O INFERNO
DE UM ANJO
Romance-folhetim
Título original:
L’enfer d’un Ange
Henriette de Tremière/o inferno de um anjo
e revisado por Paulo Sena
Rev. G.H.
BIBLIOTECA GRANDE HOTEL
Segunda
Parte - Capítulo XV
CORAÇÃO
DE MÃE
Poucos
dias haviam decorrido desde que o doutor George partira de sua bonita
residência e já a bondosa senhora Dorotéia sentia a falta dele, como se já
houvessem passado longos anos.
Enquanto
levava a cabo suas obrigações domésticas, valiosamente ajudada por Maria
"Flor de Amor", de vez em quando se lamentava:
-
Ah, se meu filho estivesse aqui! Estou tão saudosa... Esta é a primeira vez que
nos separamos.
E
em vão Maria "Flor de Amor" procurava consolá-la, dizendo:
-
Mas, dona Dorotéia, seu filho não é mais um menino, sabe cuidar de si. Além
disso, que é que a senhora receia? Ele é tão calmo, tão ponderado...
-
Sim, eu sei. Mas esta é a primeira vez que se ausenta assim, que fica longe de
mim e me parece uma coisa estranha, de mau augúrio, não ouvir seus passos no
consultório, não ouvir a voz dele, ao chegar ao meio-dia, quando gritava, com o
mesmo jeito de quando era garoto: "Mãe! Que é que tem de bom pra gente,
hoje?"
Maria
"Flor de Amor" sentia-se profundamente comovida, frente a tal
demonstração do amor maternal que a velha senhora devotava ao filho.
Aquela
tarde, a moçinha e a velha estavam cada uma ocupada num pequeno trabalho: a
senhora Dorotéia repregava uns botões numa roupa do filho e a jovem levava a
termo um pequeno, mas gracioso centro de mesa, que deveria pôr uma nota
agradável na salinha bem cuidada.
O
relógio de parede, fazendo oscilar seu pêndulo, ao lado da janela, bateu
lentamente cinco horas.
A
senhora Dorotéia ergueu a cabeça e murmurou quase para si mesma:
-
Que estará fazendo o meu George a esta hora?
Maria
"Flor de Amor", amável, aproximou-se dela e tomando-lhe da mão o
paletó em que ela pregava os botões, a agulha e a linha, respondeu:
-
Provavelmente, terá terminado seu trabalho do dia e estará escrevendo um
relatório para o diretor da Clínica Salus...
-
Ah! Esse senhor diretor da clínica Salus! Gostaria que ele jamais tivesse
conhecido o meu filho! Não podia ter mandado outro médico qualquer ao tal
palácio?
-
Mas, dona Dorotéia, ele pensou, antes de tudo, no futuro de seu filho. Naquele
ambiente de gente rica e importante, ele terá oportunidade de fazer boas
relações, de manter valiosos conhecimentos, que lhe poderão ser muito úteis
para conseguir uma clientela que lhe pague ótimos honorários como médico.
-
George é bastante capaz para abrir seu caminho na vida sem precisar da proteção
de ricaços!
-
Não foi isso que eu quis dizer. Mas é bom não esquecer que ele vai obter, com
este trabalho de agora, não só mais experiência como um bom pagamento.
A
senhora Dorotéia deu de ombros, com a obstinação ferrenha dos velhos.
-
Dinheiro... Pagamento... Dinheiro não lhe falta. Tem os seus clientes, que não
são da alta-roda, mas que pagam bem suas consultas. Que necessidade tem de
andar tratando de uma louca longe de sua casa? Eu me sinto sozinha sem ele
aqui!
Maria
"Flor de Amor", um pouco ressentida, murmurou:
-
Aborrece-lhe a minha companhia?
A
velha senhora, compreendendo que havia magoado, involuntariamente, a
sensibilidade da moça, tratou de corrigir-se, fazendo-lhe uma carícia na linda
cabecinha loura.
