CAPÍTULO XVI – Encontros
Na sala
de Janete.
F:
Janete, tudo bem? Eu sei que você está
pensando na Alabá, mas nada me prende a ela há muito tempo... Eu não vou negar
que eu gostei muito dela, mas acabou, passou, morreu. Será que você entende
isso?
J:
Entendia, enquanto ela era apenas uma lembrança, mas agora ela está aqui, bem
perto. De repente você pode ver que
aquele sentimento todo não morreu, apenas estava adormecido...
F: Meu
bem, eu não sou moleque pra ficar com uma mulher e pensar em outra. Se um dia,
escuta bem, “se” um dia, eu deixar de te amar, você será a primeira a saber...
Frazão
segura o rosto dela entre as mãos e lhe dá um beijo, numa promessa de amor.
J:
Mudando de assunto, vamos lá convidar nossos padrinhos para o jantar oficial?
Rsrsrs A gente aproveita pra saber porque o Antoninho estava tão nervoso.
No
elevador.
Rob: Tudo
bem, amiga?
Al: Tudo
– Diz respirando fundo – Ele foi tão frio, tão distante. Mas não podia ser
diferente. Eu deixei passar muito tempo...
Rob:
Tempo... Eis o nosso inimigo número um! Em vários sentidos, ou todos, não é?
Mas eu bem vi, uma certa pessoa, que não tirou os olhos de você! Se joga,
querida, quem sabe não dá certo?
Al: Está
falando do seu fã? Esse Antoninho, que chegou ai? É, até que ele não é de se
jogar fora!rsrsrsrsrsrsr
A porta
do elevador se abre, e assim que saem, dão de encontro com duas pessoas
conhecidas, que entravam pelo hall.
Rob: Mas
eu não creio! Que surpresa! Miss e Mr. Smith`s!
Que coincidência, nos encontrarmos aqui no Brasil!
Mr.
Smith: Ora, ora, ora se não é nossa atriz preferida Roberta Vermont! E sua
inseparável Alabá!
Ms.
Smith: Mas que adorável surpresa! Não sabíamos que vocês estavam aqui em
Brasil.
Rob:
Viemos a trabalho: meu próximo filme. Mas e vocês? Férias? Sei que adoram o
Brasil!
Ms Smith:
Não, darling! Estamos à negócios, com a construtora Geraldy. Vamos assinar
contrato por esses dias...
Al: Mas
que mundo pequeno: acabamos de falar com ele. Ele é amigo de Roberta há muitos
anos.
Rob:
Então são vocês que vão financiar o sonho de Claude?
Mr.
Smith: Um projeto muito bom... muito bom mesmo, não é my dear?
Ms.
Smith: Certamente. Então nos vemos em mi recepção, vou enviar convite para
vocês.
Rob:
Iremos com prazer. Bye!
Roberta e
Alabá deixam o prédio e o casal Smith sobe até o andar da construtora.
Na sala
de Claude.
J: Nossa,
Rosa, que babado! Quem será essa pessoa?
R: Não
sabemos, Jane! E também agora não é hora de tristeza! Vem cá que eu quero te
abraçar!
Rosa
abraça Janete e lhe deseja toda felicidade do mundo.
R: Agora
você, Frazão! Até que enfim, hem! Vê se não faz minha amiga sofrer! Senão vai
ter que se ver comigo hem! - E imita um lutador de boxe. Rsrsrsrsrsr
C: Ohh, Frazon!
Non precisa abraçar forte assim non, hã?
F: Que
isso, Claude?! Eu tenho muito respeito pela Rosa. Sempre tive...
Silvia
bate à porta:
S: Com
licença, posso entrar? – Diz ainda do lado de fora da sala.
C: Claro,
Silvia, entre. Que foi hã?
S: Dr. Claude...
os americanos..
C: Ah...
Pode passar a ligaçon, Silvia!
S: Não. Eles
estão aí fora, aguardando...
Todos: O
quê?!!!
C: Mon Dieu!
Traga eles, Silvia. E providencie café, suco... por favor.
R: Calma,
meu amor! Mas eles podiam ter avisado...
F: Bem
que o Henrique disse que eles são imprevisíveis!
O casal
entra na sala de Claude.
C: Ms.
Smith! Mr. Smith! Que prazer revê-los!
Casal: O
prazer é nosso, doctor Claude!
