CAPÍTULO
8 - SURPRESA
Tatiana
estava um pouco constrangida, não sabia que um pequeno acidente iria causar
tanta raiva naquela garota. Viviane parecia estar muito chateada.
—
E aí, o que vai fazer? – disse Viviane olhando para a blusa e em seguida para Tatiana.
– Não vai responder garota?
—
Calma, Vivi, foi só um acidente. Ela não fez de propósito. – disse Verônica
tentando acalmar a amiga.
Viviane
olhou para a amiga irritada.
—
E o que eu tenho a ver com isso? Só porque foi um acidente eu tenho que ficar
com o prejuízo?
—
Façamos o seguinte, Vivi. – disse Verônica – Eu compro outra blusa para você no
lugar dela, tudo bem?
Vivi
ia falar algo, mas Emanuela que ficara observando até aquele momento
interrompeu.
—
Não precisa. Eu pago.
—
Você tem dinheiro aí? – perguntou Verônica.
—
Não, mas eu acho que posso pagar aos poucos...
Verônica
sorriu.
—
Não se preocupe. Essa blusa não é nada. – e olhando para Vivi – Não é, Vivi?
Vamos antes que nós chamemos mais atenção ainda.
Verônica
pegou no braço de Vivi, que estava ainda mal-humorada, e saiu.
—
Com que dinheiro ia pagar? – disse Tatiana olhando para Emanuela.
—
A gente ia dar um jeito.
—
Dar um jeito? Só você mesmo. Nem parece que acabou de perder o emprego.
—
Também não precisa falar assim, né?
Tatiana
sorriu. As duas se sentaram em uma mesa.
—
Aquela garota me assustou. Se a amiga dela não fosse tão legal, não sei como ia
pagar aquela blusa.
—
Foi um acidente, por que você pagaria por isso?
—
Tem razão, mas mesmo assim... Mas, mudando de assunto, como sua irmã recebeu a
notícia do seu... Desemprego?
Emanuela
suspirou.
—
Ela não sabe ainda.
—
O quê? – Tati parecia admirada. – Não me diga que você não teve coragem para
contar?
—
Isso mesmo.
Tatiana
olhou para Emanuela e balançou a cabeça negativamente.
—
Eu sabia que ia ser assim... Ainda bem que você tem uma amiga como eu.
—
O que quer dizer?
—
Então, você acha que eu lhe convidei para vir aqui apenas para ver essas
garotas riquinhas dando ataque de pelanca?
Emanuela
riu.
—
Eu vim trazer alguns contatos que eu consegui de empresas que estão precisando
de pessoas... Você pode mandar o currículo por email mesmo, mas é bom ir
pessoalmente e entregar impresso.
Tatiana
pegou um papel de dentro da bolsa com uma lista de empresas.
—
Acho que não custa nada tentar, né?
—
Valeu, Tati. Mas, em relação a minha irmã... Você pode manter isso em segredo?
—
Que você está desempregada?
—
Sim.
—
Ok. Tudo bem, apesar de não entender o porquê disso.
Emanuela
sorriu.
Quase
uma semana se passou depois que Tatiana entregou a lista com o nome das
empresas. Já era sexta-feira, e Emanuela desde o começo da semana havia passado
em várias empresas entregando currículos. Logo que acordou ela foi logo se
arrumando para mais um dia de entrega de currículo.
—
O que houve Manu? – perguntou Mariana vendo a irmã se arrumar tão cedo de novo.
—
Do que está falando?
—
Não sei... É só que você esteve estranha essa semana toda... Tem estado muito calada ultimamente.
—
Eu ainda não sei do que está falando.
Mariana
suspirou.
—
Fala logo, Manu, o que está rolando? Você está saindo sem tomar o café da
manhã, não sai mais de uniforme... Por acaso, você foi demitida?
Emanuela
sorriu um pouco nervosa.
—
Já disse que não é nada. E quanto ao uniforme, eu apenas levo na bolsa para
trocar lá... Pelo menos não chego suada.
Emanuela
se dirigiu a porta de saída acompanhada da irmã, de repente, sentiu um pouco de
tontura que a fez se apoiar na parede.
—
O que foi? – perguntou Mariana preocupada.
—
Só me senti um pouco tonta... Acho que acordei cedo demais.
—
Tem certeza que não quer comer nada antes de ir?
—
Não tem problema, quando eu chegar na Padaria, eu como alguma coisa, está bem?
—
Tudo bem. Mas, por favor, coma mesmo, não quero que as pessoas pensem que estou
deixando você passar fome.
Emanuela
riu.
—
Não faz seu estilo falar assim, mamãe.