-
Não tive a intenção de referir-me a você, minha filha. Minha solidão, a minha
saudade, não são coisas que se possam consolar... O que há em mim é o desejo da
mãe que sente a necessidade de ter ao seu lado a criatura sem a qual acha
inútil até mesmo viver, até mesmo respirar. Compreende, Maria "Flor de
Amor"? E perdoe-me se falei assim...
-
Mas eu nada tenho a perdoar! A senhora, sim, é que me deve desculpar por não
tê-la compreendido logo. Quer que eu leia um belo romance para distraí-la?
-
Não, obrigada, minha cara "Flor de Amor". Aqui só temos aqueles
livrões de George, que só falam de doenças ou de anatomia. De romances, eu
gostava quando era jovem. Ajudavam-me a sonhar e a ter ilusões. Mas agora, a
esta altura da vida, já não têm razão de ser. Só num sonho posso pensar... No
sonho da morte, tendo em conta o pouco tempo de vida que me resta.
Um
ventinho fresco e ameno penetrava pela janela aberta e Maria "Flor de
Amor", zelosa pela saúde da boa senhora, tratou de ir buscar um xale de lã
para ela. Depois, arrumando-o nos ombros da anciã, disse, afetuosamente:
-
Assim, bem agasalhadinha, senão corre o risco de apanhar um resfriado.
A
mãe de George, com um gesto cheio de carinho, tomou entre as suas a mãozinha
branca e sedosa da moça:
-
Você é tão boazinha, querida...
-
Mas deixarei de ser, passo a ficar brava e ruim, se a senhora tornar a falar em
"pouco tempo de vida que me resta". Sabe disso?
-
Mas, é a verdade, menina! E não pense que a ideia da morte me traga tristeza.
Meu coração não me engana e eu sinto que dia a dia pulsa mais fraco. Gostaria
tanto de ver o meu filho feliz antes de morrer...
-
Mas George já é feliz, dona Dorotéia!
-
Não, Maria "Flor de Amor", não é não! Falta-lhe uma boa esposa ao
lado, uma criatura bonita, bondosa e sensata, que o ajude a percorrer o caminho
brilhante, mas cheio de dificuldades, que tem diante de si. E ele precisava era
de uma mulher como você!
"Flor
de Amor", confusa, perturbada, baixou a cabeça, corando.
-
Não pensou na proposta que ele lhe fez? - perguntou a anciã, olhando a moça nos
olhos. - Não mudou de opinião?
-
Não - respondeu a jovem, delicada, mas decididamente. - E acho que nunca
mudarei. Meu coração pertence a outro homem e embora eu saiba que jamais
poderei ser dele, porque uma barreira intransponível nos separa, não posso
deixar de amá-lo, nunca deixo de tê-lo presente na lembrança, sempre e sempre,
em todas as horas de minha vida...
Emocionada
ao extremo, com um gesto nervoso, a moça levou aos lábios um lencinho para
conter o pranto num soluço que lhe viera do fundo do peito.
Justamente
nesse instante se ouviu, embaixo, a campainha, junto ao portãozinho do jardim.
Maria
"Flor de Amor" se levantou, enxugando os olhos com um movimento
rápido.
-
Deve ser algum cliente do meu filho - disse a senhora Dorotéia, com visível
desapontamento. E temos de mandá-lo a outro médico, porque George não está...
Pode ir atendê-lo, Maria "Flor de Amor"? Explique-lhe como as coisas
estão...
Complacente,
a mocinha abriu a porta e desceu, indo diretamente ao jardim, acompanhada pelo
olhar da bondosa senhora.
"Que
criaturinha boa e prestativa!", pensou a mãe de George, comovida. “Meu
filho seria o homem mais feliz do mundo, se conseguisse esta menina para sua
mulher! Talvez, quem sabe, com o tempo”...
O
ruído que Maria "Flor de Amor" fez ao entrar novamente na sala,
interrompeu o curso de seus pensamentos.
-
Era um cliente, querida?
A
moça lhe mostrou a carta que acabara de receber.
-
Não, dona Dorotéia. Era o carteiro.
-
Uma carta?... Será de George?... Meu filho é tão bom, que para mitigar minha
saudade, escreve, sem dúvida, para me dizer que não nos esquece, que nos tem
sempre em seu coração. Espero que não tenha escrito para nos comunicar que está
doente. Meu filho, enfermo longe de mim, seria terrível. Não quero nem
imaginá-lo!
