CAPÍTULO XIX – TEMPESTADES
No
sábado, Claude e Rosa vão até a casa dos pais dela juntamente com Antoninho e
Freitas. Rosa já conversara com a mãe sobre o teor da conversa, sem entrar em
detalhes.
Assim
que chegam, alguns moradores olham pra Rosa, com ar de reprovação. Outros a
cumprimentam e desejam felicidades aos dois.
Eles
sobem até a casa.
R:
Mãe! Chegamos!
A:
Serafina! Dotore! Entrem, a casa também é sua, filha! Não precisa esperar pra
entrar e se acomodar.
C:
D. Amália, sempre tão gentil! Como vai, hã? Este aqui é meu advogado, Freitas.
A:
Bem, Dotore! Apesar do mau humor do Giovanni desde que brigou com Serafina!
Fre:
Como tem passado a senhora?
A:
Bem, obrigada!
Ant:
Tia Amália!
A:
Antoninho!! Que bom que você também veio! Assim me ajuda a abrir os olhos do
seu tio!
R:
Ele ainda tá muito zangado, mamãe?
A:
Ahhh Serafina... você conhece o seu pai! Ele não gosta de ser contrariado, de
ser o último a saber das coisas que acontecem com a gente... ele pensa que pode
abraçar o mundo, pra não deixar vocês sofrerem...
R:
Bom, ele vai ter que me escutar, mamãe. Ou melhor, escutar o Freitas e o
Antoninho. Vai chamá-lo, por favor!
G:
Não precisa ninguém me chamar! Io já estou aqui. Espero que a conversa seja
breve... porque nada do que vocês disserem vai mudar minha opinião sobre esse
casamento...
A:
Giovanni! Pra falar sobre o casamento não precisava de advogado! Deve ser mais
importante, mais complicado que isso, homem...
G:
Então vamos ao que interessa...
Eles
vão até a sala grande e se acomodam nos sofás.
C:
S. Giovanni, este é o Freitas, meu amigo e advogado. O que Antoninho e ele têm
a falar é sobre o casaron.
G:
Então desembucha, filho – Diz olhando pra Antoninho.
Ant:
Tio, tudo começou quando a Terezinha atendeu um oficial de justiça que veio
entregar uma notificação sobre a abertura de um processo de contestação do
testamento dos antigos donos.
G:
Que história é essa? Amália, você estava sabendo de algo e não me falou? Onde
está a Terezinha?
A:
Não, Giovanni e vamos deixar eles falarem... a Terezinha foi ao cinema com o
Dino.
Ant:
Bem, a Terezinha foi me procurar e eu achei por bem falar antes com a Serafina
e o marido dela, esclarecer alguns pontos. Sabíamos apenas o nome do advogado
que tinha uma procuração. Isso porque o tabelião é um amigo meu da faculdade.
Por coincidência é o mesmo advogado que deu um golpe no Claude. Então
resolvemos investigar mais a fundo e o Freitas nos ajudou bastante.
C:
S. Giovanni, D. Amália, o que eles descobriram é inacreditável.
Ant:
Quem está por trás deste processo, tio, é o Júlio Castelli.
G:
Dio Mio! Esse diabo voltou do inferno! Mas como ele pode ter interesse no casarão?
A:
Meu Santo Antonio! Como ele se acha no direito de processar a gente?
R:
Calma, pai! Calma, mãe! A história está só começando. Continua Antoninho.
Ant:
Essa história começa na Itália. O Júlio nasceu lá. Ele era filho de um italiano
metido com a máfia siciliana que blá
...blá...blá...(...)
(...)
Então, resumindo nós achamos que o interesse dele já era o casarão, quando
namorou com Serafina. Mas ele conheceu Nara, uma mulher rica, graças ao golpe
que deu no próprio pai e foi com ela pros Estados Unidos.
G:
Dio Mio! Aquele farabuto nunca me
enganou... com ar de bom moço, certinho
demais, eu não dizia Amália?
Fre:
Ele se envolveu com jogo, voltou pra cá precisando de dinheiro. Se aliou a um
advogado corrupto. E pelo que eu fui
informado esses dias, não tem andado em boas companhias por aqui... Ele tem
sido visto em meio a alguns traficantes de drogas, animais silvestres e outras
coisas.
