fala a namorada realmente estava linda. Não teria coragem de fazer o que tinha que fazer, não ali, pelo menos como premeditara.

Nara: Que foi, mon Amour? Pq vc está me olhando assim? – disse se fazendo de desentendida.

Claude: Nara, nós precisamos conversar!
Nara: Eu sei, mon amour, e muito, hã? –disse mordicando a orelha do francês.
Claude: Nón aqui, Nara!
Nara: Claro que não! No seu apartamento!
Claude: Tbm nón!
Nara: Onde então? – disse confusa
Claude: Na minha sala!
Nara: Você está tendo desejos de novo, mon amour? I LOVE THIS! – sussurou no ouvido do francês.
Claude: Pára! Pára, Nara, vamos! Rodrigo vai deixar suas Malas em sua casa, hã? – Puxou Nara impaciente, ela nem imaginava o que estava preste a acontecer, e ele sabia q se ela o provocasse mais um pouco, ele desistia de tudo. E agora era questón de honra, hã?

No Brasil...

Aeroporto Santos Dumont


Rosa: Olha Sérgio não se esqueça de mim, hein? –disse emocionada
Sérgio: Nunca, Fina! – disse a abraçando – olha eu ainda volto pra te buscar, hein?

Rosa ri para o amigo sonhador.

Mais atrás, observando a cena.

Pepa: Mas veja só, D. Antonieta que a Serafina não tah parecendo nem um pouco abalada por ser abandonada no altar, olhe já voltou a trabalhar e tah até arrastando asas pro Sérgio, olha lá! Como eles se olham! Veja só! O homem só anunciou que vai fazer filme nas Europas q ela já abre as asas!
Amália: Como é que é, D. Pepa? – Pepa arregala os olhos ao ver D. Amália atrás, acompanhada do S. Geovane.

Joana: Olhe juizo, hein filho? – disse dando um beijo na testa dele – lembre do nosso acordo!
Sérgio: Tah mãe, ainda não entendi pq a senhora não quer que eu fale pra Roberta que sou seu filho, mas fazer o q neh?
Pimpinoni: Muita sorte pra você viu, menino?
Sérgio: Obrigado, S. Pimpinoni.

Pepa: D. Amália eu não tava falando da Fina, era de uma rapariga lá da igreja sabe q vive arrastando asas pros homens da Paróquia. – disse totalmente sem graça
Geovane: OLHA AQUI, D. PEPA, SE EU VER A SENHORA FALANDO MAIS UMA VEZ DA MINHA BAMBINA, EU JURO QUE LHE CORTO A LÍNGUA, HÃ?
Amália: E eu com muito prazer amolo a faca! Agora com licença! –diz com um ar de superioridade e desprezo enquanto Terezinha e Dino dão lingua pras velhas fofoqueiras.

Amália: Sérgio –já se aproximando do rapaz. – olha eu vou tah aqui rezando pra S. Antonio te ajudar, viu?
Terezinha: Sérgio!!!! Quando você for famoso manda um beijo pra mim da tv? Ai vou adorar! Minhas amigas vão morrer de inveja! –diz divertindo todos com seus delirios de adolescente.
Dino: Sérgio? Arruma uma namorada pra mim,  francesa hein?
Amalia: Mas que é isso menino, você ainda tem 5 anos! – todos riem da criança.
Sérgio: Tah pode deixar, maninho! – brinca com o garoto e depois se despede de todos, deixando uma pulga atrás da orelha das fofoqueiras, um gota de esperança no coração de Rosa, e um mar de angústia no coração de Joana.

No escritório de Claude....

Nara sai do elevador primeiro sempre com aquele ar de superioridade. Quando a vê, Mônica olha pra Janete com cara de súplica. Janete faz gesto de que ela tem q se acalmar. Nara que não é boba nem nada, percebe a inquietação de Mônica e decide a pertubar.

Nara: Entón, cherry? Sentiu minha falta?
Claude: Nara!
Mônica: Claro, muitissima!
Janete: Dr. Claude, a D. Roberta e a D. Alabá estão no seu escritório! – sussurrou pro patrão, enquanto Mônica distraia a jararaca.
Mônica: Entón, a Miss Geraldy aproveitou a viagem?
Nara: Muitissimo!
Mônica: Q pena!
Nara: Q pena o que?
Mônica: Q a Miss nón se afogou!
Nara: Olha aqui, seu projeto de secretária, é melhor nón me pertubar não, por que hoje eu não to pra gracinha de gente ralé, tah me ouvindo?
Ah, mon Dieu! É hoje q eu saio morto deste lugar. Se eu terminar Nara me mata! Se non, Roberta me mata e com ajuda de Alabá. O q q eu faço?” – pensou Claude.
Claude: Nara fique aqui, já volto pra te buscar, hã? Vou pegar algumas coisas lá dentro e já volto, hã?
Nara: sim, mon amour, eu estou mesmo precisando conversar com essazinha aí!
Claude: Nara! Eu já...
Mônica: Deixa, Dr. Claude, vá pegar aqueles papéis q os investidores querem q o senhor assine. –disse disfarçando que queria q ele resolvesse logo o problema com Roberta. Ele entendeu e entrou pra sala.

Enquanto isso... O cel de Mônica toca, Nara pega o cel antes da secretária.

