No capítulo anterior:
Claude: Você não deixou de ser uma mulherzinha fútil né? Ainda bem que encontrei Nara, ela sim é a mulher que você nunca vai ser.
Aquilo
mexeu com o ego de Rosa, compará-la com outra era uma coisa que ela não
admitia.
Rosa: Não me
compare com aquela coitada. Ela pode ser perfeita pra você porque atura suas
infantilidades. Você é um filhinho de papai que sempre teve tudo o que quis e
que nunca mediu seus atos. Não soube nem me conhecer direito, perceber o que eu
queria. Ta na hora de crescer Claude, crescer. (Disse saindo do elevador)
Claude: Volta
aqui, quem você pensa que é pra falar assim comigui?
Claude e
Rosa passaram pela recepção voando e aos gritos.
Frazão: Nossa,
dia bom começa assim. Pelo visto os meus queridos patrões acordaram com o pé
esquerdo.
Gurgel: Isso nem
me assusta mais. Só vivem assim. Minha vó diz que isso acaba em casamento.
CAP- 5
(08:45 AM – Construtora)
Na presidência.
Rosa: Eu sou Rosa Petroni e falo com você do jeito que eu quiser.
Claude: Eu non
sou criança, a única imatura aqui é você que usa as desculpas para fingir pra
si mesma que as coisas non acontecem. Tem medo da vida é uma medrosa.
Rosa: Escuta
aqui, eu não sou medrosa. (Disse partindo pra cima de Claude)
Claude: Enton,
prova que non é. (Disse agarrando-a pela cintura)
Rosa: Me
solta....
Claude: Grita pra
todo mundo, fala que você é louca por mim, que sempre foi. Grita que non
resistiu a mim e transou comigo. Vai grita.
Rosa: Seu
idiota, imbecil. Você se acha o rei da cocada preta né? Mas não existe só você
no mundo não. E quer saber, aquela noite de ontem eu apago da memória agora.
Nunca existiu pra mim. (Disse saindo)
Claude: Ahhh
mulherzinha dos infernos!
O dia
correu normal, mas Claude e Rosa sempre se alfinetando.
(19:30 PM- Construtora.)
Claude e Rosa ficaram na empresa lendo e assinando alguns documentos.
Claude: Pronto,
agora tem esse aqui que precisa da assinatura de nós dois. Só falta a
mademoiselle assinar.
Rosa: Me dá pra
eu ler antes.
Claude: Eu já li,
ta tudo certo.
Rosa: E quem disse
que confio em você?Eu não to maluca a esse ponto. Depois é um documento em que
eu passo minhas ações pro seu nome e aí eu me ferro.
Claude: Quem dera
fosse, assim non teria que olhar mais pra sua cara.
Depois de
um tempo Rosa assinou e arrumou suas coisas para ir embora.
Ela entrou
no elevador e Claude correu e pegou o mesmo.
Rosa: Não dava
pra esperar outro?
Claude: Non
porque eu to com pressa.
Rosa: Já não
basta ter que aturar você o dia inteiro, ainda tenho que aturar aqui no
elevador.
Claude: Mon Dieu
como você é chata.
Rosa: Chata eu?
Ah, desculpe não sou espelho não.
De repente
falta energia e o elevador para ficando tudo escuro.
Rosa: AHHHHHHH,
ai meu Deus! Claude. (Disse se pendurando nele)
Claude: Mon Dieu,
acho que faltou energia.
Rosa: Será?
(Perguntou com o rosto colado ao dele)
Claude: É... é...
bem... acho que sim.
Rosa: Ai e
agora como vamos sair daqui? (Perguntou se afastando)
Claude: Vamos ter
que esperar a energia voltar hã?
Rosa: Não, não!
Isso não, pelo amor de Deus tenta o celular, chama alguém.
Claude: Esqueceu
que non pega sinal de telefone aqui?
Rosa: Pega esse
telefonezinho aí e liga pra portaria.
Claude: Você non
entendeu né? Está faltando energia, energia. Enton o telefone non funciona.
Rosa: Ai meu
Deus e agora?
Claude: E agora
que vou me atrasar, vou ter que te aturar, até a energia voltar.
