segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

UMA ROSA COM AMOR - ESPECIAL DE NATAL - PARTE 10 - AUTORAS: MANU E ANNIE WALKER

No mercado, era uma muvuca só, as filas pareciam as do Maracanã no final do brasileirão.

As pessoas corriam com os carrinhos como se estivessem em um card. Corre pra cá!!! Corre pra lá!!! Os produtos sumiam das prateleiras e o locutor anunciava:
Locutor: Promoção relampago!!! Com o Chester da Perdigão! Agora, você que chegar aqui e levar o selo vai pagar a metaaaaaade do preço! E só vai durar 3 minutos.
Essas palavras ecoaram nos ouvidos dos clientes, as senhoras donas de casa sentiram em suas veias ferver o sangue e, em questão de segundos que pareciam longos minutos, corriam feito felinos na selva, corriam em busca da sua presa (pobre chester). O chão do mercado tremia com a manada. Dadi ouviu a chamada e correu em câmara lenta. Era possível perceber sua posição de ataque, nada romântica, seus cabelos, que pareciam em pé, voavam com a velocidade que corria e era possível imaginar o grito de guerra ao ouvir a voz do locutor novamente.
Locutor: este é o último!- dizia ingênuo com o animal nas mãos, bem, foi a última coisa que falou antes de ser massacrado por um monte de mulheres que caíram sobre eles, dentre elas Dadi!
Dadí: Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahr!- gritou ao pular em cima do monte e não sei como conseguiu pegar a ave.
Frazão: Mamãe!!!- exclamou, assustado. Com os olhos arregalados, ele percebera, sim ele estava na selva.

Enquanto isso no apartamento dos Geraldys, Mariana e Júlio já estavam quase acabando a "arrumação especial de Natal do Claude", haviam colocado o projeto de árvore de Frazão perto da escada, espalhado algodão pela casa e pela árvore. na mesa tinha um frango queimado, uma farofa amarela, e comidas de aparência nem um pouco apetitosa. Estava quase tudo pronto.

Mariana: Eles não vão ter tempo de arrumar nada se tiverem que desfazer isso aqui primeiro e aí, querido, o S. Geovanne e o famoso casal Smith não vão gostar nem um pouco desse Natal especial do francês. Rosa vai ficar decepcionada e vc vai ter sua florzinha de volta, e eu? Vou consolar o meu pobrezinho francês.
Júlio: É... até que vc não é burra não neh, Mari? Mas e as crianças?
Mariana: A gente se livra deles depois, aí não vai haver nada! Nada que una Claude e Rosa. hahhahaha(risada diabólica)

Manu tocou a campainha do casarão e ela e Claude já eram alvos dos olhares desconfiados da famosa vizinhança do Bexiga. Manu não se importava, Claude disfarçava sua tensão. Até que D. Amália veio carinhosamente atender as visitas, ela não conhecia Manu e estranhou ao ver sua neta no colo de uma estranha, mas logo atrás avistou Claude meio sem graça, Manu se mantinha sorridente e indiferente como se não estivesse acontecendo nada.
Manu: Oi, a Senhora deve ser a D. Amália, a mãe de Rosa, eu sou Manuela, uma amiga de Claude e da família dele, tudo bem? - já foi logo se aprensentando.
Amália: Sim, tudo! Prazer em conhecê-la. Mas cadê Fina?
Manu: Fina?
Claude: É assim que eles chamam Rosa, tudo bem D. Amália, Rosa...
Manu: Foi fazer compras com a sobrinha.
Amália: Sobrinha? Acho que eu não to entendendo!
Claude: D. Amália, é que ...
Manu: D. Amália, nós precisamos da sua ajuda.
É agora que eu morro, oh mon Dieu!- pensava o francês, cada vez mais apreensivo com o tal plano de Manu.
Manu: Bem, sobre a sobrinha, é Annie, ela é sobrinha do Claude e agora da Rosa tbm, vcs vão gostar dela. Ela levou Rosa para sair para ela não perceber as movimentações, é que nós estamos tentando fazer uma surpresa com relação ao Natal, sabe? Pq nem tudo tem como preparar antes.
Amália: Mas é claro que eu ajudo.
Geovanne: Ajuda o que, Amália? Meus netinhos!!!! Que bom que vocês trouxeram eles para ver esse avô rabujento!
Claude: Que é isso, S. Geovanne, eles tem muito o que aprender com o velho Geovanne, assim como eu tbm, hã?
Geovanne: Oh! Sim, claro! Mas me diga, hã? que regazza é essa, hã?
Manu: Sou Manuela, seu Geovanne. - disse, oferencendo a mão ao senhor.
Geovanne: Você me conhece?
Manu: Ah, o Claude e a Rosa já me falaram um bocado do senhor, viu?
Geovanne: E falaram o que, hã? Que eu sou muito rabujento e brigão, é?
Manu: Também! - todos riram, menos o velho Geovanne.
Geovanne: Tah vendo, Amália, o que eles ficam falando pras crianças do Nono deles!
Manu: Mas também falam e muito mais que o Senhor é uma pessoa de integridade invejável e um coração muito bom. Bem foi o que me disseram.
Seu Geovanne abriu aquele sorriso bobo.
Geovanne: Va bene, hã? Mas não mudem de assunto. O que que você vai ajudar Amália, hã? Tem alguma coisa errada?
Claude engoliu seco e ele e Manu se entreolharam, sob os tensos olhos da matriarca da casa, que veio acudí-los.
Amália: Que é isso, meu velho! Está sempre pensando em problemas, hã? Olha o Dr. Claude e a D. Manuela querem é que a gente fique com as crianças para poderem fazer as comidas pra hoje homem, pq não tem como fazer as comidas antes, neh?
Claude : É issi, S. Geovanne, nón é, Manu?
Manu: Sim sim, mas é claro, ó vou fazer uma moqueca que vai fazê o senhor ficar ó babandoo.
Geovanne: Moqueca? hummmmmmmmmm...Amália, é a Amália, minha Amália vai levar uma rabanada...que faz o CORTIÇO TODO ficar com a boca ó...cheia de água.
Claude: É verdade, a comida da D. Amália é de causar inveja aos chefes de Paris.
Manu: hummmmmmmmmmmmmmmmm... Eu tô ficando curiosa pra conhecer essa rabanada arretada, hein?
Geovanne: Pois vc verá, hã? Agora vão, hã? Vão que depois a gente leva os babinos, hã? Vão e me deixem com os meus netos.
Claude: Ai ,meus meninos... Pedrinho, Manu, dão um beijinho no papai, hã?
Pedrinho: Papaaaaaaaaaaaaaa. - foi correndo dar um beijo gostoso no papai, mas durou pouco porque o rabugento do vovô logo expulsou.

