CAPÍTULO
XX- TORNADOS – Parte I
À
noite, num restaurante qualquer, Nara, Coutinho e Júlio conversam.
Cou:
Eu tentei vários acordos com os seus “amiguinhos”, Júlio, mas eles querem a
grana que você emprestou. E querem de você. Sem intermediários.
Ju:
Malditos! São sanguessugas! Eles querem o triplo do que me deram! Eu não tenho
esse dinheiro!
N:
Se vira! Eu não vou dar meu dinheiro pra traficante nenhum... Eu posso não
prestar, mas eles ainda menos que eu. Eu gosto de viver no luxo, mas não mostro
o caminho da morte pra ninguém...
Cou:
Eu vou tentar mais uma vez. Talvez se eu “comprar” a sua dívida, pode ter algum
acerto. Ou se eu fizer algum “negócio” lucrativo com eles... Afinal financiar
bandido dá lucros inesperados, pelo que eu vi por lá.
N:
Me deixem fora disso. Com o idiota do Júlio sendo seguido, a gente não pode bobear.
É melhor resolverem tudo de uma vez! E rápido!
Ju:
Você fala como se fosse uma questão de tirar doce da boca de uma criança! Esses
caras têm contatos, “mantêm” pessoas influentes... você bem que podia me
emprestar esse dinheiro Nara.
N:
Emprestar? Você quer dizer dar adeus a ele, como se eu fosse louca o suficiente
pra isso! Não! Eu te avisei! Agora, Coutinho, nós vamos acabar com o Claude! E
se possível, reverter aquele contrato com os americanos.
Cou:
E posso saber como vamos fazer isso? Os americanos ficaram encantados com esse
casal vinte, a la Sr.& Sra.
Geraldy... E tenho que concordar, porque o projeto dela está perfeito!
N:
Céus! Eu já estou enjoada de escutar o quanto essa Rosa é perfeita! Eu vou
acabar com a perfeição dela. E com a ajuda de vocês. Você, Coutinho, deve
conhecer alguém que faça certos “servicinhos”, não?
Cou:
Claro que conheço. Mas o que você quer exatamente?
N:
Presta atenção, eu já combinei com o Júlio, o que nós vamos fazer... blá...blá...
blá...
No
dia seguinte, no apartamento de Claude e Rosa, eles estão à mesa, no café da
manhã.
C:
Dadi, você lembra aquelas caixas e aquele baú que nós trouxemos da casa de
minha mãe?
D:
Lembro sim, senhor! Está tudo no quarto lá do fundo, depois do meu. É um
quartinho da bagunça, sabe D. Rosa?!
R:
Mas tá fácil pra pegar, Dadi? Eu queria ver os enfeites de natal. O Claude
falou que tem alguma coisa.
D:
E tem mesmo! Alguns enfeites, D. Anabelle trouxe da França. A senhora quer que
eu separe?
R:
Não Dadi. Quero eu mesma escolher. Se você puder tirar essas caixas de lá e
trazer pra cá, eu agradeço. Mas a gente olha juntas o que tem.
C:
Tem muita coisa nessas caixas... o que non prestar mais, joga fora, Dadi...
D:
Hoje à tarde mesmo eu tiro de lá.
R:
Ótimo. Amanhã a gente limpa e vê o que tem. E o que faltar a gente vai comprar
Dadi.
C:
Enton, combinado...Vamos chérie? O trabalho nos espera, hã?
Eles
saem do prédio, no carro de Claude, e seguem em direção à construtora.
Andam
por alguns quilômetros, até que Rosa percebe uma moto muito perto do carro, ao
lado dela:
R:
Claude, esse motoqueiro tá muito perto, cuidado! Eles não têm respeito.
C:
Eles eston cada dia mais abusados, hã? Andar assim tão coladinho num carro! – E
ele acelera um pouco mais, mudando de faixa, mas percebe que o motoqueiro
continua junto deles. Muda de faixa novamente e pega uma entrada à direita.
R:
Claude, ele continua atrás da gente! Cuidado! Ele tá muito perto! Meu Deus, o
que ele tá fazendo? – Ela se assusta, quando o motoqueiro aparece em sua janela
e aponta uma arma para eles. – Ele tá armado, Claude! É um assalto!