C: Bom,
Frazon, vocês já conhecem... esta é Janete Medeiros, nossa Diretora e noiva de
Frazon... E por último, e não menos importante Serafina Rosa Petroni Geraldy,
minha esposa.
O casal
cumprimenta a todos, e a empatia entre Rosa e Ms. Smith é imediata e notória.
Janete
volta pra sua sala.
F: Rosa,
é responsável pelo projeto que apresentamos. Não fosse ela, não teríamos
conseguido fazer as mudanças necessárias a tempo.
Mr.
Smith: Oh! Tenho certeza que Elisabeth vai se dar muito bem com ela, Dr.
Claude! Olha, são já estão conversando como se fossem grandes amigas!
Elisabeth:
Então, Rosa, você é a arquiteta responsável pelo projeto! Você foi magnífica,
darling!
R: Ah!
Mas eu não fiz tudo sozinha! Tive ajuda de um amigo meu, e de todos aqui da
empresa!
Smith:
Além de inteligente, ela é também modesta, Elisabeth!
Elisabeth:
Doctor Claude é um homem de sorte, Rosa, por ter você! Bonita, inteligente,
competente! Você me parece uma mulher decidida. E eu gosto de gente assim. It's
good.
C: Tem
toda razon, Ms. Smith. Conhecer Rosa,
foi a melhor coisa que podia ter me acontecido! Posso dizer que comecei a viver
depois de Rosa! E puxa Rosa pra junto de si, num abraço cheio de carinho.
Smith:
Well, viemos até aqui, Claude, pra uma visita rápida, pois ainda temos outros
compromissos, em nosso escritório aqui em Brasil. E por falar em visita,
encontramos com Roberta Vermont, no hall... Temos uma amiga em comum...
C:
Roberta é uma amiga muito querida. Ela foi casada com um amigo de meu pai. Nos
conhecemos há muitos anos.
Elisabeth:
Nós a conhecemos durante um Festival de Cinema, onde éramos os patrocinadores
do filme com o qual ela concorria ao prêmio de melhor atriz. E que acabou
ganhando por sinal!
R: Vocês
não querem mais um café? Um suco?
Elisabeth:
Não, obrigada, darling! Nós já vamos...Time is money! Nos vemos na recepção,
ok? Não teremos tempo de um encontro antes, como havíamos previsto,
infelizmente.
C: Ah,
mas com certeza teremos muitos encontros futuramente. Se non pelos negócios,
pela amizade, d`accord?
Casal: Certamente...
oportunidades não faltarão!
Eles se
despedem e saem de cena.
E resto
do dia transcorre sem mais novidades.
Dia
seguinte – (sexta-feira) – Rosa e Gurgel dão a última passada no texto que
elaboraram para a apresentação do projeto, na recepção. Separam tudo que
precisa ser levado até o local, conferem e deixam preparado, pois a recepção
será já na segunda-feira.
Na parte
da tarde, Rosa e Janete vão às compras, pois precisam estar à altura do evento.
Rosa
acaba escolhendo um vestido preto, tomara que caia, longo, o que a deixava
ainda mais iluminada. No embalo e influenciada por Janete, acaba comprando
algumas camisolas: longas, curtas, provocantes... Janete opta por um vestido
verde, de um ombro só, também longo, que destacava seus olhos. Sandálias,
bolsas, acessórios à parte, tudo escolhido, elas resolvem comer algo. Vão até a
praça de alimentação e fazem o pedido. Enquanto aguardam:
R:
Janete, eu estou tão aflita, com esses problemas... E ainda essa recepção... Eu
detesto falar em público, e se eu gaguejar, engasgar?
J: Vai
dar tudo certo, amiga! Você estudou, se preparou... E você é a autora do
projeto. Se qualquer coisa der errada, você e Gurgel improvisam. Mas o que você
achou da Roberta, dos Smiths?
R: Simpatizei
com todos. Ms. Smith me surpreendeu... Por ser americana, eu pensei que ela
fosse mais arrogante, mas não, ela me tratou de igual... E você? Foi muito
difícil ficar frente à Alabá?
J: Fácil
que não foi, né amiga! Mas pelo menos eu desencanei. Não vou sofrer por
antecipação. Vou confiar no sentimento, no meu e no do Frazão.
Elas
continuam conversando, a conversa caminha para outros assuntos, a tarde cai e
elas voltam cada uma pra sua casa.
No
apartamento, Claude quer ver o que Rosa comprou, mas ela não deixa.