—
Eu sei... É só que eu sempre quis dizer isso. – disse rindo.
Viviane
estava chegando na faculdade quando se encontrou com Verônica.
—
E aí amiga! – disse Verônica amigável. – Você passou a semana inteira de mau humor,
não é possível que logo na sexta você não melhore!
Viviane
olhou para Verônica com cara de poucos amigos.
— Ah tá, não precisa ficar assim... Já chega
desse mau humor, né? Que tal irmos para uma festa hoje à noite?
A
expressão de Viviane mudou.
—
Hoje á noite? Na casa de quem?
Verônica
ia responder algo, mas se conteve.
—
Não importa. Você vem comigo?
Viviane
parou de andar e olhou para Verônica.
—
Você não vai me dizer que está dando a festa?
—
Ah, então... Sabe... Como eu disse, não
importa quem dá a festa, o importante é que fomos convidadas, certo? Na hora
você vai saber.
—
Verônica...
De
repente dois rapazes se aproximaram. Eram Gabriel e André.
—
Olá, Verônica! Já convidou a princesinha para ir na festa que estou dando? –
perguntou Gabriel se aproximando.
Viviane
fuzilou Verônica com o olhar.
—
Então, era por isso que não queria me dizer? E ainda queria me arrastar para
lá? Boa amiga que você é!
—
Calma amiga. É só uma festa... Na casa de quem é o mínimo, não é?
Viviane
riu-se sarcástica.
—
Você que pensa, minha querida. Se eu fosse a uma festa na casa desse aí, a aura
dele ia me contaminar de tal forma que ao invés de melhor, eu iria sair de lá
direto para o hospital psiquiátrico.
Gabriel
riu-se.
—
Então, princesinha... Não precisa ser médico para saber que você já está em um
nível de internação, sem precisar ir à festa alguma.
—
Verônica, diga para “essezinho” aí que a conversa ainda não chegou na
senzala...
Gabriel
balançou a cabeça negativamente.
—
Que ridícula. – e olhando para Verônica - De qualquer forma, você está
convidada Verônica. Vamos, André. O ar aqui está um pouco contaminado com a
prepotência de algumas pessoas.
—
Eu digo o mesmo. – disse Vivi - Vamos Verônica.
Gabriel
e Viviane caminharam em direção opostas enquanto André e Verônica observavam.
—
Alguma coisa aconteceu entre esses dois? – perguntou Verônica em voz baixa para
André.
—
Eu não sei... Mas, acho que sim. Não importa o que aconteceu, deve ter sido
naquela festa da Yasmim, mas não sei mais sobre isso porque Gabriel sempre muda
de assunto quando eu pergunto.
—
Acontece a mesma coisa quando eu pergunto a Viviane. Qualquer coisa que
descobrir me avisa.
—
Você também.
Gabriel
e Viviane param de caminhar e olham para os amigos que ficaram para trás.
—
Você não vem!? – perguntaram os dois.
Logo
depois da aula, quando Verônica chegou em casa, perguntou a empregada e
descobriu que seu irmão ainda estava no quarto. Ao entrar no quarto do irmão,
percebeu que ele estava jogando vídeo-game.
—
Fabrício, você não foi à aula de novo?
—
Educação mandou lembrança... Você acha
que esse é seu quarto para você entrar sem bater a hora que quer? – disse ele
sem tirar os olhos da tela.
—
Fabrício, pelo menos você deveria olhar para mim enquanto fala, não é?
Fabrício
desligou o jogo de repente, se levantou e saiu do quarto. Verônica o seguiu.
—
Para onde você vai? – perguntou ela preocupada.
—
Dar uma volta. Por quê? Não posso?
Verônica
suspirou.
—
Não foi isso que eu quis dizer, eu só...
—
Não se preocupe, não vou fazer nada de errado, ok?
Fabrício
saiu.
—
Eu nunca sei o que se passa na cabeça dele... – disse como para si mesma.
A
empregada se aproximou.
—
Ele já é bem crescidinho... Não devia se preocupar tanto.
—
Será? Você acha que estou exagerando?
Já
passava de uma hora da tarde. Emanuela já tinha passado por mais algumas
empresas, mas, apesar de entregar tantas cópias do currículo não tinha
conseguido uma resposta que lhe desse a esperança de um emprego. Já tinha
andado muito, mas ainda faltavam algumas empresas na lista. Seus pés estavam
doendo. Para economizar dinheiro havia optado por andar mais. Aos poucos se
aproximava dos bairros nobres da cidade.
“Quanto
luxo” – pensou enquanto olhava aqueles imensos prédios.
