CAPÍTULO XXXVI – FE... DE FELICIDADE (CONTINUAÇÃO)
Pela
manhã, já estão no local o carro, e os coletes. A polícia isola a área, bloqueando
a passagem dos curiosos. Mesmo as equipes de TV ficam a uma distância maior.
Sampaio
retorna e entra pra falar com Julio.
Sam:
As notícias não são boas... Seu “amigo”, o tal Coronel, não vai se envolver
nessa história, mas não abre mão da grana! Disse que não dispõe de meios de te
ajudar no momento!
Ju:
Miserável! Pois se é assim, ele que espere sentado! E sem grana!
Sam:
Você é louco! Acha que ele vai deixar de receber o que você deve?
Ju:
Se ele não pode, ou não quer me ajudar, considero o trato desfeito... Eu já
falei, agora é tudo ou nada!
Sam:
Então você vai continuar com esse seu plano maluco de fuga? Você tem armas por
aqui? Está preparado pra enfrentar o que te espera lá fora?
Ju:
Só tenho uma automática comigo pra alguma necessidade maior. Quanto à minha
fuga é a única chance que tenho... não vou desistir, pra ir preso ou morrer... Se
for pra morrer, que seja tentando escapar!
Sam:
É sua última palavra?
Ju:
Sim! Não tenho mais como voltar atrás... Já fui longe demais pra recuar!
Sam:
Nesse caso, eu deixo de ser seu representante a partir desse minuto! Procure
outro advogado! Eu tenho família, filhos... e um pouco de inteligência pra saber que você não vai sair
dessa!
Ju:
É muito medo! Vocês todos são uns covardes!
Sam:
Medo ou covardia, chame do que quiser... eu prefiro chamar de sobrevivência!
Nara
aparece na sala:
N:
Eu vou com ele, Júlio! Antes ser presa e continuar viva! Um bom advogado ou uma
boa “gentileza” pra pessoa certa podem garantir a liberdade...
Ju:
Mas não vai mesmo! – Ele retira a arma da parte de trás da roupa e aponta na
direção de Nara - Você fica! Eu já falei que posso precisar de garantias...
N:
Você realmente enlouqueceu! Abaixa essa arma, seu estúpido!
Rosa,
que ouvia tudo do quarto, se apavora e se encolhe sobre a cama:
“Eu
sabia que não ia dar boa coisa! Ele vai acabar fazendo besteira maior... Meu
Deus, me tira daqui!”
Ju:
Pode sair, Sampaio! Eu não preciso de advogado nenhum... vai logo... e obrigado
por nada!
Sampaio
sai e anuncia que está deixando de ser advogado de Julio.
Vai
até onde estão Paulo e os outros e avisa:
Sam:
Estou caindo fora! Ele tem uma automática e, pelo que entendi, vai usar Nara,
como proteção, caso seja necessário... Boa sorte a todos vocês.
Vai
até a imprensa e anuncia:
Sam:
A partir desse momento, eu declino dessa função. Como advogado, eu não posso
compactuar com essas idéias e atitudes do meu ex-cliente. Ele agora está por
conta própria. É só o que tenho a declarar!
E
vai embora sem mais delongas.
C:
Ele tá ficando perigoso, Paulo! Non
podemos confiar no que ele fala! Temos que tirar Rosa de lá de qualquer
maneira!
P:
Eu já pensei nisso, mas a casa não tem outra saída. É lajotada, senão daria pra
arriscar um salvamento aéreo. A gente invadia ao mesmo tempo... Mas temos um
tempo ainda.
Suz:
Ele está ficando desesperado, porque já não pode contar com ajuda externa.
Depende só dele agora... Isso pode facilitar pra gente!
Perto
do meio dia, horário combinado, Paulo ainda não tinha requisitado o dinheiro.
Ele
começa a renegociar com Julio:
P:
Júlio, já temos o carro, coletes, imprensa, pais e amigos da Rosa... mas o
total do dinheiro está difícil... O banco não tem essa quantia toda disponível
assim de uma hora pra outra! Precisamos rever esse ponto!
Ju:
Isso é problema seu! Resolva!
P:
Não depende de mim... eu posso tentar um valor menor em espécie e o resto em
transferência... foi isso que me ofertaram!
Ju:
Quanto em espécie?
Paulo
dá um sorriso e continua:
P:
Cinco milhões! A metade! É o que podemos arrumar em tão pouco tempo...
Ju:
Oito! Eu quero oito milhões em... seis horas! Ao anoitecer, vocês me entregam a
grana e eu entrego Serafina e tudo resolvido!
P:
Vou ver o que consigo! Eu preciso que você deixe um médico avaliar Rosa, pelo
estado dela... Ele entra, examina ela e sai... e então?
Ju:
Médica! Uma mulher... e sozinha por dez minutos no máximo. Eu já disse que ela
está bem...