C: Chérie,
deixa eu ver, hã?
R: Não,
Claude, agora não. Se você for bonzinho, mais tarde eu mostro alguma coisa...
C: Mais
tarde? Isso é chantagem, mon amour!
Dadi, me ajuda a convencer Rosa, hã?
D: Olhe,
Dr. Cloudes, se D. Rosa tá dizendo que não vai mostrar agora, melhor não
insistir, porque senão é capaz dela não mostrar nem depois! Se é que o senhor
me entende!
R: Sabe
que é uma boa idéia, Dadi!
C: Ah!
Mon Dieu! Dadi eu pedi sua ajuda, non pedi ideias non! Você está de que lado
afinal?
D: Oxe!
Que agora não to de lado nenhum. To em cima do muro, visse!? O jantar está
pronto.
Eles
jantam e conversam um pouco. Claude diz que tem uns relatórios pra terminar e
vai para o seu escritório. Rosa vai para o quarto, lê um pouco e vai tomar um
banho.
Ao sair
do banho, pensa se coloca ou não uma das camisolas que comprou. Ela resolve
colocar a vermelha: longa, com uma fenda à altura da cocha, e um decote mais
que generoso, alças finíssimas.
R: Você
não queria ver o que eu comprei? - Diz
ela, provocante, descendo até ficar junto a ele, ao pé da escada.
C: Mon Dieu!
Você non podia ter outro nome! Serafina Rosa... “minha” Rosa ardente! Doce como
uma menina, provocante como uma mulher... - E a puxa pela cintura, enquanto seus lábios passeiam pelos ombros
dela, num murmúrio de sedução.
Claude a
pega nos braços e leva para o quarto.
E assim,
perdidos nos carinhos um do outro, seus corpos se falam e se juntam, sem pudor,
levando-os, num vôo sem escalas, ao último grau do prazer na terra.
Enquanto
isso, num quarto de Hotel, em São Paulo:
N: Agora
que já estamos em São Paulo, e já fizemos contato com os americanos, vem a
segunda parte do meu plano. Aquele francês não me escapa! Eu sei muito bem do
que ele gosta!
Ju: Você vai
ou não me contar qual é o seu plano?
N: Vou.
Porque alguém vai ter que “distrair” a esposinha dele! E olha que peninha: vai
ser você!
Ju:
Distrair, pra você significa o quê? Dar
um susto, transar, ou coisa pior?
N: Pouco
me importa, desde que eu fique com ele, até conseguir o que quero. Vai dar um
certo trabalho, mas tem compensação, milhões
de dólares em troca. .Eu só preciso ganhar a confiança dele, agora os
americanos vai ser mais difícil, oh mulherzinha chata!
Ju: E seu...
“advogado”, não participa do golpe?
N: Claro
que sim! Ele fica com a parte dos documentos, assinaturas, falsificadas, claro!
É o que de melhor ele sabe fazer!
Ju: Sabe,
Nara, às vezes, você me assusta! Me dá medo!
N: Isso é
bom pra você se manter alerta! Eu detesto ser passada pra trás.
Ju: Eu
não seria louco de fazer isso com você, minha cara! – E a beija com violência...
O sábado
chega e com ele o compromisso com Roberta Vermont.
Claude e
Rosa vão no seu carro, e Rodrigo, motorista da construtora, leva Roberta, Alabá
e Hugo, o diretor do filme que chegara na madrugada.
Rosa
aproveita e põe em dia a restauração, tomando nota de alguns detalhes,
conversando com o pessoal e com Colibri, juntamente com Claude
Hugo acha
a casa em reforma perfeita, para as cenas do roteiro, que serão rodadas aqui no
Brasil.
H:
Perfecto, Roberta! Ainda mas assim como está, em reforma. Esse jardim, meio
florido, meio seco... por Dios! És perfecto! Inacreditável! La própria essência
de la película!!
Rob: Eu
não disse, Hugo? Pena que o Sérgio não conseguiu vôo ontem... Só chega amanhã
pela manhã...
Al: Ah!
Ele vai gostar. Ele gosta de tudo que você gosta! Faz todas as suas vontades!
Rob: Que
isso, Alabá? Resolveu descontar suas
mágoas em mim? Mira-me, mas erra- me, viu?
Al: Tem
razão, desculpa, eu vou me controlar mais.
