quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

FIC - À PRIMEIRA VISTA - CAPÍTULO 44 - AUTORA: SÔNIA FINARDI

CAPÍTULO XLIV - ACERTOS FINAIS

C: Rosa! Chérie, vamos! Já estamos atrasados. E eles eston lindinhos, hã? E você, mon Dieu! Se a festa fosse aqui, seria uma festinha particular, d’accord?
R: Já estou indo. Houve uma emergência... João Riccardo, número dois.  E era a sua vez de participar! Tá me devendo uma, francês!
C: Oui, oui, mas agora vamos... Até Rodrigo e Dadi já chegaram lá com Roberta e Sergio e olha que eles foram pegos no aeroporto, chérie!
R: Não sei porque eu concordei com essa festa lá no casarão! Podia ser aqui mesmo!
C: Mas D. Amália e S. Giovanni insistiram tanto!  Eles ficaram ton felizes! Non custa nada fazer esse agrado a eles! “La festa dos bambini com tutta la gente reunida em mia casa” – Foi assim que ele falou, pediu, lembra?
R: É, eu sei. Meu pai e suas ideias malucas! Você vai pondo eles nas cadeirinhas, que eu vou buscar o “kit-gêmeos”, ou seja, a bolsa reserva, caso haja alguma eventualidade.

Mais tarde, no casarão...
A festa de um ano dos gêmeos acontecia a todo “vapor italiano”, em pleno sábado. Um típico almoço à moda de D. Giovanni, que não cabia em si de tanto orgulho dos dois netos...
Rosa e Claude circulam entre os convidados, enquanto “monitoram” os filhos.
R: Sérgio, Roberta... Parabéns pelo novo filme de vocês! Arrasando como sempre! E obrigada por virem.
S: Que isso, Fina! Como não iríamos estar aqui na festa de um ano de nossa afilhada? Roberta e eu morremos de saudade... olha só... já tá andando!
Rob: Pois é! Ainda bem que podemos vê-los sempre pela internet. Dá pra acompanhar o crescimento deles, mas fico na vontade de abraçar, dar beijinho.
Claude se aproxima e diz:
C: Rosa, Frazon e Janete querem falar com você, chérie... Nos deem licença, oui?
R: Nossa, Janete! O que vocês têm pra dizer que não pode ser na frente deles?
J: É que eu ainda não quero espalhar aos quatro ventos, amiga... Eu tô grávida! Ai, Rosa, não pensei que ia ficar tão feliz!
R: Grávida! Que maravilha! Parabéns, Janete, parabéns, Frazão! E tá de quanto tempo já?
F: Cinco semanas, minha querida Rosa! Sabe, a gente reparou alguns sintomas semelhantes aos seus. Srrsrs. Principalmente o humor, ou melhor, a falta dele, com todo respeito! E ela fez o exame de farmácia primeiro, aí foi só confirmar e correr pra galera!
C: Frazon, você não vai mudar nunca, mon ami... “correr pra galera” – isso non foi nada gentil, hã? Mas diz aí, son dois também?
J: Não! Pelo menos só apareceu um no ultrasson e já tá de bom tamanho! Eu espero que ele seja lindo igual ao João, nosso afilhadinho!
F: Janete! Ele vai ser lindo igual ao pai, minha querida, moi aqui, capisce?
E assim, segue a festa, muita música, cantoria, conversa, alegria.
Chega a hora do “Parabéns à Você” em dose dupla, de cortar o bolo, fazer pedidos, etc...
Aos poucos, os convidados vão se despedindo e se retirando, até sobrar só os mais íntimos. E estes também se vão.
João Riccardo e Anna Lucia acabam dormindo exaustos e a pedido dos “nonos” passarão a noite e o dia seguinte por ali mesmo.
Am: Serafina, vocês podiam ficar por aqui também, filha. Espaço é o que não falta nesta casa. Olha a sua irmã, vai ficar.
R: Mãe, a gente até ficaria, aqui ou no apartamento, mas o Claude tem um contrato pra revisar e enviar resposta ainda hoje pra um empresário, dono de uma usina.  Ele quer investir nos projetos da construtora.
