CAPÍTULO
XXI – AMOR PERFEITO
Claude
vai para a construtora. Rosa fica andando em círculos pelo quarto. Senta. Volta
a andar.
R:
“Você só pode estar de TPM” – Ela recorda as palavras dele. “O Claude que é um
grosso! Não percebeu meu sofrimento! Meu Deus o que eu to dizendo?? Ele tem é
muita paciência comigo! Eu sei que ele não tem culpa de tudo isso, mas de
repente ele me irritou! Céus, o que está acontecendo comigo?”
D:
D. Rosa, eu trouxe o lanche... a senhora precisa se alimentar!
R:
Dadi, leva isso... eu não tenho vontade de comer, desculpa! Põe na geladeira,
depois eu tento comer. – Ela fala vendo a carinha triste de Dadi. - Foi o
Claude que mandou você trazer, não foi?
D:
Foi sim, D. Rosa, antes de sair, ele me pediu isso.
R:
Ele saiu????
D:
Foi pra construtora. Mas disse que não demora. A senhora quer um chá, assim pra
relaxar um pouquinho?
R:
Não. Dadi, eu vou tentar dormir. Obrigada viu!
Dadi
volta pra cozinha com o lanche. Olha pra ele e diz “Eu acho que quem vai te
comer depois sou eu”!
Na
construtora.
Claude
entra na sala Janete e Frazão se assustam:
F:
Claude?! Você não disse que ia ficar com a Rosa? Aconteceu mais alguma coisa
com ela?
C:
Aconteceu Frazon! Muita coisa! – Diz ele nervoso.
F:
E o que foi que aconteceu? Tem a ver como que o Julio falou?
C:
Sim. Eu vou contar pra vocês... blá... blá... blá... blá... e foi isso.
F:
Coitada da Rosa! Imagino como ela não está se sentindo perdida! E pelo jeito,
vocês discutiram!
C:
Frazon, a Rosa me mandou sair de perto dela! Assim do nada! Primeiro pediu pra
eu ficar com ela no quarto. De repente começou a chorar e me expulsou de lá! Eu
entendo que ela tá sensível pelo que descobrimos, mas isso já é demais! Ela
deve estar é na T`PM!
Janete
que até então só ouvia, dá uma tossidinha.
J:
HUM, HUM... ÉEE desculpa Claude, mas eu to aqui!
C:
Perdon, Janete, mas sua amiga me deixou assim, hã?
J:
Bom, já que você veio até aqui, aproveita e confirma para qual banco devemos
pedir a transferência do dinheiro. Eu conversei com todos os gerentes e o que
mais nos deu privilégios foi esse banco aqui... nós já trabalhamos com ele em
outras ocasiões.
Claude
dá uma lida nas planilhas.
C:
Perfeito! Pode confirmar com eles enton, Janete!
J:
OK. Então eu vou até o banco, resolvo a abertura da conta em nome da Rosa e
aguardamos a transferência pelos americanos. – Ela olha para o relógio e
continua – Já são mais de três horas... de lá eu vou ver a Rosa. Algum
problema?
C:
Nenhum. E obrigado Janete! Você além de uma ótima amiga está sendo uma
excelente profissional!
J:
Tá ouvindo isso, Frazão? Elogio é bom e eu gosto, viu! – Ela sai.
C:
Hummm, acabou a lua de mel, mon ami?
F:
Há, há, há... eu acho que ela também ta de TPM, viu!
C:
Bom... eu vou até a casa de Roberta. Vamos?
F:
Tá louco, francês? Se vou lá sem Janete, to morto! Esqueceu que Alabá mora lá
também?
C:
Oui, oui! Enton eu vou sozinho mesmo. Até mais.
Claude
chega à casa de Roberta.
Rob:
Claude! Que bom que vocês vieram! – Mas percebe que Rosa não está com ele. –
Ué? Cadê Rosa?
C:
Rosa ficou em casa! Eu vim sozinho!
Rob:
Mas por quê? O que ouve?