H: Mi
Santo Pablo Picasso! Que passa, Roberta?
Que cena de la história me perdí?
Al: Nada
não, Hugo. – E pensa “Só o passado,
rondando a minha porta feito alma penada!”
Eles
passam mais algum tempo por ali, Rosa acaba conversando muito com Roberta, que
conta alguns acontecimentos da vida de Claude, como a morte da sua mãe, que
acontecera ali, na casa, o desentendimento com o pai, sua decisão de voltar
para o Brasil.
Rosa
então compreende porque Claude saiu tão depressa, daquele quarto, no dia em que
se conheceram.
Eles
voltam pra cidade, e almoçam num restaurante. Claude e Rosa saem primeiro.
Rodrigo fica encarregado de levar o trio para casa
Já no
carro, Rosa está quieta, calada.
C: Que
foi, chérie? Alguma coisa errada? Você acha que a gente non devia locar a casa
pra eles?
R: Não é
isso, meu amor. É que eu tinha planejado um sábado só nosso! Mas tá tudo bem.
Outros sábados virão, não é mesmo?!
C: D
`accord! – Diz ele com um brilho divertido no olhar, despercebido por Rosa que
encostava a cabeça no banco do carro e fechava os olhos, adormecendo.
C: Rosa!
Chegamos! Acorda, hã?
R: Meu
Deus, eu dormi mesmo! – Diz meio “perdida”...
C:
Dormiu. .mas foi um descanso merecido, porque ontem à noite você estava um
pouquinho “agitada”!
R: Seu
bobo, pára com isso! Diz vermelha.
C: Adoro
ver você assim, vermelhinha! Você ainda non percebeu onde estamos?
Só então
Rosa percebe que ele a levou ao Parque Por do Sol.
R: Mas já
está tão tarde!
C: Dá pra
gente pegar o pôr-do-sol, hã? E hoje, parece que vai ser incrível!
Eles
andam pelo parque, até encontrarem um local, onde a vista do pôr-do-sol era
perfeita. Eles sentam, bem pertinho um do outro. Claude tira várias fotos de
Rosa, com o celular, e pede pra um visitante tirar uma deles juntos, com o sol
atrás deles...
Eles
estão saindo do parque e Claude percebe que Rosa estremece, pois está
anoitecendo e esfriando. Ele tira o paletó e coloca sobre Rosa.
C: Non
quero que você fique doentinha. - Diz
fazendo carinho nos braços dela.
R: A
única doença que eu tenho é amar você! E parece que é crônico e incurável! Só
tem tratamento, controle, sabe?
C: Hum...
E posso saber qual é esse tratamento?
R: Dormir
nos seus braços, todas as noites da minha vida, dia após dia!
C:
D´accord! Isso eu posso te oferecer, com certeza! – E a puxa pra junto de seu
corpo, beijando-a, apaixonadamente.
Momentos
depois eles seguem abraçados para casa.
No domingo,
como combinado, eles vão almoçar no casarão. Após o almoço, conversa vai,
conversa vem, Seu Giovanni toca no assunto do casamento:
G: Então,
dotore, esse casamento sai ou não sai?
R: Pai!
G: Eu não
quero que minha filha fique falada!
C: Seu
Giovanni, ainda esta semana a gente vai decidir e marcar a data, na igreja, non
é mesmo Rosa?
R: É
papai. Nós só estamos esperando a assinatura do contrato, que deve ser amanhã,
durante a recepção.
A: Ah!
Giovanni! Pára de se intrometer na vida deles! Você devia estar feliz, de ver a
nossa Serafina feliz!
G: Porca
miséria, Amália! Eu estou felice, hum? Mas quero as coisas certas...
C: Non se
preocupe, Seu Giovanni. Desta semana non passa.
R:
Claude, vamos? Eu quero descansar, dormir cedo hoje. Amanhã vai ser aquele dia!
A: Tá
vendo, Giovanni! Se você não falasse tanto nisso, eles ficavam mais tempo aqui!
C: Que
isso. D. Amália! É que realmente a gente precisa ir...
G: Filha,
eu não falo por mal, você sabe não é?
R: Sei
sim, pai! Mas a gente tem que ir mesmo...
G: Tá
certo filha. Dá um abraço na Janete!
R: Ah!
Claro, eu dou sim...
D.Amália
acompanha-os até a porta e se despede.
Os dois
começam a descer a escada, quando de repente Rosa, olha para o portão e diz:
R: Eu não
acredito! Sérgio!!!!!
