terça-feira, 8 de janeiro de 2013

FIC - À PRIMEIRA VISTA - CAPÍTULO 43 - AUTORA: SÔNIA FINARDI

CAPÍTULO XLIII – COISAS DA VIDA

Algum tempo depois...
Rosa já está em seu quarto, aguardando a vinda dos bebês juntamente com Claude, que não cabia em si de tanta felicidade. Dadi, que lá estava desde o começo, entra no quarto.
D: Com licença, D. Rosa, Dr. Claudes.
R: Oi, Dadi, entra.
D: Muito lindos os dois! Parabéns! Mas, D. Rosa, a senhora foi corajosa, hem? Fazer parto normal de gêmeos.
R: Deu tudo certo, Dadi! Isso é o que vale. Mas você conseguiu avisar todo mundo? Telefonou?
D: Claro, D. Rosa, me senti a própria pomba mensageira... rsrsr
R: E aquela minha lista de amigas especiais: Vera, Déb, Lena... Tirza, Fer... A Rosa, minha xará... Jake, Marli, Renatinha, Maria... Gê... enfim, todas aquelas da “agenda VIP”?
D: Tudo certo, D. Rosa! Todas avisadas. Menos D. Luisa, que está no Canadá!
D: Que bom, Dadi... obrigada mais uma vez. Quando a Luisa chegar, ela fica sabendo.
Dadi fica mais uns minutinhos e se despede.
Eles aproveitam esses minutos sozinhos.
C: Rosa... eu tô ton feliz. A verdade é que eu tive medo que acontecesse alguma coisa contigo ou com eles. Mas, mon Dieu! Foi tudo perfeito, hã?
R: Sabe por que foi tudo perfeito? Porque a gente se ama e não é qualquer amor não! É um amor especial, daqueles que vão além do tempo, e do espaço. Um amor além da vida, eterno. É assim que eu sinto... assim que eu te amo.
C: Repete isso. - Ele pega um papel e uma caneta - Eu quero anotar e guardar junto com aqueles tesouros.
R: Hummm... boa idéia! Dá aqui que eu escrevo...

“Foi tudo perfeito
Porque a gente se ama
Mas não é um amor qualquer,
É um amor especial
Além do tempo,
Além do espaço.
Um amor além da vida... eterno.
É assim que eu te amo!
É assim que eu sinto... ”

R: Pronto! Agora já pode ir pro nosso baú de tesouros. – Eles se olham profundamente e não há como evitar aquele beijo, que é interrompido.
F: Han.. ham... Francês, dá um descanso pra Rosa! - Diz Frazão, levando um cutucão de Janete.
C: Mon Dieu... Rosa, me diz que non é Frazon atrás de mim, hã? – Diz, se afastando ligeiramente dela.
Rosa dá uma olhadinha rápida, pisca pra Frazão e diz:
R: Ok... Eu não digo! Rsrsrsrrs
J: Não adianta. Ele não muda, Claude! Como você está, amiga? Eu já conheci meu afilhado ou será afilhada?
R: Eu estou bem, Janete. Cansada, mas estou bem. Gentileza de vocês essas flores, lindas!
F: Parabéns, Rosa! Eles são lindos e certamente que saíram à sua imagem rsrsrsr
C: Mas é muita petulância sua, ohhh, Frazon! Tá me ofendendo, hã?
F: Calma, mon ami! Você pode tentar de novo, mais um casalzinho, quem sabe?!
J: Frazão! Não se preocupem, Claude, Rosa eu mesmo mando ele... Não! Vou fazer melhor: vou levá-lo pra catar coquinho . Vamos, já vimos Rosa e os bebês e ela tem que descansar... e curtir os babies.
F. Mulheres! Sempre me levando pro mau caminho! Ai, Janete... isso dói!
E assim passam as horas, com muitas visitas: família, amigos, conhecidos, flores, bebês... e telefonemas de quem não podia estar presente...

