No capítulo anterior...
Janete deu um
beijo na amiga, pegou sua bolsa e saiu.
Rosa levantou
foi até a cozinha pegar um copo de água, então a campainha tocou.
Rosa: Janete deve ter esquecido as chaves e
veio buscar.
Rosa colocou o
copo sobre o balcão e foi atender. Ao abrir a porta seu coração foi a mil. Ele
estava lá parado em sua porta.
Rosa: Claude?!
Claude: Eu sei que non devia estar aqui, sei
que devia respeitar a sua vontade de se afastar de mim, mas eu ia acabar
enlouquecendo se non viesse até aqui.
CAP- 21: PARTE 1
Rosa quase perdeu o
ar. Ele percebeu que ela estava estranha e agora estava ali na sua porta parado
praticamente implorando para entrar.
Rosa: Claude, eu não tô me afastando de você.
Claude: Non? Enton, por que você tá estranha comigui?
Rosa: Não é nada disso, é que eu não tô bem. Clima de hospital me
deixa assim.
Claude: Posso entrar?
Rosa: Entra.
Claude: Você está só? Encontrei a Janete na saída.
Rosa: Ela foi jantar com o Frazão.
Claude: E você vai comer o que?
Rosa: Não sei rsrs, não preparei nada.
Claude: Rosa você tá doente, non pode ficar sem comer. Vou pedir um
jantar em um restaurante bom que conheço.
Rosa: Claude, não precisa se preocupar. Nossa, já tô dando trabalho
pra você.
Claude: Que trabalho, hã? Você precisa se alimentar, eu estou com fome.
Enton, tô me convidando pra jantar na sua casa.
Rosa: Tudo bem, mas só porque tô com fome.
(20:45 – Apartamento
de Rosa)
Os dois jantavam em um clima um
pouco romântico. Claude não poupava os elogios a Rosa, mas ela sempre se
esquivava deles.
Claude:
O que ta acontecendo, Rosa? Tava tudo ton bem entre a gente.
Rosa:
Nada Claude! Eu vou lavar a louça.
Claude:
Espera!
Claude segurou no braço dela
fazendo-a parar. Rosa sentiu o corpo estremecer, estava nervosa, triste, não
queria alimentar aquele sentimento que crescia para ela. Ia acabar se magoando,
mas acabou enfrentando os olhos dele.
Rosa:
Claude... O problema é que não existe nada entre a gente, nós continuamos
separados como sempre, aquele final de semana não mudou nada na minha vida. (disse
com os olhos cheios de lágrimas)
Claude:
Non significou nada?
Rosa:
Não.
Claude:
Eu te conheço agora e sei que você está mentindo.
Rosa:
Claude, por favor, vamos deixar do jeito que tá.
Claude:
Olha pra mim. (disse segurando o queixo dela)
Rosa:
Claude...
Claude:
Tudo tá sendo muito estranho. Eu tinha um plano de vida, estava tudo certo, mas
aí você apareceu e mudou tudo.
Rosa: Ainda
dá tempo Claude, vai atrás da sua noiva, recupera tudo o que você perdeu.
Claude:
Eu podia fazer issi, mas no quero cometer o mesmo erro outra vez. Para com essa
besteira, vamos viver um momento de cada vez. Você acha que eu non quero me
afastar de você? Quando eu me lembro do passado, você acha que non quero? Mas
eu no consigo Rosa, é inútil tentar.
Claude foi aproximando seu lábio
do dela, deslizou lentamente e os uniu. Ele puxou Rosa pela cintura aproximando
seus corpos e Rosa sem resistir o correspondeu. Claude foi parando o beijo aos
poucos e a abraçou. Rosa não quis mais pensar em nada, só quis ficar ali
abraçada com ele.
(22:0 – Apartamento
de Rosa)
Claude ajudou Rosa a lavar a louça
e depois os dois sentaram no sofá. Rosa estava encostada no peito de Claude,
que mexia em seu cabelo.
Rosa:
Sabe pode ser cisma minha, mas esta semana tive a impressão de ser seguida duas
vezes.
