CAPÍTULO
XLIV - ACERTOS FINAIS
C:
Rosa! Chérie, vamos! Já estamos atrasados. E eles eston lindinhos, hã? E você, mon
Dieu! Se a festa fosse aqui, seria uma festinha particular, d’accord?
R:
Já estou indo. Houve uma emergência... João Riccardo, número dois. E era a sua vez de participar! Tá me devendo
uma, francês!
C:
Oui, oui, mas agora vamos... Até Rodrigo e Dadi já chegaram lá com Roberta e
Sergio e olha que eles foram pegos no aeroporto, chérie!
R:
Não sei porque eu concordei com essa festa lá no casarão! Podia ser aqui mesmo!
C:
Mas D. Amália e S. Giovanni insistiram tanto!
Eles ficaram ton felizes! Non custa nada fazer esse agrado a eles! “La
festa dos bambini com tutta la gente reunida em mia casa” – Foi assim que ele
falou, pediu, lembra?
R:
É, eu sei. Meu pai e suas ideias malucas! Você vai pondo eles nas cadeirinhas,
que eu vou buscar o “kit-gêmeos”, ou seja, a bolsa reserva, caso haja alguma
eventualidade.
Mais
tarde, no casarão...
A
festa de um ano dos gêmeos acontecia a todo “vapor italiano”, em pleno sábado. Um
típico almoço à moda de D. Giovanni, que não cabia em si de tanto orgulho dos
dois netos...
Rosa
e Claude circulam entre os convidados, enquanto “monitoram” os filhos.
R:
Sérgio, Roberta... Parabéns pelo novo filme de vocês! Arrasando como sempre! E
obrigada por virem.
S:
Que isso, Fina! Como não iríamos estar aqui na festa de um ano de nossa
afilhada? Roberta e eu morremos de saudade... olha só... já tá andando!
Rob:
Pois é! Ainda bem que podemos vê-los sempre pela internet. Dá pra acompanhar o
crescimento deles, mas fico na vontade de abraçar, dar beijinho.
Claude
se aproxima e diz:
C:
Rosa, Frazon e Janete querem falar com você, chérie... Nos deem licença, oui?
R:
Nossa, Janete! O que vocês têm pra dizer que não pode ser na frente deles?
J:
É que eu ainda não quero espalhar aos quatro ventos, amiga... Eu tô grávida!
Ai, Rosa, não pensei que ia ficar tão feliz!
R:
Grávida! Que maravilha! Parabéns, Janete, parabéns, Frazão! E tá de quanto
tempo já?
F:
Cinco semanas, minha querida Rosa! Sabe, a gente reparou alguns sintomas
semelhantes aos seus. Srrsrs. Principalmente o humor, ou melhor, a falta dele,
com todo respeito! E ela fez o exame de farmácia primeiro, aí foi só confirmar
e correr pra galera!
C:
Frazon, você não vai mudar nunca, mon ami... “correr pra galera” – isso non foi
nada gentil, hã? Mas diz aí, son dois também?
J:
Não! Pelo menos só apareceu um no ultrasson e já tá de bom tamanho! Eu espero
que ele seja lindo igual ao João, nosso afilhadinho!
F:
Janete! Ele vai ser lindo igual ao pai, minha querida, moi aqui, capisce?
E
assim, segue a festa, muita música, cantoria, conversa, alegria.
Chega
a hora do “Parabéns à Você” em dose dupla, de cortar o bolo, fazer pedidos,
etc...
Aos
poucos, os convidados vão se despedindo e se retirando, até sobrar só os mais
íntimos. E estes também se vão.
João
Riccardo e Anna Lucia acabam dormindo exaustos e a pedido dos “nonos” passarão
a noite e o dia seguinte por ali mesmo.
Am:
Serafina, vocês podiam ficar por aqui também, filha. Espaço é o que não falta
nesta casa. Olha a sua irmã, vai ficar.
R:
Mãe, a gente até ficaria, aqui ou no apartamento, mas o Claude tem um contrato
pra revisar e enviar resposta ainda hoje pra um empresário, dono de uma usina. Ele quer investir nos projetos da
construtora.