Quarenta e oito horas depois de dar à luz, Rosa recebe alta.
V: Muito bem, Rosa, vocês já podem ir pra casa. Eu segurei vocês aqui, por esse tempo, por precaução. Mas vocês estão ótimos. Eu creio que você foi a melhor paciente que eu já tive!
R: Obrigada, Vitor. Mais do que ser meu médico, você se tornou nosso amigo, não é Claude?
C: Oui! Precisamos repetir aquele jantar em família, hã? Eu quero que você e sua esposa conheçam Frazon e a esposa dele.
V: É só marcar a data e me avisar! Bem... Rosa, qualquer eventualidade, é só me ligar. Agora suas visitas serão com o pediatra. Até!
R: Até, Vítor e obrigada por tudo.
Rosa percorre o quarto com o olhar, vendo se esquecera alguma coisa, enquanto aguardava a chegada dos gêmeos. Claude fecha a mala.
C: Pronta, chérie?
Nesse instante, a porta se abre:
P&S: Com licença... Claude, Rosa, nossa, pelo jeito chegamos atrasados!
R: Paulo e Suzana! Que bom ver vocês! E que bom poder achar bom... rsrsr
C: Ainda chegaram em tempo. Estamos esperando o Joon e a Anna para irmos embora. Chegaram na hora!
P: É como eu falo... essa vida de policial,  nada sai na hora marcada! Mas eu vim visitá-los, claro, e me despedir de vocês.
R: Despedir? Vocês vão viajar?
Suz: Nós vamos nos mudar. O Paulo recebeu um convite pra interar um grupo especial da Polícia Federal. Não tinha como recusar... sempre foi o sonho dele!
C: Meus parabéns, hã?! Quer dizer que teremos um “contato” na Policia Federal!?
P: Um não, dois! Suzana fará parte do grupo de apoio. Tipo aqueles que ficam nos furgões pretos dos filmes! Rsrsrsr
Suz: Ou isso, ou ele não ia! Brincadeira! Nós vamos nos casar e eu gostaria muito que vocês fossem nossos padrinhos.
R: Sério? Será um prazer, não é, amor? Pra quando é o casamento?
P: Dentro de dois meses. Aqui está o convite. Esse é especial para os padrinhos...
R: Que lindo! Obrigada pela confiança. Suzana! Paulo!
Suz: E tem como não confiar num amor igual ao de vocês?
C: Paulo... eu sei que não é o melhor momento - chérie, pardon, hã? - Mas você tem notícias de Nara?
P: Ela continua na clínica. Está sendo orientada por aquele advogado que desistiu do Júlio, obviamente, seguindo instruções do Coutinho. Eles estão alegando a velha “insanidade temporária”. Mas, até agora, nenhum juiz aceitou essa teoria!
R: Pobre Nara... no fim, eu tenho piedade dela...
C: Pois, por mim, ela pode apodrecer na cadeia ou nessa clínica.
Neste momento, entram as enfermeiras com os bebês:
Enf: Com licença. Aqui estão eles, prontos pra conhecerem o mundo lá fora, papais.
Suz: Ah... mas eles são lindinhos! Posso ajudar a levá-los até o carro?
R: Claro! Até porque eu não daria conta de levar os dois ao mesmo tempo! Rsrsrsr
P: Eu levo as malas, Claude! Faço questão. Cuida da Rosa.

E assim a vida segue. Eles voltam à rotina normal, ou quase normal, afinal, cuidar de dois ao mesmo tempo não era tarefa muito fácil.
Passam-se alguns meses, a casa finalmente pronta, eles se mudam.
Dadi e Rodrigo acompanham o casal, pois mais que antes Rodrigo é indispensável.
Na construtora, tudo indo de vento em popa. Novos contratos, novos projetos.
A parceria com os empresários do Nordeste havia se tornado um grande negócio. Claude conseguira mais uma parceria com os Smith, que adoraram conhecer o Nordeste brasileiro.

