terça-feira, 25 de setembro de 2012

FIC - À PRIMEIRA VISTA - CAPÍTULO 20 - SEGUNDA PARTE - AUTORA: SÔNIA FINARDI

Capitulo XX- Tornados - Parte II

Após o almoço.
R: Claude, você vai precisar de mim na reunião?
C: Non, chérie. Mas se você quiser participar, será bem vinda, hã?
R: Se você não se importar, eu vou aproveitar e visitar meus pais, então.
C: Oui. O Rodrigo te leva pra lá e depois pra casa. – Diz ele, já pedindo à Silvia para localizar Rodrigo.
R: Por falar em casa, enquanto não acabarem as filmagens, não adianta ir até a sua casa... nem o Colibri tá indo...
C: Nossa casa, chérie! Que você acha da gente mudar pra lá depois de pronta?
R: Sério? Eu adoraria! - Diz toda contente.
C: Mesmo porque – ele se aproxima dela – se a cegonha aprovar nosso pedido... precisaremos de mais espaço! E a enlaça por trás, beijando a nuca de Rosa.
R: É isso mesmo que você deseja, amor? Ter um filho?
C: Um só non... dois ou  três... – e passeia com sua mão pelo ventre dela – você concorda?
R: D`accord! – Ela tenta imitá-lo, mas não termina, pois os lábios dele já estão sobre os seus...
O interfone toca:
S: Dr. Claude. O Rodrigo está à disposição.
R: Boa reunião, meu amor! Tchau!
C: Rosa... cuidado hã? Tenha sempre o Rodrigo por perto...
Rosa vai visitar os pais e passa o resto da tarde por lá. Na volta, nem Rodrigo nem Rosa, percebem que um carro os segue.

Ao anoitecer, Júlio vai até a periferia da cidade. Chegando ao local combinado, encontra alguns “seguranças”, armados.
Seg: Onde é que o mauricinho pensa que vai, hem?
Ju: Eu preciso falar com o Coronel.
Seg: E tu marcou hora?
Ju: Vai lá e avisa ele que a encomenda do Coutinho quer falar com ele.
Enquanto um dos seguranças vai conversar com o tal Coronel, outros ficam de olho em Julio. Alguns minutos depois ele volta:
Seg: Pode liberar o sujeito... Coronel vai te dar dez minutos do tempo dele. Depois tu sai, senão “nois” entra....
Dentro da casa:
Traf: Você é muito corajoso. Me procurar, mesmo devendo, e sem o dinheiro em mãos!
Ju: Vamos direto ao ponto. Eu já estou por dentro da proposta do Coutinho. E eu quero fazer uma contraproposta.
Traf.: Solta aí...
Ju: Eu te pago o dobro pra você me livrar deles...
Traf. Você acha que eu sou burro? Você não me pagou “os mil”  que me deve, como vai me dar um milhão de reais?
Ju: Então, pra eles eu valho quinhentos mil, morto! Eu te ofereço um milhão e meio. Vai ter um acontecimento aí, e eu vou me dar bem... mas preciso tirar o Coutinho da parada.
Traf. E porque eu confiaria em você? Não confio nem na minha mãe!
Ju: Dois milhões. Minha última oferta. De dólares.
Traf: E eu posso como você vai ter essa grana? Vai assaltar um banco americano?
Ju: Quase. - E dá uma risadinha cínica. Vou “assaltar’ a dona da grana! Escuta só a história... (...) blá-blá-blá (...)
Traf.: Opa... agora a conversa mudou de cor... Eu posso até te ajudar com essa operação, te emprestar mão de obra qualificada...
Ju: Feito.
Traf: Mas eu quero três milhões...
Ju: Negócio fechado. Assim pago com juros e correção monetária. E fico limpo com você. Volto pra Itália, de onde nunca deviam ter me tirado...
Traf: Põe teu plano em ação  Vou deixar dois dos meus  “seguranças” perto de você. Assim que a grana for pra sua mão, você me liga – E entrega um celular pra ele.
Ju: Isso vai levar uns dias ainda.
Traf: Eu espero vinte dias... depois disso, fica valendo a oferta do Coutinho...
Ju: Vinte dias?!
Traf: É pegar ou largar!
Julio acena com a cabeça, pois seus dez minutos acabam com a entrada do segurança... e ele é escoltado pra fora e levado dali.