Claude e Manu sairam do cortiço sendo observados pelos olhares curiosos de D. Antonieta e de D. Pepa, que como sempre visitava a amiga.
Pepa: Vc viu, d. Antonieta? Qm será essa moça bonita com o Dr. Claude?
Antonieta: Vi sim, não sei quem é. Mas seja quem for é muito bonita.
Pepa: Essa é muito bonita... – e ficou pensativa

No carro...
Claude: Nossa, nem acredito que eles simplesmente aceitaram ficar com as crianças numa boa.
Manu: Às vezes, o melhor plano é falar a verdade.
Claude: Verdade?
Manu: É verdade! Pela metade, mas verdade! – diz com um sorriso.
Claude: Brigado! Você tem sido uma amiga maravilhosa.
Manu: Ah, Claude, vc sabe que eu e você sempre fomos bem melhores como amigos, éramos muito mais irmãos do que namorados, neh?
Claude: É verdade.
Manu: Você não sabe como eu to feliz de você ter encontrado a Rosa, sabe? A família dela é de uma simplicidade e alegria contagiante, ela também é muito legal. Você é um homem de sorte, viu?
Claude: Eu sei – diz com um sorriso bobo.
Manu: Eu torcia tanto pra vc se livrar da Nara, ela te prendia, parecia hipnose.
Claude: É verdade, por causa dela quase que perdi minha Rosa, você não sabe como eu lamento não ter percebido o veneno de Nara antes, mas não cometo o mesmo erro com Mariana.
Manu: Mariana?
Claude: Ah, é uma outra namorada que eu tive.
Manu: Ah, tinha me esquecido que antes da Rosa te aquietar vc era o garanhão das mulheres.
Claude: Mariana já fez muitas coisas pra que eu e Rosa brigássemos, ainda bem que ela sumiu, acho que desistiu. – diz com um sorriso.
Manu: Sumiu? Claude, esse tipo de gente quando fica quieta, a gente fica alerta, ela deve é tah aprontando alguma coisa isso sim.
Claude: Você acha? Não. Deve ter desistido mesmo.
Manu: Bem, quem avisa, amigo é .

No mercado, Dadi chega ao carrinho com as castanhas, último item da sua lista.
Dadi: S. Frazão, acho que já peguei tudo, vamos pra fila do caixa.
Frazão: Dadi, nós estamos na fila do caixa. – foi quando a governata entendeu a cara de estresse do advogado, eles estavam no meio do mercado, a fila era simplesmente gigantesca. Dadi olhou para frente, à procura do caixa, mas estava tão longe q ele estava pequenininho.

Claude e Manu chegaram ao apartamento sem suspeitas. Quando Claude girou a fechadura, havia uma corda presa nela que estava amarrada no disjuntor que ligava o luxuoso ventilador de teto inglês do apartamento. Claude e Manu entraram no apê, desacreditados no que viam e, pra variar, o ventilador estava cheio de pena e, conforme girava, fazia voar as penas brancas, aumentando a bagunça do local. Na escada, havia várias latinhas amaradas em correntes, a piscina tinha umas velas grossas. A decoração do apartamento e da mesa para a ceia eram horripilantes.
PÁAAAAA- foi o barulho que o corpo francês fez ao cair no chão. Ele desmaiou.

2 comentários:

  1. muito bommmmmmmmmmmmm ri muito meninas vamos logo ñ demore bjssss

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  2. Pobre Claude, kkkkkkkkkkk. Chorei de rir com tudo, mas pricipalmente com o choque do francês, coitado! E a cena de Dádi, pegando o último chester, foi demais! Continuem meninas! Bjs.

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