Essa nova sessão, sugerida pela Maria do Sul, a quem agradecemos, trará depoimentos nossos e dos leitores do blog sobre novelas ou programas de TV que tenham apreciado.
Inicialmente, teremos o depoimento de nossa amiga Maria do Sul sobre Irmãos Coragem (primeira versão).
Para maiores informações sobre a novela, favor consultar: http://www.teledramaturgia.com.br/tele/irmaos70.asp.
O depoimento:
Para maiores informações sobre a novela, favor consultar: http://www.teledramaturgia.com.br/tele/irmaos70.asp.
O depoimento:
"Minhas recordações de Irmãos Coragem - primeira versão.
Essa foi uma novela inesquecível! Numa época em que a maioria das novelas, se passava na Europa de séculos atrás, tendo duques, condes, rainhas e piratas como personagens, Irmãos Coragem, ambientada numa pequena e atrasada cidade do interior do Brasil, mostrando personagens contemporâneos, de uma realidade desconhecida da maioria da população, principalmente das grandes cidades, logo chamou a atenção, sendo um dos assuntos dominantes da época!
Mostrava a história da família Coragem: Sebastião o pai, Sinhana a mãe, os filhos João, Jerônimo e Eduardo (Duda) e Potira a filha adotiva do casal. João encontrava um grande e valioso diamante, e isso alterava o destino da família: o que em princípio parecia uma dádiva, logo se tornava motivo de lágrimas causando várias tragédias, como a morte de Sebastião durante o roubo da pedra e as mortes de Jerônimo e Potira, no final da novela. Todos esses dramas ocorriam, devido a cobiça que o diamante despertava em muita gente, principalmente em Pedro Barros o grande vilão, que oprimia os garimpeiros, dominava a cidade, explorava o povo, com o apoio de seus também inescrupulosos e corruptos amigos, entre eles o delegado Falcão, de péssimo caráter!
Foi uma novela com muita violência, lembro especialmente da cena chocante em que Pedro Barros amarrava Sinhana, amarrando a outra extremidade da corda num cavalo, arrastando-a pela cidade! Outra cena violenta, foi a surra que Pedro Barros mandava os capangas darem na filha, Lara / Diana, para segundo ele, expulsar o demônio do corpo dela, foi exagerada, aquela cena! Houve também um estupro, quando Juca Cipó atacava Cema, ( por quem era apaixonado, e a quem chamava de Ceminha, indo inclusive visitá-la na cadeia quando ela ficou presa uns dias ), mas, essa cena, não precisamos assistir, o tesourão da censura, da ditadura militar, não permitia cenas de sexo em novelas, sexo era assunto proibido! Também não podia ter qualquer assunto que o governo militar achasse perigoso para o regime vigente, por isso eram comuns cortes de cenas inteiras! Suponho que essa censura fazia com que os autores de novelas, entre eles Janete Clair, para compensar e dar mais emoção, abusasse das cenas violentas, pois essas não incomodavam o governo e o tesourão as poupava!
Mesmo com essa violência, meio excessiva, a gente não queria perder nenhum capítulo dessa novela! As famílias se reuniam para assistir, e depois para comentar, tentando adivinhar o que aconteceria no próximo capítulo! Pobre do hóspede que não gostasse da novela, ficava esquecido num canto até terminar a última cena!
Além dos casais que passavam a novela entre encontros e desencontros, outra coisa que me chamou a atenção, foram alguns personagens marcantes, como o doente mental Juca Cipó, um trabalho magnífico de Emiliano Queiróz, e o vilão Pedro Barros, um maravilhoso trabalho de Gilberto Martinho. E existia um personagem engraçado, Padre Bento que metia-se em tudo que era assunto, sempre carregando um guarda-chuva, mesmo que em Coroado raramente chovesse, uma figura estranha!
No final, chorei com a morte de Jerônimo e Potira. Eu torcia por eles, quando finalmente, assumiram seu amor, foram mortos numa cena dramática! E, dramática foi também a cena em que João desesperado, destruía o diamante que só trouxe sofrimentos para sua família, muito triste!
Foi uma novela que marcou época, acho que nenhuma outra depois dela conseguiu chamar tanto a atenção das pessoas, pois era assunto obrigatório em qualquer reunião, sendo assistida por homens e mulheres de todas as idades e condições sócio-econômicas!
Foi uma grande novela!
Espero que tenham gostado desse meu depoimento, que estréia essa sessão. Obrigada pela atenção. Beijos a todos".