Rosa: Eu...
eu... eu não posso.
Claude: Larga de
frescura.
Depois de
um tempo Rosa já suava frio, mas Claude não via pois não tinha luz.
Ela estava
sentada em um canto no elevador calada e Claude no outro.
Rosa: Eu... eu
preciso sair daqui... (murmurou)
Claude:
Non é só você.
Rosa foi
começando a ficar sem ar e nervosa.
Rosa: Não tem
ar aqui, eu preciso sair daqui... eu preciso sair daqui. (disse levantando e
batendo nas paredes do elevador)
Claude: Para de
frescura Rosa, vai dizer agora que é claustrofóbica.
Rosa: Pelo amor
de Deus, faz alguma coisa.
Claude: Olha só,
acho que tem uma lanterna aqui.
Claude
pegou a lanterna, ligou e mirou para Rosa. Ela estava pálida, suada e
respirando fundo.
Claude: Mon Dieu
Rosa... issi é sério mesmo.
Rosa: Eu
preciso sair daqui, me tira daqui.
Claude: Calma vem
cá, olha pra mim. (disse segurando o rosto dela entre as mãos) – Calma, respira
fundo, olha pra mim. Vai ficar tudo bem, se acalme. Respira... issi.
Rosa: Eu não
consigo...
Claude: Consegue
sim, olha pra mim. Esquece, esquece que ta aqui. Pensa num lugar cheio de
árvores. Agora respira... issi, olha pra mim.
Rosa foi respirando aos poucos, Claude estava conseguindo acalmá-la. Ele olhou nos fundos dos olhos dela que estavam marejados e seu coração acelerou.
Os rostos
dos dois foram se aproximando até seus lábios se unirem. Um beijo que começou
delicado mas logo se tornou um beijo avassalador.
Eles se
perderam naquele beijo que nem perceberam o elevador tornar a funcionar. Claude
apertou Rosa pela cintura e ela o enlaçou pelo pescoço ficando nas pontas dos
pés.
O beijo
foi parando aos poucos, Claude permaneceu com sua testa colada na de Rosa e
olhando os olhos dela.
Rosa se
afastou assustada se encostando na parede do elevador.
Rosa: Nun...
nu... nunca mais faça isso, ta me ouvindo? NUNCA.
Rosa pegou
sua bolsa no chão e ainda desnorteada saiu correndo do elevador.
(22:00 PM- Apartamento de Rosa)
Rosa entrou e foi logo correndo pro seu quarto.
Janete: Rosa,
Rosa! O que foi amiga? O que aconteceu?
Rosa: Nada
Janete, me deixa, me deixa.
Janete: Ai meu
Deus, aí é coisa de Claude Geraldy, aposto.
(22:40 PM – Mansão Geraldy)
Claude tomou um banho e sem sono desceu para a sala.
Dádi: Dr.
Clodis é o senhor?
Claude: Sou eu
sim Dádi.
Dádi: Não ta
conseguindo dormir?
Claude: Non...
Dádi: Pela cara
do senhor aconteceu alguma coisa que te deixou assim.
Claude: O que
aconteceu Dádi, é que eu to pirando de vez. Issi, to ficando lelé da cuca.
Dádi: Ou seja,
alguma mulher te deixou assim. E a única mulher que te deixa assim é a sua ex
Serafina Rosa.
Claude: Olhe, nem
me fale esse nome hã. Nem me fale.
Claude
subiu pro quarto e deitou na cama. Mas Rosa insistia em permanecer em seu
pensamento.
Claude: “Alguém
me explica porque isso ta acontecendo comigo? Com tanta mulher pelo mundo. Com
Nara aí, porque ela tem que ficar no meu pensamento? Será que ela ta bem? Eu
non sabia que ela tinha pânico de lugar fechado. Non, eu non vou ligar pra ela,
non sou maluco. Quer saber? Eu vou é dormir.”
(01:10 AM- Apartamento de Rosa)
Rosa estava deitada na cama chorando. Janete preocupada levantou e foi até o quarto dela.
Janete: Ei, será
que você pode me dizer porque você esta assim? Ta, eu sei que é por causa do
Claude mas posso saber o que aconteceu?
