quarta-feira, 9 de março de 2011

BARRIGA DE ALUGUEL - PARTE 10 - AUTORA: ANNIE WALKER

No hotel...
Frazão estava já dormindo na sala de espera do hotel onde Claude estava hospedado. O francês chega com uma cara de cansado e cheio de sacolas.
Frazão acorda e vê o amigo cheio de sacolas e não perde a piada:
Frazão: Mon ami, é por isso que você demorou tanto? A mocinha tava fazendo compras no shopping?
Claude: Ô Frazon que tal você ir treinar com as passistas do sambódromo, hã?
Frazão: Eu também estou muito feliz em te ver, mon ami, até porque eu passei o dia todo te esperando aqui e esses gorilões me olhando estranho.
Claude: Você nón se hospedou?
Frazão: Não deu tempo de fazer uma reserva, vou me hospedar num hotel aqui perto. Mas, me diz algo sobre esse furacão que você conheceu hoje. Me deixou curioso. É alguma gata.
Claude: Vamos subir que eu te conto lá em cima, hã?
Frazão sobe empolgado, já imaginando que o amigo tinha história pra contar.

Enquanto isso...

No cortiço...
Amália: A Serafina não veio almoçar.- disse, sozinha e preocupada. – será que aconteceu alguma coisa com aminha menina, santo Antônio? Sabe? Eu sinto que a minha menina tah amadurecendo. Pena que de maneira tão triste. –Ah, meu Santo Antônio, coloca um homem bão na vida da minha Serafina. Um homem que a ame, que cuide dela. E que faça ela esquecer esse farabuto do Julio. Ele foi tão mal com a minha Serafina, Santo Antônio. Mas, Deus vai dar o que é dele. - dizia para o seu santo predileto da cozinha.
Terezinha: Mãaaaaaaaaaaae, o Dino arrancou a cabeça da minha boneca!!!!!!!!!!!!!!! - grita do andar de cima
Amália: Santo Antônio, eu vou lá, mas, cuida da minha menina, tah? Das duas neh? Por que também tem a Terezinha que é nova ainda, mas já está se engraçando com o Milton que eu sei, neh?
Terezinha: Mãaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaae.
D. Amalia se benze e sobe para ver as crianças.
No quarto do Claude...
Claude: Frazón, eu preciso que você me ajude a me redimir com uma mulher.
Frazão: Como assim? Foi o tal furacão que você conheceu hoje?
Claude: É, pois é. Eu fui um pouco grosso com ela hã? E também a ofendi.
Frazão: Quero novidade! Você sabendo se dar com as mulheres não é novidade pra mim. Esse seu jeito grosso. Acho que é disso que elas gostam. Hehehe.
Claude: Elas gostam é do meu tipão europeu, boa pinta, galã. – fala, fazendo charme.
Frazão: Galão você quis dizer, neh? Kkkkkkkkkkkkk
Claude: Vai plantar moeda no chumbo pra ver se nasce pé de Euro, Frazón!
Frazão: Tah bom! Boa sorte com o seu furacão. – responde, indo em direção à porta.
Calude: Ô Frazon, vc vai aonde?
Frazão: Você acabou de me expulsar, Claude!
Claude: Mas não é pra ir, dá pra me ouvir?
Frazão: Eu tenho escolha?
Claude: NÓN.
Frazão: Então, diga, francês.
Claude: Amanhã, eu vou passar o dia com ela de novo.
Frazão: Pobre Roberta, deve tah com uma enxaqueca.
Claude: Nón me lembre de Roberta, nem de Nara. Pelo menos enquanto eu tiver aqui no Brasil, hã?
Frazão: Como assim, francês? Não quer ouvir da sua noiva, nem da sua amante?
Claude: Roberta ainda não é minha noiva, nem Nara, minha amante.