C:
Non reage, Rosa! Fica calma, hã? Non olha pra ele non! Olha pra frente! E se
segura, eu vou acelerar! Ele pisa no acelerador, cantando os pneus e tenta
escapar, mas o motoqueiro continua seguindo eles. Porém ao virar em uma
esquina, eles percebem a presença de uma viatura, e Claude pára o carro. O motoqueiro
passa direto, sem levantar suspeitas.
Claude
e Rosa explicam o que aconteceu, mas como não houve nenhum dano, não há o que
fazer. Rosa diz que anotou o número da placa, e o policial ao fazer a pesquisa pelo
computador de bordo, informa que a placa á fria.
Eles
agradecem a ajuda dos policiais e seguem para a construtora. Chegando lá,
comentam com Janete e Frazão, o que acontecera.
R:
Vocês não acham que pode ser coisa do Júlio e da Nara? É muita coincidência,
isso acontecer depois das ameaças deles!
C:
Mas non temos provas, chérie! A tal moto era fria, hã?
F:
Eu acho que vocês devem relatar isso ao Paulo! O quanto antes!
J:
É. Pode ser coincidência, mas também pode não ser...
R:
Bom... depois a gente resolve isso, pessoal. Vamos até a obra? O pessoal tá
esperando!
Os
quatro vão até a obra das casas e passam algumas horas por ali conhecendo os
trabalhadores e verificando se tudo está de acordo com as plantas e as normas
da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Na volta, param em um
restaurante para almoçarem. Eles se acomodam em uma mesa, fazem o pedido e de
repente são surpreendidos por uma voz feminina:
N:
Olha só! O “Quarteto Fantástico”, ao vivo e em cores! Ainda bem que já estamos
saindo! Esse lugar já foi melhor freqüentado, sinceramente!
F:
Olha só, “Bonnie e Clyde”, versão amadora! E bem fraquinha, por sinal! - Revida
Frazão!
N:
Você vai ver onde nós chegaremos, seu...
J:
Cuidado, Nara! Racismo é crime! Sem direito à fiança! É cadeia mesmo!
Ju:
Nara, sem escândalos, por favor!
R:
É Nara, sem escândalos!
N:
Sua coisinha imbecil, eu não falei com você!
C:
É melhor você levar sua noivinha daqui, antes que eu chame a segurança, hã? –
Diz, Claude, olhando pra Júlio. - Ele
segura o braço de Nara, que se solta e fala:
N:
Me solta! Eu vou embora porque eu quero! Porque não suporto ficar olhando pra
gente idiota!
R:
Você não suporta a felicidade dos outros, isso sim, querida! – Fala Rosa,
olhando pra Nara, diretamente em seus olhos. Nara a olha cheia de ódio, mas
Júlio a puxa pra saírem.
R:
E, Nara! – Ela se volta pra Rosa -Você está com uma sujeirinha no dente!
Júlio
mais que depressa leva Nara pra fora do restaurante.
F:
Rosa, bate aqui! Adorei! Rsrsrsr
C:
Vocês son dois malucos, hã? Rsrsrsrs
À
noite, no apartamento, depois de jantarem, Rosa resolve olhar algumas caixas
que Dadi já tinha tirado do quartinho.
C:
Chérie, deixa isso pra amanhã, hã? Vamos ver um filme, lá no quarto! – Diz
Claude com uma garrafa de vinho e duas taças nas mãos.
R:
Filme é? Sei! Você sempre me leva nessa conversa! Olha só! Alguns álbuns de
fotografias!
Claude
se aproxima.
C:
Minha mãe adorava tirar fotos. Esse álbum é a vida dela. Uma história contada
através das fotografias. Eu vou contá-la pra você, mon amour.
Claude
serve o vinho. Eles se acomodam no sofá: Claude sentado e Rosa deitada com a
cabeça em suas pernas. E eles começam a olhar as fotos.
R:
Claude! Fotos do casamento de sua mãe! Ela era linda! Que vestido lindo! Seu
pai também era um galã, hem?