Essa foi uma novela inesquecível! Numa época em que a maioria das novelas, se passava na Europa de séculos atrás, tendo duques, condes, rainhas e piratas como personagens, Irmãos Coragem, ambientada numa pequena e atrasada cidade do interior do Brasil, mostrando personagens contemporâneos, de uma realidade desconhecida da maioria da população, principalmente das grandes cidades, logo chamou a atenção, sendo um dos assuntos dominantes da época!
Mostrava a história da família Coragem: Sebastião o pai, Sinhana a mãe, os filhos João, Jerônimo e Eduardo (Duda) e Potira a filha adotiva do casal. João encontrava um grande e valioso diamante, e isso alterava o destino da família: o que em princípio parecia uma dádiva, logo se tornava motivo de lágrimas causando várias tragédias, como a morte de Sebastião durante o roubo da pedra e as mortes de Jerônimo e Potira, no final da novela. Todos esses dramas ocorriam, devido a cobiça que o diamante despertava em muita gente, principalmente em Pedro Barros o grande vilão, que oprimia os garimpeiros, dominava a cidade, explorava o povo, com o apoio de seus também inescrupulosos e corruptos amigos, entre eles o delegado Falcão, de péssimo caráter!
Foi uma novela com muita violência, lembro especialmente da cena chocante em que Pedro Barros amarrava Sinhana, amarrando a outra extremidade da corda num cavalo, arrastando-a pela cidade! Outra cena violenta, foi a surra que Pedro Barros mandava os capangas darem na filha, Lara / Diana, para segundo ele, expulsar o demônio do corpo dela, foi exagerada, aquela cena! Houve também um estupro, quando Juca Cipó atacava Cema, ( por quem era apaixonado, e a quem chamava de Ceminha, indo inclusive visitá-la na cadeia quando ela ficou presa uns dias ), mas, essa cena, não precisamos assistir, o tesourão da censura, da ditadura militar, não permitia cenas de sexo em novelas, sexo era assunto proibido! Também não podia ter qualquer assunto que o governo militar achasse perigoso para o regime vigente, por isso eram comuns cortes de cenas inteiras! Suponho que essa censura fazia com que os autores de novelas, entre eles Janete Clair, para compensar e dar mais emoção, abusasse das cenas violentas, pois essas não incomodavam o governo e o tesourão as poupava!
Mesmo com essa violência, meio excessiva, a gente não queria perder nenhum capítulo dessa novela! As famílias se reuniam para assistir, e depois para comentar, tentando adivinhar o que aconteceria no próximo capítulo! Pobre do hóspede que não gostasse da novela, ficava esquecido num canto até terminar a última cena!
Além dos casais que passavam a novela entre encontros e desencontros, outra coisa que me chamou a atenção, foram alguns personagens marcantes, como o doente mental Juca Cipó, um trabalho magnífico de Emiliano Queiróz, e o vilão Pedro Barros, um maravilhoso trabalho de Gilberto Martinho. E existia um personagem engraçado, Padre Bento que metia-se em tudo que era assunto, sempre carregando um guarda-chuva, mesmo que em Coroado raramente chovesse, uma figura estranha!
No final, chorei com a morte de Jerônimo e Potira. Eu torcia por eles, quando finalmente, assumiram seu amor, foram mortos numa cena dramática! E, dramática foi também a cena em que João desesperado, destruía o diamante que só trouxe sofrimentos para sua família, muito triste!
Foi uma novela que marcou época, acho que nenhuma outra depois dela conseguiu chamar tanto a atenção das pessoas, pois era assunto obrigatório em qualquer reunião, sendo assistida por homens e mulheres de todas as idades e condições sócio-econômicas!
Foi uma grande novela!
Espero que tenham gostado desse meu depoimento, que estréia essa sessão. Obrigada pela atenção. Beijos a todos".
Sim, Maria do Sul, eu gostei muito do seu depoimento sobre Irmãos Coragem, a original.
ResponderExcluirQue memória você tem!
Acredita que eu não assisti a nenhuma das duas vezes que passou na TV, original e remake?
Na 1ª vez, era criança pequena e eu só via as que minha mãe via. E ela só acompanhava algumas.
No remake, lembro-me que passou no horário das 18h e eu nunca estava em casa.
Seu depoimento e os capítulos postados por JE nos fazem perceber que foi uma grande novela mesmo.
Obrigada por compartilhar suas memórias conosco, beijo carinhoso!
Maria adorei seu texto.. obrigada por compartilhar.. beijao cherrie :)
ResponderExcluirMaria, que memória extraordinária, eu me lembro da novela sim, mas não me lembro dos detalhes como vc narrou, me lembro do diamante, da ambição e Glória Menezes que fazia 2 papéis que se transformava e parece que teve uma 3ª transformação, só isso e agora através do seu relato maravilhoso fiquei a par dos detalhes, meus parabéns Maria Bjos..........
ResponderExcluir