C:
Verdade, D. Amália. Ficaríamos com prazer, mas o trabalho me espera. A Dadi
quer ficar aqui pra ajudar com Anna e Joon. E Rodrigo passa a noite no
apartamento e amanhã de tarde leva todos de volta.
Am:
Então, tudo bem! Fica pra uma próxima.
R:
A gente já vai então, mãe. Estava tudo muito lindo e gostoso! Depois a gente traz
as fotos, o dvd pra vocês verem. Eu vou
me despedir deles e do papai. Tchau, mãe.
Am:
Tchau, filha.
Assim
que chegam em casa, Claude vai direto para o escritório.
R:
Você precisa de ajuda, amor?
C:
Non, chérie, merci! – ele a olha por um longo momento – Vai descansar, você ficou
o tempo todo atrás das crianças, deve estar exausta, hã?
R:
Mas antes, vou arrumar o quarto deles, separar algumas roupas que não servem
mais. Aproveitar, porque com eles junto não
consigo fazer isso! Eu já tentei e acabou em pizza!
C:
D’accord! Ah! Tem uma coisa que você podia fazer pra mim, um café, pode ser?
R:
Claro! Sabe que eu também estava pensando nisso? Trago já, já.
C:
E um copo d’água, por favor, hã?
Ela
faz o café, coloca um pouco numa pequena garrafa térmica e serve duas xícaras.
Arruma tudo numa bandeja, mais o copo d’água e leva até onde ele está.
Claude
está tão concentrado que não percebe a chegada de Rosa.
R:
Claude... o café! Ela está com a xícara nas mãos.
C:
Perdon, Rosa, non percebi você entrar. – ele pega a xícara e se afunda na
cadeira. – Nossa, fazia tempo que a gente non ficava assim, só nós dois tomando
um café.
R:
Bem, teremos até amanhã à tarde de folga pra tomar café sozinhos.
Claude
coloca a xícara sobre a mesa e puxa Rosa para si, fazendo-a sentar-se com ele
na cadeira.
C:
Esquece o café, eu to querendo fazer isso, desde hoje cedo. – E enfia seus
dedos pelos cabelos de Rosa, se apossando sem nenhuma dificuldade da sua boca.
Rosa o enlaça pela nuca. Você me deixa louco de desejo, chérie.
Mas
antes que ela fale alguma coisa, o telefone toca.
C:
Deixa tocar... Só pode ser o Frazon!
R:
Melhor atender, pode ser o empresário que
você está esperando contato .-
Diz Rosa ofegante. Atende, amor.
C.
Rosa, você sabe o que tá me pedindo?
R:
Sei. Mas você não vai se arrepender. Eu vou te esperar, lá em cima com aquela
camisola vermelha de renda... – Ela se levanta e sai do escritório.
C:
Mon Dieu! Isso é chantagem... Alô? Sim, ele mesmo... E toma de uma vez toda a
água do copo...
Enquanto
Claude atendia o telefone e revisava o contrato, Rosa vai até o quarto das
crianças e separa algumas roupas, ajeita outras, dá uma arrumadinha nas
gavetas, troca a roupa de cama e leva tudo para a área de serviço. Depois volta
até o escritório.
R:
Claude? Falta muito, amor?
C:
Non, mais uns trinta minutos e eu termino, chérie.
R Tá. Você não está com fome, quer que eu faça
algo pra você comer?
C:
Enton... Você podia por aquela camisola vermelha e voltar aqui pra fazer algo
que eu possa comer – Ele sorri malicioso.
R:
Eu vou pensar no seu caso, d’accord? E se eu não voltar, você vai até lá...
Rosa
volta para o quarto, toma um banho e procura a camisola pelas gavetas da
cômoda.
Finalmente
ela encontra: vermelha, com renda até a cintura, terminando na altura das
coxas. Nem curta, nem longa demais...
“Perfeita”
– Pensa Rosa.
Ela
liga o som.
“Nossa!
O ritmo dessa música é ótimo...” Ela aperta o repeat.
E começa a dançar, sensualmente, enquanto
passa um pouco de creme pelas pernas, braços, rosto... de costas para a entrada
do quarto.