C:
E é bom vocês saberem logo, a Nara era minha namorada na época. O pai dela era
meu sócio.
A:
Tá vendo, Giovanni! Era o destino deles se encontrarem... e serem felizes! Deus
escreve certo por linhas tortas...
C:
Tem toda razon, D. Amália.
Ant:
Tio, o Senhor vai precisar se preparar pra enfrentar esse cara. Nós estamos
aqui pra explicar o que o senhor quiser saber. Eu estou à disposição pra
defender vocês.
Fre:
Eu também me coloco à disposição. Fiquei muito interessado neste caso.
A:
Eu estou chocada. Nunca esperava isso. Que ele não era sincero eu já
desconfiava, mas essa sujeira toda! Giovanni, nós temos que fazer alguma
coisa...
G:
E o que os dotores nos recomendam?
Fre:
Iniciar um processo junto à Prefeitura, pedindo o tombamento do prédio como
patrimônio histórico. Se conseguirmos isso, ele não pode ser comercializado,
vendido. Então mesmo que ele consiga uma liminar, não conseguirá comprador,
pois o prédio só poderá ser restaurado, nunca modificado ou demolido. Isso faz
perder o valor comercial.
G:
Não tem outra opção?
Ant:
Esperar o processo seguir, ser chamado e entrar com a defesa, tio. Um longo
tempo, pois vocês sabem como é a justiça brasileira. Nesse tempo se ele
conseguir uma liminar, pois esse Coutinho é corrupto de carteirinha, ele vende
ou “dá” em troca da dívida com os americanos. É um risco que vocês correm.
G:
Amália, o que você acha? – Pergunta com preocupação estampada no rosto.
A:
Eu acho que a gente tem que fazer o que eles sugeriram e não perder mais tempo.
Partir para o tal do tombamento, Giovanni!
G:
É você está certa! Vamos tombar o casarão! O que eu tenho que fazer, filho?
Fre:
Nós precisamos de todos os documentos que o senhor tiver em mãos: registros,
escrituras, o testamento, originais ou cópias dos mesmos.
S.
Giovanni fica visivelmente abalado, pálido, mas se controla e diz:
G:
Eu vou entregar esses documentos. Eles estão muito bem guardados!
Ant:
Se puder nos enviar amanhã mesmo, tio, será ótimo!
G:
Combinado, filho! Amanhã eu entrego tudo a vocês!
A:
Eu vou passar um café pra todos. Me ajuda, Serafina?
R:
Claro, mãe!
Na
cozinha,.. Enquanto preparam o café:
R:
Mãe, o pai mal olhou pra mim...eu acho que ele não vai me perdoar!
A:
Paciência, Serafina! Seu pai é duro na queda! Mas ele vai acabar entendendo,
você vai ver... ele te ama filha, nunca
esqueça disso, aconteça o que acontecer!
R:
Nossa mãe! Isso me deu calafrios! Você falou como se estivesse prevendo alguma
coisa ruim... como se tivesse algum segredo obscuro ainda nessa história toda! Eu
hem!
A:
Vamos levar o café pra lá, Serafina. – E
encerra o assunto.
Eles
tomam o café. Freitas e Antoninho saem na frente. Rosa quer esperar Terezinha e
Dino, mas os dois demoram a voltar.
R:
Mãe, eles estão demorando demais. Devem ter ido comer alguma coisa. Eu tenho
que ir mesmo, não posso mais esperar... Eu volto outro dia pra vê-los... Vamos,
Claude?
C:
Você quem sabe, Rosa. Se quiser ficar, a gente fica, hã?
A:
Fica, filha! Seus irmãos tão com saudade de você!
R:
Eu realmente preciso ir, mãe. Mas eles também podem ir me visitar quando
quiserem. Vocês também. Eu gostaria muito e o Claude também que voltassem à
nossa casa.
C:
Com certeza, hã? Nossa casa é a casa de vocês! Tchau, D. Amália! S. Giovanni!
R:
Tchau, mãe! – Elas se despedem com um abraço. Tchau, pai! – Ele não responde de
imediato. Rosa e Claude se afastam indo em direção à porta.