C: Verdade, D. Amália. Ficaríamos com prazer, mas o trabalho me espera. A Dadi quer ficar aqui pra ajudar com Anna e Joon. E Rodrigo passa a noite no apartamento e amanhã de tarde leva todos de volta.
Am: Então,  tudo bem! Fica pra uma próxima.
R: A gente já vai então, mãe. Estava tudo muito lindo e gostoso! Depois a gente traz as fotos, o dvd pra vocês verem.  Eu vou me despedir deles e do papai. Tchau, mãe.
Am: Tchau, filha.

Assim que chegam em casa, Claude vai direto para o escritório.
R: Você precisa de ajuda, amor?
C: Non, chérie, merci! – ele a olha por um longo momento – Vai descansar, você ficou o tempo todo atrás das crianças, deve estar exausta, hã?
R: Mas antes, vou arrumar o quarto deles, separar algumas roupas que não servem mais.  Aproveitar, porque com eles junto não consigo fazer isso! Eu já tentei e acabou em pizza!
C: D’accord! Ah! Tem uma coisa que você podia fazer pra mim, um café, pode ser?
R: Claro! Sabe que eu também estava pensando nisso? Trago já, já.
C: E um copo d’água, por favor, hã?
Ela faz o café, coloca um pouco numa pequena garrafa térmica e serve duas xícaras. Arruma tudo numa bandeja, mais o copo d’água e leva até onde ele está.
Claude está tão concentrado que não percebe a chegada de Rosa.
R: Claude... o café! Ela está com a xícara nas mãos.
C: Perdon, Rosa, non percebi você entrar. – ele pega a xícara e se afunda na cadeira. – Nossa, fazia tempo que a gente non ficava assim, só nós dois tomando um café.
R: Bem, teremos até amanhã à tarde de folga pra tomar café sozinhos.
Claude coloca a xícara sobre a mesa e puxa Rosa para si, fazendo-a sentar-se com ele na cadeira.
C: Esquece o café, eu to querendo fazer isso, desde hoje cedo. – E enfia seus dedos pelos cabelos de Rosa, se apossando sem nenhuma dificuldade da sua boca. Rosa o enlaça pela nuca. Você me deixa louco de desejo, chérie.
Mas antes que ela fale alguma coisa, o telefone toca.
C: Deixa tocar... Só pode ser o Frazon!
R: Melhor atender, pode ser o empresário que  você  está esperando contato .- Diz Rosa ofegante. Atende, amor.
C. Rosa, você sabe o que tá me pedindo?
R: Sei. Mas você não vai se arrepender. Eu vou te esperar, lá em cima com aquela camisola vermelha de renda... – Ela se levanta e sai do escritório.
C: Mon Dieu! Isso é chantagem... Alô? Sim, ele mesmo... E toma de uma vez toda a água do copo...
Enquanto Claude atendia o telefone e revisava o contrato, Rosa vai até o quarto das crianças e separa algumas roupas, ajeita outras, dá uma arrumadinha nas gavetas, troca a roupa de cama e leva tudo para a área de serviço. Depois volta até o escritório.
R: Claude? Falta muito, amor?
C: Non, mais uns trinta minutos e eu termino, chérie.
R  Tá. Você não está com fome, quer que eu faça algo pra você comer?
C: Enton... Você podia por aquela camisola vermelha e voltar aqui pra fazer algo que eu possa comer – Ele sorri malicioso.
R: Eu vou pensar no seu caso, d’accord? E se eu não voltar, você vai até lá...
Rosa volta para o quarto, toma um banho e procura a camisola pelas gavetas da cômoda.
Finalmente ela encontra: vermelha, com renda até a cintura, terminando na altura das coxas. Nem curta, nem longa demais...
“Perfeita” – Pensa Rosa.
Ela liga o som.
“Nossa! O ritmo dessa música é ótimo...” Ela aperta o repeat.
 E começa a dançar, sensualmente, enquanto passa um pouco de creme pelas pernas, braços, rosto... de costas para a entrada do quarto.