Rosa
sentou na cama e olhou para Janete.
Rosa: Eu to com
medo...
Janete: De que?
Rosa: De estar
me apaixonando pelo Claude...
Janete: Mas você
já foi apaixonada por ele.
Rosa: Eu to
falando de verdade... Hoje a gente discutiu feio como sempre, ai que ódio me dá
de lembrar! Só que quando a gente tava indo embora, faltou energia no prédio e
o elevador parou com a gente dentro.
Janete: Nossa!
Coisa de cinema, e aí?
Rosa: Aí que
você sabe eu tenho claustrofobia e comecei a sentir falta de ar. Ele a
principio nem acreditou, mas depois ele viu como eu estava. Ai Jane, ele me
acalmou de um jeito, mas de um jeito.
Sei lá, um Claude que eu não conhecia sabe. Aí vem a coisa ruim. Ele foi
aproximando o rosto do meu sabe... e... me beijou...
Janete: E isso é
ruim?
Rosa: Lógico
que é! Jane ele é meu ex-marido.
Janete: Tem
certeza que é ex? Você ainda é casada com ele no papel, ou esqueceu que não
pediu divórcio ainda?
Rosa: Casados
apenas no papel... mas ele continua meu ex.
Janete: Ta,
vocês se beijaram e aí?
Rosa: Aí, que
eu o empurrei, gritei e sai correndo de lá.
Janete: Será que
você já não ta apaixonada por ele?
Rosa: Não,
lógico que não. Eu posso ter atração, até porque o Claude não é de se jogar
fora. Mas amá-lo? Não.
Janete: Quer que
eu seja sincera?
Rosa: Claro.
Janete: Eu acho
que está acontecendo agora como deveria ter acontecido no passado. Vocês estão
se conhecendo mesmo brigando. Conhecendo
o lado verdadeiro de vocês. Cara, vocês só ficaram casados por 3 meses, eu
lembro quando vocês se conheceram. Vocês mal sabiam o nome completo um do outro
já foram dormir juntos. Acho que não deram tempo pra nenhum sentimento nascer.
E agora ele ta nascendo e vocês estão ignorando-o mais uma vez.
Rosa: Não, não.
Eu detesto o jeito dele Janete, tudo nele me irrita, o jeito, o cheiro, o
perfume, o sorriso, a voz... é... é... me irrita.
Janete: Aham, me
engana que eu gosto. Mas enfim, já que você diz que “detesta” ele, é bom se
conformar querida e suportá-lo. Vocês trabalham juntos.
(05:30 AM- Mansão Geraldy)
Claude levantou cedíssimo, ou melhor, mal dormiu. Impaciente, agoniado, ligou para Frazão.
Frazão: Quem me
incomoda?
Claude: Sou eu o
Claude.
Frazão: Claude
você sabe que horas são?
Claude: Sei.
Frazão: Espero
que tenha um bom motivo pra me acordar agora.
Claude: Frazon,
vem pra cá agora!
Frazão: Hum, quê
que foi Francês? Tem uma barata aí no seu quarto é?
Claude: Frazon eu
to falando sério, tenho que conversar com você. É importante.
Frazão: Olha só,
tudo escuro ainda. Tudo bem, eu chego já aí.
Claude: Rápido.
(06:40 AM – Mansão Geraldy)
Frazão: Aqui estou eu Frances.
Claude: Senta.
Frazão: É alguma
coisa com a construtora?
Claude: Quem dera
fosse.
Frazão: Então
fala logo.
Claude: Primeiro,
jure que non vai falar pra ninguém issi. Porque eu sei como você é.
Frazão: Ta bom eu
juro.
Claude: Eu
precisava contar issi pra alguém, se non eu ia acabar enlouquecendo.
Frazão: Isso o
que meu querido?
Claude: Você
lembra aquela noite que a gente saiu pro bar, eu bebi demais e você me colocou
no carro com a Rosa?
Frazão: Lembro, o
que é que tem?
Claude: O que tem, é que eu fui parar no apartamento
dela. Nós discutimos...
Frazão: Diga uma
novidade.
Claude: Posso
falar?... Aí nós discutimos, só que eu non sei o que aconteceu, non sei o que
me deu. Eu a puxei e a gente se beijou.