G:
Filha! Deus te abençoe! E ao senhor também, dotore. Grazie.
Claude,
Rosa e D. Amália se olham, compreendendo o gesto do italiano como um sinal de
bandeira branca.
Rosa
se aproxima do pai e lhe dá um beijo:
R:
Tchau, pai!Eu amo o senhor!
Alguns
dias depois...
No
quarto de hotel onde estão Nara e Júlio. Parte da manhã.
A
campainha toca. Júlio vai atender.
Ju:
Ah, é você, Coutinho. Que bom que pode vir. Entra.
Cou:
Estamos sozinhos?
Ju:
Não. Nara está no banho. Podemos falar rapidamente daquele assunto...
Mas
Nara, que ouvira a campainha, havia voltado até a saleta do quarto. Quando ouve
a última frase de Júlio, fica curiosa.
“Que
assunto eles tem pra conversar que eu não posso saber?” – e fica encostada na
parede, ao lado da saleta.
Cou:
Então Júlio, o que você tem pra me contar?
Ju:
Primeiro eu quero saber do processo do casarão. Em que ponto estamos?
Cou:
Já dei entrada no processo de vistas. Assim que o judiciário liberar uma cópia
eu vou abrir o processo, baseado na informação que você me apresentou. Eu diria
em no máximo uma semana!
Ju:
Bom, muito bom, porque eu estou com problemas. Sérios problemas...
Cou:
No que foi que você se meteu agora, hem rapaz?
Ju:
Eu andei visitando uns velhos amigos... que moram na periferia, se é que você
me entende.
Cou:
Traficantes? Você se aproximou de traficantes aqui em São Paulo?
Nara
não gostava nada do que ouvia.
Ju:
Eu precisava de dinheiro, Coutinho. A Nara não tá liberando nem pra uma
cerveja.
Cou:
E você foi pedir dinheiro pra esses “amigos”? Você enlouqueceu! Porque não
pediu pra mim?
Ju:
Muito engraçado! Era só o que me faltava, pedir dinheiro ao... “casinho” da
minha mulher!
Cou:
Mas e agora? Você não está precisando da minha ajuda? O que você acha que eu
posso fazer?
Ju:
Eu preciso pagar essa conta. Então você podia adiantar uma parte do
combinado...
Cou:
Você apenas pegou dinheiro com eles ou andou usando, hem? Como é que eu posso
te dar algo que ainda não tenho?
Ju:
É que estou sendo seguido. Por eles e pela polícia! Se não os pago, posso
morrer. E se pago e sou pego, posso parar na cadeia!
Cou:
Sinceramente! Eu não sei o que a Nara viu em você!
Nesse
momento, Nara não se contém e entra na saleta:
N:
Nem eu sei mais porque estou com ele ainda! Não serviu nem pra reconquistar a
antiga namoradinha... Se envolve com máfia americana, com traficante
brasileiro! Realmente, Júlio, porque eu continuo com você, hem?
Ju:
Porque você gosta de apanhar, Nara! Principalmente na cama! Não é mesmo,
Coutinho?
N:
Você é um ordinário, Júlio! – E tenta esbofeteá-lo, mas Coutinho a segura.
Cou:
Pára com isso, Nara. Não combina com você esse papel de dama ofendida. O que
precisamos agora é achar uma saída pra esse caso.
N:
Eu não vou te dar um centavo pra isso. Eu avisei, Júlio! Se vira!
Cou:
Calma, Nara. Se ele está sendo seguido, já tem gente de olho em você também...
temos que dar um jeito nisso...
N:
Júlio, eu tenho vontade de matar você! Parece que não pensa! Isso deve ser
genético, não é mesmo?
Ju:
E no seu caso é falta de caráter mesmo, porque seu pai tinha DNA honesto!
Cou:
Vocês querem me deixar pensar numa solução? – Os dois se calam. – Me diz onde
encontrar esses seus “amigos”, Júlio. Eu vou lá e tento fazer um acordo com
eles. Ninguém vai desconfiar de mim e se alguém perguntar, eu falo que estou fazendo um cadastro pra minha
ONG.
Ju:
Você tem uma ONG?
