Novela de Antonio Figueira
Inspirada na Obra de Dias Gomes
Inspirada na Obra de Dias Gomes
Fonte: http://youtu.be/zIuryHGvAVc
CAPÍTULO 61
Personagens deste capítulo:
VÍTOR
HELÔ
RICARDINHO
ARAKEN
RENATÃO
SAMUCA
SUSI
MÃOZINHA
DOM CARVAJAL
D. CONSUELO
MATILDE
BOLA 2
DETETIVE JONAS
SOLDADO 1
SOLDADO 2
CENA 1 - CASTELINHO - EXT. - NOITE.
Continuação Imediata da Última Cena do Capítulo Anterior.
VÍTOR NÃO QUERIA ACREDITAR NO QUE SEUS OLHOS VIAM. SEU CORPO PARECIA TOMADO POR UMA DESCARGA ELÉTRICA.
NO INTERIOR DO BAR, DIVISOU, NUMA DAS MESAS, RICARDINHO E HELÔ BEIJANDO-SE NA BOCA.
VÍTOR, APÓS ALGUNS INSTANTES DE TORPOR, BAIXOU OS OLHOS, ABALADO E, NUM ÍMPETO, AFASTOU-SE RÀPIDAMENTE DO LOCAL.
CENA 2 - CASTELINHO - INT. - NOITE.
HELÔ - Não! Pare com isso, Ricardinho! Chega!
HELÔ EMPURROU RICARDINHO, COM FIRMEZA E LEVANTOU-SE DA MESA.
RICARDINHO - Que isso, Helô? Calma, senta aí...
HELÔ - (limpando os lábios, nervosa) Não! Você não devia ter feito isso! Eu vou embora!
RICARDINHO - Peraí, eu te levo...
HELÔ - (cortou) Não quero! Eu vou sozinha! Por favor, não me siga!
HELÔ VIROU AS COSTAS E RETIROU-SE DO BAR. RICARDINHO CERROU OS PUNHOS, COM RAIVA.
RICARDINHO - Que saco, haja paciencia!
CORTA PARA:
CENA 3 - MANSÃO DE D. CONSUELO - ESCRITÓRIO - INT. - NOITE.
SAMUCA E DOM CARVAJAL CONVERSAVAM.
SAMUCA - (estava traumatizado, abobalhado) Não pode ser! Não pode ser! E os duzentos milhões de dólares?
DOM CARVAJAL - Estos docientos milliones solamente existiran en la imaginación de Consuelo (explicou, paternalmente) Pero, hace unos 20 años, ella era, realmente, muy rica. La mala administración de su fortuna la levó a la ruína.
SAMUCA - Como é possível?
DOM CARVAJAL - Hace más de cinco años que no tiene nada mas. Pero, quando esto aconteció, ella se recusó a aceptar la realidad. Y continuó a gastar como se fuera la misma rica señora de antigamente.
SAMUCA - E quem paga as dívidas que ela faz?
DOM CARVAJAL - Soy yo. Yo hei pagado todo asta ahora, quando la cosa asume proporciones de locura total. Yo no puedo más.
SAMUCA - (indagou, aflito) Mas quem é o senhor? Pai dela?
DOM CARVAJAL - No, yo soy el marido.
SAMUCA LEVOU UM TREMENDO SUSTO.
SAMUCA - Marido?! Então, ela... é casada?! Isso é bigamia!
DOM CARVAJAL - Sí, pero... nosotros somos divorciados.
SAMUCA - (continuava tonto) Mas ela não me disse nada! Ela me embrulhou todo esse tempo! E eu caí como um patinho! Essa, não! Veja no que dá a gente ter bom coração, acreditar nas pessoas! Ela não podia ter feito isso comigo! Eu não mereço isso! Não mereço!
DOM CARVAJAL - Usted está passando bien? Devo pedir um copo d’água?
SAMUCA - Non, non.... quer dizer, não. Não precisa.
CORTA PARA:
CENA 4 - PENSÃO PRIMAVERA - QUARTO DE VÍTOR - INT. - DIA.
ARAKEN - Vítor, estive lhe procurando para dar-lhe os parabéns. As duas primeiras reportagens estavam sensacionais. E a que vai sair amanhã vai balançar o coreto.
ARAKEN FICOU ESPERANDO A RESPOSTA. MAS ESTA NÃO VEIO. O RAPAZ AINDA ESTAVA SOB O IMPACTO DO ENCONTRO COM HELÔ, NA NOITE PASSADA, NO CASTELINHO. QUANDO A VIRA EM COMPANHIA DE RICARDINHO, AOS BEIJOS.