Claude: Seguida? Mon Dieu, porque non me
dissi issi antes?
Rosa:
Porque achei que era coisa da minha cabeça, oras.
Claude:
Rosa issi é muito perigoso, hã.
Rosa:
Eu sei, mas deixa isso pra lá, Claude.
Claude:
Como deixar issi pra lá? Agora fiquei preocupado com você.
Rosa:
Ai, como eu sou uma tonta. Deixei você preocupado de novo.
Claude:
Você se preocupa demais com os outros. E daí que eu fique preocupado? Eu quero
o seu bem só issi. Bem, agora tá tarde tenho que ir. (disse levantando)
Rosa:
Tem certeza?(disse segurando em sua cintura)
Claude:
Non me olha com essa cara, hã. Eu adoraria ficar e você sabe dissi, mas tenho
um trabalho muito importante pra construtora. E você tem que descansar, afinal
foi você mesma que dissi que non ia jantar na minha casa por que estava cansada,
hã.
Rosa:
“Ele tinha o sorriso mais cínico do mundo, falava me provocando, deslizando a
boca dele sobre a minha, e que boca. Seu perfume era tão bom e estava colado em
meu corpo, assim como ele estava. Suas mãos em volta da minha cintura me
apertavam contra seu peito. Talvez eu esteja me sentindo mais segura pra contar
a verdade a ele, mas não agora. Amanhã, quando estivermos só nós dois na construtora.”
Rosa:
Ok você me venceu. Então tchau, né? Boa noite. (disse com uma cara provocante)
Claude:
Você acha que vou embora sem te beijar?
Rosa:
Não rsrs?
Claude:
Non rsrs.
Claude levou sua mão até o cabelo
de Rosa e a beijou.
(23:10 – Mansão
Geraldy)
Por pouco Claude não dorme com
Rosa, ele chegou em casa com um sorriso no rosto. Mas estava preocupado com o
que Rosa disse sobre ser seguida.
Enfim, ignorou um pouco sua
preocupação e se concentrou no trabalho.
(06:57 – Apartamento
de Rosa)
Rosa acordou sorridente, estava
feliz e decidida a contar sobre a gravidez a Claude, gostando ele ou não,
saberia da verdade. Ela se arrumou colocou uma blusa branca de seda e uma calça
azul que valorizava seu corpo.
(07:40 –
Construtora)
Claude:
Bom dia, Silvia.
Silvia:
Bom dia, Dr. Claude.
Claude se dirigiu a sua sala, mas
não deixou de reparar no olhar que o faxineiro lhe deu.
Claude:
Estranho, muito estranho. (disse entrando)
Rosa:
O que é estranho?
Claude: Mon Dieu, que susto! Você chegou cedo hoje.
Rosa:
Estou me sentindo bem melhor.
Claude:
Sabe o que é issi? Efeito do meu beijo.
Rosa:
Ah é? Muito convencido você.
Claude:
Quer experimentar de novo?
Rosa:
Adoraria.
Quando Claude se aproximou de Rosa
para beijá-la, Frazão entrou na sala.
Frazão:
Credo! Que cena horrorosa, é demais para meus olhos.
Claude:
Frazon! Non sabe mais bater?
Frazão:
Não achei que a essa hora da manhã vocês estariam nesse clima.
Rosa:
Que clima?
Claude:
É, que clima, hã?
Frazão:
Vou fingir que você estava tirando um cisco do olho da Rosa. Mas vim aqui
porque tenho um assunto sério a tratar com vocês.
Claude:
Que assunto?
Frazão:
Sentem-se.
Rosa:
Ai, Frazão, você tá me deixando preocupada.
Frazão:
O pessoal do marketing da empresa me ligou agora a pouco. Alguém pegou todo o
material da propaganda e divulgação da construtora e passou para a concorrente.
Claude:
Non! Droga!
Rosa:
Calma, Claude.
Frazão:
Então, o pessoal do marketing da concorrência pegou a nossa ideia, modificou um
pouco e lançou no mercado.
