FIC - UMA CHANCE DE AMAR - CAPÍTULO 3 - AUTORA: JOYCE FEITOZA

No capitulo anterior...

Claude: Você non viu? A maluca da Rosa, lembra? Minha ex-mulher é minha sócia na construtora.

Dádi: Aquela que o senhor casou rápido e se separou rápido também? A louca, chata, implicante, furacão, tsunami?

Claude: Essa mesma.

Dádi: Se precisar da minha ajuda. Arranco ela pelos cabelos e do uns catiripapos.

Claude: Non que issi.

Claude subiu depois de um tempo e foi para o quarto. Rosa não saía da sua cabeça.

Claude: Mon Dieu, eu sabia que algo ia acontecer em minha vida. Dieu, é castigui? É acho que o fim do mundo vai chegar primeiro pra mim, com direito a tsunami, terremoto, furacon.

CAP-3

Brasil- São Paulo, 30 de Janeiro de 2012

(07:00 AM- Apartamento de Rosa)

Rosa: Bom dia Janete!

Janete: Nossa, pelo sorriso vejo que esta empolgada.

Rosa: Claro que estou, afinal vou começar o meu trabalho hoje. Meu sonho Janete se inicia hoje. Graças a meus queridos padrinhos. Se bem que aprontaram uma colocando aquele traste de novo em meu caminho.

Janete: Para de reclamar.

Rosa: E aí, como estou?

Janete: De parar o trânsito.

Rosa: Então, já vou indo que quero chegar antes daquele lesado.

Janete: E o café?

Rosa: Você dorme demais Janete, eu já tomei café oh, há tempos. Agora tchauzinho, beijos.

(07:20 AM- Mansão Geraldy)

Claude estava ao telefone com Roberta.

Claude: Você colocou aquela mesinha que mandei na sala?

Roberta: Coloquei sim senhor.

Claude: Ótimo, esse vai ser o lugar dela.

Claude pegou as chaves e voou para a construtora.

(08:40AM – Construtora Geraldy)

Rosa: Bom dia!

Sílvia: Bom dia! O que a senhora deseja?

Rosa: Ah, você não deve ter lido o jornal hoje. Sou Rosa Petroni nova sócia da construtora.

Sílvia: Ai me perdoe, sou uma tonta mesmo.

Rosa: O Claude já chegou?

Sílvia: Não senhora, bem... ele não costuma chegar cedo.

Rosa: Conheço a peça. Bem, onde fica minha sala?

Sílvia; Por aqui.

Sílvia levou Rosa até a sala da presidência e a deixou lá.

Rosa: Uau, que sala enorme! Olha só essa mesa linda e só minha. (Disse sentando na cadeira de Claude e girando)

Enquanto isso, Claude chegava na construtora.

Claude: Bom dia Sílvia!

Sílvia: Bom dia Dr.!

Claude abriu a porta da sua sala e deu de cara com Rosa com os pés por cima de sua mesa e sentada em sua preciosa cadeira.

Claude: Mais o que é issi? (Disse tirando os óculos)

Rosa: Bom dia pra você também.  Não sabe bater?

Claude: Desde quando eu preciso bater na minha sala?

Rosa: Sua sala? Desculpa queridinho. Você deve ter errado a porta. Porque essa sala é minha.

Claude: A sala pode até ser sua, só que um pedacinho dela só. Porque essa mesa e essa cadeira aí son minhas. Enton pode tirar seu bumbunzin da minha cadeira e indo sentar em sua mesa. (Disse apontando para uma mesinha minúscula em um canto da sala)

Rosa: Que mesa?

Claude: Essa aí no cantin.

Rosa: Claude aquilo é uma mesinha de telefone.

Claude: Non reclama de barriga cheia hã. Olha só pequenininha como você. Sinta-se a vontade.

Rosa: Seu idiota, você vai me pagar por isso. Ah se vai, eu tenho os meus direitos. (Disse saindo da sala)

Claude: Vai, vai, vai e me deixa em paz.

Rosa saiu furiosa batendo a porta e se esbarrou em Frazão.

Rosa: Ai me desculpa.

Frazão: Não tem problema. Irritada no primeiro dia?

Rosa: Aquele seu amiguinho que me tira do sério.

Frazão: O que foi?

Rosa: Vai lá vê a linda e enorme mesa que ele colocou pra mim.

Frazão já imaginando o que o amigo tinha feito foi até ele.

Frazão: O que foi dessa vez hein francês?

Claude: O que foi o que?

Frazão: Não se faça de besta.

Claude: Ah Frazon, ela non gostou da mesinha dela. E olha que mandei preparar com o maior carin do mundo.

Frazão: Uma mesinha de telefone, para com isso né francês? Eu vou mandar colocar uma mesa decente para ela. Com licença.

Rosa estava na recepção sentada em uma cadeira com raiva de Claude.

Frazão: Rosa querida.

Rosa: Viu só?

Frazão: Se acalme eu já mandei colocar uma mesa digna para você. Relaxa o Claude é assim brincalhão.