Se
sentia muito cansada. Fazia uma semana que não tomava café da manhã e almoçava
apenas lanches no caminho. Sabia que não
deveria fazer isso, mas não podia evitar. Tinha que resolver tudo, para que
Mariana pudesse se concentrar nos estudos. Sentiu uma tontura e encostou-se ao
muro de um daqueles luxuosos apartamentos.
—
Você está bem, moça? – perguntou um homem se aproximando.
—
Sim. Está tudo bem. – disse recompondo-se. Não podia deixar que as pessoas
sentissem pena dela.
Continuou
andando. Ainda faltavam umas três empresas e poderia voltar para casa, daria
uma desculpa à irmã e descansaria um pouco. Ainda não estava se sentindo muito
bem. De repente alguém esbarrou nela.
O
rapaz virou-se.
—
Me desculpe.
Súbito
ela percebeu que se tratava de alguém que já tinha encontrado antes.
—
Você… – tentou dizer algo, mas logo perdeu os sentidos.
Dr.
Tarcísio chegou na mansão para dizer pessoalmente tudo que estava acontecendo. Otávio
olhava para o seu advogado a sua frente.
—
Já está tudo preparado? – perguntou Dr. Otávio ao advogado.
—
Quase tudo, Dr. Otávio. Já reservei as passagens aéreas. Ela vai ficar primeiro
em um hotel, quando fizer o que combinamos, então ela pode vir para cá. Já
expliquei a ela todas as condições. Mas o senhor tem certeza do que está
fazendo? – perguntou o advogado desacreditando no plano do patrão.
—
Quase. Já disse que não posso me dar ao luxo de contratar outra pessoa... Ela
pode não ser fiel a pessoas, mas vai honrar um contrato quando algo que ela
quer está em jogo.
Tarcísio
tinha que concordar.
—
Bem. Pelo menos, há alguma coisa boa nisso. – disse Otávio.
—
O quê?
—
O filho dela... Apesar de tudo, aquela criança precisa conviver com outras
pessoas, por que se não ele vai ficar tão maluco quanto à mãe.
—
Tem razão, Dr. Otávio. – concordou Dr. Tarcísio. – Mas, o senhor já pensou na
situação do Dr. Fabiano? O senhor acha que ele já superou tudo que aconteceu no
passado?
Dr.
Otávio ficou pensativo.
—
Não sei, meu caro. E me sinto muito mal por ele... Não só Gabriele, mas agora
Fabiano... Estou machucando pessoas que amo só por desejar algo. – e olhando
para Tarcísio – Será, meu amigo, que estou sendo muito egoísta, como minha neta
Viviane disse?
—
Quanto a isso não sei. Mas, deixar essas duas garotas desamparadas depois de
tudo que passaram seria crueldade.
Dr.
Otávio suspirou.
—
É o que penso também.
Emanuela
abriu os olhos um pouco atordoada. Apesar de tudo, achava que se sentia um
pouco melhor. Sentou-se na cama onde estava deitada. Tentou se levantar.
—
Você precisa descansar mais um pouco. – disse alguém em uma cadeira próxima à
cama onde ela estava.
Emanuela
teve um sobressalto. Olhou em direção a voz que lhe falara e se assustou com o
que viu.
—
Você aqui? – e um pouco ríspida – Onde estou? O que aconteceu?
Fabrício
sorriu.
—
Em um hospital… Você desmaiou e eu chamei uma ambulância. Mas, eu acho que você
não deveria falar de maneira tão rude com a pessoa que te salvou.
— A pessoa que me salvou? – perguntou confusa. – Um playboyzinho como você?
— A pessoa que me salvou? – perguntou confusa. – Um playboyzinho como você?
O
rapaz ficou surpreso com a rispidez da garota.
—
É a segunda vez que lhe salvo e você me trata assim?
De
repente, Emanuela lembrou-se do rapaz tentando estrangulá-la e de Fabrício
vindo em sua ajuda. Instintivamente, Emanuela pegou no pescoço, o que fez Fabrício
se preocupar.
—
Você já está melhor...?
Emanuela
tentou disfarçar.
—
Não se preocupe comigo. – disse sentando-se na cama e se levantando em seguida preparando-se
para sair.
Fabrício
pegou no braço de Emanuela.
—
Fique, por favor.- pediu ele. – O médico ainda precisa dar a sua alta. Por que
me evita tanto? Eu não já provei que sou diferente daqueles caras?
Emanuela
olhou para ele.
—
Já? Então, me diga, para começo de história, porque se envolveria com aquele
tipo de gente se não fosse como eles?
Fabrício
ficou calado.
