segunda-feira, 10 de setembro de 2012

FIC - UMA CHANCE DE AMAR - CAPÍTULO 11 - AUTORA: JOYCE FEITOZA

No capítulo anterior...
Rosa: Bom Dia Sílvia....
Sílvia: Bom Dia dona Rosa. O Dr. Claude já chegou.
Rosa: E quem perguntou por ele?
Sílvia: Ah, desculpa só achei que a senhora...
Rosa: Ta bom Sílvia, me desculpa você. Não acordei muito bem, e me arruma aqueles remédios para estômago.
Rosa fez a mesma coisa que Claude e entrou na sala, felizmente ele não estava. Então, Rosa dirigiu-se a sua mesa, colocou sua bolsa mas, quando virou-se, acabou dando de cara com Claude que voltava do banheiro.
Os olhares dos dois se encontraram com rapidez. Aqueles olhos castanhos escuros a fitavam de uma forma que deixou Rosa corada. Um silêncio ficou entre os dois como se apenas o olhar se comunicasse dizendo: Aquela noite foi maravilhosa, não paro de pensar nela e to louco(a) pra repetir. Mas, as únicas palavras que saíram da boca dos dois foram um bom dia.

CAP -11

Rosa: E o assistente do Frederico?
Claude: Ele disse que chega quinta.
Rosa: Ótimo, chega antes do feriado.
Claude: Pretende viajar? (perguntou curioso)
Rosa: Não, não gosto de viajar nesse feriado. (disse baixando os olhos)
Claude percebendo, não quis tocar no assunto e prosseguiu.
Claude: Almoçaremos com o Mateu e depois assinaremos o contrato.
Rosa: Mateu, rsrs.
Claude: O que foi? O que tem de engraçado nesse nome?
Rosa: Nada não... rsrs
Claude sentou-se em sua mesa e retirou sua gravata abrindo os três primeiros botões da sua camisa social azul claro.
Rosa arregalou os olhos quando viu a marca que ainda estava no pescoço de Claude e ela era a culpada.  - Meu Deus que vergonha - pensou ela.

(14:50 - Construtora)

Frazão: E aí?
Claude: E aí o que?
Frazão: Você e a Rosa?
Claude: O que??
Frazão: Não se faça de desentendido. Como estão se tratando? Ainda não os vi brigarem hoje, já é um avanço.
Claude: Sabe que nem reparei nissi.
Frazão: Deve ter reparado apenas nas belas pernas torneadas e nas curvas dela, e que minha fada de olhos verdes me perdoe, mas que curvas.
Claude: Que issi??? Que curvas, que pernas?? Non anda reparando demais nela non?
Frazão: Foi só um teste e você caiu feito um patinho. Está com ciúmes.
Claude: Eu, com ciúmes da Rosa? Hahaha.
Frazão: Esta sim! Imagina Francês, outro cara passando as mãos naquelas pernas, grudado no corpo dela, sussurrando no ouvido dela...
Imaginar aquilo não foi nada bom, pela primeira vez Claude se sentiu incomodado em imaginar Rosa nos braços de outro homem.
Claude: Vamos parar com issi!! (disse num tom irritado)
Frazão: Claude você é separado legalmente da Rosa?
Claude: Porque essa pergunta agora? Non, non sou. Non tive tempo de cuidar disso.
Frazão: Não teve tempo ou não tem vontade. Mas é bom, sabe que assim vocês não precisam se casar de novo?
Claude: Frazon, é bom você ter um propósito pra vir até minha sala e falar essas besteiras, se non, te dou 5 segundos para que suma da minha frente antes que lhe atire por essa janela.
Frazão: Calma francês, vim trazer esses documentos aqui pra você assinar.
Claude: Da compra do material de construção.
Frazão: O-U-I.
Claude analisou os documentos e assinou todos.
Frazão: Agora deixe eu ir levar para a beleza de curvas e coxas perfeitas.
Claude: Que issi hã? Anda muito assanhadin. Deixa que eu levo esses documentos.
Frazão: Vai lá ciumento apaixonado.
Rosa estava na mesa de Gurgel tratando de uns detalhes num projeto para obra de uma praça.
Claude: Rosa!
Aquela voz rouca e firme soando o seu nome fez Rosa estremecer e um frio percorrer seu corpo. Ela virou-se e deu de cara com os olhos dele a encarando. Desprendendo ar do seu peito ela respondeu:
Rosa:Sim... ?!
Claude: Preciso que assine esses documentos, eu já assinei e son de uma certa urgência.
Rosa: Claro...
Claude entregou a pasta dos documentos a Rosa e suas mãos se tocaram. O encontro daquele olhar que dizia tudo foi inevitável. Um silêncio pairou entre os dois. O toque de suas mãos foi como acender um fogo dentro de seus corpos.
Claude: Bem eu... eu vou voltar pra sala. (disse coçando a testa com indicador)
Claude tornou a sala um pouco atrapalhado e com a respiração pesada.