ARAKEN - Vítor, você está me ouvindo?
VÍTOR - Estou, sim. Você me desculpe. Estou um pouco nervoso. Dormi muito mal esta noite...
ARAKEN - Estou vendo. Você me parece meio deprimido... O que houve? (e diante da evasiva do outro) Paulo Ramos, o dono da “Folha da Tarde”, está radiante. Mandou lhe dar um abraço. E trago uma boa notícia: consegui que ele lhe pagasse mais um pouco.
VÍTOR - (cortou, nervoso) Não quero!
ARAKEN - (se espantou) Nâo quer? Por quê?
VÍTOR - Não estou fazendo isso por dinheiro apenas, embora precise.
ARAKEN - Pois então? (disse sorrindo) Se você precisa, não é vergonha nenhuma ser bem remunerado pelo seu trabalho.
VÍTOR - (encolheu os ombros) Claro, claro. Só quero que entendam que não é só por dinheiro. No caso, o dinheiro é secundário. Parece que há pessoas que não estão entendendo isso...
ARAKEN - (assentiu) Puxa, você tá nervoso pra caramba! Já andam te pressionando? (fez uma pausa, observando a reação de Vítor) É... já vi tudo.
VÍTOR - Ninguém está me pressionando. Isto é, o Dr. Oliveira Ramos esteve aqui, mas não conseguiu nada, é claro. Outras pessoas também estão revoltadas; isto tinha que acontecer. (parou de falar um instante, pensativo. Levantou-se e caminhou pelo quarto. Lembrou a cena, no Castelinho) Mas Helô... eu não esperava. Como pôde ela ter chegado a tal ponto?...
ARAKEN - Não entendi... O que disse... Você falou Helô?...
VÍTOR - Nada... Não é nada.
CORTA PARA:
CENA 5 - MANSÃO DE D. CONSUELO - SALA - INT. - DIA.
CONSUELO ACORDOU CEDO E, MUITO NERVOSA, PROCUROU SAMUCA POR TODA A CASA.
D. CONSUELO - (do alto da escada, trajando um robe, gritou) Matilde! Matilde! Onde estás, Matilde?
A CRIADA FOI CORRENDO ATENDER.
MATILDE - Estou aqui, D. Consuelo!
D. CONSUELO - Donde está mi marido? Procurei Samuquito por toda la casa e não o encontro...
MATILDE - (receosa) Ele... ele foi embora, patroa.
D. CONSUELO - (empalideceu) Como? O que disse? Foi... embora?
MATILDE - (assentiu) Ele saiu cedo, com duas malas. Pediu pra chamar um taxi.
D. CONSUELO APOIOU-SE NA ESCADA PARA NÃO CAIR. LEVOU AS MÃOS À CABEÇA E GEMEU.
D. CONSUELO - Não! Não! Foi embora!... Não!
DOM CARVAJAL CORREU PARA ELA E AMPAROU-A.
D. CONSUELO - Ele foi embora, Dom Carvajal! Samuquito me abandonou!
CORTA PARA:
CENA 6 - APARTAMENTO DE RENATÃO - SALA DE JANTAR - INT. - DIA.
RENATÃO - (surpreso) Ué, o que aconteceu? Não vá me dizer que a velha bateu as botas?
SAMUCA - (amuado) Não. Muito pior, meu amigo.
RENATÃO - Imagino. Se fosse isso, na verdade, você estaria comemorando, e não com essa cara de enterro...
SAMUCA - A velha me enganou, Renatão! Os duzentos milhões de dólares não existiam! Era tudo mentira!
RENATÃO - (surpreso) Peraí! Quer dizer que... você foi enganado por uma velhinha? Não acredito!
SAMUCA - Não brinca, não, é sério! Tou arrasado, pô!
RENATÃO - (começou a rir, sem conseguir se controlar) Desculpa, Samuca, mas é muito engraçado! Quer dizer que você casou com a velha, achando que era milionária, e era tudo mentira?!
SAMUCA - Era. Ela está falida! Não tem onde cair morta!
RENATÃO - Me explica isso direito! Como ela conseguiu te enganar? E o carro, a mansão?...
SAMUCA - Ela fez empréstimo no Banco Oliveira Ramos. Vou te contar...
MINUTOS DEPOIS DE SAMUCA EXPLICAR OS MOTIVOS DE SUA SEPARAÇÃO, RENATÃO ENTROU NO ASSUNTO QUE NÃO SAÍA DE SUA CABEÇA DESDE O DIA ANTERIOR.
RENATÃO - Eu ia mesmo te procurar, Samuca. Preciso de um favor seu.
