XX
Alguns
minutos depois, Tia Elisabeth é a primeira a chegar ao quarto. Ela bate à porta.
-
Rosa... Claude... Acordem, please!
-
Estamos acordados, titia. Entre. –
Responde Claude.
Elisabeth
entra, deixando a porta aberta e os encontra sentados na cama.
-
Crianças, vocês vão perder a hora do próprio casamento! Rosa, estamos esperando para ajudá-la, honey!
O que aconteceu? Por que está triste, darling?
Rosa
olha e aponta para a janela antes de responder:
-
O pesadelo de toda noiva, a chuva! Ela vai atrapalhar tudo! – A voz de Rosa é
um sussurro de tão triste. - Casamento e chuva não combinam.
-
Não sei se combinar é a palavra certa, mas com certeza é algo que os noivos não
desejam no dia de seu casamento. – Diz Claude. - Planejamos tudo perfeito, o
céu azul perfeito, o dia perfeito na temperatura perfeita... E agora isso!
-
Well, pode até não ser um pesadelo tão assustador assim. Na verdade, pode até
ser um sonho! Vocês sabem o que dizem? “Chuva
em um dia assim significa boa sorte e bênçãos para o casal.”
-
Eu tentei dizer isso a ela, titia.
-
Desculpe, Claude e tia Elisabeth, mas não é tão animador sair do carro num pé
d’água desses! Essa chuva vai desmanchar
o meu penteado e sujar o vestido!
-
Filha! – Diz Amália, chegando seguida pelas outras mulheres da casa. - Eu sei
disso. Passei por isso no meu casamento, esqueceu que te contei? Não choveu,
mas alguns pingos teimaram em cair. E o casamento foi ao ar livre, mas deu tudo
certo. Deus é pai, Serafina. Anime-se!
-
Eu vou deixá-las à vontade com Rosa. Quem sabe conseguem animá-la! Até depois, gatinha! – Diz Claude, saindo do
quarto. Suas roupas estavam no antigo quarto de Rosa e foi pra lá que se
dirigiu.
- Rosa, nós mulheres, torcemos para que isso não
aconteça. Mas aconteceu hoje. Vai fazer o quê? Deixar que isso ofusque a
alegria do seu dia? Claro que não!
-
Janete está certinha, darling! Por algumas fotos que achei no Google, a chuva
traz também um brilho no chão e um charme todo especial! Faremos fotos sob a
chuva! Seu álbum vai ficar lindo!
Rosa
sorri, imaginando a cena: ela e Claude debaixo daquela água toda... Até que
parecia uma boa ideia, afinal já haviam ficado sob a água de uma cachoeira...
Involuntariamente sentiu o rosto esquentar...
-
Rosa? Que foi, você ficou vermelha, querida! – Diz Joanna.
-
Ora, Joanna! – Intervém Elisabeth - Que pergunta descabida... Rosa é a noiva,
natural que imagine coisas...
Janete
percebendo que Rosa ficara ainda mais vermelha, senta-se ao lado dela e fala
rapidamente:
-
Minha dica é: não pense muito, ok? Não dê muita bola para isso, porque, na
verdade, o que realmente importa não vai mudar, com chuva ou sem chuva, você
vai se casar. Nada de ficar se lamentando e imaginando como tudo sairia mais
perfeito com o céu aberto… Está chovendo? Pois é, está. Mas vamos que vamos, que uma grande noite te
espera e vai ser o máximo!
-
Por que está falando isso? Uma noite alagada, você quer dizer?
-
Espere e verá! Você vai se surpreender...
- Tenhamos fé em Deus! – Fala Dadi, que até então
estava calada - Ele certamente não quer prejudicar seu casamento. Vamos ter fé
e aguardar!
-
Isso mesmo, Dadi! – Diz Joanna – Rosa, você pode ficar corada, encabulada, até
sonhadora... Só não vale ficar triste porque está chovendo no dia do casamento!
