O
conto que apresentamos abaixo é da autoria de Monteiro Lobato.
Para
maiores informações sobre o autor, favor acessar: http://contosbrasileiros.blogspot.com.br/2008/01/monteiro-lobato.html.
Boa
leitura!
O BURRO JUIZ
Disputava
a gralha com o sabiá, afirmando que a sua voz valia a dele. Como as outras aves
rissem daquela pretensão, a bulhenta matraca de penas, furiosa, disse:
—
Nada de brincadeiras. Isto é uma questão muito séria, que deve ser decidida por
um juiz. Canta o sabiá, canto eu, e a sentença do julgador decidirá quem é o
melhor artista. Topam?— Topamos! piaram as aves. Mas quem servirá de juiz?
Estavam
a debater este ponto, quando zurrou um burro.
—
Nem de encomenda! exclamou a gralha. Está lá um juiz de primeiríssima para
julgamento de música, pois nenhum animal possui maiores orelhas.
Convidê-mo-lo.Aceitou o burro o juizado e veio postar-se no centro da roda.
—
Vamos lá, comecem! ordenou ele.
O
sabiá deu um pulinho, abriu o bico e cantou. Cantou como só cantam sabiás,
garganteando os trinos mais melodiosos e límpidos. Uma pura maravilha, que
deixou mergulhado em êxtase o auditório em peso.
—
Agora eu! disse a gralha, dando um passo à frente.
E
abrindo a bicanca matraqueou uma grita de romper os ouvidos aos próprios
surdos.Terminada a justa, o meritíssimo juiz deu a sentença:
—
Dou ganho de causa à excelentíssima senhora dona Gralha, porque canta muito
mais forte que mestre sabiá. (*)
Moral
da História:
*Quem
burro nasce, togado ou não, burro morre.
Fonte:
http://contosbrasileiros.blogspot.com.br/2008/01/monteiro-lobato.html.
kkkkk Muito legal esse conto! Grande Monteiro Lobato!
ResponderExcluirAmei esse conto! Bom demais!
ResponderExcluirchato insuportável chato chato chato
ResponderExcluirAssim é a justiça burguesa. Veja a história dos mensaleiros do PT, e outros delitos parecidos ou igual!
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