Claude
conta tudo para Roberta, até chegar o momento em que Rosa o mandou embora do
quarto.
C:...
e eu non entendo essa atitude de Rosa! Eu queria ficar com ela, protegê-la...
Rob:
Claude, você está olhando de fora toda essa situação! Por isso é mais racional!
Já Rosa... Meu Deus! É muita coisa pra uma pessoa só! Eu estaria pior ainda no
lugar dela! Acho que teria quebrado muita coisa!
C:
Você ta querendo dizer, educadamente que eu sou insensível, hã?
Rob:
Não, meu querido! Ela está em crise, só isso, dá um tempo pra ela se recuperar
desse golpe! O amor de vocês é tão lindo! Por que você não faz uma surpresa pra
ela?
C:
Surpresa?
Rob:
È... leva algo que vocês curtiram juntos ou que tem um significado que só vocês
sabem... algo romântico de preferência.
C:
Boa idéia, Roberta! Obrigado. Você sempre me socorrendo, hã?
Rob:
Não é pra isso que servem os amigos?
C:
Mas mudando de assunto e o filme, como vão as locações?
No
apartamento Janete conversa com Rosa.
J:
Ah, minha amiga! Eu queria tanto poder fazer algo por você!
R:
Já ta fazendo Jane! Está me escutando! E eu sei que estou insuportável, chata,
mesmo. Já devo ter repetido muiiitas vezes a mesma coisa!
J:
Olha até a Dadi tá preocupada, hem? Vamos descer, você come alguma coisa... e a
gente continua o papo!
R:
Mas o que eu faço com o Claude?
J:
Amiga?! Isso é pergunta que se faça? Você sabe muito bem o que fazer, né!
R:
É... eu pisei na bola, com ele... Mas eu vou consertar essa situação, eu vou
pedir desculpas pra ele!
J:
Pedir desculpas não é bem o que eu estava sugerindo, Rosa! Vamos descer, você
come, depois toma um banho e se produz bem sexy pra ele, hum? Que tal? Ah,
manda a Dadi pra um cinema...
Elas
descem, Dadi serve o lanche para Rosa. Ela dá uma mordida, mas não engole,
corre e cospe no lixo.
R:
Dadi... eu acho que esse queijo azedou de tanto ir e vir! – Dadi experimenta um pedaço e não
sente nada.
D:
Não, D. Rosa... tá normal.
R:
Ah, não vou comer ele não... – Abre a geladeira e pega um pote de geléia. – Eu
vou comer banana com essa geléia de goiaba. Ela pica a banana em rodelas e
cobre com muita geléia.
Janete
e Dadi ficam olhando ela comer sem acreditarem. Elas se olham e sorriem uma pra
outra.
R:
Nossa... muito bom! Quer experimentar, Jane?
J:
Não... obrigada.
R:
Dadi, você pode tirar a noite de folga, viu? Vai aí pra uma balada, um
cineminha...
D:
Já entendi D. Rosa. Não se preocupe que eu vou voltar bem tarde! Melhor ainda,
eu vou dormir na casa de minha irmã e volto logo cedinho.
R:
Perfeito, Dadi. Eu te amo, viu!
Elas
voltam ao quarto e Janete conversa mais um pouco com Rosa.
J:
Rosa... O Claude quer um filho, não?
R:
Sim... Porque, Jane?
J:
Você pensou que já pode estar grávida? Essas mudanças de humor, comer banana
com geléia de goiaba... sentir gosto esquisito é coisa de mulher grávida...
R:
Será? Pensando bem... eu tenho andando
com muito sono ultimamente...
J:
Bom, eu já vou amiga! Dá um tempo pro seus problemas e curte a noite com seu
marido!
Rosa
acompanha Janete até a porta.
D:
D. Rosa, deixei tudo arrumado. Eu vou até a casa de minha irmã. Volto amanhã
cedinho! Qualquer coisa o telefone dela ta na agenda.
R:
Divirta-se, Dadi... e obrigada!
D:
O que eu não faço pra ver vocês dois bem, hem? Rsrsrsrs Tchau D. Rosa.
