X
-
Non... Eu non vou pô-la no chão...
Claude
atravessou o pátio com Rosa em seus braços... Essa parecia ser a melhor opção
no momento.
-
Droga, Claude! Você não devia brincar assim comigo! Não precisava fazer o que
fez pra me mostrar novamente que “sou
mulher”!
Desviou
o olhar para ela. Não conseguiria dormir
se a deixasse pensar assim. Respirou fundo em busca de controle.
-
Eu nunca brincaria contigo dessa maneira, gatinha...
-
Você é um ser desprezível! – Diz Rosa, sem muito controle na voz e nos
pensamentos – Uma hora diz que me quer, depois me deixa na saudade...
-
Se vai ficar na saudade, a culpa é sua! Por que bebeu tanto daquele jeito?
Queria provar o quê se comportando como uma... “piriguete” com aquele cantorzinho atrevido?
-
Piriguete? Quem você pensa que é? Ele
estava apenas sendo gentil comigo. E por que não me põe no chão? Eu posso andar
sozinha!
-
D’accord! – Diz Claude, colocando-a no chão no meio da escada. – Continue até
seu quarto, enton, sem cair!
Rosa
virou-se para ele. Queria dar-lhe uma resposta à altura! Mas ao girar para um
lado, sua cabeça girou “para o outro” e estendeu os braços apoiando-se
novamente em Claude.
-
Isso é gentileza, gatinha... – Fala com
a voz suave, pegando-a nos braços e entrando no quarto.
-
Não me deixe! - Rosa murmurou quando Claude a colocou sobre a cama, evitando o
contato de seus braços.
Mas
não pode evitar o contato visual. Nem o inesperado movimento que Rosa fez,
passando seus braços pelo pescoço dele e colando suas bocas.
Mas
Claude foi o primeiro a se afastar...
-
Eu quero você, gatinha! Mas é melhor pararmos por aqui. Você non está sóbria o
suficiente para saber o que está fazendo. Amanhã poderá arrepender-se e seria
tarde demais...
Rosa
sentiu o rosto queimar de vergonha. Estava se oferecendo e ele a rejeitava...
Reuniu seu orgulho ferido e disse:
-
Tem razão novamente! Devo estar fora do meu juízo! Mas não se preocupe, não vai
acontecer mais!
-
Vai sim. Sabemos exatamente o que vai
acontecer entre nós. É só uma queston de
acertarmos o ponteiro, chérie. - Ele
respirou fundo e virou-se antes que a tentação fosse forte demais e o fizesse
ficar ali.
Quando
despertou na manhã seguinte, Rosa sentiu-se profundamente deprimida com a
lembrança da noite anterior. Sua
consciência a lembrara a noite toda que havia deixado a situação fugir do
controle entre Claude e ela.
Havia
se rendido ao desejo e seus valores estavam despedaçados. Lembrou-se das carícias
no estacionamento e tremeu. Continuava fraca e absurdamente ansiosa por ele!
-
Sua estúpida! – Pensou, empurrando os lençóis com os pés e levantando-se
rapidamente. A cabeça doeu. – Um banho e
um café! É tudo que preciso no momento.
Minutos
depois, já estava descendo a escada e
alcançando a mesa do café, onde Elisabeth já estava e pareceu contente quando a
viu e fez um comentário sobre a noite anterior:
-
Então, darling... Resolveram o problema do excesso de energia? – pergunta
Elisabeth com um sorriso curioso. – Dadi, traga mais café, por favor!
-
Não houve nenhum excesso de energia entre nós, titia. O que houve foi que Rosa
cedeu aos seus conselhos e bebeu demais. – Diz Claude, sentando-se à mesa e
deixando Rosa ainda mais vermelha com essa colocação.
-
Sua tia não me forçou a nada. – Responde mesmo assim. – Sou maior de idade e
posso perfeitamente tomar minhas próprias decisões!