No flat/hotel:
N: Os pivetes tão seguindo a esposinha do Claude! Assim que der brecha, outro assalto! – Fala desligando o celular.
Cout: Nara, talvez eu tenha que sair do Brasil. Essas CPIs estão investigando até os lixos das ONGs. E a minha está no meio. E eu tenho o rabo preso com muita gente, não posso ser detido.
N: Você deixou vestígios de fraude? Não acredito que cometeu esse erro tão primário!
Cout: Dinheiro é uma tentação, Nara! E vindo do governo, fácil como veio, desviado, eu nunca imaginei que ia dar nisso. Os repasses foram bloqueados por três meses. Eu não vou ter como manter a ONG funcionando.
N: Bem se você deixar tudo armado, eu continuo com o plano e assim que o dinheiro cair na conta falsa, eu transfiro para a nossa conta naquele paraíso fiscal...
Cout: E a gente se encontra na Suíça. Depois é só curtir umas férias... a gente vai merecer! Kkkkkkkkkk

Três dias depois. Na construtora.
F: Claude, meu amigo, aqueles empresários já te deram uma resposta?
C: Non, ainda non,,, Eles querem primeiro viabilizar junto aos bancos de lá os tipos de financiamentos possíveis. Mas eu to confiante, Frazon.
F: E aqueles dois projetinhos de gangsters, não aprontaram mais nada? Aliás, três, né!
C: Non. Aquele investigador, amiguinho seu, tá passando as informações que pode.
F: O Paulo é gente boa, mon ami. Não sei por que você se incomodou com ele.
C. Porque ele ta flertando com Rosa, hã?
F: Hummm... mas a Rosa não vai te trocar por ele não, francês! E o Paulo só ficou impressionado com ela... Ele nunca se  envolveria com uma mulher casada.
C: Eu acho bom mesmo, hã?
Nesse momento entram Rosa e Janete.
R: Amor, Janete e eu vamos dar uma saída pra resolver algumas pendências do casamento. Mas a gente volta.
F: E não podemos ir juntos?
J: Não. É coisa de meninas! – Ele faz cara de magoado.
C: É só falar com o Rodrigo, você já sabe, non?
R: Oui, oui... vamos Jane?
No Shoping, elas vão a várias lojas, apreciam alguns vestidos mas não decidem nada.
Ao saírem da quinta loja:
R: Janete, eu acho que estamos sendo seguidas... olha aqueles dois pivetes ali... onde a gente vai eles aparecem atrás...
J: Vamos comer alguma coisa. A gente aproveita e faz um teste prá ver se eles tão mesmo seguindo a gente...
Depois de irem ao banheiro, elas se ajeitam na praça de alimentação. Rosa procura pelos dois rapazes...
R: Olha eles aí de novo, Jane!
J: Ai, amiga! Isso tá me dando medo já! Vamos encontrar o Rodrigo e voltar.
R: Sem comer? Nem pensar... eu to morrendo de fome! E aqui eles não vão arriscar fazer nada...
Elas lancham e depois seguem ao encontro do lugar combinado com Rodrigo. Os dois pivetes tentam disfarçar, mas não conseguem. Elas apressam o passo e eles também...
As duas começam a correr e ao avistarem Rodrigo gritam:
R&J: Abre a porta, Rodrigo! Rápido!
Ele abre a porta, elas entram e ele sai do estacionamento.
R: Tudo bem com vocês? Eles fizeram algo?
R: Não deu tempo, Rodrigo! Nossa! Eu to sem ar!
Rod: Eu vou voltar pra construtora, senão o Dr. Claude não vai me perdoar!

No flat/hotel.
N: Dois dias sem aparecer! Júlio está de brincadeira!
Ela abre a porta pra sair e dá de cara com ele.
N: Posso saber onde você estava e com quem?
Ju: Nossa! Tá com ciuminho é? Eu estava arrumando dinheiro por ai... - Fala, tentando beijá-la, mas ela se esquiva.
N: E o que eu pedi pra você fazer com a sua ex-noivinha? Já sabe quando vai fazer?
Ju: Eu não vou machucar a Serafina! Ela não!
N: Se você não quer fazer, eu arrumo quem faça! E pra logo! Já tem dois pivetes do Coutinho atrás dela... eles vão adorar “brincar” com ela. Depois as fotos caem na internet, nos jornais, aí é desmoralização, o cancelamento do contrato com o idiota do Claude... ele vai ficar na miséria!
Ju: Você não ouse fazer mal a ela, sua vadia! – diz Júlio, alterado.
N: Você bêbado é insuportável! Eu to saindo. Vê se toma um banho frio! “E aproveita o tempo que te resta”. Pensa e o deixa só.
Mas Júlio se serve de uma dose de whisky. Depois outra e outra, até quase esvaziar a garrafa.
J: “Eu preciso alertar a Serafina... porque eu preciso dos dólares também” – Ele esboça um sorriso irônico.