R:
Tchau, Dadi!
Rosa volta ao quarto toma um banho demorado,
coloca um baby doll branco, escova os cabelos, e desce. De repente, ela resolve
fazer alguma coisa pra comer. Ela coloca o avental de Dadi e começa a preparar
uma massa pré-cozida que achara na geladeira.
Claude
chega e vê que ela está na cozinha. Fica por alguns segundos observando-a, sem
que ela perceba. Mas seu celular toca e chama a atenção de Rosa. Claude,
virando os olhos, pensa “a essa hora... só pode ser Frazon...” ele abre o
celular e confirma seu pensamento e sem nenhum remorso envia uma mensagem pra
ele: “Vai ver se tem pingüim no deserto, Frazon...” e desliga o celular.
Rosa
dá um lindo sorriso pra ele:
R:
Eu dei o noite de folga pra Dadi, tudo bem? – Pergunta da cozinha mesmo.
C:
Oui, perfeito, hã? Eu vou tomar um banho, e já desço, chérie.
R:
Isso! Assim você me ajuda! Amor, você vai levar essa caixa de isopor pro quarto?
C:
Ah... son alguns objetos que eu trouxe do escritório, non encontrei outro lugar
pra por. Eu volto logo pra você! – Ele desconversa.
Ele
toma um banho rápido, coloca o roupão, mas demora um pouco mais no quarto.
Finalmente
ele desce e vai até Rosa. Só então percebe que ela está de baby doll.
C:
Mon Dieu! Acho que vou dispensar Dadi todas as noites... – E se aproxima dela,
ficando por trás, enlaçando sua cintura, enquanto desliza sua barba pelo
pescoço de Rosa, provocando-a.
Ela
pára de mexer o tomate na panela e se volta para ele:
R:
Eu quis fazer um jantar de reconciliação... você me desculpa por hoje à tarde?
Eu não sei o que me deu!
C:
Esquece essa tarde, hã? – E desce sua boca para encontrar-se com a dela,
beijando-a, numa intensidade que não deixava dúvidas do desejo que sentia por
ela...
R:
Hummm... que.. cheiro... é esse? – Diz Rosa pausadamente...
C:
Tomate... – sussurra Claude sem parar de beijá-la...
R&C:
Tomate queimado! Eles caem na risada, tiram a panela do fogão e desligam o gás.
C:
Mon Dieu! A Dadi acaba de perder uma panela! – Se volta pra Rosa, enfia suas
mãos pelos cabelos dela e pergunta roucamente: Onde foi que paramos mesmo?
R:
Bem aqui – E oferece seus lábios a ele, que a pega em seus braços, saindo dali.
R:
Pra onde você vai me levar?
C:
Pra cama...
R:
Pra cama? Mas não é hora de dormir ainda...- Diz “ingenuamente.”
Ele
continua, sobe a escada e diz:
C:
Dormir, chérie... é a última coisa que faremos esta noite...
Assim
que entram no quarto, Rosa se emociona: Claude havia decorado o quarto com
velas, que estavam acesas e deixavam o ambiente perfumado. Na cama um coração
feito com pétalas de rosas vermelhas. Ao lado da cama um pequeno balde com
gelo, champagne , uma única taça e uma
rosa vermelha.
R:
Claude... isso não vale... eu é quem ia te seduzir hoje... E você fez tudo isso
pra me seduzir!
C:
Devo confessar que tive uma pequena contribuiçon na idéia... Mas você... - Ele
a beija.. - você já me seduziu quando nos conhecemos, hã? Diz bem pertinho do
ouvido dela, fazendo Rosa se arrepiar... – Vem... essa noite tem que ser
perfeita...
Depois...
Ah! Depois seus corpos repousam, exaustos pelo amor, mas cúmplices do prazer...
Sônia que romântico! Gostei muito! E será que vem bebê por aí? Muito bom! Bjs
ResponderExcluirSônia adorei esse capitulo estou contando os minutos para ler os próximos capitulo . Bjks chérie
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