Emocionada,
percebendo que suas mãos estavam trêmulas, dona Dorotéia pediu a
Maria"Flor de Amor":
-
Minha filha... Quer abrir e ler para mim?
Embora
se sentisse, por sua vez, bastante inquieta, a moça obedeceu e abriu a carta, a
cujo texto lançou um rápido olhar e a senhora Dorotéia, que a observava
curiosa, percebeu de imediato a alteração que se manifestou no semblante da
outra, e viu, a seguir, como a jovem, procurando dar ao seu gesto uma
naturalidade que não alcançou, dobrou o papel e colocou-o de lado, como se
desejasse fazê-lo desaparecer, anulá-lo, enfim.
-
Maria "Flor de Amor"... De que se trata? Que é? Não é uma carta de
meu filho?
-
Não é nada, dona Dorotéia, nada de importante...
A
voz de Maria "Flor de Amor", porém, estava trêmula.
O
semblante da mãe de George se fez cinzento. Contudo, movida por uma
extraordinária força de vontade, a velha senhora se levantou e caminhou para
onde estava a carta maldita. Antes, porém, de alcançá-la, a moça a arrebatou,
para que ela não a pegasse.
-Que
é que diz essa carta, Maria "Flor de Amor"? Aconteceu alguma coisa ao
meu filho, não foi? Vamos! Fale! Eu quero saber!...
A
jovem olhou em torno na tentativa de achar um meio qualquer, um pretexto para
não revelar aquilo que acabara de ler. Mas tudo foi inútil! Inúteis foram as
palavras que ela pronunciou e que só serviram para reforçar as suspeitas da
doente, convencendo-a mais ainda de que uma desgraça acontecera. A senhora
Dorotéia com um gesto brusco, inesperado pela jovem, arrancou-lhe da mão a carta
e desdobrou-a diante dos olhos.
Em
vão, Maria "Flor de Amor" ainda tentou tomá-la, na esperança de poder
dar à pobre mãe a notícia com vagar, com jeito: ela já havia lido, ela agora já
sabia! O dardo venenoso e covarde do doutor Démon atingira realmente sua vítima
em pleno coração! A velha senhora, pálida como um cadáver, cambaleou e foi aos
trambolhões até ao meio da sala e um grito que parecia provir do seu pobre
coração despedaçado lhe aflorou aos lábios:
-
George!... George!... Meu filho querido!...
Depois,
como se a vida a tivesse de súbito abandonado, tombou pesadamente por terra,
revirando os olhos. Maria "Flor de Amor", tomada de pavor, atirou-se
sobre sua benfeitora, ergueu-lhe a cabeça do solo, procurando ajudá-la. Suas
tentativas, porém, foram vãs.
Da
boca da senhora Dorotéia começou a sair, minutos depois, um roncado, que logo
cessou, enquanto o corpo começava a se esfriar e a ficar rígido.
Maria
"Flor de Amor", ainda não convencida da enormidade do que havia
acontecido, foi buscar correndo um copo com água e ainda borrifou algumas gotas
sobre o rosto lívido da senhora, que supunha apenas desmaiada e pensava com
aquele recurso reanimá-la.
Mas,
nem a água, nem os carinhos ternos da jovem puderam fazer o que quer que fosse
contra a inexorabilidade da morte!
Incrédula
ainda, Maria "Flor de Amor" correu para fora, enquanto baixavam as
primeiras sombras da noite e correu até o próximo posto da Cruz Vermelha para
chamar um médico.
Quando,
depois de ter recorrido à Cruz Vermelha, Maria "Flor de Amor" se
encontrou novamente na rua, teve a impressão de que o ocorrido fora um terrível
pesadelo, a sensação de que sonhara e, no sonho, perdera as duas únicas pessoas
queridas e bondosas que lhe restavam na vida.
Enquanto
as lágrimas, que não podia conter, lhe escorriam pela face, voltou num enorme
desânimo para a residência de George.