-
Vocês têm razão, me desculpem. Se todos os nossos dias fossem ensolarados, não
daríamos valor a essa bênção divina. Quem passa privação de algo, quando recebe
a bênção dá mais valor. É melhor eu começar a me arrumar. A chuva não vai me
impedir de casar... Vai nos abençoar, certo? – Diz Rosa sorrindo.
-
Essa é a Rosa que eu conheço! – Diz Elisabeth - O céu azul é um sonho, mas o
nublado produz resultados surpreendentes em todos os sentidos. Como fotógrafas,
sabemos que a chuva pode dar efeitos surpreendentes, não é mesmo, darling?
-
É sim, tia Elisabeth!
Choveu
e ventou a manhã inteira e até metade da tarde. Faltavam quatro horas para o
casamento e a ainda chuva persistia, quando Claude e Rosa começaram a se
preparar para a cerimônia.
Há
uma hora para o início da cerimônia, todos estavam preocupados, pois a chuva
não cessava.
Claude
é o primeiro a ficar pronto. E junto com os outros homens vai para a pequena
igreja.
Rosa,
como uma boa noiva se atrasa, pois Janete insistia que toda noiva no dia de seu
casamento devia seguir a tradição:
-
Você tem que usar algo novo, porque o novo significa a vida a dois começando.
Isso está ok, não é? – Diz, referindo-se ao conjunto de lingerie que Rosa
usava.
-
Está, Janete... Mas eu não acredito nessas coisas!
-
Pois devia, darling! Isso são tradições
centenárias! Existem em todos os lugares do mundo, só mudam alguns detalhes...
-
Obrigada, tia Elisabeth! – Diz Janete sorrindo - Continuemos... Algo antigo de
família, pois é uma tradição sendo repassada... Aqui estão os brincos que eram
da mãe do Claude... Ele deixou sob meus
cuidados e eu os dou a você... Coloque-os.
-
Acabou? Podemos ir? Vou chegar atrasada demais, Jane!
-
Se acalme, honey... Claude não vai desistir de você... Vejamos, algo emprestado
de uma pessoa muito próxima, íntima ou de uma casal que tenha uma vida
matrimonial muito feliz e que, com isso, possa passar bons fluidos... Amália, é
com você!
-
Filha, coloque essa medalhinha de Santo Antônio por dentro do vestido... Ele
sempre atendeu os meus pedidos e vai proteger você sempre... Você e seu marido.
-
E, finalmente, uma peça na cor azul - Fala de novo Janete - que simboliza a
pureza de seu amor e fidelidade ao futuro marido. Essa liga azul é super
charmosa, coloque-a!
Na
igreja, Claude andava de um lado a outro, preocupado com Rosa. Eles tiveram que erguer as calças até quase
os joelhos para não molhar com a chuva... Como Rosa faria para descer do carro
e entrar com toda aquela chuva?
-
Mon Dieu, essa chuva torrencial que non para! Rosa vai chegar toda molhadinha
com esse temporal todo... – Fala Claude no altar.
-
A chuva sempre é um grande espetáculo.
Um super pingo d’água caindo sem parar numa velocidade incrível! – Fala
François, chegando ao lado de Claude.
-
Non no dia de meu casamento, papai! Já que é ton íntimo dela, por que non pede
a ela que pare?
-
Calma, mon ami, ou você vai afundar o chão da igreja! Rsrsrs – Elas darão um
jeito de chegar aqui, confie! – Fala Frazão.
-
Muita gentileza sua, hã? Já reparou que metade dos convidados non veio por que
non acreditaram que a chuva pararia?
-
Mas a outra metade veio mesmo com chuva, Claude. Tiveram fé. Acreditaram que
tudo passaria no momento do casamento.
-
Quem veio mesmo com chuva, mostrou fidelidade e amizade! – Diz Giovanni, se
aproximando de Claude e Frazão.
-
Mais que isso, Giovanni – Fala François – Demonstraram presença na adversidade,
companheirismo e amor!
-
Eu vou até a porta ver se elas chegaram – Diz Claude, voltando-se para a porta
de igreja.