SAMUCA - Pode falar, velho.
RENATÃO - Tou precisando de um servicinho que só aquele seu amigo, o Mãozinha, pode fazer. Quero que me ponha em contato com ele.
SAMUCA - (desconfiado) Mãozinha? Você tá brincando... esse cara é a maior chave de cadeia! Acho melhor...
RENATÃO - (cortou) Eu sei. Eu sei. Deixa comigo. Vou me encontrar com ele longe daqui. Só quero o celular dele!
CORTA PARA:
CENA 7 - BAR EM COPACABANA - INT. - DIA.
HORAS MAIS TARDE, RENATÃO FOI AO ENCONTRO DE MÃOZINHA. TOMAVAM UMA CERVEJA NO BALCÃO DE UM BAR, NO BECO DAS GARRAFAS.
RENATÃO - Mãozinha, o plano é o seguinte....
EXPLICOU DETALHADAMENTE O PLANO QUE HAVIA BOLADO. MÃOZINHA OUVIA, ATENTAMENTE.
MÃOZINHA - Tá fechado! Cinquenta por cento agora e o restante no fim do serviço.
RENATÃO - (entregou-lhe um envelope, olhando em volta, discretamente) Tá aqui. Vamos precisar de mais um homem pro negócio. Tem alguém em vista?
MÃOZINHA - (fez uma pausa) O Bola 2! Ele topa qualquer parada por uma “merreca”! Deixa comigo, chefe! Eu falo com ele.
RENATÃO - Olha lá, hem! Você entendeu tudo? O meu nome não pode aparecer em hipótese nenhuma! Se alguma coisa der errado, eu não te conheço e nunca te vi mais gordo!
MÃOZINHA - Saquei tudo. Fica frio. Vai dá tudo certo!
RENATÃO OLHOU PARA OS LADOS E SAIU DO BAR. ANDOU ALGUNS METROS, TIROU O CELULAR DO BOLSO E DISCOU.
RENATÃO - Alô, Susi? Sou eu, meu amor. Preciso falar com você agora. Pode me encontrar no Arpoador? Ok, ok! Te espero lá, então. Tchau.
CORTA PARA:
CENA 8 - ARPOADOR - CALÇADÃO - EXT. - DIA.
RENATÃO FOI CAMINHANDO DE COPACABANA AO ARPOADOR. SUSI CHEGOU QUASE AO MESMO TEMPO NO LOCAL COMBINADO.
RENATÃO - Linda como sempre!
SUSI - Mentiroso! Conheço sua lábia, Renatão! (T) Fiquei surpresa com sua ligação...
RENATÃO - (foi direto ao assunto) Meu amor, preciso de sua cooperação pra um servicinho que preciso fazer!
SUSI - (desconfiada) Que tipo de serviço?
RENATÃO - Coisa simples. Terá apenas que fazer uma coisa: tirar Vítor de casa, atraindo-o pra um encontro com você. Enquanto ele estiver fora, o Mãozinha vai agir!
SUSI - Isso tem a ver com as reportagens que ele está escrevendo pro jornal?
RENATÃO - Exatamente. E, como deve ter visto, seu nome também já foi citado! Mas, quer um conselho? Faça sua parte. Quanto menos souber, melhor pra você!
SUSI - Vê lá, hem Renatão! Não vá me meter em roubada!
RENATÃO - Que isso, nega! Já te meti em alguma fria? Deixa comigo, vai dar tudo certo!
SUSI - E quando será isso?
RENATÃO - Hoje á noite!
SUSI - Sou uma boba... Você se aproveita, porque sabe que faço qualquer coisa por você, apesar de nem lembrar que eu existo!...
RENATÃO - Peraí, assim você me magoa. Você sabe que eu te adoro, gata...
... E CAMINHARAM ABRAÇADOS PELO CALÇADÃO.
CORTA PARA:
CENA 9 - PENSÃO PRIMAVERA - QUARTO DE VÍTOR - INT. - NOITE.
VÍTOR ESTAVA INQUIETO. ANDAVA DE UM LADO PARA O OUTRO. A IMAGEM DE HELÔ BEIJANDO RICARDINHO NÃO LHE SAÍA DA CABEÇA, E O CIÚME TORTURAVA-O.
VÍTOR - (murmurou, entredentes) Helô ficou louca! Se envolver com aquele sujeito!...
O TELEFONE TOCOU. VÍTOR ATENDEU.
VÍTOR - Alô? Susi? Como vai... Falar comigo? Onde? Está bem... eu vou. Em uma hora estarei lá. Tchau.