Quase
ao mesmo tempo em que ela entrava na residência, chegou o médico numa
ambulância.
-
Foi a senhora quem chamou? - perguntou áspero o médico à moça.
-
Sim, fui eu. Queira entrar...
-
Que foi que houve? De que se trata?
-
Trata-se da senhora Dorotéia Brancion... Recebeu uma triste, uma dolorosa
notícia e, no mesmo instante, caiu desmaiada... Tentei reanimá-la, sem
resultado... Receio que esteja... Morta...
O
médico, enquanto ouvia a explicação de Maria "Flor de Amor", ia
entrando na casa e dando com a senhora Dorotéia caída no meio da sala,
ajoelhou-se ao lado dela e tirando da maleta um estetoscópio, encostou-o na
região do coração. O exame foi de curta duração. Pondo-se de novo em pé e
guardando o instrumento na maleta, perguntou à moça:
-
A senhorita, quem é?
-
Sou uma amiga... Uma hóspeda dessa senhora... Que tem ela?
-
Está morta.
A
mocinha cobriu o rosto com as mãos. Era possível que o destino pudesse ser tão
cruel que golpeasse a um só tempo duas pessoas tão bondosas? Por que não
morrera ela, que não tinha mais ninguém no mundo e que ninguém choraria?
Enquanto
os enfermeiros, que acompanhavam o médico, colocavam o corpo da pobre senhora
na maca, o médico disse:
-
Foi acometida de um ataque cardíaco... Já devia ter o coração bem fraco. A
senhorita é a única parenta?
Procurando
conter as lágrimas que lhe afloravam aos olhos, Maria "Flor de Amor
respondeu:
-
Não... Ela tinha um filho e recebeu justamente a trágica notícia da morte
dele... Foi isso que seu coração não suportou...
Os
olhos do doutor se fixaram por um momento no rosto puro da moça.
-
E que vai fazer agora?
-
Não sei. Acho que irei embora...
-
Segundo a praxe, estamos transportando a morta para o necrotério. Se algum
parente se interessar pelo sepultamento, muito bem, se isso não acontecer, nós
mesmos providenciaremos, como determina a lei.
-
Obrigada, doutor. Muito obrigada...
Quando
o ruído do motor da ambulância deixou de ser ouvido ao longe, Maria "Flor
de Amor", desanimada, se deixou cair numa poltrona.
-
Meu Deus! - balbuciou. - Que será de mim agora? Que farei?...
Para
aumentar ainda mais a sua dor, veio-lhe o pensamento de que a boa senhora
Dorotéia iria ser sepultada como uma mendiga, sem funeral de espécie alguma,
sem que nenhum parente se apresentasse antes de terminar o prazo prescrito pela
lei. Maria "Flor de Amor" possuía apenas algumas moedas de escasso
valor, que não alcançavam nem pagar as despesas do enterro. Para dar solução ao
problema, resolveu escrever a quem podia tomar a seu cargo os gastos do funeral
e do sepultamento. Apanhou um papel de carta e escreveu com mão trêmula:
“Ao
senhor Conde Fernando de Chanteloup.
Logo
depois de receber a notícia da morte do doutor George Brancion, ocorrida no seu
palácio, a senhora Dorotéia Brancion, mãe daquele médico, que estava doente do
coração, faleceu também. Estive hospedada até hoje na casa de ambos, mas, pelos
motivos que o senhor compreenderá, parto imediatamente, para não acontecer que
venha a encontrar-me com pessoas das quais não posso esperar senão dor e
amargura.
Recorro
ao seu bondoso coração, suplicando-lhe que tome a seu cargo as providências
para o sepultamento da senhora Dorotéia e de seu filho numa única sepultura.
Sinto ter que recorrer ao senhor, nesta lutuosa circunstância, já que sei
perfeitamente que lhe seria muito mais agradável nunca mais ouvir falar de mim.
Infelizmente, as circunstâncias não permitiram que eu agisse diversamente.
Obrigado
e desculpe-me ainda uma vez.
Maria Aubert ”
Introduziu
num envelope a folha em que escrevera, juntou o atestado de óbito da senhora
Dorotéia, que o médico da ambulância lhe havia deixado.
