BARRIGA DE ALUGUEL - PARTE 6 - AUTORA: ANNIE WALKER

Na recepção...

Mônica: você nón podia fazer isso! Isso nón é um direito seu! É minha vida particular!

Nara: talvez se você se comportasse melhor, mocinha, eu pensaria em desmentir. Mas dando em cima do meu marido! Hehehe, você mais do que merece.

Mônica tenta avançar em Nara, mas Janete impede.

Claude: desmentir o que Nara?

Nara sente um frio na espinha ao ouvir a voz do francês.

Nara: Nada, mon amour, você entendeu errado! Eu disse mentir. Você acredita que Mônica quer que eu minta pro namorado dela?- diz fazendo cara de vítima.
Mônica: MENTIRA! Eu vou matar essa cabeça de sushi! –dizia enquanto tentava bater em Nara com todo a raiva que tinha, mas claude e janete e outros funcionarios a impediam.

Janete: perdão Dr. Claude! Mas dessa vez eu tenho que me meter! – disse com tremendo receio pela cara ameaçadora de Nara.

Claude: entón fale D.Janete! – Janete engole seco e Mônica cai no choro, ao ver o estado da amiga Janete decide falar.

Janete: D. Claude, D. Nara terminou com o namorado de Mônica se fingindo passar por ela no telefone! E ainda o chamou de fanho xexelento! Tudo bem que ela ainda nem conhece ele e eles só falam por telefone e na internet, mas puxa Dr. Claude Mônica tava gostando do amor misterioso dela! PRONTO FALEI! – disse correndo pra detrás de um colega de trabalho pra se proteger de Nara.

Nara: Sua vagabunda! – diz tentando avançar em Janete.

Claude: NARA CHEGA! VOCÊ FOI LONGE DEMAIS!

Nara: Mon amour, isso é um complô contra mim, isso tudo é mentira –diz tentado forçar a queda de uma lágrima em seu rosto.

Mônica: Eu vou te matar, sua louca falsa! – dizia tentando ainda se soltar dos colegas que a seguravam.

Nara: você vai acreditar nelas,mon amour? – diz ao perceber q Claude estava mexido com toda aquela situação.

Claude: NARA, CHEGA! – grita o francês visivelmente emocionado. – CHEGA, ACABOU! NÃO POSSO FICAR COM UMA PESSOA TÃO INSENSÍVEL! – diz a sacodindo pelo ombro.

Nara fica perplexa com a atitude do seu ex. E começa chorar de verdade ao ver o rosto de todos fixos nela.

Nara: Claude. Você não vai fazer eu passar essa humilhação na frente dessa gente toda, vai Claude? – pergunta desacreditada.

Claude: Nara, acho melhor você ir embora daqui. – diz apontando o elevador irritado.

Nara: você vai me pagar! VO-CÊ VAI ME PAGAR! – grita descontrolada.

Mônica: quem brinca com fogo amanhece mijado! – diz ao conseguir se soltar dos colegas, dessa vez era Mônica que saíra triufante de mais um confronto com a megera.

Nara: vocês todos vão me pagar! – diz com lágrimas nos olhos se dirigindo ao elevador.

De dentro da sala...

Roberta: Que gritaria é essa, meu Deus? – diz indo para a porta, Mas Frazão a impede.

Frazão: não deve ser nada, Roberta, imagina, coisas de trabalho!

Alabá: não peraê eu ouvi muito bem a voz da Nara, ela trabalha aqui?

Frazão fica sem resposta, ao perceber que ele estava sem saída, ela passa e abre a porta e vê a cena sem ser vista.

Claude enxugara uma pequena lágrima que não conseguira controlar.

Claude: VAMOS TODOS VOLTAR AO TRABALHO OU VOU ENCAMINHÁ-LOS AO RH, HÃ? – gritou para os curiosos.

Claude olha Roberta que está totalmente sem graça com a situação. Estava mais do que óbvio o motivo das gritarias e da voz de Nara. Ao ver Claude daquele jeito Roberta sente um aperto no peito.

Mônica: Mercy, Dr. Claude! Mercy! – diz não conseguindo controlar o choro.

Claude: Fik tranquila, d. Mônica! D. Janete, por favor cubra o serviço di D. Mônica hoje e amanhã, hã? Ela vai pra casa agora e amanhã ela está de folga.

Mônica: Mercy, Dr. Claude! –disse feliz e já recolhendo suas coisas.

Alabá estava atrás de Roberta observando tudo tão pasma quanto a amiga.

Alabá: é Robertinha até que você não fez mal negócio não, viu? – disse tão admirada com o homem quanto ela.

Claude: Satisfeita! – disse seco para Roberta, enquanto entrava na sala. Deixando Roberta com culpa.

Frazão: Claude! Claude! O que aconteceu?