Frazão: Francês
não perde tempo mesmo hein.
Claude: Non foi
só issi... depois do beijo a gente... a gente transou.
Frazão: O QUE?
Meu querido se eu não tivesse ouvindo da sua boca, juro que não acreditaria.
Você e a Rosa transaram? Ah, mais deve ter sido uma coisa bem selvagem.
Claude: Eu non
vou te dizer como foi hã. Só sei que eu non consigo tirar aquela noite da
cabeça. Chegamos a concluson que issi só aconteceu porque estávamos bêbados. Aí
ontem discutimos sobre issi, ela me falou umas coisas que só de lembrar da
vontade de esganar aquela mulherzinha. Só que eu fiquei mais tarde na empresa e
ela também, quando íamos pra casa faltou energia e acredite o elevador parou
com nós dois dentro.
Frazão: To vendo
que o elevador vai ta todo quebrado. Brigaram dentro dele também?
Claude: Non, pelo
o contrário a gente se beijou, ou melhor, eu a beijei, mas ela aceitou o beijo.
Antes que pergunte, deixe eu explicar. A gente ficou la esperando a energia
voltar, só que aí, a Rosa tem pânico de lugar fechado, enton ela começou a ter
uma crise de falta de ar. No inicio, pensei que fosse brincadeira, mas depois
vi que a coisa era séria. Enfim, tentei acalmá-la. E confesso a você, eu vi uma
Rosa que nunca tinha visto. Uma Rosa frágil, delicada... E pronto, non sei o
que me deu simplesmente a beijei. Só que ela, claro, depois de se deliciar com
o papai aqui, me empurrou e saiu correndo feito louca.
Frazão: E isso ta
te agoniando porque?
Claude: Porque?
Mon Dieu porque? Porque... eu non consigo tirar aquela maluca da minha cabeça.
Frazão: E por
isso você me chamou a essa hora Claude?
Claude: Eu
precisava falar com alguém hã.
Frazão: Era só me
dizer: “ Aí Frazão eu to apaixonado pela Rosa”.
Claude: Que
issi... hã... apaixonado o que hã? Ta maluco? Bebeu água de chocalho?
Frazão: Como não
Claude? Tu transa com a mulher porque? Porque não resistiu a ela. Tu briga com
ela porque? Porque ela é tão perfeita pra você que chega a te irritar. Você
beijou ela porque? Porque sentiu a necessidade de protegê-la e o beijo foi o
que o seu corpo automaticamente fez pra isso. E agora não tira ela da cabeça.
Simples Frances l’amour.
Claude: Que amor
o que Frazon. Eu já tive o que tinha pra ter com a Rosa.
Frazão: Tem
certeza? 3 meses de brigas. Claude sinceramente eu acho que nem você, nem ela
deram tempo de algum sentimento nascer entre vocês. Cara, você mal conhece sua
mulher.
Claude: Que
mulher hã?
Frazão: A Rosa,
ela ainda é sua esposa.
Claude:
Engraçadin você.
Frazão: Ta bom
Frances, mesmo sendo sua ex, você nunca a conheceu. E talvez estejam se conhecendo
e se apaixonando agora.
Continua...
Uma dica: se você coloca 22:40 , não faz sentido está escrito PM, coloque 10:40 se for colocar o PM
ResponderExcluirÉ eu sei disso, mas na época que escrevi nem me liguei no enooorme detalhe, mas obr pela dica. Só q como não estou guiando as postagens e enfim já esta escrita não tenho como alterar, mas ngm vai se importa, creio eu.
ExcluirObr mesmo assim =)
Joy, me divirto muito com esse quarteto: Rosa, Claude, Frazão e Janete, os diálogos são hilários, principalmente as respostas de Frazão para Claude! E essas discussões do casal, são demais! Amei essa cena do elevador, linda! Espero ansiosa a continuação. Bjs.
ResponderExcluirEita que tem mto chão ainda. Vim conferir os comentários e responde e lendo notei q ainda falta mta coisa p rolar. Me diverti mto escrevendo ela, algumas cenas tive auxilio da Liza.
ExcluirBjs continue lendo.