De volta à construtora.
Rodrigo entra com Janete e Rosa, e conta o que aconteceu.
C: Tudo bem, Rodrigo. Você agiu bem, hã. Non se preocupe.  Se eu precisar de você eu chamo, ok?
Rod: Sim, senhor. Com licença.
C: Rosa, você está bem? Eles tentaram alguma coisa?
R: Não deu tempo, Claude. A gente saiu correndo não é mesmo, Janete?
J: É sim... eu vou lá falar com o Frazão, com licença...
Rosa levanta-se da cadeira que tinha sentado e volta a se sentar rapidamente, pondo as mãos na cabeça.
C: Que foi chérie? Você tá pálida!
R: Eu acho que baixou minha pressão! Essa correria, esse estresse!
C: Vai pra casa, hã? Toma um banho e descansa. – Ele faz um carinho pelo rosto dela.
R: É, eu acho que vou mesmo... e já sei... O Rodrigo me leva!
Quando chega em casa, Rosa encontra Dadi retirando mais caixas do quartinho da bagunça. Ela resolve ajudar. Assim mantém a mente ocupada.
Elas colocam algumas caixas em cima da mesa da sala de jantar e vão retirando os objetos.
R: Achei Dadi, alguns enfeites aqui nesta caixa. São lindos e estão perfeitos! Dá pra usar na árvore que a gente comprou. Eles ficaram de entregar hoje. Eu vou ligar pra Janete vir aqui nos ajudar! – Depois de ligar ela volta às caixas.
D: Nossa, tem mais coisas do que eu me lembrava. D. Rosa!!!! Encontrei o mini faqueiro que a D. Anabelle trouxe da França! Dr. Claude achava que tinha sumido na mudança.
Curiosa, Rosa vai olhar o jogo de facas e tira uma a uma. São todas com lâminas de cerâmica e zircônio. Ela lê na embalagem:
“Jogo de facas francesas – Lâminas de cerâmica/zircônio, cabos de madrepérola. Edição Especial Limitada -Linha Juba - Fabricação Francesa: Durandal & Cia - Marca Registrada”.
R: São lindas! Não teria coragem de usá-las! Parecem jóias!
O interfone toca e Dadi atende.
D: D. Rosa chegou a sua árvore eu vou buscar lá na portaria. O porteiro é novo e não quer deixar o entregador subir... esquisito né?
R: Tudo bem Dadi. Eu vou separando as coisas por aqui.
Dadi sai e Rosa coloca as facas sobre a mesa, ao lado de alguns festões e algumas bolas coloridas.
A campainha toca. Como Dadi não está, Rosa vai atender.

Na construtora.
Claude e Frazão estão na sala, discutindo algumas pendências de novos projetos. Janete entra na sala.
J: Com licença, A Rosa me ligou agora. Ela encontrou os enfeites de natal que foram da sua mãe, Claude. Eu estou indo pra lá, como a gente combinou. Já são mais de quatro horas... algum problema ?
C: Por mim nenhum... até que o dia está calmo, nenhum mestre de obra ligou pedindo material, dizendo que está com a obra atrasada. Só fiquei preocupado com o lance dos pivetes. Janete, eles non tentaram nada mesmo?
J: Não. Mas que eles estavam nos seguindo, isso estavam! Bem eu vou então. Frazão depois você me pega lá? – E caminha até a porta.
F: Claro minha deusa! Assim que o francês me liberar!
C: Muito engraçadinho... háháhá! Olha como estou rindo! Janete espera um pouco... vamos todos, hã? Assim faço uma surpresa pra Rosa, ela está ton abatidinha!
F: Santa Rosa! Claude saindo mais cedo do escritório, só por Rosa mesmo! A gente se encontra lá. Eu vou no meu carro com Janete. Só vou guardar esses documentos na minha sala. Aurevoir!
Claude sai imediatamente. Alguma coisa o perturbava. Uma sensação estranha, de perigo pairava em seus pensamentos. Ele procura ir o mais rápido que pode.

