segunda-feira, 23 de julho de 2012

FIC - UMA CHANCE DE AMAR - CAPÍTULO 5 - AUTORA: JOYCE FEITOZA

No capítulo anterior:

Claude: Você não deixou de ser uma mulherzinha fútil né? Ainda bem que encontrei Nara, ela sim é a mulher que você nunca vai ser.
Aquilo mexeu com o ego de Rosa, compará-la com outra era uma coisa que ela não admitia.
Rosa: Não me compare com aquela coitada. Ela pode ser perfeita pra você porque atura suas infantilidades. Você é um filhinho de papai que sempre teve tudo o que quis e que nunca mediu seus atos. Não soube nem me conhecer direito, perceber o que eu queria. Ta na hora de crescer Claude, crescer. (Disse saindo do elevador)
Claude: Volta aqui, quem você pensa que é pra falar assim comigui?
Claude e Rosa passaram pela recepção voando e aos gritos.
Frazão: Nossa, dia bom começa assim. Pelo visto os meus queridos patrões acordaram com o pé esquerdo.
Gurgel: Isso nem me assusta mais. Só vivem assim. Minha vó diz que isso acaba em casamento.

CAP- 5
(08:45 AM – Construtora)
Na presidência.

Rosa: Eu sou Rosa Petroni e falo com você do jeito que eu quiser.
Claude: Eu non sou criança, a única imatura aqui é você que usa as desculpas para fingir pra si mesma que as coisas non acontecem. Tem medo da vida é uma medrosa.
Rosa: Escuta aqui, eu não sou medrosa. (Disse partindo pra cima de Claude)
Claude: Enton, prova que non é. (Disse agarrando-a pela cintura)
Rosa: Me solta....
Claude: Grita pra todo mundo, fala que você é louca por mim, que sempre foi. Grita que non resistiu a mim e transou comigo. Vai grita.
Rosa: Seu idiota, imbecil. Você se acha o rei da cocada preta né? Mas não existe só você no mundo não. E quer saber, aquela noite de ontem eu apago da memória agora. Nunca existiu pra mim. (Disse saindo)
Claude: Ahhh mulherzinha dos infernos!
O dia correu normal, mas Claude e Rosa sempre se alfinetando.

(19:30 PM- Construtora.)

Claude e Rosa ficaram na empresa lendo e assinando alguns documentos.
Claude: Pronto, agora tem esse aqui que precisa da assinatura de nós dois. Só falta a mademoiselle assinar.
Rosa: Me dá pra eu ler antes.
Claude: Eu já li, ta tudo certo.
Rosa: E quem disse que confio em você?Eu não to maluca a esse ponto. Depois é um documento em que eu passo minhas ações pro seu nome e aí eu me ferro.
Claude: Quem dera fosse, assim non teria que olhar mais pra sua cara.
Depois de um tempo Rosa assinou e arrumou suas coisas para ir embora.
Ela entrou no elevador e Claude correu e pegou o mesmo.
Rosa: Não dava pra esperar outro?
Claude: Non porque eu to com pressa.
Rosa: Já não basta ter que aturar você o dia inteiro, ainda tenho que aturar aqui no elevador.
Claude: Mon Dieu como você é chata.
Rosa: Chata eu? Ah, desculpe não sou espelho não.
De repente falta energia e o elevador para ficando tudo escuro.
Rosa: AHHHHHHH, ai meu Deus! Claude. (Disse se pendurando nele)
Claude: Mon Dieu, acho que faltou energia.
Rosa: Será? (Perguntou com o rosto colado ao dele)
Claude: É... é... bem... acho que sim.
Rosa: Ai e agora como vamos sair daqui? (Perguntou se afastando)
Claude: Vamos ter que esperar a energia voltar hã?
Rosa: Não, não! Isso não, pelo amor de Deus tenta o celular, chama alguém.
Claude: Esqueceu que non pega sinal de telefone aqui?
Rosa: Pega esse telefonezinho aí e liga pra portaria.
Claude: Você non entendeu né? Está faltando energia, energia. Enton o telefone non funciona.
Rosa: Ai meu Deus e agora?
Claude: E agora que vou me atrasar, vou ter que te aturar, até a energia voltar.
Rosa: Eu... eu... eu não posso.
Claude: Larga de frescura.
Depois de um tempo Rosa já suava frio, mas Claude não via pois não tinha luz.
Ela estava sentada em um canto no elevador calada e Claude no outro.
Rosa: Eu... eu preciso sair daqui... (murmurou)
Claude: Non é só você.
Rosa foi começando a ficar sem ar e nervosa.
Rosa: Não tem ar aqui, eu preciso sair daqui... eu preciso sair daqui. (disse levantando e batendo nas paredes do elevador)
Claude: Para de frescura Rosa, vai dizer agora que é claustrofóbica.
Rosa: Pelo amor de Deus, faz alguma coisa.
Claude: Olha só, acho que tem uma lanterna aqui.
Claude pegou a lanterna, ligou e mirou para Rosa. Ela estava pálida, suada e respirando fundo.
Claude: Mon Dieu Rosa... issi é sério mesmo.
Rosa: Eu preciso sair daqui, me tira daqui.
Claude: Calma vem cá, olha pra mim. (disse segurando o rosto dela entre as mãos) – Calma, respira fundo, olha pra mim. Vai ficar tudo bem, se acalme. Respira... issi.
Rosa: Eu não consigo...
Claude: Consegue sim, olha pra mim. Esquece, esquece que ta aqui. Pensa num lugar cheio de árvores. Agora respira... issi, olha pra mim.