CORTA PARA:
CENA 10 - CASTELINHO - INT. - NOITE.
SUSI, SÒZINHA, BEBIA UM UÍSQUE SENTADA A UMA MESA NO CASTELINHO. ACABARA DE FALAR COM VÍTOR E AGORA DISCAVA PARA O CELULAR DE RENATÃO.
SUSI - Oi, sou eu. Tá tudo certo. Marquei com ele aqui no Castelinho, em uma hora. Tchau.
CORTA PARA:
CENA 11 - PENSÃO PRIMAVERA - REFEITÓRIO - INT. - NOITE.
MEIA HORA DEPOIS, VÍTOR SAIU DO QUARTO, ATRAVESSOU O REFEITÓRIO E DIRIGIU-SE PARA A RUA. NÃO PERCEBEU QUE ERA OBSERVADO ATENTAMENTE POR MÃOZINHA, QUE JANTAVA, SENTADO A UMA MESA DO SALÃO .
DISCRETAMENTE, MÃOZINHA LEVANTOU-SE E, SEM SER NOTADO, GANHOU O CORREDOR DE ACESSO AOS QUARTOS. RÀPIDAMENTE, LOCALIZOU O QUARTO DE VÍTOR. COM O AUXÍLIO DE UMA CHAVE-MESTRA, EM POUCOS SEGUNDOS, ABRIU A PORTA E ENTROU.
CORTA PARA:
CENA 12 - CASTELINHO - INT. - NOITE.
VÍTOR ENTROU NO BAR E DIVISOU SUSI SENTADA A UMA MESA MAIS AFASTADA. APROXIMOU-SE.
VÍTOR - Boa noite, Susi. Queria falar comigo?
SUSI - (sorriu, simpática) Oi, Vítor, como vai? Sente-se.
VÍTOR - (sentou-se) Obrigado.
SUSI - Bebe alguma coisa?
VÍTOR - Não, obrigado. Desculpe, mas não gosto deste lugar. Só vim porque você disse que o assunto é muito importante.
SUSI - Eu soube que você e Helô se separaram...
VÍTOR - É verdade, mas eu não gostaria de falar sobre isso.
SUSI - Bem, Vítor... eu me separei do Oliveira, mas continuamos amigos. Estou muito preocupada com as reportagens que vem escrevendo sobre ele...
VÍTOR - Foi pra isso que me chamou aqui?
SUSI - Foi. Queria pedir pra você parar...
VÍTOR - (cortou) Sinto dizer, mas perdeu seu tempo. Agora vou até o fim (levantou-se) Boa noite, Susi.
SUSI - (segurou-o pelo braço) Calma... você acabou de chegar! Sente. Beba alguma coisa comigo.
VÍTOR - Não, obrigado. Eu preciso mesmo, ir. Tchau.
SEM ESPERAR RESPOSTA, VÍTOR ENCAMINHOU-SE PARA A SAÍDA. RÀPIDAMENTE, SUSI PEGOU O CELULAR E DISCOU.
SUSI - Oi, Renatão. Sou eu... ele acabou de sair!
CORTA PARA:
CENA 13 - PENSÃO PRIMAVERA - QUARTO DE VÍTOR - INT. - NOITE.
ENQUANTO SUSI CONVERSAVA COM VÍTOR, MÃOZINHA “PLANTOU” SOB O COLCHÃO DA CAMA DO RAPAZ, DUAS CAIXAS PEQUENAS E RETIROU-SE DO RECINTO.
CENA 12 - CASTELINHO - INT. - NOITE.
VÍTOR ENTROU NO BAR E DIVISOU SUSI SENTADA A UMA MESA MAIS AFASTADA. APROXIMOU-SE.
VÍTOR - Boa noite, Susi. Queria falar comigo?
SUSI - (sorriu, simpática) Oi, Vítor, como vai? Sente-se.
VÍTOR - (sentou-se) Obrigado.
SUSI - Bebe alguma coisa?
VÍTOR - Não, obrigado. Desculpe, mas não gosto deste lugar. Só vim porque você disse que o assunto é muito importante.
SUSI - Eu soube que você e Helô se separaram...
VÍTOR - É verdade, mas eu não gostaria de falar sobre isso.
SUSI - Bem, Vítor... eu me separei do Oliveira, mas continuamos amigos. Estou muito preocupada com as reportagens que vem escrevendo sobre ele...
VÍTOR - Foi pra isso que me chamou aqui?
SUSI - Foi. Queria pedir pra você parar...
VÍTOR - (cortou) Sinto dizer, mas perdeu seu tempo. Agora vou até o fim (levantou-se) Boa noite, Susi.