Ela abaixa, sobe, rebola, solta os cabelos, passeia com as mãos pelo corpo, sempre ao ritmo da música e dá alguns passos para trás, gira, e literalmente cai nos braços de  Claude, que  estava parado na porta, apreciando o “show” dela.
R: Claude! Faz tempo que você tá aí? – Pergunta assustada.
C: Tempo suficiente pra pedir bis, hã? Mon Dieu, onde foi que você aprendeu isso, chérie? Você non desceu, eu vim te buscar, mas acho melhor ficarmos por aqui mesmo. – Ele a beija, com paixão.
R: Dança comigo.
C: Rosa, non dá. Continua como você estava fazendo.
R: Vem. Segue meus movimentos.
C: Assim que eu non vou conseguir dançar mesmo. – Ele diz encostadinho ao ouvido dela.
R: É só se soltar e se deixar levar pelo ritmo...
C: Eu vou te mostrar em que ritmo você me deixou.
Pela manhã, Rosa acorda, sentindo o braço de Claude, sobre seu corpo como ele costumava fazer e há algum tempo não fazia.
Ela acaricia o braço dele e tenta sair da cama.
C: Non, porque você quer se levantar já, hã? Tá ton bom assim, só nós dois sem nada pra fazer.
R: Nada pra fazer? Hoje não tem Dadi!  Tem tudo pra fazer: café, almoço...
C: Mas non tem hora, chérie, non tem preocupaçon com Joon e Anna. O dia é só nosso.
R: É incrível... é tão bom ficar assim só nos dois, mas, ao mesmo tempo, eu sinto uma falta dos dois, do chorinho manhoso quando eles acordam, do sorriso quando a gente vai até eles.
C: Oui, parece que non somos mais nós. Rosa, eles já ton crescidos. Podíamos fazer a nossa viagem, hã?  Ano passado você desistiu na última hora.
R: Não acho justo deixá-los assim com os outros, Claude! São nossa responsabilidade. - Ela se volta pra ele.
C: Chérie, non son “os outros”! Son seus pais, Dadi, a babá.  Eles don conta. E nós non vamos morar por lá. Só alguns dias... Um mês no máximo!
R: Claude, vamos combinar assim: eles estão quase andando e daqui a pouco falando papai ou mamãe. Só mais um tempinho, por favor! Eu não quero perder esses momentos deles!
C: D’accord!  Mas você já me levou nessa conversa ano passado, enton, eu vou te dar seis meses, é o tempo pra iniciar esse projeto em parceria com a Usina. É mais que suficiente.
R: Combinado! Daqui seis meses, a gente vai. Eu prometo! Não vou arrumar nenhuma desculpa.
C: Ah! Enton, você confessa que era uma desculpa pra non ir? 
R: Não! Eu jamais usaria nossos filhos como desculpa pra alguma coisa. É só excesso de zelo. - Ela se acomoda quase sobre Claude, ficando com a cabeça em seu peito. Claude passa os braços por ela, ficando com as mãos a passear pelas costas dela.
C: Eu quero te mostrar tantos lugares. Daqui seis meses vai ser inverno na França, e é lindo!  E nada melhor que um café francês pra esquentar o inverno.
R: Hummm... Gostoso é esse carinho que você tá fazendo em mim.
C: Ah, tá bom, non é? E você queria sair daqui. - diz com a voz preguiçosa.
R: Mas não quero mais. Quero ficar assim e dormir com você; só dormir, hã?
C: Se você ficar quietinha, non dançar, non fizer nenhum ritmo, eu consigo “só dormir” contigo. Mas eu acho que eles von falar papai primeiro, hã?
R: Mas você é muito convencido. É claro que eles vão falar primeiro mamãe!
C: Vale uma aposta? Se eles falarem “papai” primeiro, você ganha uma noite francesa, do amor, claro. Se falarem “mamãe”, eu ganho uma noite, quero dizer outra noite italiana. D’accord?
R: Fechado! Se você ganhar, tudo como na França. Se eu ganhar, tutti como na Itália.
R: Mas não vale o “mamã” e o “papá” não, viu? Porque isso eles já fazem. Eu quero a palavra toda.  Então, você fechou mesmo com esse empresário, dono de usina?