Rosa: Não tenta disfarçar seu amiguinho não. Conheço a peça muito bem.

Frazão: Por enquanto pode ficar em minha sala. Ah, a Sílvia vai ficar a sua disposição.

(10:00 AM- Construtora)

Rosa saiu para tomar um café e ficou conversando com Sílvia.

Sílvia: Dona Rosa a senhora me da licença, tenho que levar esse jornal pro Dr. Ah a senhora já viu? Estava linda na festa hein!

Rosa: Não vi não, me dá aqui. Daqui a pouco eu trago.

Rosa pegou o jornal e foi para sua sala. Ela sentou e abriu o jornal e ficou olhando para a foto dela do lado da de Claude.

Rosa: É guerra que você quer? É guerra que você vai ter.

Rosa pegou uma canetinha de álcool e rabiscou Claude na foto que estava no jornal.

Então ela saiu da sala e entregou a Sílvia.

Rosa: Pode levar pro seu patrão, rsrs.

Sílvia pegou o jornal e levou até Claude que estava com Frazão.

Claude: Merci Sílvia.

Frazão: Olha só o jornal.

Claude: Ah, eu non acredito! (Disse jogando o jornal)

Frazão: O que foi?

Claude: Aquela mulherzinha ta me provocando. Olha issi.

Frazão: Nossa Claude, haha, como você tá lindo.

Claude: Olha o recadin: Se é guerra que você quer, é guerra que vai ter. Que engraçada ela.

Frazão: Ah Claude, ela usou o bom humor. E, aliás, foi você quem provocou.

Claude: Aquela praga em minha vida. Só pode ser castigui.

Frazão: Ah, você gosta, haha.

Claude: Frazon sai daqui, some daqui.

Frazão: Gosta sim que eu sei, haha. (Disse saindo)

Claude: Guerra non é? Enton é guerra que vai ter.

(14:25PM- Construtora)

Rosa estava na recepção e Claude foi colocar um café. Ao ver Rosa resolveu provocá-la.

Ele pegou o copo de café e ao passar por ela fingiu tropeçar derramando todo o café sobre ela.

Rosa: Não, diz que isso não aconteceu. Olha só o que você fez seu ridículo, imprestável!

Claude: Foi sem querer, pardon. (Disse rindo)

Rosa: Eu conheço você muito bem, você fez de propósito!

Claude: Que propósito o que hã. Mas veja pelo lado bom, ficou com cheirin de café.

Rosa: Ah, seu maluco.

Rosa pegou a jarra de flores de Sílvia e jogou toda água sobre Claude.

Claude: Sua maluca, olha só o que você fez! Ah, você me paga!

Claude segurou Rosa que começou a estapeá-lo enquanto ele a sacudia.

Rosa: Me solta seu grosso, você tá me machucando.

Claude: Olha só meu paletó, eu to cheirando a flor.

Rosa: Combina com o seu jeito de florzinha.

Frazão: Oh,oh,oh. Vocês dois parem com isso. (Disse separando os dois)

Claude: Olha o que essa maluca fez.

Rosa: Olha o que ele fez Frazão, meu vestido branco.

Frazão: Parem os dois. Nossa, que briguinha de casal mais patética! Parecem duas crianças.

Claude: Que briga de casal Frazon? Graças a Deus já me separei dessa maluca aí.

Rosa: Ah, graças a Deus digo eu. Aliás, meu bem, não quero só separação de corpos. Quero o seu sobrenome fora do meu.

Claude: Pode deixar que vou cuidar dissi rapidinho.

Frazão: CHEGAAAAAA!!! Os dois pra casa...

Claude: O que issi, eu sou o patrão.

Rosa: É, ele é o patrão.

Frazão: Mas hoje eu to mandando vocês irem pra casa. E só voltem quando crescerem e pararem de brigar.

(08:30 AM- Construtora, 31 de janeiro de 2012)

Claude chegou logo cedo a construtora e foi direto pra sua sala. Lá encontrou a mesa de Rosa de frente para sua.

Claude: Era só o que me faltava. Frazon! (Gritou)

Frazão: O que a gazela já ta gritando uma hora dessas?

Claude: Non tinha outra sala pra por a mesa dela non?

Frazão: NON. Claude ela tem 30% de ações, é vice presidente, a sua sala é a que tem o maior espaço. Então ela vai ficar aqui.

Claude: Mon Dieu, me ajuda.

Nesse momento Rosa entra na sala, olha para Claude e empina o nariz.

Rosa: Bom dia Frazão.

Frazão: Bom dia Rosa.

Claude: O que? Vai fingir que to invisível?

Rosa: Adoraria não enxergar você. Mas, infelizmente, você está bem visível. Mas se isso é falta do meu bom dia. BOM DIA CLAUDE. (Disse sentando)

Frazão: Oh, é assim que eu gosto. Os dois amiguinhos.

Rosa e Claude: Frazão/Frazon, por favor.