C:
Meu pai... pena que non soube tratar minha mãe como ela merecia...ele sufocou
tanto ela! Non deu espaço pra ela viver, pra ela ser independente... ser ela
mesma... – Era a primeira vez que Rosa ouvia Claude falar de sua família e de
forma tão amarga!
R:
Você fala como se ela não tivesse sido feliz...
C:
A felicidade de minha mãe era aquele jardim, já te disse isso. Lá ela podia ser
ela, sem se preocupar em “ter” que ser alguém. Mas meu pai ignorava esse desejo
dela. Ele queria estar nas altas rodas sociais, nas reuniões badaladas. Minha
mãe queria apenas ter uma família. Depois que eu nasci, ficou ainda mais complicado.
Ele queria me colocar num colégio interno.
Ela não aceitou... aí começaram as brigas...
R:
Amor... por isso você se encanta com meus pais.
Enquanto
conversam eles bebem o vinho.
C:
Isso, chérie! Eles têm uma union, uma forma de se entender sem palavras. E até
quando discordam eles fazem de modo sereno. Eu quero que seja assim com a
gente...
R:
É... eles sempre foram assim... eu não lembro de nenhuma briga entre eles...
discussões sim... mas briga feia, não... – Ela continua folheando o álbum.
C:
Sabe que você é parecida com minha mãe? Non fisicamente, claro. Nos ideais. Só que você non tem medo de se
arriscar, de se aventurar.
R:
Os tempos são outros, Claude...
C:
É talvez você tenha razon...
R:
Desculpa, amor, você não está gostando de ver essas fotos, não é? É um tempo
que você não quer lembrar...
C:
Eu non gostava mesmo, mas com você está diferente... mais leve... já non machuca como eu
imaginava...
R:
Sua mãe grávida! Que linda! Meu Deus! Olha só o Dr. Claude Antoine Geraldy de
fralda! Rsrsrsrsrsrs
C:
Non ri non, hã? Você também usou fraldas um dia! Rsrsrsrs
R:
Você gosta de crianças, Claude?
C:
Oui! Você non?
R:
Eu? Eu adoro crianças!
C:
Enton a gente podia encomendar uma, hã?- Sussurra, Claude, com a voz rouca.
R:
Agora?... Será que a cegonha ainda aceita encomendas, nessa época do ano?
C:
Bom, se ela non atender agora, a gente continua tentando, hã? O tempo que for
preciso...
Ele
tira o álbum das mãos de Rosa, a tráz para mais perto de si e procura sua boca
beijando-a delicadamente. As mãos dela enlaçam o pescoço dele, embrenhando-se
pelos seus cabelos, num caminho já tão conhecido. Os lábios dele percorrem toda
sua face, passando para o pescoço, bem próximo ao seu ouvido.
C:
Eu non consigo ficar muito tempo sem você... Você se apoderou do meu destino,
chérie... eu non consigo me imaginar sem você...
R:
Você me salvou de mim mesma, me fez acreditar na felicidade com o seu amor... e
eu quero que isso dure pra sempre...
Ele
pega as taças com o vinho entrega uma a ela e diz:
C:
Pra sempre, em qualquer lugar e tempo...
Eles
tomam o vinho, sem desviar o olhar um do outro.
R:
Me dá cinco minutos? Ai você sobe! E vai subindo a escada.
C:
Hummmm, surpresinha é? E a segue com olhar...
R:
Eu vou me arrumar pra falar com a cegonha... esqueceu? Não posso ir de qualquer
jeito!
C:
D`accord! - “Voila” - Ele se volta e olha outro álbum de fotos.
Exatos
cinco minutos depois, ele vai para o quarto e se depara com Rosa saindo do
banho com uma mini camisola branca, que mal escondia suas formas.
C:
Mon Dieu! Você caprichou no visual, chérie! Você está linda!
Na
manhã seguinte, no escritório.
R:
Claude, a Roberta ligou, eles vão aproveitar hoje que não tem chuva e vão
gravar aquelas cenas externas, no
jardim...você quer ir ver?
C:
Non, Rosa. Eu tenho uma reunion hoje com alguns investidores do nordeste. Eles
gostaram do projeto das casas e querem fazer algo parecido em seu estado.
R:
Isso é bom! Significa que seu sonho tá dando frutos e que mais pessoas podem se
beneficiar! Parabéns, Dr. Claude!