Frazão: Disse bem, ainda...
Claude: Eu nón quero falar nelas, na verdade nón quero falar em mulher nenhuma, hã?
Frazão: Claude, eu acho que tem médico de plantão, eu vou lá chamar.
Claude: Pra que?
Frazão: Você só pode estar delirando!
Claude: Eu nón to delirando. Eu ofendi uma moça que nón merecia e quero me redimir. Só isso, hã? E enquanto eu nón me sentir bem com ela, eu nón quero saber de ninguem e de nada, hã?
Frazão: Claude??? Você tah ouvindo o que você tah falando?
Claude: Tô. Quero dizer, eu acho que tô. Ai, Frazon, minha vida tah muito doida de um tempo pra cá. Eu já nón sei o que fazer, hã?
Frazão: Meu amigo, você tem que parar de ser impulsivo.
Claude: Primeiro me aparece Roberta, eu gosto dela hã? E ela me caiu como luva pra poder me livrar de Nara. E depois me vem Nara com seus chiliques de mulher. Agora esta proposta de franquia aqui no Brasil. Eu confesso que eu até que estava gostando da idéia de casar com Roberta. Ela é o tipo de mulher perfeita, mas depois de hoje...
Frazão: O que tem depois de hoje?
Claude: Eu tenho a sensasón que conheço aquela mulher de algum lugar. É uma coisa estranha que sinto quando fico perto dela, entende, Frazon, eu gelei. O cheiro dela, o jeito dela, o olhar dela. Teve um momento que me deu vontade de pegá-la e protegê-la do mundo.
Frazão: Pronto...acabou... se escafedeu!
Claude: Hã?
Fazão: Você tah apaixonado, mon ami. Amor la primeira vista!
Claude: APAIXONADO??? Fumou alguma coisa??? Você tah maluco? Isso nón é amor, nón é ...é ... sentimento de culpa, hã? Por que eu ofendi a moça que nón merecia.
Frazão: E desde quando culpa faz os olhos brilharem.
Claude: Que olhos que brilharam, Frazon? É culpa sim, hã? Por a ter beijado, a agarrado sem pedir permissón, por ter sentido seu perfume. – disse, fechando os olhos e relembrando dos momentos daquele dia.
Frazão: CLAUDE?????????
Claude: Non grita, Frazon!!!
Frazão: Você tava aí viajando, Claude. Tive que te acordar,neh? Vem k... tenho que conhecer essa mulher. Ela deve ser uma  Afrodite personalizada, neh? Pra te fisgar de primeira...
Claude: Que mané Afrodite, Frazon. Olha você vai me ajudar ou nón.
Frazão: Em que?
Claude: A fazer uma surpresa pra D. Rosa amanhã?
Frazão: Então o nome da deusa é Rosa? Kkkkkkkkkkkkkk. LOGO VC QUE TEM ALERGIA A ROSAS. kkkkkkkk
Claude: E ainda tenho, hã? Eu acho.
Frazão: Então, tem uma rosa específica que não te causa alergia, neh? Essa eu preciso conhecer. Hahahha Vou te ajudar sim, mas só depois que você me contar tudinho o que aconteceu hoje, francês.
Claude: Bien, eu tava andando pela rua, quando vieram umas três doidas que estavam na frente do jornaleiro, hã? Aí elas começaram a correr atrás de mim e....


Fonte: http://youtu.be/ACg4OxVDr_w

Joana: Ô D. Pepa, que cara é essa, hein? Tah tão tristinha.
Pepa: Não é nada não, D. Joana.
Joãozinho: È porque o Seu Afrânio voltou com a namorada dele. – disse, ainda brincando com a irmã.
Miriam: JOÃOZINHO????
Pepa: Mas que menino mais atrevido! Aonde se viu? Eu, logo eu? Ficar triste por causa daquele pingüim de geladeira. – fala, saindo com raiva.
D. Joana e as crianças ficam a rir.

