FIC - UMA CHANCE DE AMAR - CAPÍTULO 19 - PARTE 2 - AUTORA: JOYCE FEITOZA

No capítulo anterior...

Claude pegou a aliança e voltou para cama. Deitado ficou mexendo nela.

Claude: “Colocar aquela aliança de novo em meu dedo deu uma sensaçon estranha. Ela ainda cabia nele perfeitamente. Passou tantos anos naquela caixinha, mas ainda brilhava. Será que ela ainda tem a dela? Mon Dieu, o que eu to pensando? É lógico que ela deve ter jogado fora.”

Assim ele ficou olhando pra aliança até adormecer.

(23:30  – Apartamento de Rosa)

Rosa estava deitada na cama lendo seu livro, mas era difícil se concentrar quando Claude não saía da sua cabeça. Ela fechou o livro e abriu a gaveta do criado mudo para guardá-lo, então, ela notou um saquinho de veludo.

Rosa pegou e puxou a fita que o fechava tirando então sua aliança. Ela sorriu e deitou na cama. Colocou a aliança em seu dedo e tirou novamente. As lembranças de um casamento que não deu certo vieram até sua cabeça, o que a fez guardar a aliança de novo.

CAP – 19 : PARTE 2

(07:40  – Construtora)

Rosa acordou cedo, estava animada, feliz. Então, chegou cedo à construtora também.

Rosa: Bom dia!

Sílvia: Bom dia, dona Rosa, chegou cedo.

Rosa: O dia está muito lindo pra acordar tarde. Bem, eu vou pra minha sala.

Ela entrou na sala, sentou em sua mesa e abriu o computador. Não demorou muito a porta se abriu e Claude entrou.

Claude: Bom dia!

Rosa: Bom dia!

Claude: Chegou cedo. (disse, sentando em sua mesa)

Rosa: É, não sei o que me deu, acordei cedo hoje, rsrs.

Claude: Temos muito trabalho hoje.

Rosa: Olha! Recebi um e-mail do Frederico.

Claude: E o que diz?

Rosa: Que ele está muito feliz pela obra e que acertou em escolher a nossa construtora.

Claude: Issi é bom, issi é muito bom. Se ele der uma entrevista no exterior e falar da construtora vai ser muito interessante. Teremos negócios no exterior.

Rosa: Isso será maravilhoso.

Batidas na porta e Frazão entrou.

Frazão: Bom dia pessoas estranhas.

Claude: Haha, bom dia Frazon.

Rosa: Bom dia, rsrs.

Frazão: Preciso que venham a minha sala conferir um projeto que o Gurgel finalizou.

Rosa: Tudo bem, vão indo, depois eu vou.

Claude: Certo.

Rosa: Vou só responder o e-mail do Frederico.

No corredor a caminho da sala de Frazão, ele cutucou Claude.

Frazão: Você tá me devendo uma explicação.

Claude: Explicação de que?

Frazão: Não se faça de idiota meu querido. Você e a Rosa não ficaram amiguinhos da noite pro dia.

Claude: Depois eu te conto.

Alguns minutos depois, Rosa entrou na sala de Frazão. Os três se debruçaram sobre a mesa e começaram a analisar os projetos.

Rosa começou a se sentir incomodada com o cheiro do perfume de Frazão.

Frazão: Está tudo bem Rosa?

Rosa: Tudo sim... Só o cheiro do seu perfume que está forte.

Frazão: Ué, eu uso todo dia, você nunca se incomodou.

Rosa: Não sei, me deixou enjoada.

Claude: Senta aqui, cherry.

Rosa: Não eu... Eu... Eu vou ao banheiro.

Rosa colocou a mão na boca e saiu correndo pro banheiro. Depois de algum tempo, ela estava de volta à sala de Frazão.

Claude: Você tá bem?

Rosa: Tô ótima.

Frazão: Comeu direito essa manhã?

Rosa: Comi até demais, mas acho que alguma coisa não me caiu bem. Bem, vamos continuar.

Claude segurou na mão dela e a encarou.

Claude: Tem certeza?

Rosa: Tenho sim, rsrs.

O dia se passou rápido, Rosa realmente estava melhor. Saiu pra almoçar com Sílvia, comeu bem e voltou para trabalhar o resto da tarde. Mas no caminho de volta para a construtora teve a sensação de estar sendo seguida.

(15:40 – Presidência da construtora)

Rosa estava em sua mesa e Claude na dele trabalhando normalmente. Ela se levantou para ir até a mesa de reuniões, onde tinha deixado alguns papeis, mas sentiu uma tontura.