SUSI - (segurou-o pelo braço) Calma... você acabou de chegar! Sente. Beba alguma coisa comigo.
VÍTOR - Não, obrigado. Eu preciso mesmo, ir. Tchau.
SEM ESPERAR RESPOSTA, VÍTOR ENCAMINHOU-SE PARA A SAÍDA. RÀPIDAMENTE, SUSI PEGOU O CELULAR E DISCOU.
SUSI - Oi, Renatão. Sou eu... ele acabou de sair!
CORTA PARA:
CENA 13 - PENSÃO PRIMAVERA - QUARTO DE VÍTOR - INT. - NOITE.
ENQUANTO SUSI CONVERSAVA COM VÍTOR, MÃOZINHA “PLANTOU” SOB O COLCHÃO DA CAMA DO RAPAZ, DUAS CAIXAS PEQUENAS E RETIROU-SE DO RECINTO.
CORTA PARA:
CENA 14 - RUA DE IPANEMA - EXT. - NOITE.
MÃOZINHA - Tudo legal, patrão. A criança já tá dormindo na caminha dela. Agora vou falar com a moçada.
RENATÃO - (lembrou, do outro lado da linha) A coisa não pode demorar. Tudo tem que ser feito com rapidez. É a segunda parte do plano.
MÃOZINHA - Pode deixá. Amanhã, no mais tardá, a vaca tá indo pro brejo. O senhô tá lidando com gente de responsa!
CORTA PARA:
CENA 15 - DELEGACIA - SALA DO DELEGADO FONTOURA - INT. - NOITE.
UMA HORA DEPOIS, O DETETIVE JONAS, QUE ASSUMIRA O CARGO DE FONTOURA EM SUA AUSÊNCIA, REGISTROU A ENTRADA DE BOLA 2 NO DISTRITO, ALGEMADO E ESCOLTADO POR DOIS SOLDADOS.
BOLA 2 - Seu Delegado, não tou entendendo por quê me prenderam... eu não fiz nada!... Sou inocente!
DETETIVE JONAS - (com ironia) Inocente, é? Fiz um levantamento da sua ficha criminal. O senhor é um sujeito escrachado, com mais de dez passagens pela Delegacia. Contrabando, vadiagem, furto, tráfico de entorpecentes são algumas de suas especialidades! Recebemos uma denúncia e mandei verificar. (dirigiu-se a um dos soldados) Onde está a muamba?
SOLDADO 1 - Bem, pegamos ele na subida do morro da Babilônia, mas não encontramos nada com ele, Detetive.
DETETIVE JONAS - Fala de uma vez, ou vai se encrencar ainda mais, Bola: onde tá a muamba?
BOLA 2 - Tá bom, eu confesso. Recebi a erva de um tal de Zezinho, do Morro da Mangueira. Mas não tá comigo!
DETETIVE JONAS - Com quem está?
BOLA 2 - Passei adiante. Pra um padre. Um tal de Vítor. Padre Vítor.
JONAS ARREGALOU OS OLHOS, ESPANTADO.
DETETIVE JONAS - Padre Vítor?...
Toni, que sujeira Renatão (como o dinheiro do banqueiro) fez para Vítor! Mas, fiquei mais aliviada, pensava que seria um atentado (físico) violento! Que turma da pesada essa! E Dona Consuelo, pobre como rato de igreja rsrsrs. Samuquito, entrou bem! Bom demais esse capítulo! Bjs.
ResponderExcluirNão gostei do Renatão dessa vez. E Babi e Samuca colaborando, que feio! Consuelo, como suspeitei, é uma pobretona. Será que vai deixar Samuca em paz? kkkkkkkkkkkkkk Muito bom, Toni!
ResponderExcluirOi Toni, foi bem feito o que Consuelo fez para Samuquito, tomou do seu próprio veneno. Mas a Consuelo está esclerosada, mas com sorte q ex-marido ela tem!!!!!!Detestei a atitude do Renatão mulherengo, vá lá, mas ser mal caráter, desonesto neste nível não dá. Que triste, coitado do Vítor tão bobinho.....Bj e até o próximo.
ResponderExcluirPois é. amigos, Renatão decepcionou todo mundo, né... Mas isso tem tudo a ver com a personalidade dele, de "malandro boa-praça", se bem que, desta vez, ficou com um pé na marginalidade. E Samuca, hem, não dá sorte mesmo! Passou a história toda querendo ficar rico e só entrando em enrascadas! Qual será o seu final nessa história? rsrsrsrs Aguardem!
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