-
Mas não vai mesmo! – Diz Frazão, segurando Claude – Segundo Janete, dá azar ver
a noiva antes da cerimônia começar! Eu vou até lá!
-
Era só o que faltava! Eu non acredito nisso, Frazon!
-
Mas sua irmã acredita! E eu não vou perder a minha noiva por causa da sua,
certo, francês?
Na
fazenda...
-
Agora sim, você está pronta, darling! E está linda! Não é verdade, meninas? –
Pergunta, olhando para as outras mulheres.
-
Com essa chuva toda nem vão estranhar esse atrasinho de quarenta minutos...
-
Então, vamos... Eu não queria me atrasar tanto assim!
Descem
a escada cuidadosamente. Quando estão na sala, encontram Rodrigo, que ficara
para levá-las.
-Você
está linda, Rosa!
-
Obrigada, Rodrigo! Deus! Como vou até o carro, debaixo dessa água toda?!
-
Um guarda-sol, seria grande o bastante pra te proteger– diz Rodrigo.
-
Mas essa enxurrada toda vai deixar a barra do vestido suja! Dadi, cadê aquela
bota que você usa pra lavar a cozinha?
-
Mas dona Rosa! Aquelas galochas não vão combinar com seu vestido não!
-
Vão sim, Dadi! Me empresta elas, ok?
Serão mais um item emprestado e vindo de você só vai me dar sorte, hã?
Rosa
calçou as galochas e foram para a igreja, debaixo de uma chuva insistente. Lá
trocou as galochas pelo sapato.
O
casamento aconteceu debaixo de chuva. Se casaram entre raios e trovões. E nuvens
azuis de tanta água!E quem esteve presente foi
premiado por Deus com um dos mais lindos casamentos com imagens
inesquecíveis.
Nem
a chuva, nem as nuvens negras atrapalharam o casamento que foi naquela igrejinha
no alto da colina, isolada de tudo! E as fotos, tiradas por tia Elisabeth
ficaram lindas.
A
cerimônia foi simples e rápida, mas não deixou de emocionar a quem esteve
presente. Rosa entrou levada por um Giovanni, cujos olhos brilhavam úmidos de
emoção. A cada passo que dava para chegar ao altar enfeitado às pressas com
humildes flores do campo, Rosa sentia que menor era a distância entre ela,
Claude e a felicidade.
Quando
se encontraram no altar, na hora de trocarem os votos, depois das palavras
tradicionais, Rosa sorriu e
disse para Claude, arrancando risadas entre os convidados:
-
Achei que precisaria de um barco para
chegar aqui...
Então,
é a vez de Claude. Após o tradicional “na saúde e na doença, até que a morte
nos separe”, ele continuou:
-
Non prometo fazer o cinza do céu se
tornar azul, gatinha, mas prometo estar ao seu lado até a tempestade passar.
Sempre!
Entre
aplausos e murmúrios de “uau”, “uhu”, assobios e “que romântico”, entre outros,
se beijaram, selando os votos que faziam.
Assim
que o pároco encerrou o casamento religioso, realizou-se o civil. E logo
estavam recebendo o cumprimento de todos.
Tudo
isso aconteceu em quarenta e cinco minutos. E quando, finalmente, saíam da
igreja, sob uma chuva de arroz, foi como num conto de fadas!
Algo
de incrível aconteceu. Primeiro, a chuva toda parou. E depois, no exato momento
em que pisavam fora da igreja, as nuvens se abriram. E o sol poente apareceu,
lançando seus raios na face de todos os presentes, de um modo especial, como a
abençoá-los também.
Um
por do sol maravilhoso, mesclado com brilhos e reflexos dourados.
Todos
os presentes ficaram maravilhados pelo cenário do casamento. O sol, em sua
caminhada rumo ao horizonte, mudava os tons de vermelho e dourado nos reflexos que
dava ao céu e às nuvens.
Rosa
emocionou-se ao reconhecer Pimpinone entre os convidados. Ele foi o último a
cumprimentá-los.