Rosa foi respirando aos poucos, Claude estava conseguindo acalmá-la. Ele olhou nos fundos dos olhos dela que estavam marejados e seu coração acelerou.
Os rostos dos dois foram se aproximando até seus lábios se unirem. Um beijo que começou delicado mas logo se tornou um beijo avassalador.
Eles se perderam naquele beijo que nem perceberam o elevador tornar a funcionar. Claude apertou Rosa pela cintura e ela o enlaçou pelo pescoço ficando nas pontas dos pés.
O beijo foi parando aos poucos, Claude permaneceu com sua testa colada na de Rosa e olhando os olhos dela.
Rosa se afastou assustada se encostando na parede do elevador.
Rosa: Nun... nu... nunca mais faça isso, ta me ouvindo? NUNCA.
Rosa pegou sua bolsa no chão e ainda desnorteada saiu correndo do elevador.

(22:00 PM- Apartamento de Rosa)

Rosa entrou e foi logo correndo pro seu quarto.
Janete: Rosa, Rosa! O que foi amiga? O que aconteceu?
Rosa: Nada Janete, me deixa, me deixa.
Janete: Ai meu Deus, aí é coisa de Claude Geraldy, aposto.

(22:40 PM – Mansão Geraldy)

Claude tomou um banho e sem sono desceu para a sala.
Dádi: Dr. Clodis é o senhor?
Claude: Sou eu sim Dádi.
Dádi: Não ta conseguindo dormir?
Claude: Non...                        
Dádi: Pela cara do senhor aconteceu alguma coisa que te deixou assim.
Claude: O que aconteceu Dádi, é que eu to pirando de vez. Issi, to ficando lelé da cuca.
Dádi: Ou seja, alguma mulher te deixou assim. E a única mulher que te deixa assim é a sua ex Serafina Rosa.
Claude: Olhe, nem me fale esse nome hã. Nem me fale.
Claude subiu pro quarto e deitou na cama. Mas Rosa insistia em permanecer em seu pensamento.
Claude:Alguém me explica porque isso ta acontecendo comigo? Com tanta mulher pelo mundo. Com Nara aí, porque ela tem que ficar no meu pensamento? Será que ela ta bem? Eu non sabia que ela tinha pânico de lugar fechado. Non, eu non vou ligar pra ela, non sou maluco. Quer saber? Eu vou é dormir.”