Em um fim de semana qualquer, eles estão na sala da casa, aproveitando alguns minutos de folga, pois João e Anna tiravam a soneca da tarde, ali mesmo, num colchão.
C: Nossa, Colibri fez um trabalho incrível por aqui. Non lembra em nada aquele jardim triste e abandonado de quando a gente se conheceu, chérie. – Diz Claude, olhando pela janela.
R: É verdade. Mas você tem que parar de chamá-lo assim. Não fica bem, ele agora é seu engenheiro-chefe, encarregado de coordenar todas as obras. Não podemos apresentá-lo assim: Esse é meu coordenador Dr. Colibri! Rsrsrs. Fica... ridículo. Temos que chamá-lo pelo nome: Conrado. Conrado Lima Britto. Foi uma brincadeira de criança, as iniciais do nome dele e pegou, mas agora só na intimidade mesmo.
C: É verdade! Terezinha que non tá gostando. Ela diz que tem muito trabalho no escritório de lá. Eu já autorizei pra ela contratar um assistente, non sei porque a demora.
R: Ela quer entrevistar pessoalmente as candidatas. Acho que uma temporada com Ms. Smith não fez bem a ela! Rsrsrsrsr. Ela reclama desse trabalho? Deixa nascer o filho deles. Ela vai ver o que é “trabalho”, ainda que só de um. Lembra no casamento do Paulo com a Suzana?
C: Mon Dieu, nem diga, hã? E você tem noçon de quantas fraldas nós já trocamos, chérie?
R: Não! Mas eu tenho a lembrança da primeira que você trocou! – ela levanta e se aproxima dele. - Foi algo assim quase trágico, inesquecível mesmo. – Ela tenta segurar o riso, enquanto ele a abraça com aquele sorriso no canto da boca.
C: “Isso”- Ele vai aproximando sua boca - foi maldade, muita maldade, merece uma puniçon... neste momento – E a beija lentamente, passando seus lábios sobre os dela. Suas mãos a seguram pela cintura, enquanto ela segurava a cabeça dele...
R: Amor, espera... as crianças....
Mas Claude vai se abaixando e levando-a com ele até o chão.
C: Eles eston dormindo. E você tá bem acordadinha, hã?  E cada vez mais linda, chérie... eu quero você... A gente quase non tem mais tempo... precisamos recuperá-lo. Diz,  diz que não tá com saudade desses momentos.
R: Você sabe que sim... – sua voz é rouca -  mas, não devia me provocar agora, eles vão acordar já, já –  e suas mãos se fecham ao redor do pescoço de Claude, esfregando seus  polegares pela nuca dele.
C: Agora é você que tá me provocando, sabe que non resisto a esse toque, non é?
R: Pára, Claude, tá ficando perigoso... deliciosamente perigoso e eu não vou resistir muito tempo.
C: E quem disse que é pra você resistir? - Ele volta a beijá-la e rola com ela pelo tapete. Tá vendo como você me deixa? Quem não vai resistir sou eu, hã?
R: Ah, é? Vamos ver. - E desce sua boca até a dele.- Paro ou continuo?
C: Pra quem disse que tava ficando perigoso,  non acha que ta indo longe demais?
R: Para!
C: Tá brincando, non é?
R: Não. O  João está brincando com a minha blusa!
C: Mon Dieu! – Ele solta a cabeça no chão e senta rapidamente, enquanto Rosa tenta se ajeitar – Joon, meu filho, porque você non dormiu só mais um pouqui... - mas se cala ao ver João Riccardo com um lindo sorriso, engatinhando em sua direção, arrastando a blusa de Rosa consigo. - Esse é o melhor pedido de desculpas que eu já tive, hã? Vem aqui com o papai!
R: Isso!  Aproveita e devolve a blusa da mamãe!  Será que ele entendeu alguma coisa do que viu? – Pergunta, enquanto coloca a blusa e faz um carinho em João.
C: Ah, ele viu e entendeu, chérie! Entendeu que os pais dele se amam muito. – E dá um leve beijo nos lábios dela. – Você non reparou que ele estava sorrindo?
R: Sim, eu vi; aliás, eles sempre sorriem quando te veem. - Olha lá, não disse? – Ela aponta para Anna Lúcia, que seguia os “passos” do irmão.
C: Hummm... Será que tô sentindo cheirinho de ciúmes no ar? O que você acha, filho? – Pergunta a João para provocar Rosa.
R: Convencido! Eu não estou com ciúmes, apenas constatando um fato, ouviu? E deixa de ensinar provocações aos seus filhos. – Anna Lúcia se agarra às suas pernas e fica em pé - Claude, você viu isso? Ela ficou em pé! Rsrsrsrs - Sozinha!
C Eu vi, chérie! Nossos bebês eston crescendo muito rápido... eston quase andando...
Rosa pega Anna no colo e a beija, enche de carinhos...
R: Agora troca, me dá o João, que ele também merece carinho, não é, meu amor? - E dá vários beijos em João.  E agora...
C: Agora é a vez do papai receber carinho também, hã?
R: Non! – Ela entrega João de volta a ele - Agora papai cuida de vocês dois, que eu vou preparar o jantar. Rsrsrs – E começa a ir em direção à cozinha.
C: Isso é outra grande maldade sua comigo, mon amour.
Rosa apenas vira a cabeça, sorri e diz:
R: Hummmm... Então antes de dormir, você pode me aplicar outra punição... Completa!

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