Roberta: Frazão, pode nos deixar um pouco?

Frazão: fazer o que neh?- agora eu sou o último a saber de tudo mesmo.

Alabá: vem Frazão que eu te conto.

Frazão: um pedido de uma musa africana assim, não se tem todo dia. Roberta, Claude com licença meus amigos.- Frazão sai com Alabá deixando os dois sozinhos.

Roberta: Claude, vamos jogar limpo agora, eu só disse aquilo pra que você desistisse dessa idéia doida de “homem perfeito”.

Claude: Tarde demais Roberta, agora vamos até o fim, se é festa de noivado que você quer é festa que você vai ter!

No aeroporto de Paris...

Hugo aguardava ansioso sua futura estrela com uma plaquinha com o nome Sérgio Albuquerque. Sérgio ao desembarcar respira fundo o ar parasiense, fica impressionado como as pessoas são diferentes, no comportamento, fisicamente, no jeito, tudo era difernte do seu país. O frio então era demais, para os parasienses estava uma boa temperatura, mas para um carioca nato que era tava frio pra burro! Logo ele avista Hugo, o seu produtor e diretor, uma alegria misturada com emoção e nervoso se apoderaram de Sérgio!

Sérgio: Hugo? – diz ao se aproximar do homem que tinha uma placa com seu nome.

Hugo: sí sí claro! Tive que vim pessoalmente ver a minha nova promessa para o cinema! Sua responsabilidade é muito grande hein, menino?

Sérgio: eu sei s. hugo! Pode deixar que eu vou fazer tudo direitinho, tah? – disse sem graça e tenso.

Hugo: S. Hugo? Q que isso meu rapaz, por favor! Hugo, Hugo de Madri nón, S. hugo hã?- diz corrigindo esportivamente o calouro.

Sérgio: Tudo bem, Hugo!

Hugo: To vendo que você aprende rápido, hã? Em dois dias você irá conhecer Roberta Vermont! Enquanto isso vou te preparar para você conhecê-la, hã? Vamos! –diz ajudando o rapaz a carregar sua humilde mala.

Anoitece...

No hotel...

Sérgio (telefone): então mãe foi assim... eu cheguei bem, a equipe é maravilhosa e tah todo mundo confiando em mim, que reponsabilidade neh?

Joana: é mesmo! Estou muito orgulhosa! Mas não se esqueça...

Sérgio: Do que combinamos! Pode deixar mãe.

Rosa: é o Sergio? – pergunta ao entrar no quarto de D. Joana e a ver no tel, ela acena com a cabeça afirmando, e chamando-a com a mão.

Joana: ô sérgio! Tem alguem aqui querendo falar com você ó? Um beijo da mãe viu? – diz toda boba passando o tel para Rosa.

Rosa: Sérgio?

Sergio: Fina? Você tah melhor?

Rona: indo neh? Sérgio, quantas vezes tenho q falar q não gosto de ser chamada de Fina?

Sérgio: Perdão! Perdão! Fina pelo o que eu to vendo você vai vir pra Paris antes do que eu imaginava.

Rosa: é mesmo? –diz ainda meio desacreditada.

Sérgio: é Fina pode acreditar. –diz confiante

No apartamento de Claude...

Claude: Brasil? Rio de Janeiro? Tah brincando Frazón?

Frazão: não amigo, eu disse que a minha viagem foi boa, não só pelas cariocas que também vamos combinar que são lindas, hein? –diz piscando pro amigo que dá um sorriso malicioso, se lembrando das suas amigas brasileirinhas.

Frazão: então, francês, você vai ou não fechar negócio com os brasileiros. Uma filial do Brasil é uma boa idéia não acha?

Claude: quer saber? Eu vou Frazón, tô precisando mesmo sair um pouco de Paris! – Frazão sorri satisfeito para o amigo.

No dia seguinte...

Nara Pega sua revista favorita de Moda e vê a capa que a deixa furiosa.

Ela não acredita no que vê! Cheia de ódio, joga a revista longee quebra um jarro e começa a chorar.

Nara: Você pensa que vai ficar assim, Roberta? Você declarou guerra à pessoa errada? Eu vou me vingar, sua vadia! Você vai ver, o Claude vai ser meu, custe o que custar! Agora é questão de honra! Aí de quem se meter na minha frente, seja você ou outra! – gritava chorando de raiva, olhando pra revista, em um surto.

Roberta desce as escadas de sua linda residência totalmente despreocupada.

Alabá a olha preocupada.

Roberta: Bom dia! O que houve, Alabá? Que cara é essa? Chupou limão?

Alabá: não é brincadeira! Já viu o que a revista da Erci publicou? – Roberta avança na mão da amiga e vê a matéria.

Roberta: como eles ficaram sabendo?