Ela
abaixa, sobe, rebola, solta os cabelos, passeia com as mãos pelo corpo, sempre
ao ritmo da música e dá alguns passos para trás, gira, e literalmente cai nos
braços de Claude, que estava parado na porta, apreciando o “show”
dela.
R:
Claude! Faz tempo que você tá aí? – Pergunta assustada.
C:
Tempo suficiente pra pedir bis, hã? Mon Dieu, onde foi que você aprendeu isso,
chérie? Você non desceu, eu vim te buscar, mas acho melhor ficarmos por aqui
mesmo. – Ele a beija, com paixão.
R:
Dança comigo.
C:
Rosa, non dá. Continua como você estava fazendo.
R:
Vem. Segue meus movimentos.
C:
Assim que eu non vou conseguir dançar mesmo. – Ele diz encostadinho ao ouvido
dela.
R:
É só se soltar e se deixar levar pelo ritmo...
C:
Eu vou te mostrar em que ritmo você me deixou.
Pela
manhã, Rosa acorda, sentindo o braço de Claude, sobre seu corpo como ele
costumava fazer e há algum tempo não fazia.
Ela
acaricia o braço dele e tenta sair da cama.
C:
Non, porque você quer se levantar já, hã? Tá ton bom assim, só nós dois sem
nada pra fazer.
R:
Nada pra fazer? Hoje não tem Dadi! Tem
tudo pra fazer: café, almoço...
C:
Mas non tem hora, chérie, non tem preocupaçon com Joon e Anna. O dia é só nosso.
R:
É incrível... é tão bom ficar assim só nos dois, mas, ao mesmo tempo, eu sinto
uma falta dos dois, do chorinho manhoso quando eles acordam, do sorriso quando
a gente vai até eles.
C:
Oui, parece que non somos mais nós. Rosa, eles já ton crescidos. Podíamos fazer
a nossa viagem, hã? Ano passado você
desistiu na última hora.
R:
Não acho justo deixá-los assim com os outros, Claude! São nossa
responsabilidade. - Ela se volta pra ele.
C:
Chérie, non son “os outros”! Son seus pais, Dadi, a babá. Eles don conta. E nós non vamos morar por lá.
Só alguns dias... Um mês no máximo!
R:
Claude, vamos combinar assim: eles estão quase andando e daqui a pouco falando
papai ou mamãe. Só mais um tempinho, por favor! Eu não quero perder esses
momentos deles!
C:
D’accord! Mas você já me levou nessa
conversa ano passado, enton, eu vou te dar seis meses, é o tempo pra iniciar
esse projeto em parceria com a Usina. É mais que suficiente.
R:
Combinado! Daqui seis meses, a gente vai. Eu prometo! Não vou arrumar nenhuma
desculpa.
C:
Ah! Enton, você confessa que era uma desculpa pra non ir?
R:
Não! Eu jamais usaria nossos filhos como desculpa pra alguma coisa. É só
excesso de zelo. - Ela se acomoda quase sobre Claude, ficando com a cabeça em
seu peito. Claude passa os braços por ela, ficando com as mãos a passear pelas
costas dela.
C:
Eu quero te mostrar tantos lugares. Daqui seis meses vai ser inverno na França,
e é lindo! E nada melhor que um café
francês pra esquentar o inverno.
R:
Hummm... Gostoso é esse carinho que você tá fazendo em mim.
C:
Ah, tá bom, non é? E você queria sair daqui. - diz com a voz preguiçosa.
R:
Mas não quero mais. Quero ficar assim e dormir com você; só dormir, hã?
C:
Se você ficar quietinha, non dançar, non fizer nenhum ritmo, eu consigo “só
dormir” contigo. Mas eu acho que eles von falar papai primeiro, hã?
R:
Mas você é muito convencido. É claro que eles vão falar primeiro mamãe!
C:
Vale uma aposta? Se eles falarem “papai” primeiro, você ganha uma noite
francesa, do amor, claro. Se falarem “mamãe”, eu ganho uma noite, quero dizer
outra noite italiana. D’accord?
R:
Fechado! Se você ganhar, tudo como na França. Se eu ganhar, tutti como na
Itália.
R:
Mas não vale o “mamã” e o “papá” não, viu? Porque isso eles já fazem. Eu quero
a palavra toda. Então, você fechou mesmo
com esse empresário, dono de usina?