P:
Ok. Combinado... Apenas rotina, medir pressão... afinal é uma gravidez de
gêmeos! Eu vou chamar a médica da ambulância...
Paulo
chama Suzana.
P:
Se arruma, troca de roupa. Você vai lá, examina Rosa e analisa a situação, pra
gente ter certeza do que ele tem lá dentro. Pede pra Rosa não tentar nada!
Suz:
Ok. Dez minutos e estou de volta.
Ela
se arruma rapidamente, pega a maleta dos paramédicos, respira fundo e diz:
Suz:
Estou pronta!
Claude
se aproxima dela:
C:
Por favor... dê um recado à Rosa... diz à ela que eu a amo! - Diz Claude com lágrimas
nos olhos...
Suzana
apenas confirma com a cabeça e entra na casa. Lá dentro seu olhar, treinado pra
isso, vai analisando tudo que vê.
Julio
a leva até o quarto. Quando entra, percebe que Rosa vai chamá-la pelo nome e se
apressa em dizer:
Suz:
Boa tarde. Eu sou a paramédica da equipe de resgate, Drª. Cristina. Fui
designada pra avaliar seu estado, devido à gestação.
R:
Entendi... – Sua resposta tem duplo sentido – Boa tarde Draª... Eu realmente
acho que minha pressão não está boa.
Suzana
se volta pra Julio e diz:
Suz:
Será que o senhor poderia sair por um instante? Eu preciso fazer uma avaliação
mais reservada...
Ju:
Vou esperar do lado de fora... mas não tente nenhum ato heróico... poderia não
acabar bem...
Suz:
Eu sou apenas médica... não se preocupe!
Assim
que ele sai do quarto:
R:
“Suzana! Não sabia que você era médica
também!”- Diz sussurrando com medo que Julio as escute.
Suz:
“E não sou!” Respira fundo, por favor
– Fala mais alto pra que ele escute mesmo! “Eu
entrei pra avaliar aqui dentro.” Ótimo! Sua pressão está ótima, dentro da
média! “Não tente nada.”Agora quer se
deitar por favor? “Estamos chegando no
fim disso, tenha confiança... ele está ficando sem apoio de ninguém...” Parece
tudo ok. Nenhum problema maior. “Eu tenho
um recado pra você; ele pediu pra dizer que te ama!”
R:
“Obrigada! Diz a ele que nós também o
amamos.”
Suzana
abre a porta.
Suz:
Pronto! Está tudo bem com eles. Já posso ir embora.
Julio
acompanha Suzana até a saída. Eles passam por Nara, que olha Suzana, mas não a
reconhece de imediato.
Já
na garagem, Suzana adianta que Rosa está bem e relata o que observou e sentiu
da situação. Paulo começa a pensar em uma segunda estratégia...
Suz:
Dr. Claude! Ela pediu que dissesse que eles também o amam!...
Dentro
da casa, Nara tem um estalo:
N:
Calma, aí! Essa que entrou aqui não é médica, coisa nenhuma! Foi ela quem me
deu voz de prisão ontem! Bem que eu achei aquele rosto familiar!
Ju:
Tem certeza?
N:
É claro que tenho! É ela mesma! O que ela fez no quarto? Deixou as duas
sozinhas?
Ju:
Desgraçada! Deve ter vindo combinar alguma coisa... – Vai apressado para o
quarto, abrindo a porta violentamente, seguido por Nara.
Ju:
O que foi que vocês combinaram? Você e aquela médica de araque? Tá pensando em
fugir, Serafina?
R:
Do que você tá falando? A Doutora Cristina, era esse o nome dela, não? Ela
apenas mediu minha pressão e fez um rápido exame...
N:
Sua cínica! Aquela lá é uma policial disfarçada de médica pra entrar aqui e
falar com você! O que foi que ela te disse?
R:
Eu já disse que a Drª somente me
examinou... - mas é interrompida por Nara:
N:
Sua mentirosa! Eu vou fazer você falar - E tem a intenção de esbofetear Rosa,
mas Júlio a segura:
J:
Nara! Segura essa violência! Tá louca? Ela está grávida! Se acontecer alguma
coisa com ela...
N:
É isso mesmo que eu quero que aconteça: “alguma coisa”! Alguma coisa em
definitivo, de preferência!
Júlio
tira Nara do quarto praticamente à força.
Ju:
Fica aqui, eu falo com ela...
E
volta pra falar com Rosa.
Ju:
Serafina, ela é uma policial mesmo? E você sabia disso?
R:
Quer saber Júlio? É isso mesmo! Ela não
é médica, apenas veio conferir meu estado e em que condições você me mantém... Parabéns!
Você passou na vistoria!
Ju:
Esse cinismo não combina com você! Não queira dar uma de espertinha. Serafina!
Nem pense em armar uma fuga... o resultado pode ser desastroso!
