No capítulo anterior...
Rosa: A quanto tempo eu não me sentia assim tão feliz.
Claude: Eu também.
Rosa: Sei, você deve estar falando isso só pra me agradar.
Claude: Non, que issi, non. Porque você pensa
issi?
Rosa: Sei lá, esse final de semana. Eu fico esperando que você vá rir da
minha cara a qualquer momento e dizer que estava só curtindo comigo.
Claude: O que eu tenho que fazer pra provar a
você que estou sendo sincero. Serafina eu to sendo eu mesmo.
Rosa: Então eu to conhecendo o verdadeiro Claude?
Claude: Poucos conhecem, rs.
Rosa: Eu gostei dele.
CAP – 16
(Uma Rosa com Amor © SBT 2011
Todos Os Direitos Reservados.)
Depois de caminharem por um tempo, deitaram na grama entre as árvores.
Claude: Há quanto tempo non faço isso.
Rosa: Eu gostava de deitar assim e ficar imaginando desenhos nas nuvens.
Claude: Tipo aquela que parece um cavalo.
Rosa: Não parece um cavalo, parece uma foca.
Uma leve brisa soprou fazendo Rosa se arrepiar mais do que já estava.
Rosa: Nossa senti um arrepio, rs.
Claude: Oh, mon Dieu vem cá, calor humano, hã.
Rosa: Hum, abraço é? Isso é coisa de namorados.
Claude: Mas nós já somos casados non tem
problema.
Rosa: Não senhor, nós nos separamos.
Claude deu um sorriso tímido e seu olhar mergulhou no de Rosa. Ela o
encarava de uma forma intensa, seu coração batia a mil e ela podia sentir o de
Claude com a mão em seu peito.
Rosa: Aquilo ali é uma goiabeira? Nossa, quando eu era criança eu adorava
subir no pé e tirar goiaba na hora pra comer. Vamos ali. (disse desviando o
olhar e se levantando)
Claude: Odeio goiaba. (disse a frase clássica)
(11:15 – Ibirapuera/SP)
Claude foi à procura de um guichê de banco para sacar dinheiro. Rosa
sentou-se sobre o paletó dele, que gentilmente ofereceu para que ela não
sujasse o vestido branco.
Rosa olhava o lago enquanto o aguardava. Claude se aproximou e sentou ao
seu lado com uma rosa vermelha na mão.
Claude deu aquele sorriso com aquela risada e Rosa sorriu surpresa.
Rosa: Eu nunca pensei que alguém pudesse se divertir tanto quanto eu hoje.
Claude: É, e agora onde é que você quer ir?
Rosa: Pra ser sincera, acho que eu não quero ir pra lugar nenhum. Por mim eu
ficaria por aqui pra sempre.
Claude: Ok, por aqui pra sempre, vamos morrer
de fome. Você non quer ir comer em algum lugar?
Rosa: Rsrs, não.
Claude: Non ta cansada?
Rosa: Hamm, não! Eu to feliz.
Claude: Passear de pedalinho?
Rosa: Não, rsrs! Eu quero ficar aqui, exatamente aqui olhando tudo. Pra poder
me lembrar direitinho como foi o dia de hoje.
Claude: Esse dia ta sendo assim tom importante
pra você?
Rosa: Está! Esta sendo o dia mais feliz da minha vida.
Claude ficou sério, olhou intensamente pra Rosa.
Rosa: Que bom que eu to passando ele com você. Porque às vezes coisas
incríveis acontecem com a gente. Mas a gente só percebe depois que aconteceu,
depois que o tempo passou. Comigo é assim, mas hoje não. Hoje eu to feliz, eu to
contente. Eu tenho consciência disso.
Então, eu quero guardar direitinho na memória. Pra me lembrar de cada
detalhe.
Claude: Você é uma mulher surpreendente. Mas um
cachorro quente pelo menos?
Rosa: Ta bom, vamos comer alguma coisa.
(15:40 – Ibirapuera/SP)
Claude e Rosa se divertiram muito aquelas horas no parque, caminharam,
comeram, beberam água de coco, conversando sobre coisas da construtora, coisas
da vida.
Claude:Vamos?
Rosa: Hum, adoraria ficar aqui, mas já esta tarde.
Claude: Vou te fazer uma proposta.
Rosa: É, que proposta?
Claude: Que tal essa noite você dormir lá em
casa?
Rosa: Na sua casa? Território inimigo, rsrs?
Claude: Meu castelo non é tom assombrado assim
hã.
Rosa: Mas eu preciso de roupas.
Claude: Você pode vestir alguma camisa minha.
Rosa deu um sorriso virando a cabeça pro lado e não disse nada.
Claude: O que foi?
Rosa: É que ta sendo tudo muito estranho.
Claude: Por quê?
Rosa: Claude, a gente se detesta, lembra?
Claude: Eu detestava aquela Rosa que conhecia.
Mas essa, desse feriado, confesso que to gostando muito de conhecê-la melhor.
Rosa: Conhecer melhor? Então, você quer dizer que estamos nos conhecendo,
intimamente?
Claude: Bem, eu beijei você ontem à noite e
beijaria você de novo. Mas issi non é certo. Eu tenho noiva e você é minha
ex-mulher, enton eu non estaria agindo certo com você. Eu errei em ter te dito
aquelas coisas da boca pra fora, sendo que o maior errado fui eu.
Rosa: É, eu tive vontade de te matar sabia? Nunca achei que pensasse aquilo
de mim. Porque sei lá, o pouco que você me conheceu saberia que não sou esse
tipo de mulher, pelo menos isso.