Rosa chega em casa. Dino e Terezinha estão assistindo TV, S. Geovane já foi dormir. Rosa tenta passar despercebida e subir.
- Por que a senhora não avisou dizendo que não ia vir almoçar? E por que ligaram tantas vezes da sua loja perguntando por você, Serafina? – disse, D. Amália em tom firme. Rosa, ao ouvir sua mãe, se vira lentamente e a encara procurando uma resposta plausível.
Amália: Terezinha e Dino vão dormir que já tah na hora.
T e D:Ah, mãe!
Amália: Anda, vão dormir.
As crianças sobem resmungando, mas sobem.
Amália: Então, D. Serafina Rosa Petrony, acho que nós duas precisamos conversar, hã?

No hotel...
Frazão: Mas porque a Talita não falaria onde essa tal Rosa mora?
Claude: Porque elas nón se dão muito bem Frazon.
Frazão: Então, não tem como eu adivinhar, neh mon ami?
Claude: Espera, hã? Tem uma outra moça que trabalha lá. Acho que o nome dela é Silvia. Ela pode nos ajudar.
Frazão: Mas, como você quer que eu ache essa tal de Sílvia sem falar com a Talita?
Claude: Liga para essa sua prima, hã?
Frazão: Não acredito que você nem olhou pra minha prima, Claude? Ela é a maior gata! Mon ami, estou ficando preocupado com você, hein?
Claude: Realmente, ela é muito bonita.
Frazão: MUITO BONITA? – perguntou incrédulo. – A Talita é linda, mon ami, aqueles olhos azuis dela, hummm... e olha não é pq é da família não, mas tem muito gavião que é doido pra ficar com ela.
Claude: Bom pra você hã, Frazon?- diz, impaciente- Agora dá pra ligar pra sua prima e descobrir o nº da tal amiga de Rosa, hã?
Frazão: Essa Rosa vai ganhar o prêmio de feiticeira do ano!
Claude: Por que Frazon? – perguntou, impaciente e revirando os olhos
Frazão: Porque ela conseguiu enfeitiçar o francês mais turrão do mundo.
Claude: Frazon, vai ver se eu fui pra Marte plantar pé de feijón, hã?
Frazão: A Nasa disse que não...hahahha
Claude: Engraçadin, hã? Em primeiro lugar, D. Rosa nón é nenhuma fenticeira. Em segundo, eu NÓN TO APAIXONADO POR ELA, HÃ?
Frazão: Sei... eu te entendo, Claude...Assumir é horrível, neh?
Claude: Será q nón posso te contar nada, Frazon. Eu simplesmente tô com pena de D. Rosa, hã? Eu a tratei mal e você já sabe o que aconteceu com ela, hã?
Frazão: Triste essa história, neh? – fala, pensativo ao ser lembrado da história do casamento de Rosa. – Sabe que quando eu vim aqui no Rio, na última viagem eu também conheci uma Rosa, ela ia se casar no dia seguinte, pelo menos foi o que ela me falou, neh? Ela era linda viu? Uma deusa com aquele biquini na praia...hummmmmmm... Ela tava com um povinho engraçado fazendo piquenique na praia kkkkkkkkkkkkk
Claude: Piquenique na praia? –disse com desdém e acompanhando o amigo na gargalhada.
Frazão: Será que é a mesma Rosa?
Claude: Nón existe só uma Rosa no Rio, neh Frazon?Agora se concentra e liga para sua prima, hã?
Frazão: Tah bom Francês!

Frazão liga para Talita, inventa que Claude esqueceu o celular na loja e que a tal Silvia tinha encontrado e ligou para ele, mas a bateria acabou e não deu pra continuar a falar e então pediu o nº da funcionária, já que Claude não queria que Talita ficassse sabendo que ele queria, na verdade, era falar com Rosa. Talita argumentou dizendo que ela mesma entregava o celular, mas Frazão a cortou, falando que era urgente e precisava falar com Silvia para tomar uma certa precaução, alguma coisa particular disse no intuito de Talita não conseguir argumentar de novo. A contragosto, ela dá o numero do telefone da amiga de trabalho.
- Mas se eles estiverem aprontando alguma coisa e pensam que eu não vou ficar sabendo eles não me conhecem – pensou Talita ao desligar o telefone.