Ele
volta para a sala:
Ju:
Você estava certa! Era uma policial disfarçada...
N:
E você achando que eu estava mentindo! E o que ela queria com a belezinha?
Júlio
segura Nara firmemente pelo queixo e diz:
Ju:
Nunca mais se refira à Serafina assim! Apenas eu posso chamá-la com esse nome,
entendeu? - E a solta, empurrando-a com força para trás.
N:
Entendi, seu grosso! Entendi que você está perdendo a razão! Já não sabe mais o
que fazer... Mas isso não é de agora... você NUNCA soube o que fazer!
Ju:
Eu só não acabo com você agora, porque preciso do seu lindo corpinho pra me
proteger mais tarde!
Paulo
consegue a liberação do dinheiro direto com o Secretário Estadual de Segurança,
por conta da divulgação do sequestro e da interferência dos americanos. O
dinheiro é colocado em uma bolsa de viagem, daquelas com rodinhas.
C:
Paulo, e se ele pegar o dinheiro e não liberar Rosa?
P:
Então partimos para o plano “B”... Eu aciono o meu atirador de elite, Claude!
C:
Com Rosa na linha de mira? Você só pode estar brincando!
P:
Eu sei o que estou fazendo! A única coisa que me preocupa agora é esse tempo de
chuva! Por um lado é bom porque afasta os curiosos... por outro pode nos
atrapalhar! Assim que escurecer, começamos a conversa com ele novamente! Dessa
vez sem energia elétrica.
Eles
ficam em silêncio por alguns segundos.
P:
Claude, eu vou resgatar a Rosa! Eu e minha equipe! O que você pode fazer por enquanto é ficar ao
lado dos pais dela, dando apoio a eles. Eles estão muito abalados. Vai lá. Fica
com eles, por favor!
C:
D’accord... mas se eu entender que Rosa corre perigo, non tente me impedir de
chegar até ela!
Anoitece.
Paulo começa a conversa com Júlio:
P:
Júlio, já pensou melhor? Seria sábio de sua parte se entregar! Evitaria maiores
transtornos... Até seu advogado já desistiu de você!
Ju:
Vou até o fim! Diz aí, conseguiu os oito milhões?
P:
Consegui! Não foi fácil! Precisei da autorização do Secretário de Segurança pra
negociar essa quantia com os bancos! Tudo que você solicitou está pronto!
Ju:
Ótimo! Presta atenção: me passe os coletes. Eu quero a sacola de dinheiro aqui
no portão pra eu conferir... e as chaves do carro também!
P:
A rua tá interditada! O carro está um pouco afastado... Julio, pela última
vez... desiste, cara! Você sabe que no fim não vai dar certo!
Ju:
Eu corro o risco!
P:
Eu vou me aproximar da casa. Vou colocar os coletes e as chaves aí no chão. A
mala com o dinheiro também...
Assim
que ele coloca tudo lá, Júlio manda Nara trazer pra dentro.
Ele
vai direto pra mala, abre e confere se não há falsas notas por baixo das
verdadeiras. Ele retira todo o dinheiro e depois o volta pra mala.
Nara
fica fascinada com tanto dinheiro de uma só vez! Seus olhos brilham de maneira
diferente...
N:
Isso é lindo! Me fascina! – Os dois parecem hipnotizados pelo dinheiro...
Do
lado de fora, Paulo chama por Julio:
P:
Júlio! Já faz um bom tempo que entreguei tudo! Tá na hora de cumprir a sua
parte no acordo!
Ju:
Eu vou cumprir! Já vamos sair! – Ele se apressa em fechar a bolsa.
Julio
vai buscar Rosa no quarto e lhe dá instruções:
Ju:
Você vai comigo até o carro, levando mala com o dinheiro... Com você por perto,
eles não vão arriscar atirar em mim... Nara, você dirige! Vamos...
Eles
saem da casa devagar. Júlio se coloca entre Nara e Rosa. Ele empunha sua arma
contra a cabeça de Rosa.
Nesse
momento, começa a chover.
P:
Droga! Atenção! Ninguém se mexe, ninguém atira sem a minha ordem! Ele fala ao rádio para sua equipe.
Ju:
Eu estou saindo! - Grita ele – Serafina vai comigo até o carro pra eu ter
certeza que vou sair daqui. Não tentem nada, porque eu estou apontando uma arma
pra ela...
A
chuva aumenta.
Claude
e os demais estão em um local onde a visão é perfeita. Eles acompanham
emocionados e apreensivos os passos de Júlio.
O
carro está a uns poucos metros de distância da casa.
Então,
Nara se volta e diz:
N:
Júlio eu vou me entregar! Isso não vai ter um bom fim!
Ju:
Tarde demais, minha querida! Ele a segura pelo braço – Você agora faz parte da
minha rota de fuga!