Rosa:
Que golpe baixo.
Claude:
Issi é muito ruim, muito ruim. Nossa ideia era boa.
Frazão:
Como ouvi dizer: “O sábio faz e o burro copia”. Então, eu trouxe aqui a
propaganda deles pra vocês olharem.
Frazão abriu seu computador e
mostrou o pequeno vídeo do comercial.
Rosa:
É isso aí?
Rosa caiu na gargalhada, deixando
Frazão e Claude confusos.
Claude:
Do que você esta rindo hã?
Rosa:
Disso aí.
Frazão:
Onde está a graça?
Rosa:
A graça é que pegaram nossa ideia e modificaram de uma forma que ficou péssimo.
Essa propaganda está horrível.
Claude:
Você acha?
Rosa:
Sim, a ideia do nosso departamento de marketing estava maravilhosa, mas eles
modificaram de um jeito que ficou estranha.
Frazão:
Certo, digamos que eles não alcancem o objetivo deles, mas e nós?
Rosa: Nós?
Nós vamos nos reunir com o pessoal do marketing e criar tudo de novo do nosso
jeito.
Claude:
Você tem alguma ideia?
Rosa:
Tenho sim, podem ficar tranquilos. Frazão marque uma reunião para as dez.
Frazão:
Sim, senhora Geraldy.
Claude:
O Frazon tá tom engraçado hoje, né Rosa?
Rosa:
É, tô morrendo de rir.
Frazão:
Ah! Vocês dois gostam que eu sei.
Claude:
Chispa daqui, Frazon.
Frazão:
Cínicos haha.
Frazão saiu deixando Rosa e Claude
sozinhos.
(14:45 –
Construtora)
O dia correu bem, mas a reunião do
marketing durou mais do que esperavam. Assim, eles pediram uma pizza e
almoçaram no escritório.
As coisas tinha se acalmado no
período da tarde. Rosa tomava um chá e decidiu contar para Claude sobre a
gravidez. Ela respirou fundo e caminhou até a sala. Claude estava sentado em
sua mesa, fazendo umas análises em alguns projetos, quando ela entrou. Seus
olhos se encontraram e aquele frenesi aconteceu como sempre.
Rosa:
Claude!
Claude:
Sim?!
Rosa:
Preciso conversar com você.
Claude:
Aconteceu alguma coisa?
Rosa:
Sim... É que...
Então se ouviu um grito de Silvia
o que assustou os dois.
Claude:
O que foi issi?
Rosa:
Não sei, é a Silvia.
Claude saiu da sala, às pressas,
seguido por Rosa e deu de cara com o faxineiro segurando uma arma e apontando
para Silvia e Frazão.
Claude:
O que está acontecendo?
Faxineiro:
Vai baixando o tom aí, Dr.
Claude:
Isso é um assalto? Se for não temos dinheiro aqui, não guardamos dinheiro aqui.
Faxineiro:
Cala a boca, playboy.
Claude:
É melhor você ir embora, já disse que o dinheiro não fica aqui.
O falso faxineiro de aproximou de
Claude, segurou no colarinho da sua camisa e apontou a arma para ele.
Faxineiro:
Você tá curtindo com minha cara é? Quer levar um tiro na fuça, maluco?
Rosa:
Não! Por favor, não atire. (gritou)
Faxineiro:
Olha só, a madame querendo bancar a mocinha. Vem aqui.
O ladrão puxou Rosa pelo cabelo, a
segurou pelo pescoço, apontando a arma para a cabeça dela.
Claude:
Non! Por favor, non atire nela. Solte-a, por favor.
Ladrão:
Tá com medinho? Pois então é melhor você se mexer, se não vou estourar os
miolos da boneca aqui.
Claude:
Me leve no lugar dela, mas non faça nenhum mal a Rosa.
Rosa:
Não, Claude! Não, por favor...
Rosa chorava, estava amedrontada,
tantas coisas havia planejado e agora estava com uma arma apontada pra sua
cabeça.