Rosa: Nossa! (disse se apoiando na mesa)

Claude: O que foi? Esta passando mal de novo?

Rosa: Eu não... tudo girou.

As pernas de Rosa cambalearam e Claude foi até ela como um raio. Rosa se apoiou nele e sentou na cadeira.

Claude: Opa, senta aqui.

Rosa respirava fundo, estava tonta, enjoada novamente. Claude pegou uma folha de papel, dobrou e começou a abanar Rosa.

Rosa: Desculpa!

Claude: Você non tá bem. Olha só, tá gelada, pálida. Acho melhor ir pra casa.

Rosa: Não, temos muito trabalho.

Claude: Nada dissi. Eu vou te levar pra casa.

Rosa: Não Claude, eu tô bem é sério.

Claude: Uma vez na vida da pra você deixar de ser teimosa?

Rosa: Ah! Eu sou teimosa?

Claude: Muito teimosa, hã. Agora vamos.

Rosa: Eu não vou.

Claude: Prefere sair pendurada nas minhas costas?

Rosa: Eu te odeio sabia?

Claude: Sei, rsrs. Vamos.

(17:03 - Apartamento de Rosa)

Rosa entrou acompanhada de Claude e sentou no sofá. Janete que estava em seu quarto veio gritando.

Janete: Rosa chegou cedo. E aí viu o seu amado Cla....

Percebendo que Claude estava na sala se calou imediatamente.

Claude: Oi Janete.

Janete: Claude, rsrs. Nossa vocês dois aqui, ai meu Deus, aconteceu alguma coisa com o Frazão?

Rosa: Não, Janete, fica tranquila.

Claude: A Rosa passou mal, enton resolvi trazê-la pra casa, quase que a pulso.

Janete: Passou mal de novo?

Claude: Como assim de novo?

Janete: Ah, ontem a noite ela passou mal.

Rosa: Janete, por favor!

Claude: Non me contou por que?

Rosa: Ai gente, vocês estão fazendo drama por uma besteira.

Claude: Besteira Rosa? Mon Dieu, você passou mal três vezes enton.

Janete: Três vezes? Nossa, Rosa!

Rosa: Vocês querem parar, estão parecendo meus pais.

Claude: Deixa de ser teimosa, non é comum alguém passar mal todo dia. Procure um médico amanhã cedo, eu dou conta da construtora.

Rosa: Eu não quero ir ao médico.

Claude: Rosa, por favor, eu to te pedindo.

Janete: Se você está pedindo, ela não vai recusar, não se preocupe.

Rosa: Janete, por favor!

Depois de tomar um café, Claude se despediu das duas e foi embora.

Rosa: Janete, eu vou te matar. Quem mandou você dizer que eu fiquei alegre pela ligação dele ontem?

Janete: Ah! Amiga, se não for eu te ajudando, essa relação de vocês dois fica empacada. Agora, senta aqui que quero falar com você.

Rosa: Olhe, se for pra falar sobre meu mal estar é melhor nem começar. (disse sentando)

Janete: É mais ou menos isso. É uma coisa séria.

Rosa: Tá, tudo bem, fala.

Janete: Sua menstruação está desregulada?

Rosa: Por que essa pergunta?

Janete: Responde.

Rosa: Está atrasada, nem reparei nisso. Esse mês ela não desceu. Mas, o que? Você acha que eu tô com algum problema.

Janete: Eu não quis tocar nesse assunto na frente do Claude. Mas você e ele... Assim... Vocês...

Rosa: Ai, fala.

Janete: Vocês dois se preveniram?

Rosa: O que? Não, amiga, você não tá pensando que eu... Não, não, não.

Janete: Responde, o Claude usou camisinha?

Rosa: Droga! Não, não pode ser.

Janete: Pelo visto não, né?

Rosa: Não, nas duas vezes que transamos, ele... A gente não pensou nisso.

Janete: Então, você tá pensando no que eu to pensando, né?

Rosa: Eu não posso estar grávida, Jane. Não agora, não do Claude.

Janete: Faz assim, eu vou descer, vou na farmácia da esquina e vou comprar dois testes diferentes pra você.

Rosa: Vai, vai logo, por favor.

(20:03  – Apartamento de Rosa)

Janete: Ai, Rosa, sai logo desse banheiro.

Rosa saiu parecendo uma estátua, estava séria, gelada. Caminhou atá a cama, onde Janete estava sentada, respirou fundo e entregou o teste à amiga.

Rosa: Positivo nos dois.

Janete: Ah! Eu não acredito. Amiga, você esta grávida, que maravilha! (disse abraçando Rosa)

Rosa: É, grávida.

CONTINUA...