C:
Oui! Ele tem boas referências. E boas idéias também. Você e Janete von ter
que organizar um jantar pra ele, de apresentação mesmo.
R:
Aqui em casa?
C:
Non. Melhor lá no apartamento. Aqui... Aqui é o nosso refúgio, hã? Vamos
separar as coisas. – Ele afaga os cabelos de Rosa. – Vamos descer, comer algo,
depois a gente inventa o que fazer.
R:
Você me ajuda a preparar o nosso café?
C:
Oui, de preferência com você assim. - Só de camisola... pra recordar os “velhos
tempos”... ou pra ver você dançar!
R:
Não é meu estilo, mas vou fazer uma exceção, já que estamos sozinhos.
C:
Non é seu estilo? E o que eu vi ontem à noite era o que, enton?
R:
Não era exatamente pra você ver. Foi um momento bobo. Sabe os famosos “cinco
minutos” de bobeira.
C:
Pois, por mim, você podia ter isso todas as noites. Vamos, senon nosso café vai
se tornar o jantar. Essa combinaçon
“Rosa mais cama vezes Claude” você já sabe onde pode parar, hã?
Eles
tomam o café, e depois ligam para os “nonos” pra saber se está tudo bem com as
crianças.
O
resto do domingo, eles aproveitam vendo filmes, fotografias, rindo, se amando.
Ao
entardecer, Rodrigo retorna com Dadi, João e Anna.
C:
Obrigado, Dadi, Rodrigo. Vocês eston liberados esta noite, hã?
D:
Eles já estão de banho tomado, D. Rosa. Só falta o jantar.
R:
Ok, Dadi. Claude e eu cuidamos disso.
Pode ir descansar e obrigada, você é um anjo na nossa vida!
Eles
preparam o jantar e na hora de servir as crianças.
C:
Eu fico com Anna e você com o Joon, hoje. Amanhã a gente inverte. – Vem Anna,
com o papai. Fala “pa-pa-i”!
Anna:
Pa pa pap pa...
R:
Isso não vale, francês! Tem que ser natural. Não é João? Repete: “é ma-mãe”
C:
Ah, oui! Natural como você foi agora!
Os
dois se olham e caem na risada.
Depois
do jantar, eles brincam com as crianças, sempre dando um jeitinho de
“incentivar” o papai ou mamãe.
Uma
história na hora de dormir e “voilá!!” -
Fim de noite...
Cerca
de três meses depois, com as crianças já andando, eles resolvem levá-las ao
Parque do Sol em um dia de feriado.
Claude,
Rosa, João e Anna. Apenas os quatro.
Eles
passam boa parte da tarde brincando com as crianças. Elas fazem “amizade” com
outras crianças por ali, mas sempre estão sendo observadas e cuidadas.
Na
hora de ir embora, eles recolhem tudo. Rosa pega João no colo e Claude, Anna.
R:
Nossa, parece que foi ontem que você me trouxe pra conhecer aqui.
C:
E olha só! Já estamos trazendo nossos
filhos como eu disse que faria, hã? – Sabia que eu te amo muito? – ele para e
faz um carinho no rosto dela, enquanto as crianças só olham de um pra outro.
R:
Saber eu sei, mas, é tão bom quando você fala!
Eu ainda sinto aquele friozinho na barriga, acredita?
C:
Vamos ver se é verdade mesmo. – E antes que ela falasse alguma coisa, ele dá um
beijo nela, um pouco mais que um selinho. Mas é tempo suficiente pra escutarem:
João:
Mamãe...
Anna:
Papai...
Eles
interrompem o beijo.
C&R:
Você ouviu? Ele/ela falou mamãe/papai!
C&R:
rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr Ganhei a aposta! rsrsrsrs
C:
Eu ganhei, chérie! Anna falou primeiro!
R:
Nem pensar! Foi o João! E a aposta não era qual deles falasse primeiro, mas “o
que” iriam falar.
C: D’accord! Eles falaram ao mesmo tempo e
falaram as duas palavras, esses espertinhos – Ele sorri pra os filhos e faz um
carinho nos dois, enquanto os acomodam nas cadeirinhas.