Alabá: Eu também gostaria de saber! – Nesse momento, chegam Claude e Frazão assustados, sendo seguidos pela empregada que tentara impedir a entrada dos até então estranhos.

Roberta: Deixe, Conceição! Pode ir!

Claude: Roberta! Quem lhe deu o direito de deixar sua irmã publicar uma matéria dessas? – Roberta arregala os olhos com a pergunta.

Frazão: ô Claude se você deixasse eu falar no caminho a gente teria poupado a viagem, mas desde que você viu a revista não deixa ninguem falar!

Alabá: então você poderia nos explicar porque também estamos ansiosas pela sua explicação!

Frazão: bem a matéria do namoro fui eu! Para ninguem ficar impressionado com vocês andando por aí juntos e fazendo fofoca! – nesse momento Claude ameaça avançar em Frazão, mas as meninas o seguram

Frazão: Calma mon ami! Mas eu não falei a história da Nara não. Isso foi coisa da sua secretária, lá.
Claude: A Mônica? Nón pode ser ela non faria issi!

Frazão: Claude, eu confirmei com a Erci, ela disse que não pode evitar a publicação da matéria, sabe como é neh, amigo, mulher ferida é o cão!

Roberta: Mulher ferida? Como assim?

Frazão: Nara terminou com o namorado da Mônica ontem pelo telefone se passando por ela, por isso que aconteceu aquela confusão.

R & A: Disso eu não sabia! – disseram simultaneamente, foi quando se tocou que tinha falado de mais.

Roberta: então é por isso que você terminou com ela neh, Claude? – disse com um ar de mistério.

Claude: ô Roberta não comece, hã? Quando Nara ver essa revista vai querer o fígado de nós dois servido na brasa, hã?

Roberta: Isso é problema seu, você resolve! Eu não quero nem saber! – disse se sentando tranquilamente no sofá.

Claude: Meu nada! Seu, cherry. Eu tô viajando para o Brasil amanhã. Você que aguente a Nara! Vamos Frazão! – disse levando seu amigo consigo e deixando Alabá e Roberta pasmas.

Roberta: Ouviu isso? Ele cutuca a cobra e eu que bebo o veneno!

Mônica em casa tenta ligar para Afrânio, mas o careca chateado não atende o cel.

O tel de Afrânio toca de novo, ele vê quem é e não atende.

Pepa: Mas esse seu telefone, S. Afrânio, não tah parando hoje, hein?

Afranio: é a Moniquinha!

Pepa: aquela que você diz ser sua namorada? Aquela que você conheceu na internet?

Afranio: sim, é ela mesma. Você acredita Pepa que ela ontem terminou comigo sem mais e nem menos, me chamou de fanho e ainda desligou na minha cara? E olha que fui eu que liguei, é caro poxa! – disse choroso.

Pepa: hahahhahahhahahahahahah, na certa alguem deve de ter contado pra ela que você é um careca feio e com jeito de marreco – diz rindo ainda mais.

Afrânio: Eu não posso te contar nada mesmo, neh Pepa? Tudo você leva para a brincadeira, não to achando graça, eu to triste tah?

Pepa: ô lindo não fica assim não, vem cá.- diz apontando uma cadeira ao lado da sua. – senta aqui senta!- Afrânio vai se sentar ao lado da fofoqueira. – vem cá não liga não, deixa de ser bobo, tem gente melhor te querendo e você nem vê –diz enquanto acolhe Afrânio em seu colo.

Afranio: A Fina? Você acha que ela já esqueceu o Júlio?

Pepa: Que Fina? Que mané Fina? Ai Afrânio, como você é burro! – diz levantando-se e saindo irritada.

Afranio: ué? Não entendi!

No edificio da Revista Moda Paris...

Erci chegava para mais um dia de trabalho, quando sente alguem segurar firmemente seu braço.

Nara: Você vai se arrepender por cada palavra daquela revista, tah me ouvindo?

Erci gela ao ouvir a voz da amiga tão ameaçadora, ela a conhecia o suficiente pra saber que Nara não tinha limites.

Erci: Nara, eu juro que eu tentei impedi! Mas a Mônica teve aqui e não pude evitar, a editora chefe não quis me ouvir!

Nara: Tudo bem, honey. Não gaste suas desculpas. – disse colocando de volta seu óculos escuro, deixando Erci ainda mais assustada.

Erci: Pronto! É agora que a minha vida vira um inferno de vez!

No trabalho de Rosa...

Talita: Nossa que gato que a Roberta Vermount agarrou, hein? Hummm que inveja!

Silvia: Deixa eu ver? Nossa é lindo mesmo – diz depois de ver a capa da revista, Rosa finge não ligar para as amigas, jurou pra si mesma que não iria ligar mais para homem nenhum.