De
repente, ouve-se um estampido vindo de algum lugar e Júlio sente um impacto no
ombro, fazendo com quem ele solte a arma...
Ju:
Droga! Os coletes... não vestimos!
P:
Merda! Quem foi que atirou sem minha ordem???? – Grita Paulo, alto, claro e
muito irritado.
Pol:
Não foi ninguém da equipe, Paulo. O tiro veio de um prédio do lado contrário de
onde estamos posicionados...
P:
Maldição! Isso não estava previsto!
Sem
perder tempo, Nara pega o revolver.
N:
Agora você faz o que eu mandar, Júlio! – Vai falando enquanto ele se levanta,
pressionando o ferimento da bala, que passara raspando por seu ombro...
Ju:
Me dá essa arma, Nara! Você nem sabe atirar! Não consegue nem segurar a arma
sem tremer!
Nara
começa a rir descontroladamente...
N:
Entregar a arma? Só se eu fosse idiota ou muito estúpida! Olha só, eu posso acabar com vocês dois de
uma só vez! Como é que dizem mesmo? Ah!
Eu tenho a faca e o queijo na mão! Quem eu corto primeiro? E vai apontando a
arma, ora pra Rosa, ora pra Julio...
P:
Nara! Não seja louca! Se você ferir a Rosa ou mesmo o seu parceiro, não vai
sair ilesa, nem livre daqui...
N:
E que me importa? Eu já estou ferrada mesmo... por causa desse panaca! Eu podia
estar na Suíça agora! Mas não... quis impedir esse imbecil de se ferrar e
acabei me ferrando também... Mas eu ainda posso terminar o que comecei lá
dentro... - Ela olha pra Rosa com um olhar de puro ódio!
Ju:
Nara, não tente nada contra a Serafina, eu estou te avisando...
N:
Serafina, Rosa! Eu não suporto ouvir esses nomes! Durante anos, você me
comparou a ela! Sempre dizendo que ela era melhor que eu... e eu suportei,
porque te amava! Mas agora... agora eu posso me vingar... Cadê aquele outro
imbecil francês? Claude? Olha bem pra sua florzinha! Olha, porque vai ser a
última vez que você vai vê-la... sem estar murcha – E começa a rir novamente, apontando a arma na direção de Rosa...
Rosa
não tem muito tempo para pensar, apenas fecha os olhos e tenta se proteger,
colocando a mala de dinheiro contra seu corpo, enquanto escuta vários tiros,
uma gritaria geral, a voz de Claude, de seus pais, de seus amigos, de Paulo chamando por ela,
gritando “não Nara”... ela sente que vai
caindo, abre os olhos e tudo que consegue ver, antes de cair ao chão é Júlio,
pulando na sua frente e Nara com a arma na própria cabeça... Então tudo
escurece à sua volta...
Claude
é o primeiro a chegar até Rosa.
C:
Mon Dieu! Rosa, fala comigo! Abre os olhos, mon amour... por favor, abre os
olhos... - Ele fala, quando percebe sangue na roupa dela...
Rosa
vai abrindo os olhos, momentaneamente, sem lembrar de onde está... Então,
percebe uma grande movimentação à sua volta e a lembrança dos últimos minutos
lhe volta à memória...
C:
Chérie!
R:
Claude? Ela tenta se levantar, mas não consegue...
C:
Mon Dieu! Obrigado... Rosa, non se mexe... você foi ferida no braço... mas tá
tudo bem agora... acabou, chérie...
R:
A Nara... ela atirou em mim... eu não morri?
C:
Non... eu acho que non... a non ser que eu tenha morrido junto com vocês,
chérie... E sorri pra ela...
R:
O Júlio... a Nara...?
C:
Ele morreu, Rosa... creio que fez a única coisa digna da vida dele... salvou
vocês mon amour... E acaricia a barriga dela. - E Nara... ela foi atingida
antes de tentar se suicidar... Tá sendo socorrida...
R:
Pai!Mãe! – Diz Rosa, quando percebe os pais se aproximando...
G:
Filha! Que susto você nos deu... Esse miserável... ainda tenho que
agradecer a ele por sua vida... mas ele
devia isso à você, Serafina!
Am:
Serafina, eu rezei tanto, filha! Deus é pai! Eu não disse, Dr. Claude? Deus é
pai!
P:
Com licença... Por favor, deixem os paramédicos examinarem Rosa.
Rosa
é examinada, recebe os primeiros atendimentos, é medicada com soro e
encaminhada à uma clínica. Claude segue com ela.
A
imprensa que aguardava à distância, tenta registrar todo o alvoroço, mas é
contida pelos policiais. A notícia do final do seqüestro é rapidamente
divulgada.
Aos
poucos, a rua onde tudo aconteceu vai voltando ao normal, mas com certeza irá
render muita “notícia” ainda!
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