Dias depois

Assim os dias foram passando. Rosa e Claude viviam implicando um com o outro sempre que achavam motivos, mas já conseguiam trabalhar em harmonia.

(20:00 PM- Construtora)

Frazão: E aew galerinha vamos?

Rosa: Vamos, preciso da minha cama.

Frazão: To falando de ir pra balada.

Claude: Frazon depois de um dia cheio como esse?

Frazão: Nossa, vamos beber um pouco, dançar um pouco. Gente vocês estão vivos, vamos nos divertir e aproveitar a vida.

Rosa: Tudo bem, eu vou.

Claude: Oui vamos.

(21:00 PM- Balada)

Janete: Rosa amiga você vai adorar esse lugar, bomba demais.

Rosa: To vendo.

Frazão: Olha lá o Freitas, a Sílvia, o Antoninho e o Gurgel.

Claude: Vamos até lá.

Eles se cumprimentaram e começaram a beber e jogar conversa fora.

Sílvia: Vamos dançar Rosa?

Rosa: Dançar?

Sílvia: Sim, vamos vai.

Rosa e Sílvia foram para pista e começaram a dançar. Rosa sorria e dançava sensualmente.

Claude olhou para ela e ficou vidrado, era como se seus movimentos estivessem em câmera lenta. O sorriso dela, o cabelo, o corpo em movimento, fixaram os olhos de Claude.

Antoninho: Quer babador Claude?

Frazão: Guenta o coração francês. Haha.

Claude: Do que vocês estão falando?

Freitas: Do que né? Você ai babando pela Rosa.

Claude: Que babar o que? Só se peguei raiva quando era casado com ela e tô feito cachorro babando.

Gurgel: Tá certo Dr. Claude, senta lá.

Depois de um tempo Rosa e Sílvia já estavam de volta a mesa e engataram em um assunto sobre sexo.

Bebida vai, bebida vem. Claude e Rosa já estavam altos e falavam sem papas na língua.

Janete: Ah, com relação ao sexo o meu chocolatezinho é maravilhoso.

Gurgel: Uh, eu adoro chocolate! haha.

Freitas: Uma vez eu conheci uma mulher que era uma maluca na cama, ela tinha umas manias que vou te contar.

Rosa: Haha, não era só essa mulher... No tempo que eu era casada com esse traste aí, hahaha... ele era uma coisa na cama, haha...

Claude: Do que você ta falando hã?

Frazão: O quê que o Claude fazia?

Rosa: O Claude.... era chegado... hahaha... ai meu Deus... chegado em um fio terra, hahahahaha. (Mentiu para provocá-lo)

Todos começaram a rir de Claude e zoar com a cara dele.

Claude: Você ta maluca? Que fio terra o que hã?

Gurgel: Qualquer coisa Dr., se precisar me chama.

Claude:Que precisar o que hã? Sai de mim...

Rosa encarava Claude com a cara mais cínica.

Claude: Você me paga sua louca...

Rosa levantou e foi até o banheiro. Claude levantou logo em seguida e foi atrás dela.

Claude: Escuta aqui hã, que brincadeirinha foi essa?

Rosa: O que foi? Não gostou? Tadinho do bebe.

Claude: Non me provoca Rosa que non sei o que sou capaz de fazer.

Rosa: Relaxa, você vai dar sorte de o Gurgel não espalhar isso pra ninguém.

Mais tarde

Já era madrugada, Claude e Rosa estavam praticamente embriagados e trocavam farpas sem parar.

Claude: Eu vou pra casa.

Rosa: Eu também.

Frazão: Oh, aonde vocês vão assim? Não vou deixar vocês dirigirem.

Frazão colocou Claude e Rosa dentro de um táxi e mandou-os para casa.

Dentro do carro os dois continuavam a discutir.

Rosa: Quer saber? Eu te deixei mesmo porque você nunca mandou bem na cama, deve ter sido essa a minha decepção.

Claude: Ah, non mandava bem na cama, mais bem que você ficava louca quando a gente transava né?

Rosa: Eu fingia ta... (Disse descendo do táxi e entrando no prédio)

Claude: Volta aqui sua sonsa. (Disse indo atrás)

Os dois entraram no apartamento e continuaram discutindo.

Rosa: É isso aí eu fingia mesmo, você nunca me deu prazer. Além de ser um chato, insuportável. (Disse indo pro quarto)

Claude: Quer saber? Você nunca foi mulher mesmo pra mim. (Disse segurando ela pelo braço)

Rosa: Você que não é homem suficiente pra me tratar feito uma.

Claude: Você que sempre foi uma chata, implicante... uma... uma... italianinha dos infernos.

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Os dois pararam de discutir nervosos e ficaram se encarando. Claude percorreu o olhar por todo o corpo de Rosa. Um olhar diferente, misterioso. Ele puxou Rosa pela cintura grudando seu corpo próximo ao dela aproximando seus lábios.

Claude: Uma mulherzinha irritante... estúpida... impulsiva... (sussurrou)

CONTINUA...