R:
Isso significa um empate técnico. O que faremos agora?
C:
Vou ser bonzinho contigo. Você decide: noite francesa ou noite italiana? – Ele
pergunta, encostado no carro.
R:
Hummm... Isso vai ser muito fácil. Noite francesa, é claro! E na França!
Assim,
os três meses seguintes, eles passam preparando a viagem à França.
Listas
e mais listas: o que levar, o que trazer, quem vai cuidar das crianças, hora
disso, hora daquilo...
D:
D. Rosa, não se preocupe. Sua mãe e eu cuidamos deles desde que nasceram, eles
não vão estranhar. E nós já sabemos todos os detalhes pra cuidar deles.
R:
Esse é meu medo! Vocês vão mimar esses dois e quando eu voltar, eles vão estar
mal acostumados.
D:
D. Rosa, isso é fazer mau juízo da gente rsrsr Eles merecem! São muito
bonzinhos por serem dois! Nunca deram trabalho, nunca ficaram doentes.
R:
Amém, né Dadi! Espero que nunca deem “trabalho” mesmo! Bom, as malas estão prontas. Amanhã à noite,
a gente embarca e eu não sei o que sinto mais, Dadi, medo ou felicidade.
D:
Deve ficar muito feliz, visse, D.Rosa? Dr. Claudes e a senhora tiraram a sorte
grande. Um amor assim, igual ao de vocês, tô pra ver igual. Parece aqueles
romances de filme de cinema.
R:
Tomara que isso nunca mude, Dadi. O Claude é a pessoa com quem eu quero
envelhecer, ele sempre será o amor da
minha vida.
C:
É muito bom ouvir isso, chérie. – Claude entra de repente – Eu também quero
estar ao seu lado até o fim. Aliás, eu gostaria que isso non tivesse fim. – Ele
segura a mão dela.
Dadi
sai de fininho.
R:
E não vai ter, nosso amor será eterno, porque é verdadeiro. E o que é
verdadeiro é infinito.
C:
E quanto tempo tem a eternidade?
R:
Pode ter um segundo apenas ou a vida inteira... A gente é quem determina esse
espaço, esse “tempo”, pelo nosso coração, pelo pensamento.
C:
Enton, eu quero que isso que eu vou fazer seja infinito em nosso coraçon, em
nossa vida e em nosso pensamento. – Ele a beija, com a pureza de um primeiro
beijo, mas com a certeza de não ser o último.
Com
tudo preparado pra viagem, o dia seguinte eles passam em casa com os filhos,
numa espécie de “despedida”. Brincam, contam histórias, fazem palhaçadas, enfim,
se divertem.
Os
gêmeos ficam tão exaustos que dormem cedo. Rosa e Claude aproveitam pra
descansar também um pouco, antes de irem para o Aeroporto, pois o voo está
previsto pras vinte e três horas.
Rosa
passa pelo casarão pra se despedir dos pais, antes de seguir para o Aeroporto.
F:
Calma, pessoal! O vôo está atrasado vinte minutos. Mas o avião já está preparado.
J:
Isso significa que temos vinte minutos ainda, comadre! Ai, que inveja, Rosa.
R:
Inveja, Janete? Vocês já foram pro Caribe!
J:
Por isso! Muito sol, praia... Muita gente em volta... Agora Europa, França
nessa época... ai! Deve ser tudo de bom.
R:
Nas próximas férias, vocês podem ir. Se é que vamos ter próximas férias. Você
viu, quantos contratos eles fecharam nesses últimos meses?
Nesse
momento, anunciam o embarque do vôo.
C:
Chegou a hora, chérie. Frazon, até a volta! E faz um favor, hã?
F:
Faço! É só pedir, francês!
C:
Non me liga, nem que a cidade estiver pegando fogo, oui?
F:
Mon ami... esse pedido será entendido como uma ordem! Rsrsrsrsrsrs
J:
Levou, meu amor? Eu digo pra você não incomodar o Claude! Boa viagem, meus
queridos! Podem ir sossegados que os pimpolhos estão em boas e muitas mãos!
R:
Logo você vai sentir essas preocupações também, Janete! Tchau, minha amiga!
Adoro você!
C:
Vamos, Rosa... última chamada.
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