C: Oui!  Ele tem boas referências.  E boas idéias também. Você e Janete von ter que organizar um jantar pra ele, de apresentação mesmo.
R: Aqui em casa?
C: Non. Melhor lá no apartamento. Aqui... Aqui é o nosso refúgio, hã? Vamos separar as coisas. – Ele afaga os cabelos de Rosa. – Vamos descer, comer algo, depois a gente inventa o que fazer.
R: Você me ajuda a preparar o nosso café?
C: Oui, de preferência com você assim. - Só de camisola... pra recordar os “velhos tempos”... ou pra ver você dançar!
R: Não é meu estilo, mas vou fazer uma exceção, já que estamos sozinhos.
C: Non é seu estilo? E o que eu vi ontem à noite era o que, enton?
R: Não era exatamente pra você ver. Foi um momento bobo. Sabe os famosos “cinco minutos” de bobeira.
C: Pois, por mim, você podia ter isso todas as noites. Vamos, senon nosso café vai se tornar o jantar.  Essa combinaçon “Rosa mais cama vezes Claude” você já sabe onde pode parar, hã?
Eles tomam o café, e depois ligam para os “nonos” pra saber se está tudo bem com as crianças.
O resto do domingo, eles aproveitam vendo filmes, fotografias, rindo, se amando.
Ao entardecer, Rodrigo retorna com Dadi, João e Anna.
C: Obrigado, Dadi, Rodrigo. Vocês eston liberados esta noite, hã?
D: Eles já estão de banho tomado, D. Rosa. Só falta o jantar.
R: Ok, Dadi.  Claude e eu cuidamos disso. Pode ir descansar e obrigada, você é um anjo na nossa vida!
Eles preparam o jantar e na hora de servir as crianças.
C: Eu fico com Anna e você com o Joon, hoje. Amanhã a gente inverte. – Vem Anna, com o papai. Fala “pa-pa-i”!
Anna: Pa pa pap pa...
R: Isso não vale, francês! Tem que ser natural. Não é João? Repete: “é ma-mãe”
C: Ah, oui! Natural como você foi agora!
Os dois se olham e caem na risada.
Depois do jantar, eles brincam com as crianças, sempre dando um jeitinho de “incentivar” o papai ou mamãe.
Uma história na hora de dormir e “voilá!!” -  Fim de noite...

Cerca de três meses depois, com as crianças já andando, eles resolvem levá-las ao Parque do Sol em um dia de feriado.
Claude, Rosa, João e Anna. Apenas os quatro.
Eles passam boa parte da tarde brincando com as crianças. Elas fazem “amizade” com outras crianças por ali, mas sempre estão sendo observadas e cuidadas.
Na hora de ir embora, eles recolhem tudo. Rosa pega João no colo e Claude, Anna.
R: Nossa, parece que foi ontem que você me trouxe pra conhecer aqui.
C: E olha só!  Já estamos trazendo nossos filhos como eu disse que faria, hã? – Sabia que eu te amo muito? – ele para e faz um carinho no rosto dela, enquanto as crianças só olham de um pra outro.
R: Saber eu sei, mas, é tão bom quando você fala!  Eu ainda sinto aquele friozinho na barriga, acredita?
C: Vamos ver se é verdade mesmo. – E antes que ela falasse alguma coisa, ele dá um beijo nela, um pouco mais que um selinho. Mas é tempo suficiente pra escutarem:
João: Mamãe...
Anna: Papai...
Eles interrompem o beijo.
C&R: Você ouviu? Ele/ela falou mamãe/papai!
C&R: rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr Ganhei a aposta! rsrsrsrs
C: Eu ganhei, chérie! Anna falou primeiro!
R: Nem pensar! Foi o João! E a aposta não era qual deles falasse primeiro, mas “o que” iriam falar.
 C: D’accord! Eles falaram ao mesmo tempo e falaram as duas palavras, esses espertinhos – Ele sorri pra os filhos e faz um carinho nos dois, enquanto os acomodam nas cadeirinhas.