-
Que bom que veio, Pimpinone! Eu achei que a chuva o impediria! – Diz Rosa,
quando recebe o abraço dele.
-
Acreditava que essa chuva traria algo de ruim? Não, Rosa, ela foi boa! Era
apenas Deus preparando para que o sol aparecesse ainda mais maravilhoso no
cenário do seu casamento. Lembre-se sempre que, muitas vezes, Deus manda
tempestades para nossas vidas, para que depois possamos dar valor à dádiva
recebida d’Ele!
-E
qual o significado de tudo isso? – Pergunta Claude.
-
Se tivesse feito sol o dia todo, talvez os únicos comentários que os convidados
fariam durante o por do sol e a cerimônia seriam: “Ainda bem que o sol está indo embora! Que dia quente, não aguentava
mais! - Até mesmo de vocês dois,
certo?
-
D’accord, mas ainda non entendi seu
ponto de vista!
-
Pensem bem! Como choveu o dia todo, os comentários agora foram bem diferentes: “Que por do sol maravilhoso” - “Isso é coisa
de Deus” - “Incrível, depois de tanta chuva!” - “Não tem explicação” - “Nunca
vou esquecer” – Escutem!
-
Tem razão! – Diz Rosa, olhando para o por do sol. – ele parece dizer: “Tenham muita fé.”
Claude
acompanha o olhar de Rosa e a abraça pela cintura.
-
Voilá! Se non tivesse chovido, non haveriam esses reflexos do sol. Talvez a luz
do por do sol non fosse ton apreciada por todos nós, se tivesse acontecido num
dia comum e non em um dia de céu cinza escuro...
-
É como eu lhes disse, meus amigos: depende
de nós se o dia será azul ou cinza no coração, se irá chover ou fazer sol no
olhar, se haverão mais lágrimas ou sorrisos num pôr-do-sol, se o livro que conta sua saga nesta vida terá
um final triste ou feliz... Vocês tiveram fé... Continuem sempre assim... – E
com um aceno de mão se afasta.
Então,
começou a anoitecer e o céu estrelado convidava para uma boa conversa e novas
amizades durante a recepção.
A
festa foi no antigo barracão, agora transformado em um lindo salão de festas e
eventos.
Duas
horas. Foi o tempo que Claude se permitiu permanecer naquele tumulto, antes de
procurar por Frazão.
-
Enton, Frazon? Você e Janete fizeram o que pedi? Deu tudo certo?
-
Mon ami, não há nada que você me peça que eu não faça duas vezes melhor! –
Responde Frazão com ares de imponência – Mas agradeça a São Pedro; se não
tivesse parado de chover, sua lua de mel teria literalmente “melado”, meu caro!
-
Claude, meu irmãozinho do coração, eu desconhecia essa sua engenhosidade
romântica! Rosa vai ter uma surpresa e tanto, ficou um arraso, modéstia à
parte! – Completa Janete.
-
Vocês dois juntos son uma graça, sabiam? Diz, fazendo uma careta – Deixou a
moto onde pedi?
-
Sim senhor, senhor! – Frazão diz, fazendo um gesto de continência ao mesmo
tempo em que entrega a chave da moto para Claude. – Tenha uma excelente noite,
senhor!
-
Vou te contar, hã? – Claude diz, virando os olhos. Só preciso achar Rosa agora – Diz pegando a
chave, procurando e encontrando-a com o olhar junto à tia Elisabete e indo em
sua direção.
-
Muito bem, gatinha, tem uma pessoa procurando por você...
-
Ah é? Quem?
-
Venha comigo, você vai saber, com sua licença, tia Elisabeth.
-
God! É claro que sim, honey!
Claude
leva Rosa até onde estava a moto.
-
Quem está me procurando? Não tem ninguém aqui, Claude!
-
Eu estava te procurando, chérie! É hora de partirmos, hã?
-
Como assim partirmos? De moto? Pra onde?
-
Pra nossa lua de mel... Eu queria muito
te levar até Paris, gatinha. Mas acho que esse lugar aqui, só nosso, vai ser
muito melhor!