—
Se não sabe responder essa simples pergunta, então, por favor, solte o meu
braço. Eu preciso ir.
Fabrício
soltou o braço de Emanuela.
—
Você nunca sentiu vontade de se revoltar com tudo? – disse Fabrício de repente
- De dizer, “Dane-se o mundo!”? De culpar qualquer pessoa por tudo que está
acontecendo com você?
Emanuela
virou-se e olhou para Fabrício, ficou calada por um instante. Fabrício pode
perceber que o olhar dela transmitia uma profunda tristeza.
—
E quem nunca sentiu isso? De culpar o mundo inteiro por suas desgraças e
infelicidades, e depois querer descontar toda a raiva nele? Mas há um limite
para as atitudes de uma pessoa. Mais ainda, você devia agradecer por se sentir
assim. Existem pessoas que estão tão preocupadas em como vão se alimentar no
outro dia que nem sequer tem tempo de refletirem em como se sentem.
Emanuela
tentou ir em direção a porta de saída novamente, mas Fabrício pegou-a pelo
braço de novo.
—
Por favor, fique... Se pelo menos o fato de eu ter lhe ajudado significa algo
para você.
Emanuela
olhou para ele e percebeu sinceridade em seu olhar.
—
Tudo bem.
Fabrício
tentou disfarçar sua satisfação. De repente, a porta abriu, era o Dr. Rafael
Medeiros.
—
Olá. Como está a nossa paciente? – disse olhando para Emanuela – Mocinha, você
não tem se alimentado direito, não é? Sua pressão caiu de repente, por isso que
desmaiou. Além disso, acabo de receber os resultados do exame de sangue...
Hipoglicemia e anemia...
Emanuela
ficou um pouco corada o que fez com que Fabrício se admirasse.
—
Estou um pouco ocupada ultimamente. – tentou se desculpar.
—
Mesmo assim. – repreendeu o Dr. – Sua saúde vem acima das outras coisas. Nunca
se esqueça disso. Vou receitar alguns medicamentos e poderá ir. – e olhando
para Fabrício. – E você, Fabrício, leve-a para a lanchonete do hospital e a
faça comer algo. Nós colocamos algumas vitaminas no soro que ela tomou, mas ela
ainda precisa comer alguma coisa... Por enquanto é só isso.
O
Doutor entregou uma receita médica para Emanuela.
—
E quanto ao pagamento? – perguntou Manu preocupada.
—
Não se preocupe. – disse o doutor sorrindo. – Fabrício já cuidou de tudo. Agora
vou indo. Há outros pacientes que preciso ver. – disse o doutor se despedindo.
Os
três saíram do consultório. Enquanto o doutor se dirigia a outros quartos,
Fabrício e Emanuela começaram a andar pelo corredor do hospital.
—
Parece que você o conhece… – comentou Emanuela.
—
Sim. Ele é um amigo. É amigo do tio da minha amiga de infância… É complicado de
explicar…
—
Entendo. – suspirou e mudando de assunto. – Me desculpe por agora... Às vezes,
eu sou um pouco dura.
Fabrício
riu-se.
—
Não se preocupe... Você até parece uma pessoa que eu conheci.
—
Quem? – perguntou Emanuela um pouco interessada.
—
Minha mãe...
—
Ah...
Os
dois sem se darem conta não chegaram na lanchonete e sim do lado de fora do
hospital. Fabrício a olhou nos olhos.
—
Eu posso lhe dar o dinheiro do taxi, se quiser. – disse oferecendo ajuda.
— Não. Eu me viro. – disse, e olhando para o prédio do qual saíra. – Olhando para esse hospital tão exuberante, percebo que somos realmente de mundos bem diferentes. – concluiu logo saindo.
— Não. Eu me viro. – disse, e olhando para o prédio do qual saíra. – Olhando para esse hospital tão exuberante, percebo que somos realmente de mundos bem diferentes. – concluiu logo saindo.
Fabrício
a viu se afastar. Não sabia dizer por que, mas por alguma razão estranha se sentia
um pouco melancólico por vê-la se distanciar. Era como se algo dissesse que ele
poderia não ter outra oportunidade de se tornar mais próximo dela.
De
repente, quase sem perceber, ele correu ao seu encontro. Pegou-a pelo braço.
Emanuela se virou de repente, um pouco assustada.
—
Você... Não me disse... O seu nome... – disse ofegante.
Ela
olhou para ele espantada
—
Emanuela. – disse ainda um pouco assustada.
—
Emanuela... Já que... Já que meu amigo lhe fez aquilo, e eu acabei salvando a
sua vida, eu posso dizer que estamos quites?
Emanuela
não entendia o que ele queria dizer.