Rosa: De que adianta ser bonito? Se todo homem só pensa com a cabeça de baixo!- disse com desdém.

Talita: Querida, o problema não está nos homens está em vc, tapadinha! – provocou.

Rosa: olha aqui, sua lambisgóia..- disse, ameaçando Talita.

Silvia: Calma, Rosa! Não dá ibope pra essa aí não!

Talita: me dá licença que vocês já cansaram minha beleza! – disse jogando a revista em cima do balcão da botique.

Rosa não resistiu a curiosidade e conferiu. Sua boca secou inexplicávelmente ao ver aquele homem. “Pára com isso Rosa! Tah se traindo?”pensou.

Rosa: Cláude? Nome mais estranho! – diz fingindo desdem.

Silvia: se lê Cloude Rosa! –quando Rosa ouviu esse nome lembrou do sonho que a perseguia e não teve como evitar um arrepio.

Silvia: Você tah bem Rosa?

Rosa: Tô ótima.- disse nervosa – vamos voltar ao trabalho?

No hotel...

Hugo: Mas niño, como você aprende rápido, hã? Podemos antecipar para amanhã mesmo o seu encontro com Roberta!

Sérgio: Sério mesmo?

Hugo: Seríssimo! Mañana mesmo você conhecerá la Roberta Vermount!

Sérgio sorri bobo e orgulhoso.

No escritório...

Claude e Frazão chegam agitados ...

Claude: D. Janete poderia passar para mim a ligação de D. Mônica?

Janete: Que ligação Dr.?

Claude: A que você vai fazer, hã? – disse impaciente.

Frazão: Calma, Claude! A D. Janete não tem culpa!

Claude: Ouí, pardón, d. Janete mas por favor me transfira o mais rápido o possível essa ligaçón hã?

Janete: Sim senhor ,Dr. Claude.- disse assustada já discando para a amiga, enquanto Frazão e Claude entravam na sala da presidência. Janete respira aliviada ao ouvir a porta se fechar.

Mônica (telefone): bonjour!

Janete: Amiga sou eu! O que houve que o Dr. Claude tah uma fera contigo? – Mônica engole seco a noticia.

Mônica: bein. Eu disse umas coisinhas pra imprensa, sabe?

Janete: O q?

Frazão abre a porta fazendo um gesto impaciente de espera para a sua secretária. Janete arregala os olhos.

Janete: Olha amiga o Dr. quer falar contigo, mas depois você vai me contar tudo, hein?

Mônica: ouí!

Claude (telefone): até que enfim hein D. Janete!

Janete: Perdão Dr. Já vou transferir a ligação. Pronto – diz desligando o telefone.

Mônica (telefone): Dr. Claude?

Claude: Entón o que tem a me dizer D. Mõnica?- diz colocando a ligação no viva-voz para que Frazão também a ouça.

Mônica: Dr. Claude, me perdoe, hã? Se quiser me demitir me demita! Mas Eu tive que tomar alguma atitude! D. Nara aprontou muito comigo e o Dr. nón pode negar, me perdoe, mas por culpa dela meu Afrânio não quer mais saber de mim!

Frazão olha para Claude com um olhar de repreensão.

Claude: Da próxima vez seja menos impulsiva, hã? E por favor, se a senhora tomar uma atitude dessas novamente, eu vou ter que além de demiti-la e processá-la, hã?

Mônica: oui, Dr. Claude. – E Claude desliga o tel.

Claude: Nossa! Essas mulheres vão me deixar louco!

Frazão: Calma, mon ami, amanhã você vai poder respirar um pouco, hã? No Rio, quem sabe não pinta uma mulher que te faça mudar de opinião sobre esse mundo feminino?! –diz rindo do amigo.

Claude: Já estou com muitas mulheres, hã? Acha pouco, hã? Nossa! Às vezes, acho que vou pirar!

Alguém bate na porta. Frazão abre é Janete com um buque de rosas nas mãos.

Claude: AAAAAATCHIM! Q flores são essas D. Janete? Aaaaaaaaatchim!

Janete: São da D. Nara pedindo desculpas para a Mônica.

Claude e Frazão se olham desconfiados.

Janete: Eeeeeeee nem me perguntem, eu to entendendo menos ainda!

Claude: aaaaaaaatchim! Tire essas rosas daqui, D. Janete. Quer me matar.

Janete: ai perdão! Mas o que eu faço com elas.

Frazão: Deixe na minha sala, D. Janete, LOGO! – Janete sai toda atrapalhada e assustada da sala da presidência.

Frazão: é mon ami! Você sabe o que isso significa neh?- disse enquanto Claude tomava um comprimido para a alergia. – GUERRA mon ami! Guerra!

Claude o olha preocupado.

Claude: Frazón antecipa minha viagem, eu vou pro Brasil é hoje!