Claude: Eu sei, mereço um puxon de orelha.
Rosa: Você merecia que eu nunca mais olhasse na sua cara isso sim. Mas
resolvi relaxar esse final de semana, esquecer um pouco nossa rotina e tudo que
aconteceu nos últimos dias.
Claude: Tudo?
Claude parou em frente a Rosa e a encarou olhando em seus olhos. Rosa
ficou nervosa, sabia à que ele estava se referindo. E ele sabia que ela sabia.
Rosa: É melhor a gente ir pro carro.
Claude: Ta certo.
Rosa e Claude entraram no carro e no meio do trânsito de São Paulo iam
conversando a caminho da mansão de Claude.
Claude: Minha empregada viajou. Enton, o jantar
hoje fica por minha conta, oui?
Rosa: Humm, desde quando você sabe cozinhar?
Claude: Vocês mulheres sempre com esse
preconceito, hã. Nem sempre eu tive Dádi na vida.
Rosa: Dádi?
Claude: Minha empregada, mais que empregada,
uma segunda mãe digamos. Enton, no meu tempo de faculdade, antes de certa
maluca entrar no meu caminho.
Rosa: Ah, ta, maluca né?
Claude: Enton, eu depois que saí do internato direto pra faculdade bem, morei
sozin, tive que aprender a cozinhar. E te garanto o tempero do francês aqui é
muito bom, rsrs.
Rosa: Você é muito convencido sabia?
Claude: Non, só faço meu marketing.
(17:12 – Mansão de Claude)
Claude: Enton, aqui estamos.
Rosa: Então esse é o seu castelo?
Claude: Minha toca.
Rosa: Você que decorou?
Claude: Um pouco.
Rosa: Bom gosto, seus móveis são uma mistura de clássicos com modernos.
Claude: Aceita uma bebida?
Rosa: A última vez que bebi você viu no que deu.
Claude: Um suco enton?
Rosa: Tudo bem, um suco.
Claude: Maracujá?
Rosa: Ótimo.
Claude: Depois se quiser tomar um banho.
Rosa: Você conheceu meu cantinho, quero conhecer o seu.
Claude: Se refere ao meu quarto?
Rosa: Sim. (disse tomando um gole do suco e o encarando)
Claude: E se você descobrir os meus segredos?
Rosa: Segredos é?
Claude: Tenho segredos tenebrosos, hã.
Rosa: Posso guardá-los.
Claude: Vamos, enton.
Rosa colocou o copo de suco em cima da mesinha de centro e subiu com
Claude até o corredor dos quartos. A mansão possuía 3 quartos e o de Claude
ficava no final do corredor.
Ele abriu a porta e deu passagem para Rosa entrar. O quarto de Claude
tinha o cheiro amadeirado do perfume dele. Era bonito e espaçoso.
Rosa: Nossa, eu que pensei que ia entrar e ver tudo bagunçado como você
deixava no nosso quarto em Paris.
Claude: Sabe que eu pensei o mesmo. Acho que
Dádi arrumou antes de viajar.
Rosa: Tem uma vista maravilhosa daqui hein?
Claude: Sabe, eu non tive coragem de perguntar
antes. Mas você namorou mesmo aquele Mateu Vincentin?
Rosa: Quando eu tinha 15 anos. Ele era filho do vizinho dos meus pais.
Claude: Hum, namorou por quanto tempo com ele?
Rosa: Um ano e meio por aí. Eu era menina, sonhava demais.
Claude: Pelo visto você gostou muito de
revê-lo.
Rosa: Como assim?
Claude: Pelo jeito que você se insinuou pra
ele.
Rosa: Eu não me insinuei. Gostei muito de revê-lo sim. (disse irritada)
Claude: Gostou até demais.
Rosa: Chega, Claude! Eu vou embora. Tava muito bom pra ser verdade. A paz
entre nós dois nunca vai existir.
Rosa saiu irritada com o passo apressado.
Claude: Espera! Ah, mon Dieu.
Ela desceu as escadas correndo e Claude foi atrás dela. Antes que ela
abrisse a porta Claude a segurou pelo braço e a puxou para si.
Claude: Non, non, non. Pardon, eu falei
besteira.
Rosa: Como sempre você não pensa antes de falar. Me solta.
Claude: Por favor, fique.
Rosa: Claude, me da um motivo pra ficar.
Claude: Por nós.
Rosa: Não existe mais nós. (disse se soltando)
Claude a puxou novamente e a segurou pela cintura colando seu corpo ao
dela. Rosa sentiu o corpo estremecer com a proximidade. Estava com raiva, mas
não era a única coisa que sentia naquele momento.
Claude: Enton, por que você ta toda arrepiada?
Por que suas mãos estão tremendo? (perguntou com uma voz rouca)
Um silêncio pairou entre os dois. Rosa o encarava com raiva, mas seu
coração batia acelerado. Claude baixou seus olhos pros lábios de Rosa e levou
sua mão ate a nuca dela.
Em um único segundo seus lábios se uniram em um beijo profundo. Claude
afundou sua mão no cabelo de Rosa e apertou ainda mais contra seu corpo
fazendo-a ficar na ponta dos pés. A língua quente de Claude invadiu todo o
espaço da boca de Rosa provocando sensações alucinantes. Ela se entregou
aqueles lábios e levou sua mão até a nuca dele...
Continua...
Joyce, legal esse capítulo, mas Claude sempre fazendo das dele: quase espantou Rosa de lá! Vamos ver o que vai dar essa noite rsrsrs. Bjs
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