-
Como subir num palco e se expor daquela maneira? Se queria ser notada,
parabéns! Você foi a sensaçon do bar!
-
Ah! Isso causou preocupação com minha pessoa ou com a reputação de vossa
senhoria?
-
Você non percebe o risco que correu, non é mesmo, gatinha?
-
Eu estava muito bem até você me tirar de lá como um troglodita do tempo das
cavernas faria!
-
Você non reclamou quando ficamos no estacionamento nos divertindo... Pelo contrário, hã? Você teve uma participaçon e tanto!
-
Misericórdia! Isso não vai prestar, dona Elisabeth! – Fala baixinho Dadi,
colocando o café na mesa, enquanto os dois continuavam a trocar farpas.
-
Se acalme, Dadi! Nós duas sabemos onde isso vai parar, não é mesmo?
-
Como você mesmo disse, eu bebi demais, portanto, não tinha noção do que fazia!
-
O que você tanto cochicha com Dadi, titia?
- Fala Claude impaciente.
-
Que a aura de vocês está confusa! Desequilibraram a energia vital um do
outro... – Diz olhando o fundo da xícara de café que Claude tomara.
-
Mon Dieu! Era só o que faltava! Agora você é vidente também?
-
Xiiiiiii! Quieto, Claude Antoine! Vocês precisam canalizar essa energia, mandá-la
de volta ao astral! Ela está contaminada.
Um banho de cachoeira iria fazer uma limpeza e tanto! – Diz, enquanto
segurava a mão dos dois e as juntava – Sintam-se! Aummmm... Aummmm
-
Eu non/não sinto nada ! – Exclamam os dois ao mesmo tempo, separando as mãos.
-
Não fujam da verdade só porque ela os assusta! Façam amor, não façam guerra!
-
Acho melhor eu ir cuidar da casa da piscina! – Diz Rosa sem deixar de olhar
para Claude, saindo dali apressadamente.
-
Tia Elisabeth! O que pensa que está fazendo?
-
Abrindo seus olhos, mon amour! Aceite que se apaixonou por ela e deixe
acontecer...
-
Quem non deixa acontecer é o destino, hã? - Diz levantando-se – E non tem nada
a ver com paixon - E sai da mesa também.
Nos
dias seguintes, tanto Claude quanto Rosa se evitaram. Mas não podiam fugir de
suas funções. As reformas estavam adiantadas e logo estariam na fase de acabamento.
A casa da piscina estava limpa e pronta para ser reformada.
Numa
noite, após o jantar, os três, Elisabeth, Claude e Rosa estão na varanda,
apreciando a noite pantaneira.
Aquela
noite estava extremamente iluminada com a lua redonda e cheia, fazendo as
estrelas cintilarem como diamantes. As damas da noite, arbustos com flores
noturnas de coloração pálida e intensamente perfumadas, refletiam a luz da lua,
atraindo os insetos com seu pálido reflexo e odor penetrante.
Havia
damas da noite em toda a volta da casa, formando uma cerca viva.
-
Tia Elisabeth - Fala Rosa - Preciso que me diga como quer que eu pinte a casa
da piscina, as cores, se vai querer texturas, a disposição dos móveis
reservados...
-
Darling, eu quero que faça como se você fosse morar lá! Confio na sua
competência e no seu gosto. Sei que será capaz de usar sua intuição...
-
Mas...
-
Nada de mas, mon cher! Eu sei o que digo, all right?
-
Melhor non discutir com ela, Rosa. Você pode desequilibrar o ambiente...
-
Claude Antoine! Seu mau humor não vai me aborrecer esta noite. Não está vendo,
sentindo a perfeição do momento?
-
Non, só estou sentindo o perfume de umas flores muito enjoadas, hã? Eu acho que
vou até espir... Atchin! Atchim!
-
Ah, Claude! Eu preciso falar, tive uma
ideia para a fachada das casas... que tal a gente padronizá-las com texturas
semelhantes à dos bichos aqui do pantanal?
