Capítulo XI - Entrega total...
Claude,
vendo que Rosa adormecera só de toalha, resolve vesti-la com uma camisola.
Ele segue
até o quarto de hóspedes, e procura entre as roupas que ela tinha levado, mas
só encontra o pijama de bichinhos... Ele sorri, lembrando da outra noite...
Volta ao
quarto e apesar de toda vontade de amar aquela mulher, ele vai colocando o
pijama por cima da toalha e só depois a tira. Não quer atropelar os
acontecimentos. Acima do seu amor está o respeito.
Rosa
percebe todo o empenho dele e não diz nada. Apenas facilita seus movimentos,
apesar do efeito dos remédios.
Claude
ajeita os travesseiros, dá um selinho em Rosa e vai tomar um banho. Depois de
se vestir, ele se deita ao lado dela, aconchegando-a contra seu corpo e, finalmente,
respira aliviado.
C: Até
amanhã, chérie! Até amanhã.
Instintivamente,
Rosa se volta para ele, apoiando a cabeça em seu peito e passando seu braço
pelo corpo de Claude, que se surpreende, mas acha aquilo muito bom...
Depois de
algumas horas, Rosa acorda com a boca seca. Ela se dá conta que está nos braços
do seu amor e sai devagar pra ir à cozinha beber água. Ela desce a escada,
procurando não fazer barulho. Abre a geladeira, pega a jarra e vai despejar
água em um copo, porém sente uma dor aguda na mão machucada e derruba a jarra, que se quebra em vários pedaços.
R: Que
desastrada que eu sou! Ainda bem que a Dadi não acordou com esse barulho.
Droga! Minha mão tá sangrando.
Ela vai
recolher os cacos, quando uma mão a impede:
C: Mon
Dieu, Rosa. Por que você non me pediu pra pegar água? Você ainda tá fraca, olha
só sua mão! Deixa eu limpar esse corte.
Ele vai
pegar a caixa de primeiros socorros da própria Rosa, que guardara em sua casa.
R: Não
precisa, não é nada!
C: Hummm
melhor cuidar, oui? Senon você pode pegar tétano! - E dá uma piscadinha de olho
pra ela.
Ele limpa
o ferimento, e depois dá um beijinho:
C: Pra
sarar mais rápido. Eu podia dizer que antes de casar sara, mas você já se casou
comigo!
R: Que
bom que foi com você!
E o abraça,
dizendo bem baixinho em seu ouvido:
R: Faz
amor comigo, agora!
C: Rosa,
non brinque comigo, com meu desejo.
R: Eu não
estou brincando. Eu quero ser sua, preciso do seu amor!
C: Eu
quero muito te amar, mas assim non... Você está se recuperando ainda, tá
carente, eu quero você por inteiro! Non quero que se arrependa depois...
R: Eu
estou inteira! E não vou me arrepender
nunca. Preciso de você também! Me ajuda a florescer e saciar a sua sede!
Ela toma
a iniciativa e enlaça Claude, buscando sua boca, num beijo arrebatador, que
destrói toda a resistência do francês. Ele novamente a carrega em seus braços,
escada acima, dessa vez pra saciar o desejo de ambos...
Um tempo depois, eles estão abraçados. Rosa
descansa a cabeça no peito de Claude, que está de olhos fechados Ela desliza a
mão pelo peito dele, que estremece.
C: Hummmm.... continua chérie Isso é bom, muito
bom!
R: Obrigada, meu amor por me ensinar a te amar...
eu.... fui uma boa aluna?
C: Oui! Mas vai ter que fazer umas aulas extras...
pra compensar algumas faltas.
E dessa vez eles adormecem assim juntinhos, pelo resto da noite como tinha que ser desde
a primeira vez que se olharam.
O dia amanhece e os encontra abraçados. O sol por
brincadeira, os ilumina, querendo brilhar mais que o amor deles...
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Claude desperta com Rosa aninhada em seus braços.
Ele beija suavemente seus cabelos, e sai tentando não acordá-la. Toma um banho
e sai só de toalha do banheiro.
Rosa despertara, e vai se enrolando no lençol, pra
sair da cama, quando escuta:
C: Que você pensa que vai fazer, chérie?
R: Vou tomar um banho, pra ir pra construtora, com
você. Eu deixei várias coisas sem terminar...
