terça-feira, 30 de outubro de 2012

FIC - À PRIMEIRA VISTA - CAPÍTULO 26 - AUTORA: SÔNIA FINARDI

CAPÍTULO XXVI – NOTÍCIAS 1

Quarta-feira. Claude e Rosa acordam cedo, pois irão até o Aeroporto, despedirem-se de Roberta, Sergio, Hugo e equipe que voltam à Europa para gravar algumas cenas do filme.
No Aeroporto, encontram Antoninho e Alabá, que realmente decidira permanecer no Brasil.
Despedidas, abraços, choros e promessas de retornos.
Após a decolagem do avião, resolvem fazer uma boquinha. Eles seguem para uma cafeteria. Depois de feito o pedido, Rosa e Alabá vão até o toalete.
R: Que bom que você decidiu ficar! Antoninho não se cabe de tanta felicidade...
Al: Eu também estou muito feliz! Ele conseguiu me conquistar. Mas eu vou te falar que não foi fácil pra ele, não...
R: Ele está muito apaixonado por você, Alabá! Acho que nunca o vi assim, por ninguém...
Al: Ele é uma pessoa muito interessante, envolvente, segura do que faz... eu não sei se é  amor o que sinto por ele, mas se não for, está chegando perto! Rsrsrs – Rosa... eu queria te falar uma coisa... mas não quero que você me ache enxerida, indiscreta...
R: Continua... fala... tenho certeza que você jamais seria indiscreta, propositalmente...
Al: Obrigada. Bem, Rosa, é sobre os seus pais...
R: Ah... você tambén acha que eu estou  errada...
Al: Não. Isso só você pode sentir. É... uma outra coisa chamada tempo. Sabe Rosa, quando a gente se machuca, fica querendo que o tempo passe pra levar essa dor com ele. Mas ele não leva. È a gente que tem que tomar uma atitude e jogar a dor fora. Mas, às vezes, uma coisinha chamada orgulho, nos impede... e quando percebemos, já foi o tempo e não tomamos  uma atitude...
R: Tá falando do Frazão...
Al: Estou comparando... Se eu tivesse seguido meu coração apenas, eu poderia estar feliz. Com ele.  Mas eu preferi me fechar, me fazendo de vítima... não deixa o seu tempo passar, porque ele pode passar demais e aí vai ser tarde. Sabe aquela música “devia ter aceitado, as pessoas como elas são...”? É mais ou menos isso... Rosa? Meu Deus! Eu e minha boca... você está chorando!
R: Não... sim... mas não é por sua culpa não... Deve ser por tudo que aconteceu. Agora qualquer coisa me faz chorar! – Rosa limpa o rosto. - Pronto! Passou! Rsrsr – Vamos?
Al: Claro, vamos! Responde, sentindo-se culpada pelo choro de Rosa...

Horas mais tarde na construtora.
Janete entra na sala de Claude.
J: Claude, o dinheiro vai ser depositado nesta sexta-feira, depois de amanhã. Dia dezesseis. Mas só vai estar liberado semana que vem, porque depende da autorização do Banco Central.
C: Finalmente, hã? O primeiro lote de casas pronto e a gente quase sem recursos... Ainda bem que você conseguiu controlar tudo isso...
J: Vou te confessar que teve horas que eu quis largar tudo e sumir! Rsrsrsr Mas eu aprendi uma coisa, Claude!
C: Ah, sim? O que Janete?
J: Que a mulher tem o poder!
C: Non, non... Até você, o Frazom contaminou, Janete? Rsrsrs
J: É a convivência! Rsrsrsrsrsrsrs
Frazão e Rosa entram na sala.
F: Com licença... esses risos são de nós ou para nós,  minha querida Janete?

Mas antes que ela responda, o interfone toca:
S: Dr. Claude, telefone, linha 2 – Todos se olham...
C: Quem é Silvia? – Pergunta ele, desconfiado de ser Júlio.
S: Dr. Ciro Leme, da Construtora Nortinveste.
C: Ah, ok, pode passar...
C: Como vai , Ciro?
Ciro: Alô... boa tarde,  Claude... eu tenho ótimas notícias pra você meu amigo...
C: Oh, que bom... diga lá.. mon ami...
Ciro: Aquela reunião rendeu frutos. Vários empresários aqui se interessaram em “copiar” o seu projeto, se é que posso falar assim... Estão dispostos a fazer uma parceria com você. Criar uma espécie de cooperativa para aquisição das áreas a serem construídas... E já temos alguns bancos dispostos a financiar isso também...
C: Isso é uma excelente notícia, Ciro. Estamos à disposiçon, hã? Vai ser uma grande empreitada... a primeira de muitas, tenho certeza...
Ciro: E vai mesmo... eu comentei aquela sua idéia de restaurar antigos prédios abandonados  e transformá-los em  apartamentos para as classes  menos favorecidas ao prefeito aqui da minha cidade... e ele está disposto a isso... Sabe como é, já estão aparecendo algumas favelas em torno da cidade... Você ainda tem esse projeto em mente, não?
C: Sim...  Isso é algo que sonho desde que estava na faculdade... Mas normalmente non é bem visto pelos políticos...
Ciro: Este aqui está tentando fazer a diferença... E já encontrou muitos obstáculos... Mas deixa isso pra lá... Assim que passar esse período de festas, marcamos uma reunião... aí ou aqui... Eu só queria te adiantar as novidades, assim você entra o ano com o pé direito!
C:  Oui... obrigado pelo carinho, hã? Boas Festas e até lá enton...
Ciro: Igualmente, meu amigo... Até.
R: Pela sua alegria, boas notícias! – E se aproxima dele.
C: Boas não, chérie! Excelentes! Lembra aquela reunion com os empresários do nordeste? Pois, enton, eles querem fechar contrato conosco!
F: Maravilha! Meninas, nosso emprego tá seguro pro ano que vem! Rsrsrsrsr
J: Parabéns, Claude! Você merece!
R: Isso merece uma comemoração, vocês não acham?
C: Esperem! Tem mais! O prefeito de lá se interessou por aquele meu projetos dos prédios abandonados!
R: Meu amor! Que ótimo! – E o abraça.
J: Rosa tem razão! Comemoração já!
F: Que tal um almoço?
C: Perfeito, mon ami. E por minha conta, hã?
F: “Isso” foi perfeito, meu querido! Rsrsrsrs

Depois de almoçarem. Claude e Rosa vão até as casas verificar se tudo está correndo bem, pois a entrega das primeiras unidades será no último dia do ano e nada pode atrapalhar essa festa. Eles passam o resto da tarde por lá, e ainda passam pela construtora antes de irem pra casa, pois Claude precisava de alguns documentos.
Na construtora, eles são os únicos, pois o expediente já encerrara.
Na sala de Claude, ele procura o que precisava, sob o olhar atento de Rosa.
C: Pronto! Está tudo aqui... podemos ir... que foi chérie? Alguma coisa errada?
R: Não... eu estava admirando o meu marido. E pensando que eu tenho muita sorte por ter encontrado ele...
Ele se aproxima dela:
C: Eu acho que é justamente o contrário, hã? Seu marido que deveria agradecer por você existir... – Diz acariciando seus cabelos, perigosamente perto demais...
R: Eu vou lembrá-lo disso... mais tarde... – Diz mordendo o lábio inferior, enquanto ele se aproxima do ouvido dela e diz:
C: Non precisa, eu acho que ele vai agradecer agora mesmo... 

Um comentário:

  1. Sônia, que bom que tudo está dando certo. Mas tenho medo de Júlio! Não deve demorar pra voltar a perturbar! Legal! Bjs.

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