-
Oh, my God! Você é genial, Rosa! Não
falei que sua intuição é conectada ao cosmos? – Fala Elisabeth, fazendo gestos
e trejeitos.
-
Explique melhor essa ideia, Rosa. – Diz Claude, antes erguendo o olhar diante
do que ouve e espirrando novamente.
-
São dez casas que serão transformadas em chalés. Poderíamos dar um nome a cada
um deles, por exemplo, Chalé Arara-azul. A fachada seria pintada nas cores e
imitando a textura das penas da arara. Ou podemos fazer uma grafitagem da arara
mesmo.
-
Interessante, gatinha... Continue.
Rosa
desistira de pedir a Claude que não a chamasse de algo que não era.
-
Poderíamos colocar uma ficha técnica com informações sobre o bicho: habitat,
costumes, risco de extinção, etc.
-
D’accord! Seria fácil de ser identificada tanto pelos futuros turistas quanto
pelos empregados da fazenda... É uma boa ideia!
-
É uma excelente ideia, Claude! Animais têm a energia pura da Terra, são
poderosos aliados... Infelizmente, a maioria das pessoas não entende isso...
-
Posso viabilizar, então? Eu já fiz até uma lista dos bichos aqui do pantanal,
os mais tradicionais e em maior risco de extinção.
-
Posso dar uma olhada nela?
-
Claro! Um momento, eu deixei lá no
escritório. – Fala, indo rapidamente buscar a lista.
Em
silêncio, Claude analisa a lista
“Aves:
arara-azul grande, tuiuiú, tucano, periquito, garça-branca, jaburu, beija-flor,
socó, ema, seriema, papagaio, gavião, curicaca; mamíferos: onça-pintada,
capivara, lobinho, veado-campeiro, veado-catingueiro, lobo-guará, macaco-prego,
cervo do pantanal, porco do mato, tamanduá, cachorro-do-mato, anta,
bicho-preguiça, ariranha, suçuarana, quati, tatu e muitos outros; peixes:
piranha, pacu, pintado, dourado, cachara, curimbatá, piraputanga, jaú e piau; répteis:
jacaré, sucuri, jibóia, cobra-d’água, camaleão, calango-verde, jabuti, cágado.”
Depois
de ler, levanta a cabeça, perguntando:
-
Já escolheu os animais?
-
Não, esperava fazer isso com você e com seu pai, para não haver erros, mas eles
resolveram ficar mais uns dias em Campo Grande...
-
Tenho certeza que você escolheria muito bem sozinha, mas podemos ver isso em
outra hora?
-
Claro. Ainda temos uma folga no cronograma da obra...
-
Como foi que surgiu essa ideia, darling? - Pergunta Elisabeth curiosa.
-
Foi ontem, antes de dormir, quando eu finalmente consegui retirar o cartão de
memória da minha câmera. Eu tirei algumas fotos pelo caminho até aqui,
inclusive estava filmando uma arara azul quando... quando fui atropelada e
jogada barranco abaixo e a câmera foi danificada...
-
Oh, yes! Está se referindo ao episódio em que o destino jogou Claude aos seus
pés! Literalmente, hã?
-
Como sabe disso? – Claude e Rosa perguntam ao mesmo tempo, olhando-se em
seguida e exclamando – Janete!
-
Aquela... alcoviteirazinha! – Diz Claude
- Vou te contar, hem?! Ela non perde por esperar!
-
Pode apostar que não! Conclui Rosa. – Será que ela contou a seu pai e Joanna
também?
- Eu gostaria de ver essas fotos, se não se
importar, darling... E sim... ela contou
quando estávamos na piscina um dias desses... – Fala calmamente Elisabeth.
-
Maldiçon! A essa altura até Frazon deve estar sabendo disso! Eu mato Janete!