Assim que abre a porta, Rosa tem uma surpresa desagradável:
R: Você? Vai embora! – E tenta fechar a porta, mas ele a impede.
Ju: Oi, Belezinha! Nossa você tá linda!
R: E você bebeu, pra variar... vai embora, não temos nada pra falar!
Ju: Serafina, eu preciso falar com você, me escuta, por favor!
R: Mas eu não quero falar com você! Sai daqui... – Mas ele força sua entrada e vai até o centro da sala.
Ju: Eu preciso, preciso falar com você! Me escuta! Foge comigo, Serafina... Eu nunca te esqueci...eu  percebi que a Nara é só uma diversão, é de você que eu gosto... larga esse francês e vem comigo!
R: Chega! De onde você tirou essa idéia ridícula? Eu jamais ficaria com você de novo! Nunca! Nem que você fosse o último homem do planeta! Aliás, ai mesmo que eu não ficaria... o planeta não merece herdar seu DNA!  Você já falou muita besteira! Sai! Vai embora ou eu chamo o segurança do prédio!
Ju: Sua estúpida! Eu querendo salvar sua pele... e você dando uma de superior! Você vai comigo, querendo ou não! – E aponta uma arma pra ela.
R: Que isso, abaixa essa arma, Julio! Por favor, abaixa isso!
Ju: Acabou sua coragem? Cadê seu discursinho barato? Pega sua bolsa que você vai comigo. AGORA!
Rosa estremece. Ela olha bem nos olhos de Julio e percebe que algo não está certo nele.
R: “Meu Deus, ele parece drogado, além de bêbado!”
Ju: Que foi? Pára de me olhar assim! Eu estou perfeitamente bem... e sei muito bem o que quero! E se você for esperta, vai me obedecer, senão...
A campainha toca. Eles escutam a voz de Dadi:
D: Dona Rosa, Abre a porta, sou eu Dadi. Precisei subir por aqui porque o elevador de serviço tá em manutenção. D. Rosa, tá me ouvindo?
Ju: Abre a porta e faz ela entrar  Não tenta nada, senão eu atiro nas duas.
Rosa tenta manter a calma, e abre a porta, devagar. Assim que Dadi entra, Júlio a empurra, e a porta fica entreaberta.
D: Ai! Meu Deus! D. Rosa, que tá acontecendo? – Dadi deixa a árvore no chão.
Ju: Cala a boca! Eu to fazendo uma festinha, não tá vendo? E aponta a arma pra ela. – Vai andando pro seu quarto. Isso não estava nos meus planos... Eu vou trancar você lá. Serafina vem comigo! Acha que vou deixar você escapar? E a segura pelo braço, praticamente a arrastando.
D: D. Rosa! Me desculpa! Eu não devia ter deixado a senhora sozinha!
R: Calma, Dadi, não faz nada... ele tá armado!
Ju: Chega de cochicho! Entra logo aí!
Ele coloca uma mordaça em Dadi e amarra suas mãos para trás. E a deixa trancada no banheiro do quarto. Se volta pra Rosa e diz:
Ju: Agora é entre a gente! Meu Deus, eu tinha esquecido o quanto você me atrai..xe vai se aproximando dela.
Rosa vai andando pra trás, até encostar na mesa, onde estavam os enfeites.
R: Jùlio, pára com isso. Não vale a pena. Você já está procurado pela polícia! Pra que se arriscar e acabar preso?
Ju: Eu to ferrado de qualquer maneira! Nara e Coutinho me querem fora do caminho deles. Tem traficante me vigiando. Sem contar os americanos... dívidas de jogo! Eu preciso de grana, Serafina! E você vai me dar essa grana!
R: Você enlouqueceu! Eu não tenho dinheiro algum! - Ele está muito próximo dela.
Ju: Mas vai ter! Os dez milhões que os americanos vão por na sua mão!
R: Esse dinheiro é do Claude, da construtora , pra construção das casas!
Ju: Então... você vale dez milhões de doláres...vem comigo pra Itália, a gente pode viver muito bem com essa grana Eu pago os três milhões que prometi, tiro a Nara e o amante dela da jogada e ainda sobram sete pra gente ser feliz! – ele começa a passar a mão livre pelo rosto de Rosa, que tenta se esquivar.
Como não tem sucesso, Julio coloca a arma no cós da calça, na parte de trás e segura a cabeça de Rosa, tentando beijá-la. Rosa se agita:
