quinta-feira, 2 de agosto de 2012

FIC - À PRIMEIRA VISTA - CAPÍTULO 11 - SÔNIA FINARDI

Capítulo XI - Entrega total...


Claude, vendo que Rosa adormecera só de toalha, resolve vesti-la com uma camisola.
Ele segue até o quarto de hóspedes, e procura entre as roupas que ela tinha levado, mas só encontra o pijama de bichinhos... Ele sorri, lembrando da outra  noite...
Volta ao quarto e apesar de toda vontade de amar aquela mulher, ele vai colocando o pijama por cima da toalha e só depois a tira. Não quer atropelar os acontecimentos. Acima do seu amor está o respeito.

Rosa percebe todo o empenho dele e não diz nada. Apenas facilita seus movimentos, apesar do efeito dos remédios.

Claude ajeita os travesseiros, dá um selinho em Rosa e vai tomar um banho. Depois de se vestir, ele se deita ao lado dela, aconchegando-a contra seu corpo e, finalmente, respira aliviado.

C: Até amanhã, chérie! Até amanhã.

Instintivamente, Rosa se volta para ele, apoiando a cabeça em seu peito e passando seu braço pelo corpo de Claude, que se surpreende, mas acha aquilo muito bom...

Depois de algumas horas, Rosa acorda com a boca seca. Ela se dá conta que está nos braços do seu amor e sai devagar pra ir à cozinha beber água. Ela desce a escada, procurando não fazer barulho. Abre a geladeira, pega a jarra e vai despejar água em um copo, porém sente uma dor aguda na mão machucada e derruba a  jarra, que se quebra em vários pedaços.

R: Que desastrada que eu sou! Ainda bem que a Dadi não acordou com esse barulho. Droga! Minha mão tá sangrando.

Ela vai recolher os cacos, quando uma mão a impede:

C: Mon Dieu, Rosa. Por que você non me pediu pra pegar água? Você ainda tá fraca, olha só sua mão! Deixa eu limpar esse corte.

Ele vai pegar a caixa de primeiros socorros da própria Rosa, que guardara em sua casa.

R: Não precisa, não é nada!

C: Hummm melhor cuidar, oui? Senon você pode pegar tétano! - E dá uma piscadinha de olho pra ela.

Ele limpa o ferimento, e depois dá um beijinho:

C: Pra sarar mais rápido. Eu podia dizer que antes de casar sara, mas você já se casou comigo!

R: Que bom que foi com você!

E o abraça, dizendo bem baixinho em seu ouvido:

R: Faz amor comigo, agora!

C: Rosa, non brinque comigo, com meu desejo.

R: Eu não estou brincando. Eu quero ser sua, preciso do seu amor!

C: Eu quero muito te amar, mas assim non... Você está se recuperando ainda, tá carente, eu quero você por inteiro! Non quero que se arrependa depois...

R: Eu estou inteira!  E não vou me arrepender nunca. Preciso de você também! Me ajuda a florescer e saciar a sua sede!

Ela toma a iniciativa e enlaça Claude, buscando sua boca, num beijo arrebatador, que destrói toda a resistência do francês. Ele novamente a carrega em seus braços, escada acima, dessa vez pra saciar o desejo de ambos...


Um tempo depois, eles estão abraçados. Rosa descansa a cabeça no peito de Claude, que está de olhos fechados Ela desliza a mão pelo peito dele, que estremece.

C: Hummmm.... continua chérie Isso é bom, muito bom!

R: Obrigada, meu amor por me ensinar a te amar... eu....  fui uma boa aluna?

C: Oui! Mas vai ter que fazer umas aulas extras... pra compensar algumas faltas.

E dessa vez eles adormecem assim juntinhos,  pelo resto da noite como tinha que ser desde a primeira vez que se olharam.

O dia amanhece e os encontra abraçados. O sol por brincadeira, os ilumina, querendo brilhar mais que o amor deles...


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Claude desperta com Rosa aninhada em seus braços. Ele beija suavemente seus cabelos, e sai tentando não acordá-la. Toma um banho e sai só de toalha do banheiro.
Rosa despertara, e vai se enrolando no lençol, pra sair da cama, quando escuta:

C: Que você pensa que vai fazer, chérie?