Ladrão:
Eu venho investigando a vida de vocês há muito tempo. Sei que o playboy aí é
casado com a boneca aqui. Sei também que você tem muito dinheiro, então é
melhor me dar dez milhões ou eu mato a mocinha aqui.
Claude:
Dez milhões? Eu non tenho essa quantia agora.
Ladrão:
Pois é melhor você se virar e rápido, quero essa quantia e um helicóptero. Vou
esperar lá no heliporto e se você não chegar vou brincar de escolher se jogo
ela lá de cima ou estouro os miolos dela, mas posso fazer os dois.
Claude:
Non, por favor, non machuque ela.
Frazão que estava na sala ouviu a
barulheira toda e tratou de avisar a policia.
Ladrão:
Vamos, boneca.
Rosa:
Ai, você tá me machucando.
Ladrão:
E vou machucar bem mais se não calar essa matraca. Se me seguirem ou chamarem a
policia, eu mato ela no caminho.
O homem saiu arrastando Rosa e
tomou o elevador. Claude correu e já ia descendo pela escada, quando Frazão o
segurou.
Frazão:
Calma!
Claude:
Oh, Frazon! Frazon, ele levou a Rosa.
Claude estava desesperado, seus
olhos estavam cheios de lágrimas.
Frazão:
Eu já chamei a polícia, calma.
Claude:
Polícia eu non vou esperar polícia. Sabe lá Deus o que esse homem pode fazer
com Rosa.
Claude desceu correndo pela escada
e acabou batendo com o policial.
Claude:
Cadê ela? Pegou o ladron?
Policial:
Calma, senhor.
Então os dois ouviram o som de
pneu arrancando. O ladrão tinha empurrando Rosa no carro e saído com ela.
Claude:
Olha eles ali.
Policial:
Vamos.
Claude:
Vai no seu carro, que eu vou no meu.
Enquanto isso no carro, Rosa
estava desesperada. O ladrão, que se chama Egídio, ficou em sua cola desde que
voltou para o Brasil.
Rosa:
Pelo amor de Deus não me mata.
Egídio:
Se o seu maridinho for esperto, você sai viva dessa.
Rosa:
Ele não é meu marido.
Egídio:
Eu sei que é, eu vi vocês dois juntos nesse feriado.
Rosa:
Eu to reconhecendo você, você se passou por entregador.
Egídio:
A princesa é esperta.
Rosa:
O Claude não tem esse dinheiro. Por favor, me deixa ir.
Egídio:
Eu sei que ele tem o dinheiro e é bom ele não bancar o bom se não eu vou ter
gosto de atirar na fuça dele.
Rosa:
Não, não faz nada com o Claude. Eu to
grávida, por favor, me deixa ir.
Egídio:
Olha só, seu marido vai ficar viúvo e não vai conhecer o filho. Que história
triste hahaha.
Rosa:
Por favor...
Egídio:
Cala a boca.
O som do carro da policia irritou
mais ainda Egídio.
Egídio:
Filho da mãe, pelo visto o playboy não gosta de você. Chamou a policia.
Então, deu início uma cena de
perseguição. Em um carro Rosa e o Ladrão, no outro o policial e em seguida
Claude desesperado.
Claude:
Ah! Perdi tanto tempo sem saber que amo Serafina. Deus non permita que aconteça
nenhuma violência contra ela. Eu amo essa mulher, amo de verdade como nunca
amei ninguém. Ah! Como eu fui burro! Agora ela tá aqui correndo perigo. Ah!
Burro, burro.
Claude estava nervoso, com medo de
perder Rosa. Talvez esse medo tenha o
feito perceber que ele a amava.
O carro do ladrão parou em um
edifício. Ele segurou Rosa pelo braço e a arrastou para dentro. Apontando a
arma para ela e pra todos, conseguiu tomar um elevador e subir até o heliporto.
Claude e o policial chegaram logo
após e subiram correndo com os reforços que chegavam atrás.
Continua...
Joyce sua fic ta incrivel . O Claude descobriu que ama a Rosa da mesma forma que a novela , que lindo . Besos !!!!
ResponderExcluir