C: Non, hoje você fica em casa se recuperando, hã?
Você teve febre alta, tá com as mãos feridas e gastou muita energia comigo essa
noite. - Diz carinhosamente sem deixar de notar o rubor nas faces dela...
R: Mas, Claude...
C: Nada de “mas... Claude”. Amanhã você volta, d`accord?
R: “D`accord, Dr.Claude
Geraldy, d` accord”. Você tá
parecendo meu pai dando ordens assim!
C: Ordens non! Apenas estou pedindo pra você se
resguardar, non quero que fique doentinha, oui?
R: Sei... eu vou tomar um banho, com licença.
C: Rosa!
R: O que foi agora?
C: Quer ajuda?
R: Não! E antes de fechar a porta, completa – Não,
agora!
Claude termina de se vestir e desce. Dadi já está
com o café preparado.
D: Doutor Cloudes, que bagunça foi essa na minha
cozinha?!
C: Ahhh
Pardon, Dadi... A Rosa deixou
cair a jarra ontem à noite, quando veio beber água...
D: Sei... “deixou” cair... – Diz dando um
sorrisinho.. Ela se feriu?
C: Non... non deu tempo...
D: Ah, sei... “deixou cair”... “não deu tempo”...
Na minha terra isso tem outro nome, visse?
C: Que isso, Dadi! Non é nada que você está
pensando non!
D: Eu não pensei nada... O senhor que tá se
explicando demais...
C: Ohhh Dadi querida, pára de ser xereta, hã? Você
só pode ter aprendido isso com o Frazon! E por favor, prepara uma bandeja que
eu vou levar pra Rosa. E dá um beijo na testa dela.
Ele volta ao quarto com a bandeja do café e vê Rosa
vestida com seu roupão, sentada com as pernas cruzadas, sobre a cama.
R: Desculpa. Minhas roupas estão no outro quarto e
eu não to podendo sair. Tenho que me resguardar. Ordens do Doutor. – diz como
uma criança birrenta.
Claude não se contém e cai na gargalhada. Ela tenta
não acompanhá-lo, mas é inútil. Os dois riem e Claude quase derruba a bandeja,
mas consegue equilibrá-la a tempo.
C: Mon Dieu! – Diz ainda rindo – Ainda bem que non
caiu. Se a Dadi já usou a imaginaçon com a jarra, imagina uma bandeja cheia!
R: Viu, você devia ter deixado eu limpar tudo ontem
à noite.
C: E recusar aquele convite que você me fez?!
Ele coloca a bandeja sobre a cama e diz:
C: Café? Suco? O que você quer primeiro?
R: Você...-
E o enlaça pela nuca, oferecendo
sua boca!
A reação dele é imediata, aproveitando aquele
beijo, enquanto Rosa enfia as mãos por
baixo do paletó, procurando uma entrada...
C: Hummm, você tá ton perfumada, adoro esse seu
perfume, me tira do sério!
Ela tira as mãos dele e diz:
R: Que pena! Eu to de resguardo! Me dá um pouco de
suco? – Com a cara mais lavada do mundo.
C: Eu non acredito que você fez isso comigo! Sua... - O celular dele toca.
Ele olha o número, vira os olhos e atende:
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C: Por que você liga sempre na hora errada, hem
Frazon?
F: Hummmm... Bom dia pra você também meu querido!
Hora errada é? Não quero nem pensar por que francês!...
C: Non é pra pensar nada mesmo, hã?...
F: Meu querido, eu sinto interromper sua lua de
mel, mas você tem uma hora pra chegar aqui. Os representantes tão vindo pra cá,
acertar os detalhes do contrato.
C: Isso é uma boa notícia! To saindo, oui? – E
desliga o celular.
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Ele segura o
rosto dela, faz o contorno dos lábios com a ponta dos dedos, dá um selinho e
diz roucamente
C: Você tem um anjo da guarda muito bom mesmo. Porque se non
fosse por ele, eu ia te dar mais uma aulinha, mais isso vai ter volta, chérie....
E vai pra construtora.
Sônia, muito bom esse capítulo! Eram cenas assim que eu queria ter visto na novela e TS não escreveu! Ainda bem que você nos dá essa alegria, obrigada! Gostei muito! Bjs.
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