R: Vou tomar um banho, pra ir pra construtora, com você. Eu deixei várias coisas sem terminar...

C: Non, hoje você fica em casa se recuperando, hã? Você teve febre alta, tá com as mãos feridas e gastou muita energia comigo essa noite. - Diz carinhosamente sem deixar de notar o rubor nas faces dela...

R: Mas, Claude...

C: Nada de “mas... Claude”.  Amanhã você volta, d`accord?

R: “D`accord, Dr.Claude Geraldy, d` accord”. Você tá parecendo meu pai dando ordens assim!

C: Ordens non! Apenas estou pedindo pra você se resguardar, non quero que fique doentinha, oui?

R: Sei... eu vou tomar um banho, com licença.

C: Rosa!

R: O que foi agora?

C: Quer ajuda?

R: Não! E antes de fechar a porta, completa – Não, agora!

Claude termina de se vestir e desce. Dadi já está com o café preparado.

D: Doutor Cloudes, que bagunça foi essa na minha cozinha?!

C: Ahhh  Pardon, Dadi...  A Rosa deixou cair a jarra ontem à noite, quando veio beber água...

D: Sei... “deixou” cair... – Diz dando um sorrisinho..  Ela se feriu?

C: Non... non deu tempo...

D: Ah, sei... “deixou cair”... “não deu tempo”... Na minha terra isso tem outro nome, visse?

C: Que isso, Dadi! Non é nada que você está pensando non!

D: Eu não pensei nada... O senhor que tá se explicando demais...

C: Ohhh Dadi querida, pára de ser xereta, hã? Você só pode ter aprendido isso com o Frazon! E por favor, prepara uma bandeja que eu vou levar pra Rosa. E dá um beijo na testa dela.


Ele volta ao quarto com a bandeja do café e vê Rosa vestida com seu roupão, sentada com as pernas cruzadas, sobre a cama.

R: Desculpa. Minhas roupas estão no outro quarto e eu não to podendo sair. Tenho que me resguardar. Ordens do Doutor. – diz como uma criança birrenta.

Claude não se contém e cai na gargalhada. Ela tenta não acompanhá-lo, mas é inútil. Os dois riem e Claude quase derruba a bandeja, mas consegue equilibrá-la a tempo.

C: Mon Dieu! – Diz ainda rindo – Ainda bem que non caiu. Se a Dadi já usou a imaginaçon com a jarra, imagina uma bandeja cheia!

R: Viu, você devia ter deixado eu limpar tudo ontem à noite.

C: E recusar aquele convite que você me fez?!

Ele coloca a bandeja sobre a cama e diz:

C: Café? Suco? O que você quer primeiro?

R: Você...-  E  o enlaça pela nuca, oferecendo sua boca!

A reação dele é imediata, aproveitando aquele beijo, enquanto Rosa  enfia as mãos por baixo do paletó, procurando uma entrada...

C: Hummm, você tá ton perfumada, adoro esse seu perfume, me tira do sério!

Ela tira as mãos dele e diz:

R: Que pena! Eu to de resguardo! Me dá um pouco de suco? – Com a cara mais lavada do mundo.

C: Eu non acredito que você fez isso comigo! Sua...  - O celular dele toca.

Ele olha o número, vira os olhos e atende:

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C: Por que você liga sempre na hora errada, hem Frazon?

F: Hummmm... Bom dia pra você também meu querido! Hora errada é? Não quero nem pensar por que francês!...

C: Non é pra pensar nada mesmo, hã?...

F: Meu querido, eu sinto interromper sua lua de mel, mas você tem uma hora pra chegar aqui. Os representantes tão vindo pra cá, acertar os detalhes do contrato.

C: Isso é uma boa notícia! To saindo, oui? – E desliga o celular.

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 Ele segura o rosto dela, faz o contorno dos lábios com a ponta dos dedos, dá um selinho e diz roucamente

C: Você tem um anjo da guarda muito bom mesmo.  Porque se non  fosse  por ele,  eu ia te dar mais uma aulinha,  mais isso vai ter volta, chérie....

E vai pra construtora.

Um comentário:

  1. Sônia, muito bom esse capítulo! Eram cenas assim que eu queria ter visto na novela e TS não escreveu! Ainda bem que você nos dá essa alegria, obrigada! Gostei muito! Bjs.

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