No cortiço...
D. Amália: Então, Fina, me fale o que aconteceu hoje!
Rosa: Mãe...
Amália: Serafina, por favor, não minta, eu não confiaria de novo em você se mentisse para mim. – disse séria. Rosa sente um calafrio nas espinhas.
Rosa: Tudo bem, mãe! Eu também to precisando muito conversar com alguém. Às vezes, acho que vou enlouquecer mãe. – diz, já chorando.
Amália: Não chora, Fina! – fala, abraçando a filha, D. Amália se fez uma ouvinte atenta da filha enquanto Rosa contava em parte tudo o que havia acontecido com ela, claro, omitindo a parte dos beijos e amassos básicos. Contou também dos sonhos, mas claro que não contou as partes que a deixavam constrangida. Contou de Talita que a infernizava a vida e que já estava ficando sem paciência com tanta inveja. Rosa lembrou à mãe que Talita era apaixonada por Júlio quando Rosa começou a namorar com o arquiteto de família rica e que agora a companheira de trabalho a colocava de novo como rival e já havia declarado uma nova guerra.
 Rosa: Não tenho forças, mãe... não tenho mais forças mais para lutar, sabe? Eu to fraca, me fazendo de forte. – diz deitada no colo aconchegante da mãe que fazia cafuné enquanto a ouvia.
Amália: Ai, minha filha, tenha força, viu? Tudo vai dar certo! Você tem que pensar positivo que tudo vai dar certo, hã?
Rosa: Mãe, eu preciso da sua ajuda. – disse se levantando rápido do colo da mãe.
Amália: Em que?
Rosa: Eu preciso que a Senhora me ajude a enrolar o papai amanhã.
Amália: Como assim? – disse, se levantando assustada, ficando frente a frente com a filha.
Rosa: É que eu fiquei de ajudar o Claude a terminar de fazer as compras dele e...
Amália: O seu pai não vai gostar disso!
Rosa: Eu sei.
Amália: E com razão! Fina, ouve a sua mãe. Cuidado, filha, com esse tal de Dr. Claude pq ... pq você já...
Rosa: Me decepcionei de mais?
Amália ficou em silêncio. Um silêncio pesado. Um silêncio consentido.
Rosa: Eu sei, mãe...o Dr. Claude... ele é só.. só um amigo. – ela termina a frase com um suspiro conformado.
Amália: Eu não gosto de mentir para seu pai.
Rosa: Mas se ele souber que eu vou sair com um homem sozinha... antes tinha o Sérgio pra ir comigo... Mas ele viajou!
Amália: Leva a Terezinha!
Rosa: Levar a Terezinha? – perguntou incrédula.
Amália: Sim! Assim eu não minto para o seu pai e fico mais tranquila, hã?
Rosa: Mas, mãe...
Amália: Está decidido. Amanhã eu converso com o seu pai e com a sua irmã. Agora eu vou dormir porque eu estou cansada, hã? Bona note bambina... Deus te benedicta! – diz fazendo o sinal da cruz na testa da filha e subindo as escadas em direção ao seu quarto.
Rosa cai pesadamente sobre o sofá, respira fundo.
– Talvez seja melhor! Assim eu tenho certeza que vou me controlar. Meu Deus, me ajuda a ser forte! - pensou Rosa.
Depois subiu para dormir, pois estava exausta do dia que teve.

Amanhece...