C:
Esse sonho non teria se realizado se non fosse você!
Silvia
bate à porta:
S:
Com licença, Dr. Claude, D. Rosa... tem um moço ai, é... Paulo, dizendo ser da polícia, quer
falar com um de vocês.
C:
Ah, o investigador... traz ele, Silvia.
Paulo
entra na sala:
P:
Bom dia, Sr. Geraldy – Cumprimenta, estendendo a mão para ele.
C:
Bom dia, investigador Paulo.
P:
D. Rosa, como tem passado?
R:
Bem, e você?
P:
Bem também. Mas eu vim aqui porque tenho informações interessantes e
preocupantes pra vocês.
C:
Enton diz logo o que é, Paulo. Claude não vê a hora que ele vá embora.
P:
Eu cruzei alguns dados no sistema da policia e descobri que o Júlio Castelli
está sendo “monitorado” pela Polícia Federal. E por alguns traficantes também.
Sabe a gente tem informantes, dentro dessas comunidades. É tudo que posso
dizer-lhes.
C:
Mon Dieu! E Nara tá envolvida nisso também? O Coutinho?
P:
A moça, a Nara, está sendo vigiada também. Não há nenhum indício sobre ela, mas
quem brinca com fogo acaba queimado... Já os outros dois foram vistos em alguns
lugares suspeitos.
R:
Paulo, ontem uma moto seguiu a gente. O motoqueiro estava armado, chegou a me
ameaçar pela janela do carro em movimento. Mas nós descobrimos que a placa era
fria... Eu penso que é gente deles!
C:
Mas non temos prova de nada disso, Paulo.
P:
Bem, vocês tem que tomar cuidado. Eles ameaçaram, mas vão colocar outro pra
fazer algum serviço sujo, entendem?
C:
Oui. Vou colocar alguém fazendo sua segurança, chérie!
P:
O senhor também é alvo dessa ameaça. Melhor não abusar... Eu creio que podemos
pedir uma viatura onde vocês moram. Ou melhor, vamos pedir alguém disfarçado.
R:
Eu agradeço, Paulo...
P:
Não faço nada além da minha obrigação, Sra. Geraldy.
R:
É só Rosa, por favor.
P:
Bem, qualquer novidade é só me ligar! Eu estou assumindo esse caso, por ordem
do delegado. Faremos uma ação conjunta com as demais polícias. Parece que a
coisa é mais complicada do que vocês falaram... Um bom dia pra vocês!
Paulo
vai embora.
C:
Rosa, você non vai mais andar sozinha por aí! O Rodrigo vai te levar onde você
tiver que ir, oui?
R:
Mas, Claude...
C:
Sem mas, chérie. Eu non vou arriscar sua vida por causa deles... Eu sei que
você non gosta de ter motorista, prefere dirigir, mas pelo menos por um tempo,
hã?
R:
Tudo bem, Claude. Se assim você fica mais tranqüilo, tudo bem...
Eles
se abraçam, buscando uma proteção...
Mais
tarde, no escritório ainda.
J:
Rosa, eu já falei com o padre e ficou tudo certo. Aquela data mesmo, seis de
janeiro. Agora só falta a gente ver a decoração e os nossos vestidos... Eu quero
algo bem moderno, sem frescura...
R:
Eu quero um vestido mais clássico, mas simples... Semana que vem a gente vê
isso, Jane!
J:
Não podemos demorar muito, porque com as festas de fim de ano, você sabe né!
R:
Eu to pensando em alugar meu vestido, Jane! Vai ser uma vez só que vou usá-lo
mesmo!
J:
É, você tem razão... talvez eu também alugue o meu... Mas e a decoração da sua
casa? Já achou os enfeites?
R:
A Dadi já tirou algumas caixas, mas ainda não deu tempo de olhar todas. Ontem
eu vi algumas fotos da família do Claude. A mãe dele era linda! E umas fotos
dele bebezinho também...
C:
Hum... que carinha é essa, hem?
R:
O Claude quer um filho, Jane!
J:
E você não quer?
R:
Claro que quero, só não sei se é a hora certa...
J:
Quanto antes melhor... assim você curte eles, tem energia pra correr atrás.
rsrsr
R:
Eles?