Cou:
Eu tenho qualquer negócio que me dê lucro. Seja legal ou não.
Júlio
explica como achar essas pessoas. Nara se cala. Em sua mente algo começa a
tomar formas definidas... Pouco depois Coutinho vai embora.
Na
construtora.
F:
Claude, como ficou a história do casarão?
C:
S. Giovanni já deve ter entregado os documentos que Freitas e Antoninho
pediram... Ele aceitou pedir o tombamento do prédio.
F:
E ele já aceitou o casamento de vocês?
C:
Não sei, Frazon. Ele falou com Rosa. Quer dizer ele se despediu dela. Já é um
começo, non é mesmo?
Rosa
e Janete entram na sala,
R:
Bom dia, Frazão!
F:
Bom dia, Rosa!
R:
Meu amor, a gente precisa organizar um jantar lá em casa pra Roberta. Em
retribuição ao convite dela... Com essa chuva, as filmagens estão atrasadas e
eles vão ficar mais tempo por aqui. E
desta vez vocês dois vão estar presentes, hem?! – Diz se dirigindo à Janete e
Frazão.
J:
Rosa, você sabe por que eu preferi não ir... Mas na sua casa nós vamos sim não
é Frazão?
F:
Com você eu vou a qualquer lugar, minha deusa! Pode contar com a gente sim.
C:
Mesmo porque, até onde pudemos conferir, Alabá tá de namorinho com o Antoninho,
non é chérie?
R:
E parece sério! O Antoninho gostou dela à primeira vista, naquele dia que ele
veio falar do problema do casarão...
C:
Rosa, essa história, de amor à primeira vista é nossa, hã? – Diz ele
aproximando-se dela e dando um selinho. – Pra quando você quer marcar esse
jantar?
R:
Pra daqui uma semana. Eu quero, antes, colocar um pouco do clima de Natal pela
casa. Uma decoração básica: uma árvore, bem enfeitada e alguns outros detalhes.
Você tem alguma coisa guardada?
C:
Pra falar a verdade, deve ter sim. Minha mãe gostava disso também... Tem um
baú, naquele quartinho da bagunça com coisas que eu trouxe da casa, que eram de
minha mãe.
R:
Então eu vou pedir pra Dadi me ajudar com isso, por esses dias. Janete você
podia me ajudar também. Depois eu te ajudo na sua casa. Assim, a gente põe as
fofocas em dia! rsrsrsrsrsrs
J:
Combinado, amiga! É só me avisar que eu vou sim.
F:
Rosa, Claude... Janete e eu temos uma proposta pra fazer a vocês dois. Falo
agora, Jane?
J:
Fala sim, amor...
C:
Hummm, non sei non... proposta de Frazon... isso non é uma pegadinha non hã?
F:
Mon ami, isso que vou falar é muito sério! Vocês sabem que nós vamos casar,
afinal vocês são os padrinhos... E aí a Janete teve uma idéia muito legal da
gente se casar, no mesmo dia, na igreja. Que vocês acham?
R:
Janete! Eu adorei a idéia. E você Claude?
C:
Eu também gostei muito... afinal são os melhores amigos, com as melhores
amigas!
J:
Então eu vou marcar na igreja... que foi Rosa, você mudou de carinha...
desistiu da ideia?
R:
Não é isso Janete... Você se importaria de casar na igreja lá do meu bairro?
Sabe, NE... Seu Giovanni sonha mais que eu... e eu não gostaria de
entristecê-lo outra vez...
J:
Claro que não amiga! Eu acho aquela igreja linda!
F:
Bom, então estamos combinados... só falta a data...
C:
Vamos deixar pro começo do próximo ano. Assim dá tempo de prepararmos tudo com
calma... Que tal dia seis de janeiro, uma sexta-feira?
R:
Meu Deus! Será que a gente consegue preparar tudo em tão pouco tempo?
J:
Claro que sim, né amiga! Ah eu estou tão feliz que vocês toparam! – E abraça
Rosa, que também estava emocionada.
Frazão
e Claude também se abraçam.
No
casarão.
G:
Amália, será que vai dar certo essa história de tombamento?
A:
Amore, se os advogados tão dizendo que é a única solução... a gente tem que
confiar. Eles sabem o que estão fazendo.