No cortiço...
Rosa acorda às 9 horas, Dino já tinha ido para o treino de futebol, sua mãe voltava agora da missa das 8:00 e S. Geovane havia saído para resolver problemas do cortiço. Rosa se senta à mesa para o café da manhã. Terezinha estava comendo uns biscoitos, quando D. Amália entra pela porta da cozinha.
Amália: Bom dia, minhas bambinas!! – fala, voltando feliz da cerimônia e dando um beijo na testa de cada filha.
Terezinha: Bom dia, mama, mas que felicidade é essa, hã?
Amália: O pe. decidiu fazer uma jantar de Natal.- estou tão feliz vai ser tão bom. – Ah, Terezinha se arrume que você vai sair com a sua irmã, hã?
Terezinha: E nós vamos aonde?
Rosa: Fazer compras.
Terezinha: Oba!!
Rosa: Mas não é pra gente não, bobinha, é que tem um cliente lá da loja que me pediu pra ajudá-lo a comprar umas roupas que não tinha na nossa loja.
Terezinha: Hum... sei... e ele é bonito?
Rosa: Terezinha? Isso é trabalho, hã?
Terezinha: Ele vai te pagar?
Rosa: Não.
Terezinha: Então não é trabalho.
Rosa: Mas ele é meu cliente e meu amigo também.
Terezinha: Sei... e qual é o nome dele?
Rosa: É...é... – Rosa fica insegura de contar o nome do “amigo” para a irmã que sabia de seus sonhos.
Terezinha: Diz logo!
Rosa: É Claude! – disse de uma vez, fazendo a irmã engasgar com os biscoitos.
Amália: Vamos parar com essa conversa, hã? Se seu pai ouve vai pensar besteiras. Vá se arrumar logo, Terezinha, e você também, Rosa, não quero que voltem tarde, na verdade, quero vocês aqui para o lanche da tarde, hã?
Terezinha: Pra já. –  fala, subindo para se arrumar, sendo seguida por Rosa.
Amália: Ai, meu santo Antônio, eu fiz a coisa certa deixando Rosa ir se encontrar com esse tal Dr.? – perguntou angustiada ao seu Santo de devoção.

No quarto..
Terezinha: Rosa? – chamou baixinho.
Terezinha: Rosa, eu queria ver o Milton.
Rosa: E Kiko?
Terezinha: Rosa, às vezes, parece que você não pensa hã?
Rosa: Mais respeito, mocinha!
Tereziha: Rosa você me deixa na casa do Milton e vai fazer as “compras” com seu “amigo” à vontade! – disse fazendo gestos de aspas quando falou as palavras compras e amigos.
Rosa: Em primeiro lugar, ele é só meu amigo mesmo, na verdade nem amigo, colega, conhecido. Na verdade, talvez nem isso. Eu só falei que era meu amigo para a mãe não falar nada.
Terezinha: E você mentiria por causa de qualquer um?
Rosa: Ele também não é qualquer um, hã? Mas eu não sei... Aí eu prometi que ia ajudá-lo e vou. Pronto.
Terezinha: Tah bom... só ajudar por ajudar?
Rosa: Não.. quero dizer, sim... ô Terezinha??!