R: Isso significa um empate técnico. O que faremos agora?
C: Vou ser bonzinho contigo. Você decide: noite francesa ou noite italiana? – Ele pergunta, encostado no carro.
R: Hummm... Isso vai ser muito fácil. Noite francesa, é claro! E na França!

Assim, os três meses seguintes, eles passam preparando a viagem à França.
Listas e mais listas: o que levar, o que trazer, quem vai cuidar das crianças, hora disso, hora daquilo...
D: D. Rosa, não se preocupe. Sua mãe e eu cuidamos deles desde que nasceram, eles não vão estranhar. E nós já sabemos todos os detalhes pra cuidar deles.
R: Esse é meu medo! Vocês vão mimar esses dois e quando eu voltar, eles vão estar mal acostumados.
D: D. Rosa, isso é fazer mau juízo da gente rsrsr Eles merecem! São muito bonzinhos por serem dois! Nunca deram trabalho, nunca ficaram doentes.
R: Amém, né Dadi! Espero que nunca deem “trabalho” mesmo!  Bom, as malas estão prontas. Amanhã à noite, a gente embarca e eu não sei o que sinto mais, Dadi, medo ou felicidade.
D: Deve ficar muito feliz, visse, D.Rosa? Dr. Claudes e a senhora tiraram a sorte grande. Um amor assim, igual ao de vocês, tô pra ver igual. Parece aqueles romances de filme de cinema.
R: Tomara que isso nunca mude, Dadi. O Claude é a pessoa com quem eu quero envelhecer, ele sempre será  o amor da minha vida.
C: É muito bom ouvir isso, chérie. – Claude entra de repente – Eu também quero estar ao seu lado até o fim. Aliás, eu gostaria que isso non tivesse fim. – Ele segura a mão dela.
Dadi sai de fininho.
R: E não vai ter, nosso amor será eterno, porque é verdadeiro. E o que é verdadeiro é infinito.
C: E quanto tempo tem a eternidade?
R: Pode ter um segundo apenas ou a vida inteira... A gente é quem determina esse espaço, esse “tempo”, pelo nosso coração, pelo pensamento.
C: Enton, eu quero que isso que eu vou fazer seja infinito em nosso coraçon, em nossa vida e em nosso pensamento. – Ele a beija, com a pureza de um primeiro beijo, mas  com a  certeza de não ser o último.

Com tudo preparado pra viagem, o dia seguinte eles passam em casa com os filhos, numa espécie de “despedida”. Brincam, contam histórias, fazem palhaçadas, enfim, se divertem.
Os gêmeos ficam tão exaustos que dormem cedo. Rosa e Claude aproveitam pra descansar também um pouco, antes de irem para o Aeroporto, pois o voo está previsto pras vinte e três horas.
Rosa passa pelo casarão pra se despedir dos pais, antes de seguir para o Aeroporto.
F: Calma, pessoal! O vôo está atrasado vinte minutos. Mas o avião já está preparado.
J: Isso significa que temos vinte minutos ainda, comadre! Ai, que inveja, Rosa.
R: Inveja, Janete? Vocês já foram pro Caribe!
J: Por isso! Muito sol, praia... Muita gente em volta... Agora Europa, França nessa época... ai!  Deve ser tudo de bom.
R: Nas próximas férias, vocês podem ir. Se é que vamos ter próximas férias. Você viu, quantos contratos eles fecharam nesses últimos meses?
Nesse momento, anunciam o embarque do vôo.
C: Chegou a hora, chérie. Frazon, até a volta! E faz um favor, hã?
F: Faço! É só pedir, francês!
C: Non me liga, nem que a cidade estiver pegando fogo, oui?
F: Mon ami... esse pedido será entendido como uma ordem! Rsrsrsrsrsrs
J: Levou, meu amor? Eu digo pra você não incomodar o Claude! Boa viagem, meus queridos! Podem ir sossegados que os pimpolhos estão em boas e muitas mãos!
R: Logo você vai sentir essas preocupações também, Janete! Tchau, minha amiga! Adoro você!
C: Vamos, Rosa... última chamada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário