No capítulo
anterior...
Claude deu um beijo em Rosa e saiu. Assim que ela ouviu a porta da sala fechar, correu pra o telefone e ligou pra Gurgel.
Gurgel: Oi, Rosa querida.
Rosa: Gurgel, ele já saiu.
Gurgel: Deixa comigo, mulher.
Rosa: Gruda nele, tá? Não deixa nenhuma bisca de aproximar.
Gurgel: Olha não pede pra eu grudar não, senão grudo demais.
Rosa: Obrigada, Gu, você é um amor.
Rosa desligou o telefone e subiu sorrindo.
CAP – 23
(21:05 – Festa de despedida de solteiro)
Claude deu um beijo em Rosa e saiu. Assim que ela ouviu a porta da sala fechar, correu pra o telefone e ligou pra Gurgel.
Gurgel: Oi, Rosa querida.
Rosa: Gurgel, ele já saiu.
Gurgel: Deixa comigo, mulher.
Rosa: Gruda nele, tá? Não deixa nenhuma bisca de aproximar.
Gurgel: Olha não pede pra eu grudar não, senão grudo demais.
Rosa: Obrigada, Gu, você é um amor.
Rosa desligou o telefone e subiu sorrindo.
CAP – 23
(21:05 – Festa de despedida de solteiro)
Claude chegou à boate, entregou as chaves ao
manobrista e entrou. O lugar já estava lotado de conhecidos.
Freitas: Chegou quem estava faltando: Claude Geraldy.
Claude: Boa noite.
Antoninho: A patroa te liberou, meu caro?
Claude: Com muito custo
Freitas: Não foi só a sua. A Ninica quase não me deixa sair.
Antoninho: Oras, vamos deixar de falar em patroas. A noite está
só começando.
Claude: Cadê o Frazon?
Freitas: Ele tava aqui, mas foi pegar uma bebida. Olha ele aí.
Frazão: Opa, falando de mim? Mon ami, achei que não viria
hoje.
Claude: E eu ia perder essa festa?
Frazão: Bebe o que?
Claude: Eu tô dirigindo.
Frazão: Bebe, Claude, depois você manda seu motorista vir
buscar teu carro.
Claude: É, hoje é dia de comemoraçon.
Freitas: Aproveita, Frazão, porque depois oh, só na coleira.
Todos caíram na gargalhada.
Antoninho: E eu tenho uma surpresa pro nosso amigo Frazão.
Claude: Opa! O que é?
Antoninho: Mulheres, meu caro, lindas e gostosas para todos.
Claude: Non, que issi hã? Eu
sou casado.
Freitas: Se a Ninica fica sabendo disso, eu sou um homem
morto.
Antoninho: Vocês estão casados ou amarrados? Qual é, gente? É só
um strip-tease, completo, claro. E quem quiser esticar com as meninas depois...
Frazão: Você é um pervertido, Antoninho.
Então se ouviu uma voz fina que vinha ao encontro do
grupo.
Gurgel: Iuhu, cheguei.
Antoninho: Quem convidou o Gurgel?
Gurgel: Eu não preciso ser convidado, meu querido, sou vip,
tá. Além disso, tenho o mesmo que você entre as pernas e você conhece bem.
Antoninho: Que conheço bem o que, sua bicha louca.
Gurgel: Olha o respeito, tá? E não foi isso que você falou na
noite passada.
Frazão: Vamos acalmar os ânimos.
Gurgel: Patrãozinho, você ta um pedaço de mal caminho hoje,
hein? (disse, passando a mão no braço de Claude)
Claude: Que issi, hã?
Gurgel: Isso é um deus.
Antoninho: Vamos nos sentar, o show começa em instantes.
Gurgel: Que show?
Freitas: O strip-tease de umas garotas que o Antoninho
contratou.
Gurgel: Nossa! Eca! Mulheres tirando a roupa, que graça tem
nisso? Faço um show melhor se vocês quiserem.
Frazão: Vamos pra mesa.
Gurgel: Espera, Claude, vamos pegar uma bebida comigo?
Claude: Mas eu ia...
Gurgel: Larga de ser ruim, patrãozinho, vem. (disse,
puxando Claude)
(21:55
– Mansão Geraldy)
Rosa estava impaciente, não parava de imaginar o que
Claude estaria aprontando. Então, o telefone tocou e ela foi atender correndo.
Janete: Amiga?!
Rosa: Janete!
Janete: Te acordei?
Rosa: Não, estava deitada só. Tá com a mesma sensação que
eu?
Janete: Ai, minha vontade é arrancar o Frazão daquela festa.
Rosa: Coloquei o Gurgel de olho no Claude. Sei que é errado,
que devo confiar nele, mas não confio é nos amigos dele. Claro, tirando o
Frazão.
Janete: Vão dar bebida a meu chocolate.
Rosa: Ah! Vamos tentar esquecer isso, né? Está nervosa pro
casamento?
Janete: Muito, sua amiga enfim vai desencalhar. E você? Como
estão os meus sobrinhos?
Rosa: Bem, depois do seu casamento, na segunda, eu tenho
consulta.
Janete: Ah! Amiga, desculpe, com esse corre-corre do meu
casamento, acabei esquecendo o seu.
Rosa: Besteira, amiga, você sabe que vai ser uma cerimônia
simples.
Janete: Simples, mas elegante, tá?
Rosa: Vou experimentar alguns vestidos na segunda também.
Enquanto as duas ficaram conversando no telefone, na
boate, Claude estava ficando louco, mas não por ver as mulheres, mas pelo
Gurgel não largar do seu pé.
Claude: Gurgel, desencosta um pouquinho, hã.
Gurgel: Ah! É que tá frio.
Antoninho: Oh lá, as meninas vão entrar. Gostosas, fiu, fiu.
Freitas: Eu não posso ver isso.
Antoninho: Ah! Tira a mão do olho, Freitas.
Uma das moças começou a tirar a roupa e encarar
Claude, Antoninho vibrava de alegria. A moça se aproximou de Claude e começou a
dançar sensualmente em sua frente. Mas Claude levantou e foi para o bar pegar
alguma bebida.
Depois de um tempo, Frazão chegou sorrindo onde ele
estava.
Frazão: Que foi, Claude, não gostou do showzinho das meninas?
Claude: Qual homem que non gosta, hã? Mas non tava a fim de
ver, ficaria com a consciência pesada depois e issi non é bom. Acabei de voltar
com a Rosa, qualquer discusson boba pode acarretar com o término do nosso
casamento de novo.
Frazão: Se a Janete sabe me mata.
Claude: Frazon, eu acho que já vou.
Frazão: Você mudou mesmo, hein? Vai lá.
Claude: Além dissi, minha festa de despedida de solteiro foi
a muitos anos e essa é sua. Divirta-se, hã.
Claude colocou o copo sobre o balcão, se despediu do
amigo e saiu. Ele pensou em ir dirigindo, mas aí se lembrou da mulher, dos
filhos e achou melhor não arriscar. Então, tomou um táxi.
(00:01
– Casa)
A casa estava escura, apenas a lua clareava, entrando
pela janela da varanda. Rosa estava de pijama com seu robbie, em pé, olhando a
noite fria de São Paulo.
Claude chegou de táxi, entrou pela porta do fundo e
pediu que Rodrigo fosse buscar o carro dele logo cedo. Ele entrou devagar e
antes de subir notou que a porta da varanda estava aberta, então, por receio de
fechar, ele caminhou até lá pra fechar.
Rosa estremeceu quando sentiu os lábios quentes e
conhecidos em seu pescoço e mãos ao redor da sua cintura. Ela sorriu e encostou
sua cabeça no peito dele.
Claude: Sentiu saudade?
Rosa: Cada segundo que passo longe de você vira uma
eternidade.
Claude: Nada tem mais graça sem você.
Rosa: É tão bom fechar os olhos e ver que tenho você ao meu
lado, saber que vou dormir em seus braços, acordar ao seu lado.
Claude: Ver o teu sorriso, sentir o teu cheiro. Eu passei
tanto tempo longe de você, quase te perdi de vez, fui ton burro.
Rosa: Acho que isso foi um aprendizado para nós, eu apreendi
a te aceitar, aprendi a pedir desculpas quando necessário, a te compreender.
Claude virou Rosa, segurou em suas mãos e a encarou.
Claude: Me dá uma chance?
Rosa: Uma chance?
Claude: Uma chance de te amar o resto da minha vida.
Rosa: Todos os segundos dela.
Rosa acariciou o rosto de Claude, deslizou seus dedos
delicadamente sobre os seus lábios e o beijou. Claude a apertou contra seu
corpo e aprofundou o beijo deixando Rosa nas pontas dos pés.
Claude pegou Rosa no colo e subiu as escadas
lentamente. Rosa não quis saber de perguntar, ela só queria amá-lo.
Claude sentou na cama com ela em seu colo e acariciou
o rosto dela.
Claude: Eu te amo.
Rosa: Eu também te amo muito.
Os dois se levantaram e mergulharam seus olhares um no
outro. Naquele olhar existia mais que amor, mais que cumplicidade, existia um
desejo que só eles sabiam descrever.
Nada existia, ninguém existia, o mundo não existia.
Apenas os dois apaixonados.
(02:50
– Quarto)
Rosa estava deitada no peito de Claude, enquanto ele
passava a mão lentamente por seu cabelo.
Rosa: Como foi lá?
Claude: Hum, haha, eu sabia que ia perguntar issi.
Rosa: Não é ciúmes, tá? É só curiosidade.
Claude: Foi bom, mas non teve muita graça pra mim.
Rosa: Por que não?
Claude: Além do Gurgel não sair do meu pé, eu senti muita
falta de uma ciumenta linda que amo muito.
Rosa: Teve mulheres?
Claude: Você sabe que teve. Coisa do Antoninho.
Rosa: Você deve ter ficando babando.
Claude: Babei tanto que vim pra casa antes que terminasse pra
pode amar minha mulher.
Rosa: Sei... Rsrs...
Claude: Sabe que te amo muito, non sei, acho que aquela foto
que você guardou minha era pra algum feitiço, porque eu tô louco por você.
Rosa: Então deu certo, haha. Bobo, eu te amo.
Claude: Só que eu acho que funcionou mais do que devia, hã. (disse,
puxando a perna dela e colocando sobre seu corpo.)
Rosa: É? Por quê?
Claude: Porque eu não me canso de fazer amor com você.
Claude deu um beijo intenso em Rosa e, assim, fizeram
amor aquela madrugada inteira.
DIAS
DEPOIS
(17:50
– Casa de Janete)
Janete: Amiga, você está linda.
Rosa: Nossa, depois de vários ajustes por causa dessa
barriguinha aqui, ficou perfeito.
Janete: Ai, eu vou chorar.
Rosa: Para de frescura, Janete. Mas eu queria mesmo é que
minha mãe tivesse aqui. O sonho dela era
me ver assim, vestida de noiva.
Janete: Você está feliz, né?
Rosa: E como não tá? Tô casada com um homem lindo e vou ter
gêmeos. Não quero mais nada na vida.
Janete: Então, é melhor irmos antes que ele tenha um troço no
altar.
(18:30
– Igreja)
Claude estava nervoso, Rosa já estava atrasada quinze
minutos.
Claude: Por que casamento em igreja dá mais nervoso que em
cartório?
Frazão: Não sei, deve ser porque tem aquela parte: O que Deus
uniu o homem não separa, haha.
Claude: Mon Dieu será que ela desistiu?
Frazão: Deve ter pensado melhor.
(19:00
– Igreja)
A marcha nupcial tocou e Rosa apareceu na porta da
igreja. Estava linda com um vestido maravilhoso.
Rosa: “A única coisa
que eu enxerguei naquele momento foram os olhos dele. Estava tão lindo naquele
smoking. Seu sorriso me deixou maluca. Eu estava ali casando com ele pela
segunda vez, só que agora na igreja. Confesso que meu coração acelerou mil
vezes mais. Eu notei quando ele falou baixinho de longe: Eu te amo. Então
retribui da mesma forma e ele voltou a me dar aquele sorriso que me arrebatava.”
Claude: “A noiva mais
linda do mundo não chegava aos pés dela naquele momento. Mon Dieu! Me senti um
menino, ela estava tão linda, aqueles olhos, aquele sorriso. Sua barriga se
notava um pouco, o que a deixou mais linda. Podem dizer que o casamento é uma
prisão, mas eu não me importo, vou estar preso a mulher mais linda do mundo.
Quando segurei na mão gelada dela, que tremia feito um passarinho, meu corpo
todo esquentou. Ela causava um efeito inexplicável em mim.”
Rosa e Claude se ajoelharam na frente do padre, que os
abençoou, e, logo, começaram os votos do casamento.
Claude: Eu, Claude Antoine Geraldy aceito você...
Rosa: ... Rosa Petroni Geraldy aceito você Claude Antoine
Geraldy...
Claude: ... Como minha esposa para amá-la...
Rosa: ... E respeitá-lo na alegria e na tristeza...
Claude: ... Na saúde e na doença...
Rosa e
Claude: ... Todos os dias da minha
vida.
Claude pegou a aliança e colocou lentamente no dedo de
Rosa, dando um beijo delicado em sua mão e entregando uma rosa vermelha. Rosa
pegou a aliança, colocou na mão de Claude, beijou e deu um sorriso cheirando a
Rosa.
E, então, não existia mais ninguém naquela igreja para
eles, a não ser dois corações apaixonados, unidos por um beijo delicado.
CONTINUA...
NÃO
PERCAM, NA PRÓXIMA SEMANA, O ÚLTIMO CAPÍTULO DE “UMA CHANCE DE AMAR”!
Esse capitulo foi otimo , pena q o proximo sera o ultimo , adorei essa fic e espero q vc escreva outras
ResponderExcluirbjsss Joyce .