(01:10 AM- Apartamento de Rosa)

Rosa estava  deitada na cama chorando. Janete preocupada levantou e foi até o quarto dela.
Janete: Ei, será que você pode me dizer porque você esta assim? Ta, eu sei que é por causa do Claude mas posso saber o que aconteceu?
Rosa sentou na cama e olhou para Janete.
Rosa: Eu to com medo...
Janete: De que?
Rosa: De estar me apaixonando pelo Claude...
Janete: Mas você já foi apaixonada por ele.
Rosa: Eu to falando de verdade... Hoje a gente discutiu feio como sempre, ai que ódio me dá de lembrar! Só que quando a gente tava indo embora, faltou energia no prédio e o elevador parou com a gente dentro.
Janete: Nossa! Coisa de cinema, e aí?
Rosa: Aí que você sabe eu tenho claustrofobia e comecei a sentir falta de ar. Ele a principio nem acreditou, mas depois ele viu como eu estava. Ai Jane, ele me acalmou de um jeito, mas de um jeito.  Sei lá, um Claude que eu não conhecia sabe. Aí vem a coisa ruim. Ele foi aproximando o rosto do meu sabe... e... me beijou...
Janete: E isso é ruim?
Rosa: Lógico que é! Jane ele é meu ex-marido.
Janete: Tem certeza que é ex? Você ainda é casada com ele no papel, ou esqueceu que não pediu divórcio ainda?
Rosa: Casados apenas no papel... mas ele continua meu ex.
Janete: Ta, vocês se beijaram e aí?
Rosa: Aí, que eu o empurrei, gritei e sai correndo de lá.
Janete: Será que você já não ta apaixonada por ele?
Rosa: Não, lógico que não. Eu posso ter atração, até porque o Claude não é de se jogar fora. Mas amá-lo? Não.
Janete: Quer que eu seja sincera?
Rosa: Claro.
Janete: Eu acho que está acontecendo agora como deveria ter acontecido no passado. Vocês estão se conhecendo mesmo brigando.  Conhecendo o lado verdadeiro de vocês. Cara, vocês só ficaram casados por 3 meses, eu lembro quando vocês se conheceram. Vocês mal sabiam o nome completo um do outro já foram dormir juntos. Acho que não deram tempo pra nenhum sentimento nascer. E agora ele ta nascendo e vocês estão ignorando-o mais uma vez.
Rosa: Não, não. Eu detesto o jeito dele Janete, tudo nele me irrita, o jeito, o cheiro, o perfume, o sorriso, a voz... é... é... me irrita.
Janete: Aham, me engana que eu gosto. Mas enfim, já que você diz que “detesta” ele, é bom se conformar querida e suportá-lo. Vocês trabalham juntos.

(05:30 AM- Mansão Geraldy)

Claude levantou cedíssimo, ou melhor, mal dormiu. Impaciente, agoniado, ligou para Frazão.
Frazão: Quem me incomoda?
Claude: Sou eu o Claude.
Frazão: Claude você sabe que horas são?
Claude: Sei.
Frazão: Espero que tenha um bom motivo pra me acordar agora.
Claude: Frazon, vem pra cá agora!
Frazão: Hum, quê que foi Francês? Tem uma barata aí no seu quarto é?
Claude: Frazon eu to falando sério, tenho que conversar com você. É importante.
Frazão: Olha só, tudo escuro ainda. Tudo bem, eu chego já aí.
Claude: Rápido.

(06:40 AM – Mansão Geraldy)