Depois,
amante da ordem e trabalhadeira como era, decidiu deixar arrumada a casa dos
Brancion, antes de abandoná-la.
Quando
terminou, juntou as poucas coisas que possuía e se encaminhou para a porta.
Antes
de abri-la, voltou-se para contemplar ainda uma vez, a derradeira, a salinha de
estar. Gostaria de levar consigo qualquer coisa que lhe servisse de recordação
daquela gente tão boa e do bem que ali recebera.
Seus
olhos caíram sobre um retrato de dona Dorotéia, emoldurado num bonito
quadrinho. Tirou-o da parede e, num ímpeto de ternura, nele pousou os lábios
murmurando:
-
Querida amiga... Pelo menos a senhora deixou de sofrer!...
Fez
menção de tornar a pendurar o quadro, mas estava tão emocionada e trêmula que
ele lhe escapuliu da mão e caiu no chão, fazendo-se o vidro em pedaços.
Assustada,
nervosa, a moça se curvou para apanhar os pedaços de vidro e o retrato e, então,
viu, oculto entre o desenho e o papelão do fundo do quadro, um papel. "Que
estranho", pensou consigo, "dona Dorotéia tinha coisas escondidas...
Parecia uma criatura sem segredos... E é uma carta! Alguém quis escondê-la
aqui"...
Receando
que se tratasse de alguma coisa que pudesse vir a manchar a memória de sua
benfeitora, abriu o papel e percorreu com os olhos o seu conteúdo.
Enquanto
uma onda de rubor lhe subia ao rosto, verificou que se tratava de uma carta de
amor escrita por uma Renata a Umberto Brancion, o pai de George, que Maria
"Flor de Amor" pensava falecido. Com sua rara sensibilidade, Maria
"Flor de Amor" compreendeu que se aquele papel viesse a cair nas mãos
de um estranho, serviria para manchar a memória de um morto e, por isso,
introduziu-o na maleta, prometendo a si mesma destruí-lo noutra ocasião.
Um
momento depois, a jovem, após despedir-se da empregada de dona Dorotéia, saía
da casa onde havia passado tantas horas, se não de todo felizes, pelo menos de
conforto e tranquilidade.
Assim
que se afastou da casa, teve a sorte de encontrar uma carruagem de aluguel
parada logo adiante. O cocheiro se apressou a indagar onde deveria levá-la,
oferecendo seus serviços, porém, ela os recusou com um sorriso triste nos
lábios:
-
Muito obrigado, mas não quero carruagem. Vou a pé. Mas gostaria que o senhor
levasse esta carta ao palácio do conde Fernando Chanteloup.
-
Senhorita - objetou o cocheiro - meu serviço é transportar passageiros, não
servir de mensageiro...
Maria
"Flor de Amor", com gesto decidido, entregou-lhe o pouco dinheiro que
levava consigo.
-
Acha que isto possa bastar para compensar o trabalho que vai ter?
Indeciso,
o cocheiro deu uma olhada para as moedas de pequeno valor que ela lhe estendia,
depois olhou "Flor de Amor" bem nos olhos.
-
Bem. - murmurou por fim. - Eu não costumo fazer esta espécie de trabalho,
mas... A senhorita é tão bela que não se pode negar-lhe nada! Esteja tranquila,
senhorita, que farei o que deseja. Boa noite!
Quando
a carruagem se afastou, Maria "Flor de Amor" ainda ficou por algum
tempo parada, sob a claridade de uma lâmpada da rua, com a maleta na mão, sem
saber que direção tomar e para onde se dirigir.
Quanta maldade do Dr. Démon! Qual será sua reação quando descobrir que matou sua esposa sem motivo? Vamos aguardar...
ResponderExcluirQue monstro esse Dr. Démon! E, Renata fez parte do passado dele também! Maria "Flor de Amor", mais uma vez ficou sozinha no mundo, George ficará desesperado com certeza, pois além de perder a mãe, deve perder o contato com Maria. E tudo por causa do Dr. Démon! Acho que ainda falta muito para o bem vencer o mal nessa história...
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