-
Não prefere que eu mesma faça isso? – Pergunta Rosa, olhando para Claude e
sorrindo ironicamente.
-
Maravilha! Já estão fazendo planos em conjunto! – Exclama Elisabeth.
-
Planos em conjunto... Titia, você non contou isso a Rodrigo, non é? – Indaga,
ignorando o comentário dela.
-
Keep calm, honey! Ohhh! Mon Dieu!
Falando em bichos, tem um me perseguindo... Xô! Xô – Fala e abana as mãos
tentando espantar um inseto que a rodeava.
-
É só uma mariposa, tia Elisabeth. Ou uma bruxa como se diz em Portugal. Na certa, pensa que você é uma delas... Ou
foi atraída pela sua “luz interior”, hã?
– Claude diz displicentemente.
-
Claude! Que maldade com sua tia! – Rosa o repreende.
-
Oh, darling, thank you! Quanto a você
mocinho, muito cuidado, uma “bruxa como
eu” zangada é dez vezes mais poderosa... Quanto à minha luz, ela vai
iluminar o seu caminho, tenha certeza disso! Eu vou buscar um suco, alguém
quer?
-
Não/Non – Falam quase ao mesmo tempo.
Elisabeth
entra na casa. Depois de um breve silêncio...
-
Eu quis parecer engraçado, mas acho que magoei tia Elisabeth, comparando-a a
uma mariposa.
-
Mariposa? Você a chamou de bruxa, mesmo! Mas sua tia é do tipo de pessoa que
não guarda mágoas... Ela é “zen”. E
falando em mariposas... Claude eu tenho uma curiosidade, por que a fazenda tem
o nome de Borboleta Azul? – Indaga Rosa.
-
Você non gosta de borboletas?
-
Eu? Eu adoro borboletas e mariposas!
Desde o dia em que eu li o livro de Lúcia Machado de Almeida - O caso da
borboleta Atíria . Eu devia ter uns dez anos... Você já apreciou o voo de uma
borboleta? A maneira como ela abre e fecha suas asas... é incrível... Tão
delicado e, ao mesmo tempo, tão majestoso...
-
Tem razon... borboletas son verdadeiras obras primas da natureza...
-
Eu consegui fotografar algumas durante o caminho... Droga, estou ficando
repetitiva! Mas você não me respondeu...
-
Por que non damos uma volta pelo jardim? Eu te conto a trágica história de
minha vida que deu origem ao nome da fazenda, d’accord? – Fala, ficando em pé e
estendendo a mão para ajudá-la a se levantar.
-
Por que não? O jardim parece encantado com a luz do luar... – E segura na mão
que Claude lhe oferecia.- Mas e sua tia?
-
Ela virá atrás de nós... Como uma mariposa atrás de luz, hã?
-
Se a minha câmera não estivesse avariada, eu iria fotografar essas mariposas...
– Diz num impulso, sem notar o olhar de admiração que Claude lhe lançava.
Mas
Claude se enganara. Eles já estavam descendo o último degrau, quando Elisabeth
os vê pela vidraça da janela...
-
Honey, what are you doing here? (Querida,
o que estás a fazer aqui?) – Fala
consigo mesmo, Elisabeth. - Hora de
deixar os pombinhos em paz, hã? – E vai para o seu quarto.
-
Então... O que aconteceu de tão trágico em sua vida? – Pergunta, enquanto caminham
pelo jardim que praticamente circulava toda a casa.
-
Non é fácil admitir isso, hã? Minha mãe era bióloga e ensinou-me a amar os
animais – todos eles – e que eles devem ser livres... Enton, um dia, eu devia ter uns nove ou dez
anos, a professora de ciências naturais pediu que levássemos borboletas vivas
para estudar sua anatomia. Eu levei uma linda borboleta azul, a favorita de
minha mãe. Mas aí, ela resolveu fazer uma coleçon com elas. Ela ia espetar um
alfinete em cada uma das borboletas que levamos. Você consegue imaginar o que
eu senti?