J:
Com certeza, vocês vão ter mais de um, né amiga? Rsrsrsrsr
Frazão
aparece na porta da sala de Janete onde elas estavam:
F:
Hora do almoço, meninas! Vamos?
No
hotel.
Ju:
Nara, eu não entendo esse súbito interesse do Coutinho pela sua vingança contra
o francês!
N:
Acorda, Júlio. Se a gente conseguir desmoralizar ele, os americanos cancelam o
contrato e acertam com a outra empresa, a qual o Coutinho está ligado. São dez
milhões de dólares, que podem parar nas nossas contas!
Ju:
E você acha que ameaçar eles no trânsito, vai assustá-los?
N:
Claro que não... mas é um começo.... Primeiro a gente faz um terrorismo...
depois acaba com eles...
J:
Acaba com eles, o que isto significa exatamente pra você, Nara?
N:
Significa que se por acaso eles morrerem no percurso, não farão falta!
J:
“Você vai sonhando que vou deixar acontecer algo com a Serafina” – Pensa Júlio.
Nesse
momento a campainha toca. Julio atende a porta. È Coutinho.
J:
Entra. A Nara tá te esperando.
Cou:
Eu preciso falar com você também...
Eles
se acomodam na saleta.
Cou:
Júlio, o advogado dos italianos está entrando com uma ação de tombamento do
casarão. Isso significa que, caso a prefeitura defira, aceite, o casarão não
será vendido, como você quer, porque perde o interesse imobiliário nele.
Ju:
Mas que droga! E qual a chance disso acontecer?
Cou:
Tendo em vista que o casarão é antigo, muitas chances. Pelo que eu estudei em
outros casos semelhantes, eles têm oitenta por cento de chance de conseguir...
Jui:
Eu estou ferrado se não conseguir essa grana, seja com esse casarão ou de outra
maneira...
Cou:
Vamos aguardar o parecer da prefeitura. Não tem outro jeito.
Nara
entra em cena.
N:
Boa tarde, Coutinho!
Ju:
Bom, eu vou tentar mais um prazo com aquela gente, ver o que posso conseguir.
Até depois. – E sai.
Assim
quem ele sai, Nara dispara:
N:
Então, já falou com os amiguinhos do Júlio, eles concordaram em dar um sumiço
“neles”?
Cou:
Pelo que você vai pagar, eles toparam na hora. É muito mais do que ele deve!
N:
Perfeito! Assim ninguém vai suspeitar de nós. A culpa vai cair sobre o Júlio, o
seu vício e envolvimento com esses traficantes.
Cou:
Mas eu descobri uma coisa que vai alterar os seus planos, meu bem... – Nara
olha com expressão de dúvida pra ele.
N:
Ah é? E o que pode ser, hem?
Cou:
A americana vai depositar o dinheiro, os dez milhões, numa conta em nome do seu
desafeto: Serafina Rosa Petroni Geraldy. É ela quem vai controlar a grana.
N:
Essa americana não vai atrapalhar meus planos! Mas não vai mesmo! Eu vou pensar
numa maneira de contornar essa situação. Nem que pra isso eu tenha que
despetalar essa Rosa aos poucos... - E o ódio brilha em seus olhos...
Cou:
Eu gosto dos seus métodos, meu bem... nós vamos fazer grandes “negócios” juntos
pelo mundo afora! – Se aproxima de Nara e a beija violentamente.
Júlio
fecha a porta do flat, vagarosamente, para não ser decoberto. Custa a crer em
tudo que ouviu, quando voltava para pegar o celular que esquecera.
“Ordinária!
Vadia! Safada! Tramando pelas minhas costas... me usando de novo! Ah, você não
perde por esperar, Nara! Quanto ao Coutinho... vai se arrepender de ter me
conhecido... Como aprendi... contra esperteza, esperteza e meia! Meu celular... depois eu pego, depois...”
Sônia emocionante essa cena das fotos de família de Claude, gostei muito! E também gostei de ver que Júlio, Nara e Coutinho, vão começar a ter problemas entre si, mas sei que vão aprontar muitas para nosso casal querido! Legal esse capítulo! Bjs.
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