R: Não! Pára com isso seu covarde! Estúpido! Cafajeste!
Ju: Isso, você lembrou que é assim que eu gosto? E continua se aproveitando do corpo dela. Rosa passa as mãos pela mesa e encontra a faca francesa. Não pensa duas vezes, ela segura a faca, dá um chute em Júlio:
R: Não me toca mais, senão eu juro que enfio essa faca em você!
Júlio dá uma gargalhada descontrolada e diz:
Ju: Você não tem essa coragem e nem essa força toda! E ninguém pra te defender agora, Belezinha. Isso só aumentou minha vontade... e você vai ser minha agora! Na casa do seu maridinho!
R: Nunca! Nunca! – E anda para o outro lado, em direção à sala.
Julio pega a arma e se aproxima de Rosa, que tenta golpeá-lo com a pequena faca... ela dá alguns chutes nele, que acertam em seu ponto mais sensível. Ele larga a arma, Rosa a chuta pra debaixo do sofá, e volta a golpeá-lo, acertando o ombro dele, fazendo um corte. Mesmo sangrando, Júlio não desiste:
Ju: Sua ordinária! Agora você vai ver! Não quer ficar comigo por bem, vai ficar de qualquer jeito! E quando eu acabar, nem todo amor do francês vai se suficiente pra te consolar...- Ele segura o pulso de Rosa e aperta, até que ela solte a faca.
Júlio usa toda sua força e prende Rosa com os braços pra trás. Arrastando-a até o sofá, onde a joga sem nenhum cuidado.
Ju: Agora o meu show vai começar... se prepara, Belezinha!
R: Não faz isso, Júlio – E começa a chorar, desesperada. – Pela sua mãe, não faz isso!
Ju: Mãe? Minha mãe era uma vadia, igual a todas as mulheres que eu conheço! Eram tantos homens que ela recebia em casa, que eu cansei de ter “tios”. Chega de conversa fiada.. Vamos ao que me interessa...e começa a tentar tirar a  roupa de Rosa, que bate nele, desesperada:
R: Seu imundo! Porco! Você me dá nojo, Júlio!
Ju: Cala a boca! E sacode Rosa violentamente, que o empurra, sem sucesso, enquanto ele rasga sua blusa!
R: “Meu Deus, de novo, não”! Socorro! Alguém me ajuda! Socorro! – E Rosa continua batendo com os punhos nele, acertando o ferimento.
No banheiro, Dadi, ouvia os gritos de Rosa, e tentava se desvincilhar das amarras.
Ju: Meu ombro! Sua vadia! Igual às outras. Eu vou te mostrar do que as vadias gostam...
R: Eu não sou vadia! Pára com isso, você está me machucando! Socorro!!!! – Grita Rosa já com os olhos fechados.
Ju: Grita...assim eu me excito mais! – Ele começa a tirar o cinto da sua calça.
Enquanto isso...
Claude chega ao prédio, deixa o carro no estacionamento e sobe. Seu coração bate descontrolado. Ansioso. “Mon Dieu, que é isso que eu estou sentindo? Que demora, esse elevador não anda.” – Pensa ele.
O elevador pára e ele sai apressado estranhando ver a porta do apartamento meio aberta, quando escuta a voz de Rosa, gritando por socorro. Ele corre pelo espaço que falta até a porta, gritando:
C: Rosa!!! Rosa!!! – E encontra aquela situação, partindo pra cima de Júlio. – Tira as mãos dela, seu animal!
Claude puxa Júlio pelos braços, desferindo vários socos nele, que não esperava por isso e se desequilibra. Mesmo assim Júlio revida, acertando um murro em Claude. Os dois caem no chão e Claude consegue imobilizar Júlio, prendendo-o com o próprio corpo, enquanto continua batendo nele
C: Covarde! Cafajeste! Eu devia ter feito isso antes! – Júlio começa a sangrar, por causa dos golpes... já sem muita reação devido à bebida.
R: Claude! Chega... você vai  acabar matando ele! – Diz Rosa, chorando.
Na entrada do prédio, Frazão e Janete descem do carro e dão de encontro com Paulo.
F: Paulo! Que coincidência você por aqui!
P: Você mora aqui também?
F: Não, não. Nós viemos até a casa do Claude. Aconteceu alguma coisa?