-
Claude eu não posso sair de moto vestida assim! – diz, mostrando seu vestido de
noiva.
-
Por que non? – Claude pergunta, sorrindo antes de subir na moto e entregar um
capacete a ela – Vem, você non vai se arrepender...
Minutos
depois, Claude tentava desviar de algumas poças d’água que haviam se formado na
trilha que percorria com a moto.
-
Onde estamos indo? – Pergunta Rosa.
-
Para um lugar realmente só nosso, naquele canto da fazenda que te mostrei outro
dia.
Depois de andarem por algum tempo mais, Claude
para a alguns metros da margem do rio, que cortava aquele pedaço da fazenda.
Assim
que tira o capacete, os olhos de Rosa se dilatam diante da imagem que vê.
Ali,
à sua frente no final de um tablado, flutuando mansamente sobre as águas do
rio, ainda mais cheio pela chuva, a mais incrível jangada que já vira! E sobre ela uma sala de jantar completa,
perfeitamente preparada, esperando por alguém...
-
Paramos por aqui esta noite, gatinha! Seja bem vinda a sua lua de mel, num
lugar só nosso!
-
Claude... Eu nem sei o que dizer!
-
Mas sabe o que fazer, non sabe? Senhora Rosa Geraldy, tenha a bondade de me
acompanhar, oui? – Diz, oferecendo o braço a Rosa e conduzindo-a até a jangada.
Apesar
do constate balanço, serviram-se do jantar feito por Dadi, pois nenhum dos dois
havia comido ou bebido na festa. Dadi havia caprichado: o prato principal, um
assado - levava molho barbacue - um molho que acompanha os mais diversos tipos
de comida, desde sanduíches, batatas fritas, carnes, até receitas mais
sofisticadas e complexas.
A
despeito da chuva do dia, a noite os brindava com uma lua cheia, cercada de
inúmeros pontinhos cintilantes a piscar incansavelmente, como uma coreografia
única do universo. Num momento, estavam falando e no seguinte, um silêncio
cheio de promessas aconteceu.
-
Dança comigo? – Pede Claude de repente, olhando-a intensamente.
-
Sem música? – Responde Rosa, sem desviar o olhar.
-
Como assim, sem música, gatinha? – Eu contratei a melhor orquestra do mundo, só
para dançar contigo, non está ouvindo? – diz, levantando-se e tirando-a para
dançar – Presta atençon... Cigarras ao violino, grilos ao piano e alguns sapinhos
no vocal, hã? – E sorri.
Rosa
prende a respiração por alguns segundos, enquanto aprecia os sons que a
natureza proporcionava. Então, com um sorriso divertido nos lábios, diz:
-
Tem razão, meu amor... Estão tocando uma música linda! A nossa música! Quem
será o maestro de tão perfeita sinfonia? – Fala, cedendo ao encanto do momento,
aconchegando-se nos braços de Claude.
-
Eu acho que é o amor, chérie! – E a aperta mais contra o próprio corpo, fazendo-a
repousar a cabeça sobre seu peito.
E
como se houvesse música, dançam, lentamente, sentindo o coração um do outro
pulsando cada vez mais forte.
Então,
a natureza pareceu silenciar e aquela dança alcançou seu apogeu, quando
tornaram-se um só, quando a música em seus ouvidos os embalou num ritmo
sincronizado, quando seus corpos, embalados pela coreografia do desejo, da
paixão e do amor ensaiaram a dança do prazer mais uma vez.
E
depois, tudo pareceu voltar à calmaria... A Lua e as estrelas brilharam por toda a
noite, iluminando-os. E ficaram ali, apreciando o céu, conversando com as
estrelas sobre o amor como se elas os entendessem. A natureza voltou a tocar
sinfonias e melodias que só quem ama é capaz de ouvir!
E
ao amanhecer, a Lua cedeu seu lugar ao Sol, enquanto eles ainda estavam
adormecidos. E o Sol pareceu ficar pálido de inveja, ante o brilho que via
naquela jangada...
Continua...
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