—
Sim... Acredito que sim.
—
Então... Acho que podemos começar desde o início, não é?
—
O que quer dizer...?
Fabrício
estendeu as mãos.
—
Emanuela, meu nome é Fabrício, prazer em conhecê-la.
O
Dr. Fabiano aguardava a sua próxima cirurgia quando Viviane chegou.
— Oi, tio. Vim visitá-lo. Como tem passado? – perguntou ela toda animada.
— Bem, Vivi. – respondeu desconfiado. – Mas, eu acho que eu sei por que você está aqui… E não é por minha causa.
— Oi, tio. Vim visitá-lo. Como tem passado? – perguntou ela toda animada.
— Bem, Vivi. – respondeu desconfiado. – Mas, eu acho que eu sei por que você está aqui… E não é por minha causa.
Viviane
se fez de ofendida.
—
Tio, como o senhor pode falar isso. Até parece que eu sou uma péssima sobrinha!
Fabiano riu.
Fabiano riu.
—
Eu lhe conheço Viviane, desde quando você era bem pequena.
Viviane olhou para todos os lados.
Viviane olhou para todos os lados.
—
Onde ele está? – perguntou ansiosa. – O doutor Rafael?
Mal
acabou de falar essas palavras, o doutor Rafael chegou à porta, no entanto, ao
ver Viviane, tentou sair sem ser percebido.
—
Dr. Rafael! Meu caro amigo, olha quem veio visitá-lo! – disse Fabiano rindo e
olhando para a porta antes que Rafael conseguisse fugir.
Viviane
olhou para a porta e sorriu. Rafael olhou para Fabiano e o fuzilou com os
olhos.
—
Sentiu muito minha falta? – perguntou Vivi correndo e o abraçando. – Eu senti
muito a sua!
Rafael
aceitou o abraço meio constrangido.
—
Olá, Viviane. – cumprimentou.
—
Não precisa me chamar de Viviane, me chame de Vivi. Afinal, somos um casal
destinado a ficar junto pelo resto das nossas vidas!
Rafael
parecia desconcertado. Viviane percebeu o constrangimento do médico.
— Brincadeirinha! – disse rindo. – Dr. Rafael, o senhor é tão tímido. Mas, eu admito que esse é o seu charme.
— Brincadeirinha! – disse rindo. – Dr. Rafael, o senhor é tão tímido. Mas, eu admito que esse é o seu charme.
—
Viviane, você e suas brincadeiras. – disse ele tentando forçar um sorriso.
Do outro lado, Fabiano quase não se aguentava de tanto rir.
Do outro lado, Fabiano quase não se aguentava de tanto rir.
—
Eu já vou indo. – disse Viviane por fim. – Eu só vim aqui para vê-lo. Quem sabe
assim, aos poucos, o senhor não se apaixona por mim! Tchauzinho! – disse dando
um beijo no rosto do médico.
Depois
que ela saiu, Rafael olhou para Fabiano que não parava de rir.
— Você realmente gosta de me ver em uma situação difícil…
— Você realmente gosta de me ver em uma situação difícil…
—
Por que não admite que gosta dela de uma vez!- disse Fabiano às gargalhadas.
Rafael
não acreditava no amigo.
—
Vo… Você sabe quantos anos ela tem? Quer dizer, e nem é só por isso… A Viviane
simplesmente é só uma criança!
—
Não se preocupe com a idade. Daqui a poucos dias, você não vai ter mais essa
desculpa. E apesar de minha sobrinha, tenho que admitir que ela é muito bonita.
– comentou Fabiano ainda rindo.
O
interfone do hospital avisou que o Dr. Fabiano precisava ir para a sala de
cirurgia.
— Tenho uma cirurgia, agora. – disse Fabiano ao amigo. – E obrigado pelo entretenimento.
O Dr. Rafael sorriu admirado.
— Tenho uma cirurgia, agora. – disse Fabiano ao amigo. – E obrigado pelo entretenimento.
O Dr. Rafael sorriu admirado.
—
Com um amigo como você, eu não preciso de inimigos. Mas tudo bem… Isso vai ter
volta. – disse rindo.
Mariana
voltava da aula de reforço. O fato da irmã estar estranha ultimamente, além de
que quase não se alimentava a estava a preocupando. Depois precisava ligar para
Tatiana para confirmar algo.
Logo
quando chegou em casa, tentou abrir a porta com a chave, mas já estava aberta.
“Será
que a Manú já chegou?” – perguntou a si mesma.
Ao
entrar na sala se assombrou com o que viu.
— O que está fazendo
aqui? – perguntou extremamente assustada.
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