P: Eu recebi um aviso do meu pessoal de campana, de que o Júlio Castelli invadiu o prédio... e pelo endereço eu percebi que era o prédio deles... Ele só pode estar atrás dos dois... Vou subir até lá. Vocês dois fiquem por aqui.
Ele vai apressado com para o elevador, deixando Janete e Frazão apavorados.
J: Nem morta que eu deixo minha amiga nessa hora! E corre para o outro elevador, puxando Frazão pela mão.
Todos chegam quase ao mesmo tempo. Encontram Claude ainda esmurrando Júlio.
Frazão segura Claude e o tira de perto de Júlio:
F: Francês, chega! Olha o estado que ele está! Você quer ser acusado de assassinato?
C: Esse canalha ia violentar a Rosa, Frazon! Me solta! Rosa!
Claude vai até ela e a abraça:
C: Mon Dieu! Chérie, você tá machucada? Ele feriu você?- Diz enquanto olha pra ela, para o seu corpo.
R: Eu acho que não!- Rosa está tremendo. Claude percebe a blusa rasgada, tira o seu paletó e põe em Rosa.
Paulo levanta Júlio do chão, que começa a rir.
J: Rosa! Amiga! Eu devia ter vindo com você! Meu Deus, que absurdo!
R: A Dadi! Ele prendeu ela no banheiro aqui debaixo! Ela está amarrada e amordaçada.
F: Deixa que eu vou lá ajudá-la! Se segura aí francês! Vem comigo, Janete.
P: Tá rindo de que o palhaço? Você vai comigo pra delegacia. – E algema Júlio, que continua rindo, alucinado. – Infelizmente vocês terão que ir ao hospital para o laudo de lesões corporais, assim como ele. Eu vou registrar a ocorrência e amanhã vocês passam de lá para assinar. Mas o laudo tem que ser feito hoje!
Ju: Maldita, Serafina! Sempre em meu caminho... Primeiro seu pai... agora você! Olha só o que você fez em mim!  Eu tentei alertar você... contra os dois...! Agora eu não to nem aí pro que te acontecer...
R: Meu pai? O que foi que meu pai fez pra você Júlio?
C: É o que foi que S. Giovanni começou que eu posso terminar, hã? Pergunta Claude, de maneira ameaçadora.
Ju: S. Giovanni? Kkkkkkkkkkkk Quem disse que eu falei dele?
R: Você falou que meu pai fez algo a você!
Ju: Você é ingênua mesmo, estúpida ou se faz de desentendida, Belezinha?
C: Non chama Rosa assim non, seu covarde!
R: O que você está querendo com isso, em Júlio? O que meu pai tem a ver com toda essa história sórdida sua?
Jú: Pergunta pra ele, pro S.Giovanni, o que “seu pai” tem a ver com tudo isso!
R: Me diz você!
Jú: Chega... perdi a vontade de falar com você! Me leva logo pra essa delegacia...
P: Eu vou na frente com ele. Encontro com vocês no Hospital São Luís. É lá que fazemos os laudos.
R: A gente vai em seguida, não é, Claude?
C: Isso! E... Paulo, obrigado, hã?
P: Eu estou só fazendo o meu serviço, cumprindo meu dever de policial. Espero vocês lá. – E sai levando Júlio.

Dadi é solta e vem correndo pra sala com Frazão e Janete atrás.
D: D. Rosa! A senhora tá bem? Esse cavalo fez algum mal à senhora?
R: Ele tentou Dadi, mas o Claude chegou a tempo de evitar, graças a Deus!
J: Rosa, se eu estivesse já com você...
R: Ele teria trancado você com a Dadi. Ninguém tem culpa de nada... pena que não enfeitamos a árvore. Fica pra outro dia... Eu vou tocar de blusa, com licença.
C: Bem pessoal, eu vou levar Rosa pra fazer o laudo... Vocês esperam por aqui ou vão embora?
F: Você também vai ter que fazer um laudo, francês! Ele te acertou também... e você deixou muitas marcas nele!
C: Minha vontade era de acabar com ele, Frazon...
Rosa volta, arrumada:
R: Vamos, então?
F: Janete e eu vamos com vocês até o hospital e de lá vamos pra casa. Você pode precisar de um advogado.

Um comentário:

  1. Sônia, que tipo perigoso esse Júlio! E pelo jeito vai continuar infernizando Rosa e Claude. Estou curiosa pra saber o que tem o pai de Rosa, que segredo existe nessa história. Muito bom! Bjs.

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