Rosa
olha para ele, sem nada dizer. Incrível, mas conseguia. Claude percebeu isso e
continuou...
-
Eu tentei argumentar, mas ela insistiu que aquilo fazia parte dos estudos...
Enton, planejei libertá-las. E foi o que fiz durante o intervalo: soltei todas!
E ganhei uma advertência e uma visita à diretoria, onde meus pais já me
esperavam.
-
Pobre Claude! – Lamenta Rosa. - E o que aconteceu depois?
-
A diretora fez um longo sermon e queria que eu dissesse que estava arrependido.
Eu disse que faria tudo de novo. Levei uma semana de suspenson e tive que fazer
uma pesquisa sobre elas para apresentar à turma.
-
Não vejo onde isso é trágico! Elas devem
ter ficado agradecidas a você.
-
Rosa... Por muito tempo fui chamado de “o
garoto das borboletas”. Isso foi trágico. Havia uma certa maldade
quando falavam isso. Feria a minha integridade... masculina.
-
Isso tem um nome: bulling!
-
D’accord! Acabei mudando de escola por conta disso. Nessa época, meus pais
estavam se separando e eu achava que era culpa minha... Mas com o tempo, a história virou uma lenda
em minha casa.
Claude
sentindo-se culpado por alguma coisa? Isso era difícil de imaginar, pensa Rosa.
-
Bem, pense pelo lado positivo... Você aprendeu muito sobre as borboletas! O que
ainda lembra?
-
Basicamente quase tudo! Rsrsrsr... O trabalho valeu a minha nota do semestre.
-
Então... fala um pouco delas pra mim...
A
essa altura, eles já haviam percorrido metade do contorno da casa e estavam na
lateral dos quartos.
-
Voilá! Já que estamos falando da borboleta azul, eu posso dizer que elas son do
gênero Morpho e eston entre as mais belas do mundo, sendo encontradas na region
neotropical, principalmente nas florestas tropicais da América do Sul. Eram
adoradas religiosamente pelos astecas e incas... E o tom azul non é natural, as
escamas da Morpho son pardas ou ocres, mas a luz, ao penetrar nos alvéolos
cheios de ar que atapetam as escamas, produz, pela decomposiçon da luz,
tonalidades azul-turquesa ou cobalto, acetinadas e metálicas.
-
Está vendo? Não foi tão trágico assim... Ai! – Diz ao sentir uma mariposa
colidir com ela. – Estou sendo atacada por uma mariposa! E tenta retirá-la do
seu cabelo.
-
Espere... Deixa que eu faço isso, hã? – Diz Claude, separando a mecha de
cabelos onde a mariposa se enroscara e libertando-a sem feri-la. - Pronto! Essa
é a diferença ente elas: mariposas, em sua maioria, têm hábitos noturnos, voam
e se alimentam à noite. As borboletas, por sua vez, realizam suas atividades
durante o dia. – Diz, tentando ajeitar o cabelo de Rosa com os dedos numa
proximidade perturbadora.
No
silêncio que se seguiu, só se ouvia a respiração dos dois sob a cantoria de
alguns grilos...
-
Sabe como as borboletas se comunicam? – Pergunta Claude com a voz rouca...
-
Não – Murmura Rosa, incapaz de falar mais alguma coisa diante do olhar
hipnotizante que Claude lhe proporcionava...
-
Algumas espécies se comunicam também através do uso do som... Mas todas se comunicam
principalmente por meio de sinais químicos... Como nós, minha doce
gatinha... – Diz, inclinando a cabeça
até colar seus lábios aos dela...
Em
seu quarto, Elisabeth se afasta da janela...
-
Rien de plus nutritif que l'amour! (Nada
mais nutritivo que o amor!) Sweet dreams,
honey... (Bons sonhos, querida.) – Diz a si mesma, enquanto se deita para
dormir...
Continua...
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