G:
Você já percebeu que eles vão ler “todos” os documentos? Algumas coisas
deveriam ficar no passado. Eu pedi sigilo pro Antoninho.
A:
Eu sempre fui contra essa sua idéia de esconder o passado. Passado não se esconde
e nem se foge dele. Porque se a gente esconde ou foge, um dia ele encontra a
gente e a cobrança é maior.
G:
Io não escondi nada! Apenas omiti alguns acontecimentos. E não fiz isso
sozinho, Amália! E fiz por bem, hã?
A:
Tomara que nada aconteça, porque a vida já está nos cobrando, Giovanni. De uma
forma ou de outra ela sempre nos cobra.
De
volta ao hotel.
Nara
só pensa numa forma de se afastar de Júlio.
“Ele
está ficando inconveniente para mim. Financeiramente inconveniente! Ele me
agrada na cama, e muito. Mas não posso correr o risco de morrer por causa dele.
Das asneiras que ele faz. Eu preciso dar um jeito nisso...” – Pensa Nara, enquanto
bebe uma dose de whisky.
Júlio
entra na saleta.
Ju:
Eu vou sair, Nara. Dar uma volta por ai.
N:
Aproveita e põe essa cabeça pra pensar melhor. Se essa situação continuar, eu
volto pra Nova York sozinha.
J:
Sozinha? Ou vai levar seu amante junto dessa vez?
N:
Pelo menos ele sabe como ganhar dinheiro ao invés de perder!
J:
Se eu conseguir o casarão, você pode se considerar dispensada, meu amor! Também
já cansei de ter que “pedir” dinheiro a você pra qualquer coisa! Éramos sócios,
mas você se tornou majoritária de uns tempos pra cá!
N:
Eu devia estar fora de mim quando me envolvi com você! Ainda bem que estou recuperando
minha razão!
J:
Você fala isso agora. Eu fui muito útil pra você! E quer saber? Fui!
Ele
sai e bate a porta. Nara, fora de si, joga o copo que segurava na porta.
“Eu
vou buscar o que é meu. Já devia ter ido!”
Nara
se arruma e sai também. Seu destino o escritório de Claude.
Na
construtora, Claude está sozinho na sua sala, fazendo algumas anotações com
relação às casas.
Frazão
e Janete saíram para uma conversa com alguns gerentes de bancos, para a
transferência e aplicaçãos dos dólares.
Rosa
está com Gurgel analisando algumas cotações de materiais necessários para esta
etapa da construção.
R:
Não sei não, Gurgel... Eu ainda penso que podemos obter um desconto maior
nesses materiais. A gente vai comprar em grande quantidade. Eles não vão querer
perder um negócio desses de longo prazo.
G:
Então, vamos refazer a lista com os principais fornecedores. Depois você leva
uma planilha montada até o Dr. Claude e pede a opinião dele. Afinal, ele é quem
vai efetuar os pagamentos.
R:
Mãos à obra, meu amigo! – E eles ficam um bom tempo entretidos nesta tarefa.
Na
recepção.
Nara
entra pela recepção usando uma roupa provocante. Todos a olham, estranhando sua
presença ali. Ela se dirige até Silvia e fala:
N:
Eu vim falar com o Claude. A sala dele ainda é essa aqui? – E aponta na direção
da sala dele.
S:
Sim, mas a senhora marcou hora? Ele está à sua espera?
N:
Eu não preciso de hora marcada, sua incompetente! E segue rumo à sala de
Claude.
Silvia
se coloca na frente dela, impedindo sua passagem e diz:
S:
A senhora não pode entrar assim, o Dr. Claude deu ordens que não deseja ser
interrompido nem por telefone.
N:
Você sabe com quem está falando menina? Eu sou Nara Paranhos de Vasconcelos,
filha do sócio do seu patrão! E não preciso de autorização pra entrar aqui! –
Empurra Silvia e entra na sala de Claude, que já estava de pé tamanha a
gritaria que Nara fazia.
Sônia, gostei muito das cenas no casarão. Que segredo Giovani e Amália esconderam de todos? Júlio não vale nada mesmo e Nara, é igual, como vão incomodar! Legal! Bjs.
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