(17:30 – Construtora)

Claude e Rosa estavam concentrados em suas mesas. Claude fechou o computador e disse.
Claude: Por hoje basta! Estou exausto.
Rosa: Pra mim também deu. Já estou até sonhando com minha cama.
A mente fértil de Claude, naqueles poucos segundos, não deixou de imaginar Rosa com sua camisola deitada sensualmente em sua cama.
Claude: Eu também. Bom, eu já vou.
Rosa: Eu também.
Cada um pegou sua bolsa e se dirigiu ate a porta. Um quase esbarro e eles ficaram frente a frente na tentativa de passar pela porta.
Claude engoliu seco ao encontrar os olhos vivos de Rosa. Ela olhou para os lábios dele e um desejo louco de uni-lo aos seus correu pelo seu corpo.
Claude: É... por favor. (disse dando espaço para Rosa passar)
O silêncio mortal mais uma vez pairou naquele elevador. Rosa estava em um canto tentando manter distância da sua tentação. Assim, como Claude, que afrouxava a gravata no outro canto.
As portas se abriram e eles se dirigiram até seus carros que ficavam um do lado do outro. Claude olhou para o carro de Rosa e deu um sorriso. Ela intrigada perguntou:
Rosa: O que foi?
Claude: Olha só o jeito que você estaciona.
Rosa: O que tem de errado?
Claude: As rodas tem que estar retas e non tortas assim.
Rosa: Sempre estacionei assim e nunca tive problemas.
Claude: Boa noite Rosa, rsrs.
Rosa: Boa noite Claude!!!

(19:10 - Apartamento de Rosa)

Rosa: Nossa, que trânsito. Tem cada vez mais carros nessa cidade. (disse jogando a bolsa e a si mesma no sofá)
Janete que voltava da cozinha com um pote de sorvetes na mão, sentou na poltrona de frente a Rosa e perguntou:
Janete: E aí?
Rosa: E aí que fiquei presa mais de uma hora.
Janete: To perguntando sobre o seu bonitão francês.
Rosa: O que tem o Claude, que não é meu.
Janete: Como foi o dia com ele oras?
Rosa: Normal.
Janete: Brigaram?
Rosa: Sabe que não. É, hoje não discutimos.
Janete: Então o dia não foi normal. Me conta, falaram sobre a noite?
Rosa: Não... Ele não tocou no assunto. Mas, sabe, tinha horas que ele me olhava de um jeito que pensava que ele ia me agarrar ali mesmo.
Janete: Ui, então o negocio foi bom. Não rolou nem um beijinho?
Rosa: Janete, o Claude e eu não temos nada pra ficarmos nos beijando por aí.
Janete: Ué, que eu saiba vocês são casados.
Rosa: Tenho que tratar logo desse divórcio. Afinal, ele vai casar com a branquela lá.
Janete: Ih, tem alguém com ciúmes.
Rosa: Ah, Janete me poupe, eu me garanto tá? (disse levantando)
Janete: Rosa?!!
Rosa: O que foi?
Janete: Ta com saudade da mordidinha.
Rosa: Janete me deixa vai. (disse indo pro quarto irritada)
Janete: Quer um sorvetinho?? Hahaha.

(19:40 - Casa de Claude)

Claude chegou em casa exausto, além de enfrentar um trânsito caótico, Rosa tomava conta dos seus pensamentos.
Claude: Boa noite Dádi.
Dádi: Boa noite só se for pro senhor, porque aquela sua noiva ta lá em cima no seu quarto. Mas, oh mulherzinha que reclama! Chegou aqui quase me engolindo e já foi subindo. Eu disse: Dr. Clodis não gosta que entrem no quarto dele sem a permissão dele. Mas ela empinou o nariz e subiu feito uma tanajura.
Claude: Mon Dieu, e mais essa. Dádi se eu gritar sobe com a vassoura hã.
Claude respirou fundo e subiu as escadas. Ao entrar no quarto se deparou com Nara de lingerie em sua cama.
Nara: Oi mon amour.
Claude: Nara, já dissi que non gosto que venha aqui e muito menos entre no meu quarto sem avisar. (disse indo pro closet)
Nara: Claude não percebeu nada não?
Claude: O que?
Nara: Eu to semi nua na sua cama.
Claude: Ah... melhor se vestir se non vai pegar um resfriado com esse ar condicionado.
Nara: Ah, mon amour vem me aquecer, vem.
Claude: Nara non to com cabeça pra issi hã.
Nara: Como não ta com cabeça? Claude você é um Geraldy, aquele homem que não nega fogo, lembra?
Claude: Nara eu to exausto, morrendo de dor de cabeça.
Nara: Claude nós não temos nada a muito tempo. O que esta acontecendo?
Claude: O que ta acontecendo é que vou tomar um banho e to com sono.
Nara: Eu durmo com você.
Claude: Non!
Nara: Claude, você e eu nunca dormimos juntos. Você nunca me deixa passar uma noite com você.
Claude: Nara por favor.
Nara se levantou irritada e começou a se vestir.
Nara: Pelo menos me diz que viaja comigo pra Fernando de Noronha??? (disse dengosa)
Claude: Comprou as passagens non é?
Nara: Sim.
Claude: Tudo bem, to precisando mesmo espairecer.
Nara: Ótimo! Na sexta de manhã vou aguardar você no aeroporto as 9 não se atrase. Agora, me da um beijinho.
Claude se aproximou de Nara e deu um beijo na testa dela depois seguiu para o banheiro.
 Embaixo do chuveiro, Claude respirou aliviado por Nara ter ido embora. Não queria transar com ela pensando e desejando Rosa.
E esse desejo o inquietava de todas as maneiras. Seus braços queriam Rosa, ali, agora. Imagens do primeiro sorriso que Rosa lhe deu, imagens da ultima noite naquele hotel de beira de estrada, imagem de Rosa passando mal no elevador, frágil, aquilo tudo já estava o enlouquecendo.
Claude: Porque desse jeito mon Dieu? Ta tudo ao avesso.

CONTINUA...

---------------------------------------------------

Um comentário:

  1. Joyce esses dois ficam como gato e rato, quero ver no que vai dar! Muito bom! Bjs.

    ResponderExcluir