S: Fina!
Que saudades de você!
E desce
correndo os degraus, abraçando Sergio e deixando Claude sem entender nada...
R: Meu
Deus! Quanto tempo, que saudade! Eu pensei que nunca mais ia te ver!
S: Que
isso, Fina! Você é muito importante pra mim! Eu jamais deixaria de te ver...
Claude,
que já estava perto deles, dá uma tossidinha.
C: Hum...
R: Meu
amor, deixa eu te apresentar o Sérgio! Ele foi meu protetor, quando a gente era
criança, apesar de eu ser mais velha que ele! Rsrsrsr. Sérgio, esse é o Claude,
meu...
C:
Marido! Muito prazer, hã? – Diz estendendo a mão a ele.
S: O
prazer é meu! E aperta a mão de Claude. Mas você se casou, Fina? E nem me
convidou?
R: É uma
longa história, Sérgio! Qualquer dia a gente te conta, não é amor?
C: Ah
sim... qualquer dia... “que eu espero que non chegue” – pensa, mordido de
ciúmes. E puxa Rosa pra perto de si.
S: Pelo
seu sotaque, você é francês, acertei?
C: Oui,
mas sempre morei mais aqui que na França!
S: Bom,
eu não vou perguntar porque dá pra ver que você está feliz, Fina
R: Muito,
nunca estive tão feliz! E você? Voltou pra ficar?
S: Não!
Apenas trabalho. Eu cheguei hoje pela manhã e queria muito ver o pessoal,
principalmente você.
R: Pena
que já estou saindo... mas a gente pode combinar um dia. Me liga, Sérgio. Tenho
certeza que o Claude vai adorar te conhecer melhor...
S:
Combinado. Vou ver seus pais, e o resto do pessoal. Não posso demorar muito.
R: Ok.
Mas Sérgio, não menciona que você sabe do meu casamento. Eu te explico depois,
ta?
S: Pedido
estranho esse, Fina! Mas tudo bem maninha! Até então. - Eles se despedem com
beijo e abraço.
Eles
voltam pra casa e durante o trajeto, Claude não fala nada, incomodado com o que
acontecera.
Já no
apartamento, Rosa puxa conversa com ele, que só responde com monossílabos.
R:
Claude, que foi?
C: Nada.
R: Nada?
Você tava todo animadinho pra vir pra casa e agora parece que perdeu a língua!
Ele fica
calado.
R: Ah,
não! Claude você ta com ciúmes do Sérgio?
C: Estou!
Pronto falei! Non gosto de ver você beijando e abraçando outro non! Tenho esse
direito, hã? Tanta intimidade! Você agora é casada! Comigo! – Diz, de maneira
ríspida.
R:
Claude, eu não fiz nada demais, e o que fiz você estava lá e viu. Em nenhum
momento eu desrespeitei você! Eu nunca seria capaz disso! Eu não acredito que
você pôde pensar isso de mim! Não admito! O Sérgio é como um irmão pra mim.
Rosa sobe
para o quarto, deixando Claude sozinho.
“Eu
não acredito que ele me disse aquilo... Eu nunca dei motivo pra ele pensar isso
de mim. Ah, Claude você me magoou muito agora”
Ela vai
pro banho.
Claude
permanece na sala. As palavras de Rosa ecoam em sua mente... “eu não acredito que você pôde pensar isso de
mim”...
Ele
engole em seco, percebendo que falou besteira e que magoou a pessoa que mais
ama. Por um sentimento idiota feito o ciúme.
“Droga!
Eu non consegui me controlar! Ah Rosa! Se você soubesse o medo que eu tenho de
te perder, você entenderia... Se eu te falar isso, você vai me entender, non
amour?”
Ele sobe
para o quarto. Rosa sai do banho nesse instante, só de toalha.
R: Você
pode me dar licença pra eu me vestir?
C: Chérie
eu que...
R: Bom,
então eu vou me vestir no outro quarto, com licença. – Ela pega a primeira
coisa que acha na gaveta e sai para o quarto de hóspedes.
C: Isso
non vai ser nada fácil... Seu estúpido, aprende a pensar antes de falar! – E
vai pro banho também...
Sônia está muito gostosa essa história, esses ciuminhos de Claude e também os de Rosa de vez em quando, servem de tempero pra essa relação! Muito bom! Bjs.
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