Frazão: Aqui estou eu Frances.
Claude: Senta.
Frazão: É alguma coisa com a construtora?
Claude: Quem dera fosse.
Frazão: Então fala logo.
Claude: Primeiro, jure que non vai falar pra ninguém issi. Porque eu sei como você é.
Frazão: Ta bom eu juro.
Claude: Eu precisava contar issi pra alguém, se non eu ia acabar enlouquecendo.
Frazão: Isso o que meu querido?
Claude: Você lembra aquela noite que a gente saiu pro bar, eu bebi demais e você me colocou no carro com a Rosa?
Frazão: Lembro, o que é que tem?
Claude: O  que tem, é que eu fui parar no apartamento dela. Nós discutimos...
Frazão: Diga uma novidade.
Claude: Posso falar?... Aí nós discutimos, só que eu non sei o que aconteceu, non sei o que me deu. Eu a puxei  e a gente se beijou.
Frazão: Francês não perde tempo mesmo hein.
Claude: Non foi só issi... depois do beijo a gente... a gente transou.
Frazão: O QUE? Meu querido se eu não tivesse ouvindo da sua boca, juro que não acreditaria. Você e a Rosa transaram? Ah, mais deve ter sido uma coisa bem selvagem.
Claude: Eu non vou te dizer como foi hã. Só sei que eu non consigo tirar aquela noite da cabeça. Chegamos a concluson que issi só aconteceu porque estávamos bêbados. Aí ontem discutimos sobre issi, ela me falou umas coisas que só de lembrar da vontade de esganar aquela mulherzinha. Só que eu fiquei mais tarde na empresa e ela também, quando íamos pra casa faltou energia e acredite o elevador parou com nós dois dentro.
Frazão: To vendo que o elevador vai ta todo quebrado. Brigaram dentro dele também?
Claude: Non, pelo o contrário a gente se beijou, ou melhor, eu a beijei, mas ela aceitou o beijo. Antes que pergunte, deixe eu explicar. A gente ficou la esperando a energia voltar, só que aí, a Rosa tem pânico de lugar fechado, enton ela começou a ter uma crise de falta de ar. No inicio, pensei que fosse brincadeira, mas depois vi que a coisa era séria. Enfim, tentei acalmá-la. E confesso a você, eu vi uma Rosa que nunca tinha visto. Uma Rosa frágil, delicada... E pronto, non sei o que me deu simplesmente a beijei. Só que ela, claro, depois de se deliciar com o papai aqui, me empurrou e saiu correndo feito louca.
Frazão: E isso ta te agoniando porque?
Claude: Porque? Mon Dieu porque? Porque... eu non consigo tirar aquela maluca da minha cabeça.
Frazão: E por isso você me chamou a essa hora Claude?
Claude: Eu precisava falar com alguém hã.
Frazão: Era só me dizer: “ Aí Frazão eu to apaixonado pela Rosa”.
Claude: Que issi... hã... apaixonado o que hã? Ta maluco? Bebeu água de chocalho?
Frazão: Como não Claude? Tu transa com a mulher porque? Porque não resistiu a ela. Tu briga com ela porque? Porque ela é tão perfeita pra você que chega a te irritar. Você beijou ela porque? Porque sentiu a necessidade de protegê-la e o beijo foi o que o seu corpo automaticamente fez pra isso. E agora não tira ela da cabeça. Simples Frances l’amour.
Claude: Que amor o que Frazon. Eu já tive o que tinha pra ter com a Rosa.
Frazão: Tem certeza? 3 meses de brigas. Claude sinceramente eu acho que nem você, nem ela deram tempo de algum sentimento nascer entre vocês. Cara, você mal conhece sua mulher.
Claude: Que mulher hã?
Frazão: A Rosa, ela ainda é sua esposa.
Claude: Engraçadin você.
Frazão: Ta bom Frances, mesmo sendo sua ex, você nunca a conheceu. E talvez estejam se conhecendo e se apaixonando agora.

Continua...

4 comentários:

  1. Uma dica: se você coloca 22:40 , não faz sentido está escrito PM, coloque 10:40 se for colocar o PM

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    1. É eu sei disso, mas na época que escrevi nem me liguei no enooorme detalhe, mas obr pela dica. Só q como não estou guiando as postagens e enfim já esta escrita não tenho como alterar, mas ngm vai se importa, creio eu.

      Obr mesmo assim =)

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  2. Joy, me divirto muito com esse quarteto: Rosa, Claude, Frazão e Janete, os diálogos são hilários, principalmente as respostas de Frazão para Claude! E essas discussões do casal, são demais! Amei essa cena do elevador, linda! Espero ansiosa a continuação. Bjs.

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    1. Eita que tem mto chão ainda. Vim conferir os comentários e responde e lendo notei q ainda falta mta coisa p rolar. Me diverti mto escrevendo ela, algumas cenas tive auxilio da Liza.

      Bjs continue lendo.

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