Nara: humm... ligação do Brasil? Não sabia que tinha familia por lá
Mônica: E nón tenho! A Sr. Poderia devolver meu telefone?
Nara: Alô?
Afrânio (No telefone): Oi meu docinho de cocô...como vc está, hã?
Nara: Eu to bem meu amor, só queria te pedir um favor!
Afrânio: O que quiser, minha colônia francesa!
Nara: NÃO ME LIGA TAH! TO SATURADA DE VC SEU FANHO XEXELENTO! – e desliga o telefone na cara de Afrânio deixando o careca sem entender nada e Mônica e Janete pasmas.
Nara: Quem brinca com fogo amanhece mijada, cherry! Velho ditado brasileiro – diz rindo das lágrimas que Mônica lutava para não derramar.

Dentro da sala...

Claude: Roberta, ma cherry o que você faz aqui, hã? – fala Claude ao ver Roberta em sua cadeira e Alabá folheando alguma revista em cima da mesa.
Roberta: Vim te ver, mon amor! –disse beijando o frances cinicamente.
Claude: E Alabá hã? Veio de vela é?
Alabá: Não, querido, vim mostrar essa revista aqui! –diz enquanto mostra uma reportagem dizendo da chegada de Nara e com uma entrevista dela falando q seu “namoro com o francês estava indo de vento e polpa e que em breve se casariam”. Roberta olha cinicamente para a revista com uma cara irônica de supresa e se afasta de Claude. É o momento em q a ficha de Claude cai ele percebe a armadilha.

Roberta: Coisa feia, Claude, tah com duas mulheres! E prometer se casar com as duas!
Claude: Casar, como assim? Isso nón estava no script, D. Roberta.
Alabá: Pois agora está- interrompeu Alabá entregando um contrato a Claude, com cláusulas sobre a união dele com Roberta.
Claude: Isso aqui já é loucura!
Roberta: Bem, você quer que eu te ensine a ser um homem de verdade, então eu creio que tenho que ter algo de volta, porque professora também é profissão!
Frazão: CASAR? – disse Frazão que ficara paralisado ao ouvir essa palavra. Janete havia pedido a Frazão para ajudar ao amigo e ele foi ajudá-lo, mas aquela brincadeira do francês já tava ficando séria. – Acho q D. Roberta já esta sendo exagerada, melhor precipitada!
Alabá: Nada disso, querido! Ela está mais do que certa, se ele a quer, tem querer da maneira certa! – diz piscando pra amiga em forma de cumplicidade, ambas acreditavam que o francês iria desistir daquela ideia maluca de “Homem-de-verdade”.
Claude: Se é assim eu assino!
R, A e F: O QUE?
Claude: Você quer casar, cherry, você vai casar!
Fazão: Claude você ficou maluco, vai cair no jogo dessas malucas? – sussurou pro amigo.
Claude: Deixa Frazón, no final elas vão jogar o nosso jogo! – diz com um sorriso misterioso, que assustou a Roberta e Alabá.
Roberta: Bem então vamos indo, neh alabá?
Frazão: Não! – disse ao se lembrar de que Nara estava na recepção – Não, fiquem meninas pelo menos pra uma bebida! – disse cutucando Claude.
Claude: Sim, sim claro, nós temos que comemorar, neh? Afinal ficamos noivos! – disse engolindo seco e tentando disfarçar.
Roberta: Mas ainda não noivamos ainda, mon amour! – disse da cadeira, empolgada com a idéia que tivera, Alabá a olha já premeditando alguma armação da parte amiga, Roberta pisca pra ela confirmando que ela tinha um plano B para fazer Claude desistir daquilo tudo no lugar dela dar o braço a torcer.
Claude: Nón é? –disse olhando pra Frazão com olhar de súplica, mas Frazão não aguenta e dá umas risadas da cara de “to ferrado” do francês.
Roberta: Não claro que não! Pra um noivado, temos que ter uma festa! E no meu caso, de Roberta Vermont TODO MUNDO TEM QUE SABER QUEM É O MEU NOIVINHO! Srsrsrsrsr

Claude e Frazão ficam boqueaberto com Roberta. Até Alabá ficou assustada com a proposta.

Frazão: Bem, se eu fosse você saia daqui pra ver Nara antes que essas loucas arrumem outra ideia. – sussurou para o amigo.
Claude: Bem, meninas, entón vou pedir uma bebida para comemorar hã? –disse esfregando uma mão na outra de tanto nervoso. Essa reação do empresário causou espanto e desmotivação na atriz que ficou assustada ao se ver caindo na própria arapuca.

Ao perceber a decepção da atriz, Frazão começa a perceber o jogo do frances e a se divertir.

2 comentários:

  1. Annie, que situação! Claude e Roberta vão casar sem amor, sem saberem porque, mas vão casar?! Essa Nara é uma peste, pobre Mônica, que perseguição! E Rosa além da decepção com o noivo, também sofre com Talita, uma grande invejosa! Está muito bom! Você vai alternando os núcleos da fic, e a gente vai percebendo que num momento, uns personagens cruzarão os caminhos dos outros e aí, a história começará a ganhar força! As fotos são muito bem escolhidas e mostram o que é difícil explicar com palavras, uma ideia criativa! Parabéns, você escreve muito bem! Bjs.

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  2. Muito obrigada Maria!!! Fico muito feliz com a sua empolgação!!! bjks

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