Terezinha: Ô Rosa, assume esse tal Claude mexeu contigo!
Rosa: Terezinha, isso é coisa da sua cabeça!
Terezinha: Não é não! Eu até tava pensando que você tava ficando piradinha com esses sonhos, fui até falar com o S. Pimpinoni. Mas agora vejo que não.
Rosa: Você contou meu sonho pro S.Pimpinoni?
Terezinha: Uhum.
Rosa: Tudinho?
Terezinha: Uhum.
Rosa: Como que você conta assim meus sonhos para o S. Pimpinoni sem me pedir permissão?
Terezinha: Ai, Fina, eu tava preocupada contigo. Você depois... do que aconteceu nesses sonhos piorou!
Rosa: Agora que está feito, o que ele disse? – perguntou, envergonhada.
Terezinha: Ele nada, quem me falou foi o Arlequim.
Rosa: Ah, é? E o que ele disse?– perguntou, interessada.
Terezinha: É. Ele falou que isso pode ser coisa de... - Terezinha fez cara de mistério afim de deixar a irmã nervosa.
Rosa: De que, Terezinha? Fala logo!- pediu, ansiosa e impaciente
Terezinha: de alma gêmea.
Rosa: Alma gêmea?- perguntou confusa.
Terezinha: Já pensou que esse tal Claude talvez seja sua alma gêmea, por isso que você não conseguiu casar com o Júlio.
Rosa: Pára de graça, Terezinha! – reclamou, enquanto a irmã ria.
Terezinha: Mas, é sério, Rosa. E se você e esse Dr. forem as metades da laranja, hein? Já pensou?
Rosa: Eu nem conheço direito esse senhor E essas histórias de alma gêmea são coisas que só dão certo em novela. A vida real...- suspirou por um minuto e completou, conformada - a vida real é bem diferente. Agora chega de parola e vai tomar seu banho, hã? Vai! Vai!
Terezinha foi se arrumar rindo e deixou Rosa sozinha.
Rosa sentou pensativa na sua cama e lembrou das palavras da sua irmã.
Terezinha: Já pensou que esse tal Claude talvez seja sua alma gêmea, por isso que você não conseguiu casar com o Júlio.
Rosa dá um suspiro e se lembra do momento mais doloroso de sua vida.
Júlio: Desculpa, Fina, eu não posso! – Disse dando um beijo em sua testa e em seguida correndo de encontro da mulher e fugindo com ela, deixando Rosa sozinha, abandonada, incrédula no altar, sem conseguir se virar e encarar a igreja lotada.
Rosa não impede a lágrima que há muito já teimava em querer sair, mas não conseguia.
Ela fecha os olhos, respira fundo, olha pro seu celular, que estava do seu lado na cama e lembra...
Rosa: Olha aqui, seu...- e o telefone de Rosa começou a tocar.
Rosa não conseguia pegar o telefone que estava no seu bolso da calça. Claude olhou pra ela, pedindo permissão para pegar o aparelho. Ela, a contragosto, permitiu. Quando Claude a abraça, sem querer (eu acho, neh?), nesse momento, entra mais gente no vagão, mas dessa vez é Claude que é empurrado contra o corpo de Rosa, fazendo eles ficarem quase dentro um do outro e Rosa acabou indo para dentro do terno de Claude.
Rosa e Claude gelam, mesmo estando tão quentes pelo aperto do local. Claude respira fundo e sente o cheiro do cabelo de Rosa, ele fecha os olhos e aspira aquele cheiro como se fosse acabar. Rosa, que estava pressionada contra o tórax masculino, sente o cheiro amadeirado que vinha da camisa que o francês tinha por baixo do terno. Claude, ao pegar o celular, se aproveita para sentir o cheiro do pescoço de Rosa. Por puro instinto, ele já não conseguia controlar seus impulsos. Rosa, ao sentir a barba por fazer do francês roçar em seu pescoço, sente um arrepio e não consegue disfarçar o suspiro que deu sem querer.
Rosa: O que você tah fazendo? - disse de olhos fechados, forçando um tom áspero, mas o que saiu foi uma súplica.
Claude: Nón sei. – disse, sem parar de beijar o pescoço moreno.
Rosa: Me solta, seu tarado! – fala, tentando se livrar dele enquanto seu corpo pedia “BIS!BIS!”
Claude: Nón posso! – Num impulso súbito, ele segura o rosto feminino e o beija com vontade, com uma intensidade que jamais beijara antes, a segurava como se fosse fugir. Rosa, sem conseguir se controlar mais, retribui o beijo com a mesma intensidade, o puxando pelo pescoço, como se ele a fosse soltar.
Terezinha: Mas, é sério Rosa. E se você e esse Dr. forem as metades da laranja, hein? Já pensou?
Rosa: Será? - falou sozinha, mordendo os lábios e com uma feição enigmática.

2 comentários:

  1. Annie demais! A ¨conversa¨de Claude e Frazão, como sempre, está hilária, chorei de rir com o mau-humor do francês e as respostas dele para o pobre Frazão, kkkkkk. A cena de Rosa e dona Amália, está muito bonita. E os vídeos, muito bem escolhidos! Parabéns, está muito bom! Espero ansiosa o dia das compras...Bjs.

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  2. ADORO SEU FIC ESTOU LOCA PELO DIA DA COMPRA KKKKKK

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